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sexta-feira, 1 de abril de 2022

REENCARNAR- DIFICULDADES INIMAGINADAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

O Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier nos repassa informações que dão conta que três linhas orientam os processos reencarnatórios na Dimensão em que nos encontramos: a compulsiva; a assistida e a natural ou mecânica. Entretanto, nem todas as respostas foram dadas, nas “reportagens” iniciadas com o livro NOSSO LAR (feb,1944). Em duas mensagens psicofônicas gravadas ao final da reunião de 27 de maio de 1954, no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG) - tendo como médium Chico Xavier -, podemos recolher detalhes importantes até para reavaliarmos nossa posição diante da não valorização da existência que cumprimos presentemente. Na primeira, o Benfeitor Emmanuel explica: -“Enquanto a Escola Espiritual na Terra prepara as criaturas reencarnadas para o fenômeno da morte, em nosso plano de ação essa mesma Escola prepara as criaturas desencarnadas para o aprendizado da existência no corpo físico”. O Instrutor acrescenta em rápidas considerações que o sucederia na utilização do aparelho mediúnico, o Espírito Cornélio Mylward que enquanto encarnado exerceu a Medicina, a fim de dirigir-se a numeroso grupo de desencarnados presentes ansiando pela oportunidade de voltar às experiências do corpo físico, através da reencarnação. Do falado a eles, destacamos alguns pontos: 1-Para que obtenhamos tal concessão, porém, é indispensável nosso concurso com a Lei Divina, obedecendo-lhe aos regulamentos que definem o Bem Infinito, em todas as suas manifestações. 2-É preciso modificar os nossos “clichês” mentais para que a nossa volta à escola terrestre signifique recomposição e refazimento. 3- Essa transformação, contudo não será levada a efeito apenas à força de preces, meditações e conclusões em torno do passado. Faz-se imprescindível a dinâmica da ação. 4- O serviço será sempre o grande renovador de nossa vida consciencial, habilitando-nos à experiência reconstrutiva, sob a inspiração de nosso Divino Mestre e Senhor. 5- Não conquistaremos o vestuário carnal entre os homens sem aquisição de simpatia entre eles. 6-É necessário gerar no Espírito daqueles nossos associados do pretérito, que se encontram no educandário humano, a atitude favorável à solução dos nossos problemas. 7- Templos religiosos, estabelecimentos hospitalares, círculos de assistência moral, domicílios angustiados, cárceres de sofrimento, palcos de tortura expiatória, eis nosso vasto setor de concurso fraterno. Nessas esferas de regeneração e corrigenda, companheiros encarnados e desencarnados, padecentes e aflitos, expressam o material de nossa preparação. 8- A fim de esquecer velhas provas, aliviemos as provas alheias. Para desobstruir o caminho de nossa consciência culpada, devemos favorecer a libertação dos que suportam fardos mais pesados que os nossos, porque ajudando aos nossos semelhantes angariaremos o auxílio deles, fazendo-nos, ao mesmo tempo, credores do amparo daqueles Irmãos Maiores que nos estendem providos braços da Vida Superior. (...). 9- Somente a atividade em socorro ao próximo conseguirá renovar-nos a fonte do pensamento, traçando-nos seguras diretrizes, pois sob o guante de nossas lembranças constringentes o esforço da reencarnação redundará impraticável, de vez que nossas reminiscências infelizes são fatores desequilibrantes de nosso mundo vibratório, impedindo-nos a formação de novo instrumento fisiológico suscetível de conduzir-nos à reorganização do próprio destino. 10- Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. 11- Somente ao preço de uma vontade vigorosa e pertinaz, situada no bem comum, é que lograremos conquistar o interesse dos Grandes Instrutores em prol da concretização de nossas aspirações mais nobres. 12- Regenerando a química de nossos sentimentos, o que decerto nos custará renunciação e sacrifício, atingiremos mais clara visão para reencontrar os laços de nosso pretérito e, então, segundo os dispositivos da hereditariedade, que traduz parentesco de inclinações e compromissos, seremos requisitados pelas criaturas que se afinam conosco, tanto quanto, desde agora, estão elas sendo requisitadas por nossos anseios. 13- Reaproximar-nos-emos, desse modo, de quantos se harmonizam com a experiência em que nos demoramos, e, aderindo-lhes à existência, seremos defrontadas pelas provas condizentes com a nossa natureza inferior, comungando-lhes o pão da luta, indispensável à recuperação de nossa felicidade.


