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terça-feira, 1 de março de 2022

CARNAVAL - TRANSE ALUCINATÓRIO ALIENANTE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Grande, expressiva faixa da humanidade terrena transita entre os limites do instinto e os pródromos da razão, mais sequiosos de sensações do que ansiosos pelas emoções superiores. Natural que se permitam, nestes dias, os excessos que reprimem por todo o ano, sintonizados com as Entidades que lhes são afins. É de lamentar, porém, que muitos se apresentam, nos dias normais, como discípulos de Jesus, preferindo, agora, Baco e os seus assessores de orgia ao Amigo Afetuoso”. Os razoavelmente esclarecidos pelos conteúdos do Espiritismo não tem dificuldade de entender a ponderação do Dr Bezerra de Menezes ao Espírito Manuel Philomeno de Miranda nas páginas do livro NAS FRONTEIRAS DA LOUCURA (alvorada). Numa das cenas capturadas pelo autor, podemos ter uma ideia dos bastidores das grandes concentrações humanas em diferente localidades brasileiras: -“A cidade, regorgitante, era um pandemônio. A multidão de desencarnados, que se misturava à mole humana em excitação dos sentidos físicos, dominava a paisagem sombria das avenidas, ruas e praças feericamente iluminadas, mas cujas luzes não venciam a psicosfera carregada de vibrações de baixo teor. Parecia que as milhares de lâmpadas coloridas apenas bruxuleavam na noite, como ocorre quando desabam fortes tempestades. Os grupos mascarados eram acolitados por frenéticas massas de seres espirituais voluptuosos, que se entregavam a desmandos e orgias lamentáveis, inconcebíveis do ponto de vista terreno. Uns magotes desenfreados atacavam os burlescos transeuntes, tentando prejudicá-los com as induções nefastas que se permitiam transmitir. Outros, compostos de verdugos que não disfarçavam as intenções, buscavam as vítimas em potencial para alijá-las do equilíbrio, dando início a processos nefandos de obsessões demoradas. Podíamos registar que muitos fantasiados haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas, em visitas a regiões inferiores do Além, onde encontravam larga cópia de deformidades e fantasias do horror de que padeciam os seus habitantes em punição redentora, a que se arrojavam espontaneamente. As incursões aos sítios de desespero e loucura são muito comuns pelos homens que se vinculam aos ali residentes pelos fios invisíveis do pensamento, em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo. Fixados como clichês mentais, ressurgem na consciência e são recopiados pelos que lhes estão habituados, recompondo, na extravagância do prazer exacerbado, a paisagem donde procedem e à qual se vinculam. A sucessão de cenas, deprimentes umas, selvagens outras, era constrangedora”. Sinalizando o tanto que parte dos Espíritos fixados em tal comportamento pouco avançaram nos últimos milênios, explica o Benfeitor Espiritual: -“Perdendo-se nos períodos mais recuados, as origens do carnaval podem ser encontradas nas bacanálias, da Grécia, quando era homenageado o deus Dionísio. Anteriormente, os trácios entregavam-se aos prazeres coletivos, como quase todos os povos antigos. Mais tarde, apresentavam-se estas festas, em Roma, como saturnalia, quando se imolava uma vítima humana, adredemente escolhida, no seu infeliz caráter pagão. Depois, na Idade Média, aceitava-se com naturalidade: Uma vez por ano é lícito enlouquecer, tomando corpo, nos tempos modernos, em três ou mais dias de loucura, sob a denominação, antes, de tríduo momesco, em homenagem ao rei da alegria... "Há estudiosos do comportamento e da psique, sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira sílaba de cada palavra compôs o verbete carnaval. "Sem dúvida, porém, a festa é o vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade. Observa ainda: -“Não se creia que todos quantos desfilam nos carros do prazer, se encontrem em festa. Incontáveis têm a mente subjugada por problemas de que procuram fugir, usando o corredor enganoso que leva à loucura; diversos suicidam-se, propositalmente, pensando escapar às frustrações que os atormentam em longo curso; numerosos anseiam por alianças de felicidade que os momentos de sonho parecem prometer, despertando, depois, cansados e desiludidos...



O que eu não me conformo é a facilidade com que os políticos criticam seus adversários, sem jamais reconhecer seus méritos. Acho isso de uma grande e descarada falsidade, porque não é possível que num determinado governo só existam falhas e no outro só existam acertos. Até quando vamos continuar com esse teatro no cenário do mundo? (R.B.M.)


A política é a arte de administrar e, para administrar, são necessárias as leis. Políticos, neste sentido, são as pessoas que ocupam os cargos administrativos e os cargos legislativos, ou sejam, os que governam e os que elaboram leis – o prefeito e os vereadores, o governador e dos deputados estaduais, o presidente da República e o Congresso Nacional, este formado por deputados e senadores. Entretanto, tais homens que, num país democrático, são eleitos pelo povo, são tão imperfeitos como qualquer cidadão. Aliás, eles são escolhidos entre os cidadãos do povo.


Desse modo, a política reflete o que é a sociedade. Isso significa que os problemas que encontramos no seio da comunidade - na família, no trabalho e no âmbito maior da sociedade – existem também no meio político. Como os cargos públicos são conquistados pelo voto, todos estão interessados em se elegerem e, por isso, travam uma batalha permanente entre os partidos, cada qual querendo se mostrar melhor do que o outro. Essa luta, que deveria sempre colocar o bem geral acima do bem particular, ainda se encontra muito longe desse objetivo, uma vez que, sendo os homens imperfeitos, muitas vezes, misturam seus aos interesses do povo, buscando benefícios próprios.


Quando não são os candidatos que agem assim, são os partidos que esses candidatos representam. Para isso, eles lançam mão de todos os recursos disponíveis, não importando, muitas vezes, se são moralmente corretos ou não. Dizer a verdade, nua e crua, portando, não é praxe do político, porque, certamente, ela não lhe traria o tipo de vantagem imediata que está buscando. Isso, porém, não significa que todos os políticos estejam corrompidos, mas que todos, de uma maneira ou de outra, são empurrados para o lado da corrupção, por causa das tendências negativas de que o ser humano, individual ou coletivamente, ainda é portador.


Por essa razão é que as campanhas eleitorais acabam se tornando um teatro ou uma representação muitas vezes hilária ou ridícula, onde todos se apresentam como modelos de perfeição, criticando ferrenhamente seus adversários e não vendo neles uma só qualidade. O povo, no entanto, sabe disso, mas, por enquanto, não tem outra escolha, a não ser aceitar essa situação e continuar a representação, onde os políticos fingem que são perfeitos e os eleitores fingem que acreditam nisso. Como dissemos, é o quadro moral que criamos para a nossa sociedade e que só vai melhorar quando o cidadão realmente estiver interessado no bem coletivo, e lutar por ele.




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