faça sua pesquisa

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

FUNÇÃO NOBRE DA MEDIUNIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Quando Allan Kardec escreveu n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS que a “mediunidade é inerente ao homem, podendo dizer-se que todo mundo é, mais ou menos, médium” e, que a “faculdade propriamente dita é orgânica”, ainda não se tinha no Mundo Ocidental associado a mesma à glândula pineal ou epífise. Escolas religiosas da Antiguidade, contudo, já dominavam tal conhecimento e o próprio filósofo e matemático René Descartes a considerava a sede da alma. Kardec foi além, escrevendo que “o médium fez pelo Mundo Invisível o mesmo que o microscópio pelo mundo dos infinitamente pequenos”, diante da quantidade espantosa de informações vertidas do Plano Espiritual abrindo caminho para uma compreensão mais precisa sobre a razão de ser e existir. O tempo foi consagrando o acerto de suas afirmações com os Espíritos do Senhor fomentando o surgimento de inúmeras alternativas para o acesso das criaturas humanas aos princípios da Verdade concernente à sua própria imortalidade. Múltiplas formas de manifestação por sinal classificadas previamente pelo erudito pesquisador foram despertando consciências ao redor do Planeta em que vivemos. No Brasil, o caso Chico Xavier, especialmente, nas três últimas décadas de sua tarefa, constitui-se em importante e segura fonte de pesquisa. Sobre essa fase, afirmou que “como médium, essa tarefa das cartas de consolação aos familiares em desespero na Terra foi o que sempre mais me gratificou”, pois, “não existe sofrimento maior do que a dor de perder um filho”. Acrescentou outra ocasião que “os Espíritos ainda não encontraram uma palavra para definir a dor de um coração de mãe quando perde um filho”. E esse conforto em grande parte deve-se à mediunidade que interliga diferentes Dimensões existenciais. Prova disso é o trabalho do também médium norte-americano James Van Praagh, autor do livro autobiográfico CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS (salamandra,1998). Convivendo com a paranormalidade desde a infância sem que compreendesse bem suas percepções, já adulto acatou os conselhos de outro sensitivo, buscou instrumentalizar-se de conhecimentos e pôs-se a trabalhar para a Espiritualidade, oferecendo conforto e esperança para pessoas que o procuraram na expectativa – apesar do ceticismo da maioria - de obter algum tipo de informação sobre os porquês da dura separação nunca cogitada nesse mundo em que o materialismo ofusca qualquer possibilidade de atentar-se para outros aspectos da vida. James em seu livro generosamente repassa sua visão pessoal dessa realidade, fundamentando-se não só nas pesquisas que fez, mas também na experiência acumulada ao longo de vários anos de trabalho e convivência com a dor alheia. Exemplificando suas opiniões com casos atendidos, esclarece o pós-morte no caso de transições trágicas, acidentes fatais, AIDS, suicídio, descrevendo o clima de intensa emoção quando de reencontro dos que se amam. Apesar das diferenças culturais e o “modus operandi” fundamentalmente diferente do observado através de Chico Xavier, os resultados surtem o mesmo efeito: aplacam as dores da alma. Pena que poucos médiuns se interessam por se dedicar e aperfeiçoar nessa linha de trabalho. O próprio médium mineiro mostrou outro lado da questão em comentário feito ainda quando encarnado sobre a questão dizendo: -“Não entendo os nossos irmãos que combatem esse tipo de intercâmbio com o Mundo Espiritual. Eles se esquecem de que os que partiram também desejam o contato. O médium, sem dúvida, pode, em certas circunstancias rastrear o Espírito, mas, na maioria das vezes, é o Espírito que vem ao médium. O trabalho da Espiritualidade é intenso. Para que um filho desencarnado envie algumas palavras de conforto aos seus pais na Terra, muitos Espíritos se mobilizam. Isso não é uma evocação. Não raro são os próprios filhos desencarnados que atraem os seus pais aos Centros Espíritas: desejam dizer que não morreram, que continuam vivos na Outra Dimensão, que os amam e que haverão de amá-los sempre”. Falando de si remetendo-nos a uma reflexão, Chico conclui: -“Oro todos os dias pelas mães que perderam filhos, sobretudo em condições trágicas, como um assassinato, por exemplo. Deus há de se compadecer de todas elas!... Quando elas me procuram, é que verdadeiramente posso sentir a minha insignificância para consolar alguém”... Os “doutores da lei” continuam vigilantes e atuantes. Não percebem a importância da oferta desse serviço para a comunidade nem o quanto seria útil para a propagação da mensagem da imortalidade e das realidades que nos aguardam além dessa vida de onde a qualquer momento sairemos para a necessária avaliação do nível de aproveitamento da reencarnação provavelmente ansiosamente aguardada em algum lugar do passado recente ou remoto.

