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terça-feira, 29 de março de 2022

COMO OS FLUIDOS PERISPIRITUAIS ATINGEM UMA PESSOA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Avançando além dos conhecimentos a respeito do Fluido Vital como sintetizado na nota à questão 70 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec desenvolveu inúmeras observações sobre a novidade resultante dos esclarecimentos dos Espíritos ouvidos por ele. Na sequencia, uma demonstração disso destacada da matéria com que abre o número de janeiro de 1863 da REVISTA ESPÍRITA. Escreve ele: - O perispírito representa importante papel em todos os fenômenos da vida; é a fonte de uma porção de afecções, cuja causa é em vão buscada pelo escalpelo na alteração dos órgãos, e contra as quais é impotente a terapêutica. Por sua expansão explicam-se, ainda, as reações de indivíduo a indivíduo, as atrações e as repulsões instintivas, a ação magnética, etc. Espírito livre, isto é, desencarnado, substitui o corpo material; é o agente sensitivo, o órgão por meio do qual ele age. Pela natureza fluídica e expansiva do perispírito, o Espírito alcança o indivíduo sobre o qual quer atuar, rodeia-o, envolve-o, penetra-o e o magnetiza. Vivendo em meio ao mundo invisível, o homem está incessantemente submetido a essas influências, assim como às da atmosfera que respira, traduzindo-se aquelas por efeitos morais e fisiológicos dos quais não se dá conta e que, muitas vezes, atribui a causas inteiramente contrárias. Essa influência difere, naturalmente, segundo as qualidades, boas ou más, do Espírito. Se ele for bom e benevolente a influência, ou, se quisermos, a impressão, é agradável e salutar; é como as carícias de uma terna mãe, que abraça o filho. Se for mau e perverso, será dura, penosa, aflitiva e por vezes perniciosa; não abraça: constrange. Vivemos num oceano fluídico, expostos incessantemente a correntes contrárias, que atraímos ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva o seu livre-arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho. Como se vê, isto é inteiramente independente da faculdade mediúnica, tal como é concebida vulgarmente. Estando a ação do mundo invisível na ordem das coisas naturais, ela se exerce sobre o homem, abstração feita de qualquer conhecimento espírita. Estamos a elas submetidos, como o estamos à influência da eletricidade atmosférica, mesmo não sabendo a Física, como ficamos doentes, sem conhecer a Medicina. Ora, assim como a Física nos ensina a causa de certos fenômenos e a Medicina a de certas doenças, o estudo da ciência espírita nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do mundo invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável. A mediunidade é o meio direto de observação. O médium – que nos permitam a comparação – é o instrumento de laboratório pelo qual a ação do Mundo Invisível se traduz de maneira patente. E, pela facilidade que nos oferece de repetir as experiências, permite-nos estudar o modo e os diversos matizes desta ação. Destes estudos e destas observações nasceu a ciência espírita.



Esta questão foi formulada pela Miraide Pacheco Albero, da Casa Espírita Allan Kardec. Ela disse que tem lido nas obras espíritas casos de encarnações planejadas pelos Espíritos, como é o caso do personagem Segismundo, do livro “Missionários da Luz” de André Luiz. Ela quer saber como se dão as chamadas “reencarnações compulsórias”.


Esta questão é muito interessante e oportuna e, portanto, merece reflexão. Nesse mesmo livro, MISSIONÁRIOS DA LUZ, o instrutor Alexandre esclarece André Luiz, dizendo: “ Assim como desencarnam diariamente milhares de pessoas sem a menor noção do ato que experimentam. Somente as almas educadas têm compreensão real da verdadeira situação que se lhes apresenta em frente da morte do corpo”.


E Alexandre completa, dizendo: “A maioria dos que retornam à existencia corporal ... é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhes organizam novas tarefas redentoras, e quantos recebem tal auxílio são conduzidos ao templo maternal como crianças adormecidas”. Observe, bem!.. Aqui, Alexandre está se referindo aos Espíritos que não participam do planejamento de sua reencarnação. Na verdade, eles não estão bastante amadurecidos ou não têm condições para isso, razão pela qual são os benfeitores que planejam a encarnação para eles.


Entendemos, assim, que quando a reencarnação não pode ser planejada pelo próprio reencarnante, porque lhe falta condições para tal, ela geralmente é dirigida por Espíritos Maiores, que atuam especificamente nas chamadas “câmaras reencarnatórias”. Tais Espíritos são preparados para uma nova experiência, que lhe permita desenvolver-se em algum aspecto de sua evolução. Naturalmente, são Espíritos de um nível de esclarecimento muito baixo e que, como crianças guiadas por pais ou professores, precisam de orientação quanto ao caminho que devem seguir.


As reencarnações compulsórias variam ao infinito, pois depende da condição espiritual de cada um. Nelas podemos apontar as encarnações de emergência que, como o próprio nome está dizendo, devem acontecer por causa de uma necessidade imperiosa. Muitas vezes, diferentemente das encarnações planejadas, não há tempo suficiente para estabelecer metas com antecedência, pois os Espíritos Benfeitores trabalham também com probabilidades, como são os casos em que a encarnação surge de uma gravidez indesejável, que ocorreu em virtude de um encontro casual.


No livro, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, ao abordar casos de Espíritos de baixa condição moral, devido ao magnetismo hostil da mente, André Luiz afirma que eles são submetidos quase que inteiramente às leis da hereditariedade, mesmo porque não há tempo para qualquer ação antecipada da Espiritualidade nesse sentido, assim como acontece com a semente que cai da árvore em solo fértil e germina incontinenti. Esse aspecto é importante, porque o Espírito fica dependendo mais do direcionamento do código genético dos pais do que propriamente de si mesmo. 





 

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