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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Reencarnação e Gravidez: Além Do Que Se Vê

O período conhecido como gestação representa uma etapa que nos faz entender como é meritória a decisão da mulher que se propõem a vivenciar a maternidade. Aspectos psicológicos, físicos, emocionais impõem significativas mudanças na vida daquela que cumpre esse papel. Além dos listados, um outro item – talvez, o mais importante –  precisa ser considerado: o espiritual. No livro ENTRE A TERRA E O CÉU, (feb,1954) do Espírito André Luiz através do médium Chico Xavier, encontramos um caso que bem exemplifica tal argumento. Envolve  personagem importante na narrativa cuja gravidez é assistida pelo Ministro Clarêncio e acompanhada, entre outros, pelo Benfeitor Espiritual autor da obra. Trata-se de Zulmira para cujo socorro é acionado Clarêncio ante um quadro grave de inflamação das amidalas que lhe impunham dores lancinantes. A manifestação do problema tinha origem na progressiva ligação com o Espirito Júlio que se preparava para reencarnar através dela. Fornecendo explicações sobre a causa da enfermidade, Clarêncio diz: -“ A questão é sutíl. A mulher grávida, além da prestação de serviço orgânico à entidade que se reencarna, é igualmente constrangida a suportar-lhe o contato espiritual, que sempre constitui um sacrifício quando se trata de alguém com escuros débitos de consciência. A organização feminina, durante a gestação, sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do Ser que se acolhe ao santuário íntimo, envolvem-na totalmente, determinando significativas alterações em seu cosmo biológico. Se o filho é senhor de larga evolução e dono de elogiáveis qualidades morais, consegue auxiliar o campo materno, prodigalizando-lhe sublimadas emoções e convertendo a maternidade, habitualmente dolorosa, em estação de esperanças e alegrias intraduzíveis, mas no processo de Júlio observamos duas almas que se ajustam na mesmas dívidas e na mesma posição evolutiva. Influenciam-se mutuamente”. Acrescenta que “se Zulmira atua, de maneira decisiva, na formação do novo veículo do menino, o menino atua vigorosamente nela, estabelecendo fenômenos perturbadores em sua constituição de mulher. A permuta de impressões entre ambos é inevitável e os padecimentos que Júlio trazia na garganta foram impressos na mente maternal, que os reproduz no corpo em que se manifesta. A corrente de troca entre mãe e filho não se circunscreve à alimentação de natureza material; estende-se ao intercâmbio constante das sensações diversas. Os pensamentos de Zulmira guardam imensa forças sobre Júlio, tanto quanto os de Júlio revelam expressivo poder sobre a nova mãezinha. As mentes de um e de outro como que se justapõem, mantendo-se em permanente comunhão, até que a Natureza complete o serviço que lhe cabe no tempo. De semelhante associação, procedem os chamados “sinais de nascença”. Certos estados íntimos da mulher alcançam, de algum modo, o princípio fetal, marcando-o para a existência inteira. É que o trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja perfeita”. Diz também que “é comum a verificação de exagerada sensibilidade na mulher que engravida. A transformação do sistema nervoso, nessas circunstâncias, é indiscutível. Muitas vezes, a gestante revela decréscimo de vivacidade mental e, não raro, enuncia propósitos da mais rematada extravagância. Há mulheres que adquirem antipatias súbitas, outras se recolhem a fantasias tão inesperadas quanto injustificáveis’. Pondera ainda que “a gestante é uma criatura hipnotizada a longo prazo. Tem o campo psíquico invadido pelas impressões e vibrações do Espírito que lhe ocupa as possibilidades para o serviço de reincorporação no mundo. Quando o futuro filho não se encontra suficientemente equilibrado diante da Lei, e isso acontece quase sempre, a mente maternal é suscetível de registrar os mais estranhos desequilíbrios, porque, à maneira de um médium, estará transmitindo opiniões e sensações da entidade que a empolga(...). O organismo materno, absorvendo as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em desintegração, fluidos esses que nem sempre são aprazíveis ou facilmente suportáveis pela sensibilidade feminina. Daí a razão dos engulhos frequentes, de tratamento até agora muito difícil”.

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