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segunda-feira, 10 de novembro de 2025

ÚTEIS À EVOLUÇÃO E À INSTRUÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

“Se queimas o dedo, isso é apenas a consequência de tua imprudência e da condição da matéria. Somente as grandes dores, os acontecimentos importantes e capazes de influir na tua evolução estão previstos”, responderam a Allan Kardec na questão 859-a - Há fatos que devem ocorrer forçosamente e que a vontade dos Espíritos não pode evitar?-, os Instrutores Espirituais que ajudaram a construir O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a base do Espiritismo. Fatos registrados na vida de muitas histórias de vida confirmam essa informação. Na obra O DESCONHECIDO E OS PROBLEMAS PSÍQUICOS (feb), o autor Camille Flammarion  preserva o de um Juiz e Político de nome Bérard que, obrigado por necessidade a pernoitar numa estalagem de segunda categoria em viagem que empreendia entre montanhas selváticas, presenciou, em sonhos, todos os detalhes de um assassinato que havia de ser cometido, três anos mais tarde, no quarto que ocupava, e de que foi vítima o advogado Victor Arnaud. E, graças à lembrança desse sonho é que o Sr. Bérard ajudou a descobrir os assassinos. Esclarecendo dúvidas sobre o processo pelo qual somos avisados de certos acontecimentos, geralmente importantes e graves, a se realizarem conosco, e que muitas vezes se cumprem como os vimos em sonhos ou em visões, o Orientador Espiritual Charles, explicou à médium Yvonne Pereira, explicou existirem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro da sua vida, todos, porém condicionados a certo mérito ou desenvolvimento psíquico do que recebe o aviso. Diz que um amigo espiritual, um parente, alguém para isso designado, tentam preparar os envolvidos, para o evento, geralmente grave e doloroso, normalmente em linguagem figurada, seja através de sonhos ou intuitivamente. Pode ocorrer também que o próprio indivíduo recorde acontecimentos delineados no Plano Espiritual entre os preparativos para a reencarnação, objetivando sua reabilitação perante as Leis Divinas. A própria Dona Yvonne conta no seu excelente RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE (feb, 1966), algumas passagens de sua existência tão marcada por duras provas. Uma delas quando ela contava 39 anos, passando a sonhar ao longo de seis meses de forma frequente, com uma cerimônia de concorrido enterro, com todas as características de realidade, tendo à frente um homem carregando uma linda coroa de flores naturais. Via-se acompanhando o féretro logo após o esquife mortuário, banhada em lágrimas e sentindo o coração angustiado, ignorando a identidade do morto. Médium de desdobramento, contemplava as mesmas cenas, sistematicamente. Certa noite, viu os acompanhantes pararem, apoiando o caixão sobre uma banqueta. Reconheceu o local da cena: certa rua da cidade de Barra do Piraí (RJ), onde residia sua mãe. Aproximando-se, por irresistível automatismo, ao levantarem a tampa do caixão, reconheceu sua mãe. Meses depois, em setembro sua genitora adoeceu gravemente, vindo a desencarnar no dia 18 do mês seguinte, repetindo-se conforme antevira inúmeras vezes as cenas visualizadas de forma minuciosa. Relata também a experiência da amiga Rosa Amélia S.G.,  que residindo no interior fluminense, às vésperas do casamento, sonhara que, ao abrir a caixa entregue pelo correio, contendo o vestido de noiva que encomendara  a conhecida casa de modas da cidade do Rio de Janeiro (RJ), cercada por ansiosos e curiosos familiares, encontra um traje completo de viúva, inclusive com o véu negro em uso à época. Emitindo um grito de horror, acordou chorando convulsivamente. Absorvida pelos preparativos, esqueceu o pesadelo, recebendo a encomenda certa na semana da cerimônia. Dois meses após o casamento, o marido em viagem ao Rio de Janeiro, contraiu uma infecção tífica, morrendo dias após regressar à sua casa, em estado grave. Somente na missa do sétimo dia, Dona Rosa Amélia, ao se reconhecer trajada exatamente como o sonho profetizara, se lembraria do mesmo. Por fim, o caso da senhora N.C, que residente em famosa cidade mineira, fora ao Rio de Janeiro a fim de se submeter a melindrosa cirurgia, deixando para traz a família, inclusive o filho mais moço, então com 15 anos. Três dias após a operação, sem que soubesse os 120 alunos do colégio interno em que o jovem estudava, aproveitando uma bela manhã de domingo, excursionaram à represa de água que abastecia a cidade. Temerariamente, acompanhados pelos professores, ao tentarem em massa atravessar frágil ponte de madeira, esta não resistiu ao peso, ruindo, atirando às águas numerosos alunos, dentre os quais o filho da enferma, que com mais quatro colegas morreu afogado. Temerosos de informarem à enferma, silenciaram sobre a ocorrência, esperando seu restabelecimento. Cinco dias após o desastre, contudo, ainda no quarto do hospital, a convalescente, na penumbra viu formar como que uma cerração, tendo a impressão que ela se elevava do leito de um grande rio, vendo o filho elevar-se do fundo das águas, dizendo, após ter sido reconhecido: -“Mamãe, venho participar à senhora que no domingo, pela manhã, morri afogado na represa de...”.  Revelada a estranha experiência aos familiares, tiveram de confirmar o acontecimento, suportado, ao que parece, pela pobre mãe com resignação. 



