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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Verdade Está em Toda Parte

Em explicação inserida no início do livro organizado com as comunicações obtidas por ele através do processo de escrita automática, George Vale Owen, reverendo da Igreja de Orford, na Inglaterra, explica que foi necessário um quarto de século para que ele se convencesse sobre a comunicação dos Espíritos: dez que era um fato, e quinze de que esse fato era verdadeiro e bom. Primeiramente, foi em sua esposa que se desenvolveu tal poder; depois, por seu intermédio, recebeu a comunicação de que ele devia sentar-se, calmamente, com o lápis na mão e receber todos os pensamentos que viessem ao seu espírito, projetados por uma personalidade externa, e não originados do exercício de sua própria mentalidade. Relutante por longo tempo, ficou convencido, por fim, de que amigos, que estavam próximos, desejavam ardentemente falar-lhe. No princípio, assuntos vagos, depois sentenças encadeadas e, com o desenvolvimento, mensagens perfeitamente claras. Segundo seus cálculos, mantendo uma velocidade média de 24 palavras por minuto. Assim se iniciaram em 23 de setembro de 1913, as experiências que repercutiram a tal ponto que um magnata da comunicação – Lord Northcliffe -, se propôs a publicar o resultado destes trabalhos num de seus jornais, material transformado, mais tarde, no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb). As comunicações foram recebidas na sacristia da Igreja, sendo a maior parte, assinadas pela mãe de Owen, morta em junho de 1909, aos 63 anos, nunca vida tendo demonstrado interesse algum pelas manifestações espíritas. Nas revelações por ela feitas, foi sucedida por outras entidades: Astriel, um diretor de escola em Warwick, por meados do século 18; posteriormente, Zabdiel, que falou sobre as Altas Regiões do Céu. Qual, todavia, o conteúdo desses relatos? Vejamos alguns tópicos: 1- -“Quanto à nossa casa: é muito luminosa e bela, e os nossos amigos das Esferas Superiores vem, continuamente, a nós, a fim de animar-nos em nossa jornada ascendente. 2- É a Terra aperfeiçoada. É o a que chamamos a quarta Dimensão, até certo ponto, mas não podemos descrevê-la claramente. Nós temos montes, rios, belas florestas e muitas casas; tudo foi preparado pelos que nos precederam. 3- Há algum tempo fomos enviados a uma região onde as águas tinham sido reunidas em um grande lago ou bacia, e, em redor do lago, a alguma distância uns dos outros, haviam sido construídos edifícios na forma de grandes colégios, com torres(...). São exclusivamente destinados à manufatura da música e de instrumentos musicais. Os que ali vivem ocupam-se d estudo da Música, das suas combinações e efeitos, não só sobre o que se conhece como “som”, como também debaixo de outros pontos de vista(...). Uma casa destinava-se ao estudo do melhor meio de fazer chegar a inspiração musical até aqueles que, na Terra, tinham vocação para compor; outra casa era apropriada àqueles que tinham talento para a execução; outra ainda para o canto, e ainda outra para o estudo especial de música sacra; mais outras para a música de concertos; para a música de óperas e assim por diante. 4- Os nossos guias conduziram-nos a um lugar fora dos limites da circunscrição da qual já temos falado, e vimos que o gramado era muito extenso. É um daqueles planos do Céu onde algumas vezes se dão as manifestações das Regiões Celestes mais elevadas(...). Sentamo-nos à espera e, afinal, uma névoa azul principiou a encher o espaço central. Em seguida, um raio de luz percorreu toda a extensão do salão e pousou no Globo que representava a Terra(...). Ao aproximar-se do centro, penetrou a névoa azul e, logo em seguida, ao seu contato, transformou-se em grande esfera, brilhando com luz própria e flutuando no espaço cerúleo. Era belíssimo(...). Ser-lhe-á difícil compreender como, em um globo de talvez vinte e oito metros de diâmetro, pudemos perceber homens e animais. Faz parte, porém, da ciência deste instituto poder mostrar as coisas discriminada e individualmente. Cada vez mais distintas se tornavam essas maravilhosas cenas e, ao circular o globo, vimos homens se moverem nas cidades e trabalharem nos campos (...). Observávamos os grandes espaços das campinas, dos desertos e das florestas, e os animais vagando neles. Ainda ao girar vagaroso do globo, notámos os oceanos e os mares, alguns plácidos, outros agitados e enfurecidos, e um navio de onde em onde. E, toda a vida na Terra passou ante nossos olhos”. 

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