FÉ E DÚVIDAS (29nov2009)


Na verdade, eu não sei se Deus existe ou não. Fui educado no catolicismo; quando criança adorava essa idéia de Deus. Mas, como tempo, me tornei céptico e hoje não posso dizer exatamente o que penso sobre religião. Espero que um dia me defina. Acho que sou muito inseguro, que é preferível não acreditar em nada do que ficar na dúvida. Mas, uma coisa que não me convence: é que as religiões pregam que a fé depende de querer acreditar. Eu posso afirmar por experiência própria que a fé não depende da vontade. Acho que é uma condição interna da pessoa. Gostaria que vocês falassem sobre isso no programa. (ANÔNIMO)


Você tem razão. Fé não depende simplesmente de a gente querer; é uma condição intima, muito ligada às experiências de vida e à vida emocional de cada um. É um campo muito delicado que, se não for bem trabalhado, pode levar a pessoa à total descrença ou, então, ao fanatismo. Entretanto, você está falando especificamente da fé religiosa; mas a fé não é somente religiosa. A fé, no seu sentido amplo, é uma condição indispensável de sobrevivência, necessária em todos os momentos da experiência humana. Enquanto você acredita na vida, você luta por ela. A pior condição do homem, como afirma Meimei, na mensagem “Confia Sempre” é perder a proteção da fé e continuar vivendo.


No capítulo “A Fé Transporta Montanhas” de O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec trata da fé nos dois sentidos: o da fé no sentido amplo e o da fé religiosa. Em primeiro lugar, no sentido amplo, com o subtítulo “Poder da Fé”, onde ele afirma: “A fé robusta confere a perseverança, a energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas pequenas quanto nas grandes coisas. A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os adversários que devemos combater: ela nem sequer procura os meios de vencer, porque não crê na possibilidade da vitória”.


E mais adiante, Kardec acrescenta: “A fé sincera e verdadeira é sempre calma. Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a sua própria fraqueza e, quando estimulada pelo interesse, torna-se furiosa e acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.”


Veja que Kardec, aqui, está tratando do significado amplo da fé, como sustentação para a vida. Eis porque ninguém vive sem ela. E mesmo aquele que diz que não acredita em Deus, acredita em alguma coisa, acredita no valor da vida e, na maioria das vezes, nos ideais do Bem, da Verdade e da Justiça. Ora, acreditar nesses ideais e, mais do que isso, acreditar que humanidade caminha para isso, já é uma grande coisa, porque, para algumas pessoas, como você – que vêem com muita reserva as crenças religiosas – esses ideais são o suficiente para viverem com dignidade e respeito humano, fazendo, às vezes, o que muitos religiosos não fazem.


Houve homens ( como os existem até hoje), que se proclamaram ateus e que só fizeram o bem, que só viveram pelo bem e deixaram para seus descendentes e para a humanidade verdadeiras lições de vida. Eles podiam dizer que não acreditavam em Deus, mas acreditavam no Bem, na Verdade e na Justiça – ideais que, na verdade, representam tudo o que um religioso acredita que Deus é. Portanto, não se agaste por isso. Se seu propósito é bom e se você vive para o bem, sabendo encarar com dignidade e respeito seu semelhante – seja ele quem for, mais cedo ou mais tarde essa questão estará plenamente resolvida em sua consciência.



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