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sábado, 21 de dezembro de 2013

Nada Original


Estudos isentos dos limites impostos por preconceitos revelam que as religiões sempre foram instrumentos de controle social. Divididas, de forma mais explícita, nos aspectos esotéricos (acessível aos chamados Iniciados) e exotéricos (utilizados para domínio das massas). Hoje, sabe-se que o conceito de um Deus único, ou seja, do chamado Monoteísmo, entre outros, remonta à mais remota Antiguidade. Não é uma ideia original contida na Lei Mosaica como se acreditou – ou, nos fizeram acreditar -, por muito tempo. Pode-se dizer que, em certo sentido, todas as religiões antigas eram monoteístas. Tribos africanas, tanto do litoral como das regiões centrais, algumas de difícil contato entre si, adoram um Deus, Supremo, Criador, Onisciente, Misericordioso e sumamente Bom.  Os Vedas, os quatro textos que representam a mais antiga literatura de qualquer língua indo-europeia, escritos em sânscrito por volta de 1500 A.C., preserva a seguinte citação: -“Deus é aquele que sempre foi; Ele criou tudo quanto existe; uma esfera perfeita, sem começo nem fim e à sua fraca imagem. Deus anima e governa toda a Criação pela Providência geral de seus princípios invariáveis e Eternos. Não sonde a natureza da existência daquele que sempre foi; esta pesquisa é vã e criminosa. Basta que, dia a dia, noite a noite, suas obras manifestem sua Sabedoria, seu Poder e Sua Misericórdia”. Antigos livros chineses assim se referem a Deus: -“Ele não teve começo e não terá fim. Ele produziu todas as coisas desde o começo. Ele é quem governa como verdadeiro Senhor; Ele é infinitamente bom e infinitamente justo; Ele ilumina, sustenta e regula tudo com Suprema Autoridade e Soberana Justiça”. Os Celtas, através de seus sacerdotes chamados Druidas, diziam que “Deus é por demais incomensurável para ser representado por imagens fabricadas por mãos humanas; não podendo ser cultuado entre as muralhas de um templo, mas, sim, no santuário da Natureza, sob a  ramagem das árvores ou nas margens do vasto Oceano”. Entre os Egipcios, o LIVRO DOS MORTOS, diz: -“Eu sou aquele que existia do nada; eu sou o que cria, eu sou aquele que se criara por si próprio. Eu sou ontem e conheço amanhã, sempre e nunca”. Para os Aztecas, o Ser Supremo era impessoal e impersonificável, dele dependendo a existência humana, divindade de absoluta perfeição e pureza. De rara beleza é um diálogo mantido nos livros de Hermes Trimesgistro, com Toth: -“É difícil ao pensamento conceber Deus e a língua exprimi-lo. Não se pode descrever uma coisa imaterial por meios materiais; o que é Eterno não se alia, senão dificilmente, ao que está sujeito ao tempo. Um passa, outro existe sempre. Um é uma percepção do Espírito, e outro uma realidade. O que pode ser concebido pelos olhos e pelos sentidos como os corpos visíveis, pode ser traduzido pela linguagem; o que é incorpóreo, invisível, imaterial, sem forma, não pode ser conhecido pelos nossos sentidos. Compreende, pois, Thoth, que Deus é inefável”. Nas mesmas obras, encontra-se o seguinte: -“Desconhecendo nossas ciências e nossa Civilização, os vindouros dirão que adoramos astros, planetas e animais, quando, de fato, adoramos um só Criador e Onipotente”. A crença monoteísta, ou seja, em um Deus Único, existe desde a Antiguidade Pré-histórica, não sendo, portanto, o Judaísmo a primeira religião monoteísta aparecida na Terra. Como desafiava o iluminista Voltaire, no seu DICIONÁRIO FILOSÓFICO, “os antigos filósofos e legisladores aprenderam essa coisas dos judeus ou foi o contrário que se deu”?  Philon, um dos historiadores do Primeiro Século, afirma que “os grandes povos não podiam tirar seus conhecimentos de um povo obscuro e escravo que até o tempo de Josias não tinham livros, que desde seu cativeiro em Babilônia, não conhecia outro alfabeto que o Caldeu, que nem escolas publicas para a instrução da juventude pois, em sua língua faltava até o termo para exprimir esta instituição”.





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