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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

SE TODOS SOUBESSEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


O material gerado de forma mais intensa através da mediunidade de Chico Xavier a partir de 1970 expondo a situação de centenas de crianças, jovens e adultos cujas vidas físicas foram interrompidas pelo fenômeno da morte, contem enorme quantidade de informações sobre a realidade com a qual nos defrontaremos mais hoje, mais amanhã. Familiares nos recebendo, resgate, hospitalização, tratamentos específicos, ligações mento-emocionais não apenas não cessadas como intensificadas repercutindo de ambos os lados, entre outros dados construíram conteúdos os mais diversos sobre a realidade peculiar a que foi ou permaneceu na retaguarda de nossa Dimensão. Seria, contudo, possível generalizar essas informações? O próprio Chico Xavier, numa conversa com amigos, disse que “oitenta porcento das criaturas que desencarnam, voltam-se para a retaguarda sem condições de ascenderem a Planos Elevados. Apenas vinte porcento gravitam para Esferas mais altas”. Em resposta inserida na obra O CONSOLADOR (feb, 1940), o Instrutor Espiritual Emmanuel já explicara que “a situação de surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis que determinam a morte física, proporcionam sensações muito desconfortáveis à alma desencarnada, condição útil e necessária para que o Espírito alije o fardo de suas impressões nocivas do mundo e penetre mais tranquilo na Vida Espiritual”.  Numa elucidativa mensagem incluída no livro FALANDO À TERRA (feb,1952), o autor-espiritual Abel Gomes esclareceu que somente alguns poucos Espíritos treinados no conhecimento superior conseguem evitar as deprimentes crises de medo que, em muitos casos, perduram por longo tempo”. Esclarecendo-nos mais, Emmanuel diz que a impressão da alma no momento da morte varia com os estados de consciência dos indivíduos (...). Geralmente, nas primeiras horas pós-morte, ainda se sente o Espírito ligado aos elementos cadavéricos. Laços fluidicos imperceptíveis ao poder visual, ainda se conservam unindo a alma recém liberta ao corpo exausto”. O Espírito André Luiz tratando do problema na obra MISSIONÁRIOS DA LUZ (FEB,1945), informa que “a morte física não é banho milagroso, que converta maus em bons e ignorantes em sábios de um instante para outro. Há desencarnados que se apegam aos ambientes domésticos, à maneira de hera às paredes. Outros, contudo, e em vultoso número, revoltam-se nos círculos da ignorância que lhes é própria e constituem as chamadas legiões das trevas, que afrontam o próprio Jesus, por intermédio de obsidiados diversos. Organizam-se diabolicamente, formam cooperativas criminosas e ai daqueles que se transformem em seus companheiros. Os que caem na senda evolutiva, pelo descaso das oportunidades divinas, são escravos sofredores desses transitórios, mas terríveis poderes das sombras, em cativeiro que pode caracterizar-se por longa duração” e, em OS MENSAGEIROS(feb,1944),que, “após a morte, é preciso desencarnar também os pensamentos. As criaturas que se agarram no Plano Espiritual às impressões físicas, criam densidade para seus veículos de manifestação”. Do acervo construído com as mensagens recebidas por Chico Xavier destacamos 3 exemplos para nossas reflexões: CASO 1 - Sergio Luiz Mandarino / Causa Morte: acidente de trânsito aos 21 anos / Impressões : Inércia ocasionada por anestésicos violentos ministrados nele logo após o acidente, despertando assombrado em meio ao velório e às lagrimas dos familiares, vendo ao seu lado o avô, morto 15 anos antes. Concluída a cerimônia fúnebre, foi transferido para hospital do Mundo Espiritual a fim de receber tratamento de que se fazia necessitado. Caso 2 - Luiz Alves, enfermeiro / Causa Morte : suicídio por tiro no coração aos 30 anos /  Impressões : Se reconheceu muito mais vivo que antes, continuando ligado à carcaça inerte, entregue a Escola de Medicina por não dispor de parentes ou amigos que lhe solicitassem os despojos. Chumbado ao corpo, passou a servir em demonstrações anatômicas, completamente anestesiado, ignorando dores físicas, não obstante cortado de mil modos.(..) Chorava, gritava, reclamava sem  ser ouvido.Com o tempo, desgastou-se-lhe a vestimenta de carne nas atividades de cobaia, transformando-se no esqueleto admirado por todos. Vinte e seis anos se passaram até que se libertasse e iniciasse o processo de recuperação. CASO 3 - Joaquim Dias, homem comum, vivia em companhia dos pais, esposa e um filho. / Causa Morte: Enfermidade associada à insanidade mental decorrente do alcoolismo iniciado décadas antes ao sorver alguns goles com que tentava afugentar pequeninos problemas da vida./ Impressões: Ignorando a própria morte, foi atraído, para a turba de delinquentes a que vibratóriamente se afeiçoara enquanto encarnado, sofrendo-lhes a pressão, assimilando-lhes os desvarios e, com eles, procurando novamente embebedar-se, mergulhando, tempo depois na insatisfação, afastando-se dos comparsas, passando a ser dominado por sede implacável que não conseguia saciar,pois, todas as possíveis formas de saná-la estavam associadas às miragens expiatórias que criara envolvendo os pais, a esposa, os filhos enquanto  com eles conviveu, permanecendo assim por décadas até que enfermeiros da Vida Espiritual, pelos talentos da prece, aplacaram-lhe a sede, ofertando-lhe água pura.