 Segundo a doutrina espírita nada acontece por acaso. Os encontros, que parecem casuais, não são casuais. É o caso de amantes, pessoas que se encontram e logo se unem por laços afetivos, assumindo responsabilidade perante a lei divina. Como que esses casos se resolvem?

Pela reencarnação, geralmente. Mas o fato de um homem e uma mulher se tornarem amantes, não quer dizer que eles já se conheceram ou que cada um tem um compromisso com o outro do passado.

  Às vezes, a relação se estabelece pela primeira vez na presente existência, mas quando se trata de pessoas casadas, que estão traindo o parceiro e deixando de dar maior atenção aos filhos por exemplo, a situação implica em problemas ainda mais complicados.

Entretanto, o fato de o casal se relacionar, ainda que clandestinamente, quase sempre cria novos vínculos com dependência afetiva, que se torna difícil contornar numa única existência, e que pode se desdobrar em dramas ou tragédias cujas repercussões se estendem às encarnações seguintes.

No livro ENTRE A TERRA E O CÉU, de André Luiz, temos por exemplo o caso da jovem Lina Flores, que se desenrolou no século XIX, durante a Guerra do Paraguai.

  Lina era uma mulher sedutora que acabou casando com José Esteves, mas traiu o marido unindo-se sexualmente ao jovem Júlio. Infelizmente o novo amor ainda não preencheu as necessidades de Lina.

Sentindo-se traído, Júlio, o amante, tentou o suicídio ingerindo um corrosivo, mas só morreu na segunda tentativa, quando se atirou às águas do Rio Paraguai.

  Na encarnação seguinte, Lina voltou com o nome de Zulmira, desposou o viúvo Amaro (que fora anteriormente seu marido José Esteves). Amaro tinha filho de 9 anos, que não era senão o Júlio, amante de Lina na vida anterior.

Logo, reuniram-se novamente na mesma família:  Lina, o marido e o amante.

O garoto Júlio (amante na vida anterior) morreu afogado, quando estava sob os cuidados da madrasta Zulmira ( ou seja, Lina) e esta, sofrendo as dores da culpa pela morte do menino, ainda era obsidiada pelo Espírito da ex-esposa do atual marido. 

Desse modo, Amaro, Lina e Júlio, retornando ao convívio na nova encarnação, passam a sofrer um novo drama, que vai servir de resgate para os três em relação aos erros que cometeram no passado.

Mais tarde, Júlio retorna como filho de Zulmira ( antiga Lina), mas vive apenas um ano. Com a intervenção de uma amiga espírita, depois de sofrer mais este revés, ela e o marido (Amaro da vida anterior) acabam entendendo que a morte do filho foi necessária, para que Júlio se desvincule da culpa do passado e retorne sadio em nova encarnação.

Esse drama narrado por André Luiz mostra que os relacionamentos amorosos fora do casamento têm seu custo, que acaba dificultando o Espírito na sua caminhada para a perfeição, mas mesmo assim cada um responde por sua parte de responsabilidade perante os outros.


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