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segunda-feira, 28 de março de 2022

PRESTEMOS ATENÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

No Mundo Espiritual muita gente vai se surpreender. Lá não seremos identificados pela importância, ou melhor, pela suposta importância no mundo”, comentou Chico Xavier com um grupo de amigos. Cada um terá sua porta de acesso à verdadeira vida, bem como uma realidade muito pessoal a enfrentar. Nossas ideias, revelam os estudos propiciados pelo Espiritismo, especialmente as inferiores, com o tempo, se cristalizam em nossa alma, impondo-nos aflitiva fixação mental, decorrente de nossas criações íntimas. Em muitos casos, seu despertar se faz através dos chamados trabalhos de desobsessão realizados em nossa Dimensão. É o caso do Espírito cujo depoimento reproduziremos a seguir. Oculto, por razões óbvias, apenas pela inicial F. de seu nome, ocupou a mediunidade psicofônica de Chico ao final da reunião de 24 de junho de 1954, retornava, oferecendo um alerta para todos nós. Entre outras coisas, diz ele: -“Com aprovação de vossos orientadores, venho trazer-vos meu reconhecimento e algo de minha amarga experiência, como aviso de um náufrago aos viajantes do mundo. Quantas vezes afirmei que o dinheiro era a solução da felicidade!.. Quanto tempo despendi, acreditando que a dominação financeira fosse o triunfo real na Terra!... No entanto, a morte me assaltou empelna vida, assim como o tiro do caçador surpreende o ássaro desprevenido no malto inculto...Como foi o meu desligamento do corpo físico e quantos dias dormi na sombra, por agora, nada sei dizer. Sei hoje apenas que acordei no espaço estreito do sepulcro, com o pavor de um homem que se visse repentinamente enjaulado. Sufocava-me a treva espessa. Horrível dispneia agitava-me todo. Queria o ar puro...Respirar...respirar...E gritei por socorro. Meus brados, contudo, se perdiam sem eco. Ao cabo de alguns instantes, notei que duas mãos vigorosas me soergueram e vi-me, depois de estranha sensação, na paz do campo, sorvendo o ar fresco da noite. Que lugar era aquele? Uma casa sem teto? De repente, a cambalear, reconheci-me rodeado de grandes caixas fortes... Ao frouxo clarão da Lua, reparei que essa caixas fortes surgiam milagrosamente douradas...Tateei-as com dificuldade, percebi palavras em alto relevo e verifiquei que eram túmulos...Espavorido, transpus apressado as grades daquela inesperada prisão. Vi-me, semilouco, na via pública. Devia ser noite alta. Na rua, quase ninguém...Um bonde retardado apareceu. Achava-me doente, inquieto e exausto, mas ainda encontrei forças para clamar: -Condutor!...Condutor!...O homem, porém, não me ouviu. Caminhei mais depressa. Tomei o veículo em movimento e consegui a situação do pingente anônimo; todavia, com espanto, observei que o bonde era todo talhado em ouro...As pessoas que o lotavam vestiam-se de ouro puro.O motorneiro envergava uniforme metálico. Intrigado, sentia medo de mim mesmo. E, para distrair-me, tentei estabelecer uma conversação com vizinhos. Os circunstantes, porém, pareciam surdos. Ninguém me ouvia. Vencendo embaraços indefiníveis, alcancei minha residência. As portas, no entanto, jaziam cerradas. Esmurrei, chamei, supliquei... Mas tudo era silêncio e quietação. E quando fitei o frontispício do prédio, o ouro me cercava por todos os lados. Acomodei-me no chão de ouro e tentei conciliar, debalde, o sono, até que, manhãzinha, a porta semiaberta permitiu-me a entrada franca. Tudo, porém, alterara-se em minha ausência. Ninguém me reconheceu. Fatigado, avancei para meu leito.... Mas o velho móvel se me apresentava agora em ouro maciço. Senti sede e procurei a água simples, entretanto, o líquido que jorrava era ouro, ouro puro... Faminto, busquei nosso antigo depósito de pão. O pão, todavia, transformara-se. Era precioso bloco de ouro, de cuja existência, até então, não tinha qualquer conhecimento em nossa casa. Meditei... Meditei...Todos os meus afeiçoados como que como que conspiravam contra mim... Não passava de intruso em minha própria moradia. Dia terrível aquele em que reassumia ou tentava reassumir meu contato com os seres amados que, naturalmente, me deviam assistência e carinho”. F prossegue em seu testemunho confirmando que nosso “desejo-central”, aprisiona-nos nos efeitos do que causamos em nossas próprias encarnações.