Pergunta enviada pelo Roberto Silva, de Vila Rebelo. Vocês acham que a Ciência ainda vai provar a existência de Deus?
Se você perguntasse se a Ciência chegará à descoberta do Espírito, seria mais fácil responder, Roberto. A ciência, principalmente a Física, embora tenha passado por um expressivo alargamento de conceitos no último século – após a Teoria da Relatividade de Einstein e o surgimento da Física Quântica - na verdade, ainda está longe de penetrar no conhecimento do Espírito, quanto mais de Deus. Por que?
 Porque o conhecimento científico – que ainda é muito novo na história, com pouco mais de 500 anos – apoiou-se apenas e tão somente na busca do que é imediato, visível, palpável, ou seja, das coisas concretas, que consideramos reais. Desse modo, ela pôde descobrir leis que regem certos fenômenos da natureza como, por exemplo, a chuva. Hoje a Ciência pode dar milhares de informações sobre a chuva que, inclusive, são de grande utilidade para nós.
Desde de centenas de milhares de anos atrás, o homem tem visto a chuva, tem experimentado seus efeitos e conhecido sua grande utilidade para a vida, quase sempre dando a ela uma conotação de coisa sobrenatural. Mas os conhecimentos do passado distante sobre esse fenômeno atmosférico já não servem mais aos dias de hoje, pois a ciência foi capaz de observar, perceber, experimentar e descobrir mecanismos que regulam a chuva, criando um campo próprio de estudo e pesquisa a respeito, a que chamamos de Meteorologia.
E embora a chuva nos pareça hoje um fenômeno dos mais comuns e dos mais fáceis de entender, atreveríamos a perguntar: será que a Ciência sabe tudo sobre a chuva? Acreditamos que não, acreditamos que muita coisa ela ainda tem a descobrir e vai continuar descobrindo; até quando, não sabemos!... É que a  Ciência parte do estudo das coisas concretas e particulares para descobrir leis que regem os fenômenos em geral. Ela conhece das coisas apenas aquilo que ela acha que as coisas são, até que surja um novo conhecimento e mude o conhecimento anterior.
A ciência parte, como dissemos, das coisas concretas e, devagar, vai estendendo sua observação e tirando conclusões gerais, de conformidade com a capacidade intelectual do homem. Como ela só conhece das coisas aquilo que ela consegue perceber; logo, ela não conhece o que ainda está fora de seu campo de visão. Partindo do particular para o geral, ela tira conclusões, que não podem ser facilmente aceitas, se não se fizer o caminho contrário (partir do geral para o particular), e este caminho quem faz não é a ciência, Roberto, é a Filosofia.
 É por isso que Deus não pode ser objeto de estudo da Ciência, pois só chegamos ao conhecimento de Deus, como fez Allan Kardec, pela dedução (que é própria da Filosofia) e não pela indução (que é o caminho que prevalece na Ciência). Sendo Deus a verdade ou a realidade supremas, não temos como conhecer a sua essência, pois todos ( e tudo que existe) estamos contidos nessa realidade, nesse todo existencial, cuja essência e cuja dimensão escapam à nossa capacidade de entendimento. 
 Este, na realidade, não é um campo dessa ciência que conhecemos, mas é um campo próprio da Filosofia ( que estuda à luz da razão) e, em nosso caso específico, da Filosofia Espírita. Allan Kardec começa O LIVRO DOS ESPÍRITOS questionando a existência e os atributos de Deus, mas o faz com base no pensamento lógico, uma vez que essa realidade transcendental é impossível de ser verificada pela Ciência – pelo menos, pela Ciência que conhecemos. Foi por essa razão que Kardec concluiu que Ciência e Espiritismo se completam, conforme lemos em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
















                                                                                             

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