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sábado, 16 de abril de 2022

O ESPIRITISMO É OU NÃO UMA RELIGIÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Má fé, ignorância, intolerância são alguns dos aspectos relacionados à resposta ouvidas das pessoas comuns sobre a pergunta: -“O Espiritismo é ou não uma religião? No número de dezembro de 1868, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec oferece elementos para reflexões a respeito. Argumenta ele: -“O verdadeiro objetivo das assembleias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço. Uma religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças; consecutivamente, esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fé. (...). Se é assim, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a Doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza. Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião? Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma ideia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das ideias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou. Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral. As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembleias religiosas. Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada ideia. Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas? Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória. Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade. A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.

Existe alguma comprovação científica, apresentada por algum pesquisador idôneo, que prove a existência do Espírito? Quem teria feito essa prova? Allan Kardec?


A questão não é tão simples assim. O saudoso professor Henrique Rodrigues, espírita e parapsicólogo, costumava dizer que “se prova convencesse, médico não fumava”. Quem pode saber mais que o médico dos efeitos nocivos do fumo? No entanto, muitos médicos ainda fumam.. A prova só convence quem quer se convencer: o resto depende do tempo, do amadurecimento da idéia e o desenrolar dos fatos. Não são poucos os pesquisadores que se detiveram em estudos com médiuns e fenômenos mediúnicos, demonstrando a existência do Espírito. Poderíamos citar dezenas deles – e isso desde meados do século XIX.


Mas esses homens jamais foram ouvidos pela maioria materialista que, além de discordarem das conclusões a que esses chegaram, também se negaram a realizar qualquer estudo sério a respeito. Contudo, nós sabemos que a verdade não é algo tão simples de se alcançar. Ela tem um preço – às vezes, muito alto, pois a verdade costuma ir contra os interesses dos poderosos e, nesse caso, eles são capazes de entravar qualquer marcha para desvendá-la. Muitas das verdades científicas, que hoje proclamamos, já tinham sido anunciadas há séculos, mas seus anunciadores, além de não serem ouvidos na época, foram criticados, quando não, perseguidos, difamados, caindo em descrédito.

Veja um parco exemplo, o de Robert Hooke. Quem foi Robert Hooke? Foi o primeiro cientista que, em pleno século 17 ( portanto, há mais de 400 anos atrás), anunciou a descoberta da célula, como unidade fundamental na formação dos tecidos vivos, tanto animal como vegetal. Acreditaram no Hooke? Certamente, não. Ele não só foi desacreditado, como passou a ser ridicularizado. Entretanto, meu caro, só muito depois de sua morte é que uma nova pesquisa confirmou o que Hooke estava com a razão e seus detratores, errados.


O mesmo aconteceu no século XIX com Grégor Mendel, um monge agostiniano, o pai da Genética, que morreu desacreditado e decepcionado – e mais do que isso, tomado por uma insidiosa depressão - duramente criticado por religiosos e cientistas, depois de ver todo o seu trabalho de anos e anos de dedicação, relegado e jogado ao lixo. Só anos depois de sua morte é que dois biólogos, percebendo o que Mendel descobrira, redescobriram as leis da hereditariedade e, então, com muita honestidade, resolveram reconhecê-lo como o verdadeiro autor da idéia. A história está cheio disso. Galileu quase foi executado porque defendia que a Terra não era o centro do universo, que havia montanhas na Lua e manchas no Sol. A Igreja só recentemente reconheceu o erro que cometeu contra Galileu - 400 anos depois.


No mundo atual existe um número considerável pesquisadores em todo o mundo, buscando evidenciar a realidade do Espírito. Basta entrar na “internet” e você vai ver. No entanto, quase sempre, eles são deliberadamente ignorados pelos meios acadêmicos, porque não professam a mesma crença materialista predominante. Todavia, esses estudiosos não são alvo de interesse dos grupos econômicos, que investem milhões de dólares apenas em pesquisas que dão retorno financeiro. Então, esses abnegados idealistas pesquisam por conta própria e, é claro, sem as condições ideais de trabalho. A verdade é assim, sempre difícil. Ela não se expõe facilmente e depende, sobretudo, do amadurecimento da humanidade.



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