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quarta-feira, 16 de março de 2022

NA DIREÇÃO DA VERDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A primeira e poderosa multinacional da fé não conseguiu ultrapassar em mais de um milênio os limites do que era conhecido como lado Ocidental da Terra. Tentou-se, como a História registra, através da força iniciar a catequização do Oriente, mas a índole agressiva dos povos acessados, rechaçou violentamente as ideias que se lhes tentava incutir, inspiradas num líder pacifista que se procurava apresentar de forma dominadora. Tudo, pelo que se conclui, a partir do início do segundo Milênio, os mil anos da citação do Apocalipse. Os dez séculos que se passaram revelaram que aqueles que sucederam os seguidores da primeira hora, fixaram-se demasiadamente nos interesses materiais em detrimento dos espirituais, criando uma aura de desconfiança e descrença no poder da mensagem revolucionária de Jesus, o maior de todos os Cristos que se revelaram na nossa Dimensão. Veio o século 20, e, com ele o ambiente propício para que as forças contrárias, representadas pelo surto acelerado de progresso científico e tecnológico, pudessem disseminar na mesma intensidade, o desinteresse pelas coisas espirituais. E, uma guerra racial que dividia um País, foi uma das estratégias usadas para apagar a inspirada cena do presépio que há oito séculos revivia o momento histórico do nascimento de Jesus. Atendendo pedido do presidente da grande nação norte-americana, um ilustrador se valeu das tradições preservadas por imigrantes europeus que cultuavam uma lenda no mesmo dia do reservado pelos católicos às celebrações do Natalício ou Natal, e, eles, protestantes, distribuíssem alegria às crianças através de presentes trazidos pelo bom São Nicolau. Nascia assim Papai Noel, que visitava os lares fazendo a felicidade, desenvolvendo o mesmo hábito cultivado pelos devotos de São Nicolau. Uma poderosa indústria de refrigerantes serviu para a outras nações onde atuava os mesmos procedimentos relacionados a Papai Noel. Algumas décadas depois, exceção feita aos países onde a educação no seu sentido mais exato é precária, o culto ao nascimento de Jesus foi esmaecendo. Hoje, ainda no início do século 21, observa-se uma ausência quase que completa do conhecimento sobre Jesus e sua proposta, aproveitando-se a data simbólica da sua entrada em nosso Mundo para excessos gastronômicos e etílicos. Jesus foi esquecido pela vigorosa força materialista do Papai Noel e, mesmo este, terá certamente sua influência atenuada com o nascimento das novas gerações que desembarcam diariamente na Terra pelos programas reencarnatórios. Uma análise da realidade social do mundo permite concluir-se isso. Povos africanos e asiáticos, apesar da superficial ocidentalização de seus comportamentos e estilos de vida, pelas dificuldades econômicas e sociais, se passarem por essa fase, o farão rapidamente sem que o predominante de suas populações se deixem inebriar e enganar por tais fantasias. A crescente influência islâmica se incumbirá de acelerar esse processo varrendo para longe o que se interpor ao seu radicalismo. Neste mundo classificado pelos Espíritos de expiação e provas não poderia ser diferente. Discorda? O que além do Natal ou de uma ou outra data comemorativa significa Jesus para você? Mesmo enaltecendo seus feitos ou reverenciando seu nome de forma solene, o quanto ele interfere em sua vida diária. Dos mais decantados preceitos de suas lições – não julgamento, perdão, reconciliação, amor aos semelhantes; amor a Deus – em quais, você receberia uma nota máxima, média ou baixa? Se Jesus é o personagem principal de suas convicções religiosas, o que você sabe sobre ele? Pois bem: é Natal mais uma vez em sua vida, o que você fará para homenagear simbolicamente o aniversariante. Crês que tem alguma importância empanturrar-se de alimentos ou derivados alcóolicos? O Planeta, por sinal notará sua manifestação? Para Jesus o que realmente importará é a mão que se estenderá na direção do seu irmão menos favorecido. 



Um ouvinte anônimo nos colocou o seguinte questionamento. “Com relação às sessões feitas nos centros espíritas, não é muita pretensão achar que, evocando os mortos, vamos resolver os problemas de milhões de pessoas que morrem diariamente em todo o mundo? Todos esses espíritos vão se comunicar nos centros para receber ajuda? “


Na verdade, essa não é a pretensão dos espíritas. As sessões espíritas, realmente, podem ajudar o atendimento a desencarnados, mas só ajudar. A ação maior, o verdadeiro atendimento, é feito pelos Benfeitores Espirituais, que buscam recursos em todos os lugares (e não só nos centros espíritas) para promoverem a assistência aos desencarnados necessitados. Eles se valem de todas as situações em que pessoas de boa vontade (de qualquer religião) se reúnem para um fim nobre. Se dependessem só dos espíritas, o que teria acontecido para os desencarnados, antes do surgimento do Espiritismo?


É claro, portanto, que os Espíritos, que se ocupam em ações de assistência, trabalham com recursos do pensamento dos encarnados em geral, e não só dos espíritas. Chico Xavier, em mais de uma ocasião, se manifestou sobre as atividades dos Espíritos, enquanto ele, ainda criança, participava das missas na igreja de Pedro Leopoldo. Ele via os Espíritos Benfeitores, ali presentes, ajudando as pessoas, e, com certeza, não só os encarnados, aproveitando as energias produzidas pelas preces sinceras na hora da comunhão. Isso mostra como que a Espiritualidade elevada trabalha, porque, para os Espíritos Superiores, não importa a crença de cada um, mas, sim, o potencial de amor e de bondade com que possa servir à causa do bem.


Nas obras de André Luiz vemos inúmeros casos de socorro aos desencarnados, realizados através de orações de seus familiares em suas próprias casas. Muitas vezes, até mesmo Espíritos estranhos à família se socorrem de preces isoladas de pessoas de boa vontade. Num desses casos, enquanto uma mulher orava em favor da mãe, que estava desencarnando, vários Espíritos vieram se valer do conteúdo mental superior de sua prece para se beneficiarem.


Nós, ainda, somos muitos ciosos com relação à religião que professamos. Queremos, por vezes, estar com toda a verdade, achando que os outros, por pensarem diferente de nós, nada significam. Engano nosso! Na verdade, todos somos filhos de Deus, todos participamos da construção de um mundo melhor e todos sempre temos algo a oferecer ao trabalho em benefício de um mundo melhor. Os espíritas sabem que a humanidade não é constituída apenas dos encarnados; os desencarnados, que são em maior número, também fazem parte da humanidade. E, assim, como entre nós, existem ações de atendimento, de socorro, de educação em favor da população, também no plano espiritual existe muito trabalho nesse sentido.


Todas as vezes que pessoas de boa-fé e de boa vontade se reúnem em torno de um ideal superior – como acontece com os eventos de todas as religiões – sempre haverá Espíritos ligados a esses movimentos, que saberão aproveitar os recursos mentais, produzidos pela mente dos fiéis, para ajudar os desencarnados. Aliás, nem poderia ser diferente: os desencarnados também pertencem a religiões diferentes e eles, certamente, são ajudados mais pelas comunidades religiosas com que se afinam, através das orações e cultos.


No meio espírita, como temos consciência disso, procuramos direcionar nossas atividades também para os desencarnados em geral, pois acreditamos, que tendo consciência disso, temos também maior responsabilidade no desempenho desse encargo. Aliás, os trabalhos mediúnicos são necessários nesse sentido, mas constituem também numa atividade de difícil realização, quando queremos dar-lhe um sentido realmente elevado.


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