  Telma Scarpinello, quer saber a posição do Espiritismo diante das profecias de Nostradamus.

 Michel de Notredame, mais conhecido por Nostradamus, foi um médico francês, que viveu no século XVI – de 1503 a 1566,  e que se tornou famoso pelas suas profecias. Pelo que consta de suas biografias, Nostradamus se interessava pela astrologia e era dotado de uma rara faculdade psíquica, através da qual  podia perceber acontecimentos futuros, tanto do futuro próximo, como do futuro distante, até o fim do mundo. Sua obra principal chama-se “As profecias”, que passou a ser interpretada por muitos autores até a atualidade.

 As profecias de Nostradamus são passíveis de muitas interpretações. Dizem alguns de seus intérpretes que ele previu, por exemplo, a segunda guerra mundial, a figura de Adolfo Hitler e até de Osama Bin Laden, além de grandes acontecimentos da História, como a Revolução Francesa. Por isso mesmo, não existe um consenso a respeito de suas profecias, havendo aqueles que as defendem como verdadeiras e os que o acusam de apresentar textos que podem servir a qualquer tipo de interpretação que se queira dar.

Para quem gosta de profecia ou da arte da adivinhação, Nostradamus é, na verdade,  um “prato cheio”, pois suas profecias se apresentam numa linguagem cheia de símbolos, semelhante  às do profeta João no Apocalipse, que cada um interpreta como quer. Isso quer dizer que o autor não dá informações claras e objetivas, mas através de figuras de linguagem, de comparações e metáforas. Os intérpretes é que vão tirando conclusões, depois que os fatos acontecem.

  Por exemplo: alguns autores interpretaram este texto de Nostradamus como o ataque terrorista que resultou na destruição das Torres Gêmeas em Nova York em 2001. O texto de Nostradamus diz o seguinte:  “Na Cidade de Deus acontecerá um grande trovão / Dois irmãos separados pelo Caos / A fortaleza seguirá, o grande líder sucumbe / A terceira grande guerra começará enquanto a grande cidade está queimando."

 Embora o Espiritismo reconheça a existência de pessoas que posam entrever fatos futuros, e não duvide que Nostradamus tenha tido esse dom, a doutrina recomenda muita cautela em relação às chamadas revelações do futuro, principalmente essas que dependem de interpretação.  Além do mais, não podemos esquecer que os Espíritos disseram a Kardec, conforme encontramos n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS” que, “se o homem conhecesse o futuro, ele negligenciaria o presente”, querendo com isso dizer que, o desconhecimento do futuro é necessário para prosseguirmos buscando nossos objetivos com certa tranquilidade.

 A Doutrina nos alerta, portanto, em relação a tais revelações para que não nos deixemos levar pelo entusiasmo de ter feito uma grande descoberta, mas sempre façamos um exame crítico a respeito de qualquer revelação, venha ela de onde vier, mesmo que venha do meio espírita. O conhecimento que devemos ter do futuro deve decorrer, sim, de nossa capacidade de usar o raciocínio e tirar nossas próprias conclusões a partir dos fatos presentes e passados.

 Kardec, no livro A GÊNESE, trata especificamente das chamadas predições e recomenda o uso da razão e do bom senso acima de tudo.  A respeito de profecias, que se apresentam em linguagem simbólica, como as de Nostradamus, ele faz a seguinte crítica: “Por sua ambiguidade, elas se prestam a interpretações muito diferentes, de tal sorte que, segundo o sentido atribuído a certas palavras alegóricas ou de convenção, segundo a maneira de computar o cálculo bizarramente complicado nas datas, e com um pouco de boa vontade, ali se encontra aproximadamente tudo quanto se quer.”















 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário