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domingo, 30 de agosto de 2020

O PENSAMENTO; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR





 A questão, que vamos tratar agora, surgiu numa de nossas reuniões de estudo no Centro Espírita Caminho de Damasco, e é a seguinte:  Por que existem pessoas humildes, semianalfabetas, e que penetram fácil no conhecimento espiritual, enquanto outras, que são estudadas, cultas e diplomadas, não creem nem em Deus?
 Acreditamos que o problema está na evolução espiritual de cada um. Evolução espiritual não quer dizer apenas progresso da inteligência, no sentido comum que damos à palavra inteligência. Há pessoas de elevado saber intelectual – cultas, por assim dizer -  que, no entanto, são pobres em discernimento; ao passo que existem outras, sem escolaridade ou quase analfabetas, que conseguem captar com relativa facilidade a realidade mais ampla da vida.
 Estas últimas parecem intuir mais do que raciocinar. É como se elas tivessem uma antena de captação de algo que não vem pelos sentidos comuns do corpo, mas dos recônditos desconhecidos da alma. São mais tranquilas e mais confiantes, porque usam de discernimento, que é a capacidade de perceber de forma sutil, e sem muito exame, o que está certo e o que está errado, o que é bom e o que é mau.
 A espiritualidade tem informado que o processo evolutivo do Espírito se dá em várias direções ao mesmo tempo. A evolução não é uma linha reta, como se fosse uma escada estreita que a pessoa vai subindo degrau por degrau. Ela se parece mais com uma rede que pode ser tecida a mão em várias direções.  Você tecer mais de um lado do que outro, a escolha é sua. Desse modo, não é difícil concluir que há Espíritos que crescem mais em qualidades morais, enquanto outros progridem mais intelectualmente.
  Por outro lado, sabemos que avaliar o cabedal espiritual de uma pessoa apenas por uma encarnação não é suficiente. Não sabemos qual foi sua trajetória no passado. É possível que o semialfabetizado de hoje já tenha caminhado o suficiente no campo do conhecimento e da cultura através das encarnações anteriores. O fato de ele não se encontrar culturalmente bem servido nesta vida (muitas vezes, por falta de oportunidade) é apenas uma circunstância da encarnação, resultado de sua escolha para desenvolver outras qualidades.
 Por outro lado, devemos considerar que existe uma diferença entre o intelectual e o sábio. O sábio nem sempre é um intelectual, tanto quanto o intelectual nem sempre é sábio. Sabedoria implica num sentido espiritual mais profundo, que vai além do raciocínio, pois envolve sentimentos. Das principais características do sábio destacam-se a humildade e a simplicidade. Contudo, o intelectual pode ser orgulhoso e vaidoso. O ideal é quando a intelectualidade convive com a sabedoria.
 Sócrates, filósofo grego que viveu no século 5 antes de Cristo, costumava dizer que sábio é aquele que sabe que nada sabe, ou seja, é aquele que conhece suas limitações e sua ignorância, até porque o saber não tem limites e, portanto, ninguém é perfeito. Segundo Sócrates é possível encontrar conhecimentos na alma de uma pessoa aparentemente ignorante. Ele criou um método para isso, que chamou de maiêutica, e que consiste, através de diálogo, em levar a pessoa a descobrir o quanto ela sabe e o quanto não sabia que sabia.

































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