Por que é que a gente, depois de ter os filhos criados e vários netos, começa a se desgostar da vida? Será que é porque estamos chegando perto da morte? (anônima)


Muito cuidado, cara ouvinte! Muito cuidado! O Espiritismo nos ensina que a vida é uma jornada muito preciosa para desistirmos antes do fim. Ela nos é dada como oportunidade de crescimento, para que vivamos o máximo possível aqui na Terra – e com entusiasmo, naturalmente. Não devemos entregar os pontos antes da hora. Quando não tomamos esse cuidado, podemos antecipar a morte, partindo antes do tempo, e nos decepcionando muito do lado de lá.


Não acredite que seu tempo está vencido. Não está. Ninguém completa sua jornada até que o último minuto do relógio da vida se esgote. E um minuto a mais na vida de qualquer pessoa pode fazer uma grande diferença na sua evolução espiritual. O que acontece, infelizmente, é que as pessoas vão se convencendo de que já fizeram o que tinham de fazer, já aprenderam o que tinham de aprender e, portanto, a vida para elas não teria mais sentido. É errado pensar assim.


Esse é um erro que a própria sociedade precisa corrigir. As pessoas estão vivendo mais tempo hoje. Nunca o ser humano viveu tanto e, por isso, cada vez mais está se espalhando uma mentalidade de que a velhice é bem mais interessante do que se imaginava. O idoso sempre esteve relegado até no seio de sua própria família. Primeiro, porque ele mesmo ia se isolando no seu cantinho, perdendo o interesse pelas coisas e pelos fatos. Em segundo lugar, porque os mais jovens achavam isso natural, passando a considerar que, realmente, não era interessante ficar velho.


Mas essa mentalidade, aos poucos, está sendo superada. Cada idade tem suas vantagens e desvantagens; cada idade tem seus próprios interesses. Hoje, mais do que nunca, as pessoas mais idosas precisam buscar seus interesses na vida, não se deixando levar pelo desânimo por se julgarem inúteis. Nada disso. A velhice deve ser vista como o coroamento de uma longa jornada; o idoso precisa ser respeitado pela experiência de vida e pelo conhecimento que adquiriu e que, hoje, pode passar para os mais jovens.


A notável poetisa goiana, Cora Coralina, que viveu quase um século, só se tornou famosa aos 70 anos, quando escreveu seu primeiro livro. Ela mesma disse que, se o escrevesse esse livro antes dessa idade, com certeza, não sairia tão bom, pois não há nada que possa substituir os anos de vida na experiência de uma pessoa. Aos 70 anos, portanto, nasceu-lhe um novo impulso de vida. Ela se agarrou a ele e, em pouco tempo, passou a integrar o quadro dos poetas mais destacados do Brasil, deixando para todos nós profundas lições de vida.


Portanto, viva a vida em plenitude. Não se preocupe com a morte. Para o Espírito o que interessa é a vida, que deve ser vivida com desprendimento, com alegria, fazendo com que cada minuto, por difícil que seja, se constitua numa importante momento de boa convivência. Conviver é a nossa maior necessidade; isolamento é contra a natureza humana. Busque pessoas, faça algo com elas, faça algo por elas, mas sinta-se útil e livre, para amar e ser amada. É o que Deus quer de nós, cara ouvinte.




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