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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

RELATIVIDADE DA IDEIA DE DEUS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 - “O Espírito no início de sua fase humana, estupido e bruto, sente a centelha divina em si, pois, adora um Deus, que materializa conforme sua materialidade”, escreveu Allan Kardec em uma de suas ponderadas análises contidas na edição de fevereiro de 1864 da REVISTA ESPÍRITA. Noutra oportunidade, comentou que “a vida humana é uma escola de aperfeiçoamento espiritual e uma série de provas. Por isso é que o Espírito deve conhecer todas as condições sociais e, em cada uma delas, aplicar-se em cumprir a vontade divina”. Nesse contexto, vão surgindo as religiões, organizações humanas que, apesar de resultarem quase sempre de revelações espirituais, institucionalizam tais pensamentos que geralmente se desvirtuam e desfiguram pela ambição dos receptores e administradores da nossa Dimensão. Num planeta como a Terra, classificado como de Expiação e Provas em mensagem mediúnica assinada pelo Espírito que nas convenções da escola religiosa que serviu é identificado como Santo Agostinho, considerando a condição evolutiva predominante, a reencarnação determina sempre, procriação e alimentação, isto é, necessidades da matéria a satisfazer e, assim, entraves para o Espírito”, submetendo as individualidades a provas comoo poder e a riqueza, como a pobreza e a humildade”, que durante várias vidas sucessivas resultam em expiações conhecidas como dores, idiotismo, demência, etc, pelo mal cometido em vida anterior”. O sentimento e pensamento religioso, vai, portanto, refletindo sempre nossa condição evolutiva. Daí a sua persistência após a chegada ao Mundo Espiritual após a morte. No interessante trabalho intitulado CARTAS DE UMA MORTA (lake,1935),segundo livro com produções psicográficas de Chico Xavier, a entidade Maria João de Deus que, entre outras atividades desenvolvidas em nosso Plano foi mãe do médium em meio aos nove filhos a que deu a luz, revela que “são inúmeras as congregações de Espíritos mais apegados às ilusões da Terra que através de muitas organizações se dedicam à salvaguarda de seus ideais religiosos na primeira esfera existente no orbe terráqueo. A Igreja romana, por exemplo, tem aí conventos, irmandades, que defendem seus pontos de vista, e, assim de facção em facção, pode-se compreender a imensidade da luta dos trabalhadores da Verdade. Nas colônias de antigos remanescentes da África,” - conta ela – “vim conhecer costumes esquisitos, como bailados estranhos, ao som de músicas bizarras que me deram a impressão de fandangos, tão da preferência dos escravos no Brasil”. Décadas depois, em meio ao acervo constituído das milhares de cartas/mensagens psicografadas publicamente em reuniões na cidade de Uberaba (MG), perante público procedente de várias partes do País, ostentando diferentes níveis intelectuais, evidencia-se isso. Na assinada pelo jovem Roberto Muskat, filho de família ligada às tradições do Judaísmo, desencarnado aos 19 anos, pouco tempo após seu retorno ao Plano Espiritual, recordando suas primeiras impressões, relata ter participado no educandário-hospital em que convalescia de cerimonias cultivadas pelos seguidores de sua religião. Outro detalhe importante é que o abrigo se encontra em “Erets Israel, ou Terra do Renascimento, cuja beleza é indescritível”. Já Helio Ossamu Daikura, carinhosamente apelidado Tiaminho, integrante de família de Budistas, desencarnado em acidente de transito aos 5 anos, segundo o Espírito Bezerra de Menezes em bilhete psicografado aos pais, esteve “abrigado em Templo dirigido pelo Reverendo Sinnet, grande missionário do Bem, na revelação Budista”. Já a artista Clara Nunes, desencarnada trinta dias após se submeter a cirurgia considerada simples que lhe impôs o coma e a desencarnação por reação alérgica a anestésico a ela ministrado, relatou em carta psicografada à irmã ter acordado “num barco engalanado de flores, seguido de outras embarcações, nas quais muitos irmãos entoavam hinos que me eram estranhos. Hinos em que o amor por Iemanjá era a tônica de todas as palavras. Os amigos que me seguiam falavam de libertação e vitória. Muito pouco a pouco, me conscientizei e passei da euforia ao pranto da saudade, porque a memória despertava para a vida na retaguarda(...). Os barcos se abeiravam de certa praia encantadoramente enfeitada de verde nas plantas bravas que a guarneciam. Quando o barco que me conduzia ancorou suavemente, uma entidade de grande porte se dirigiu a mim, com paternal bondade, e me convidou a pisar na terra firme”. Como se vê, a natureza realmente não dá saltos. Diante disso, consegue-se entender a ponderação de Allan Kardec segundo a qual, “a facilidade com que certas pessoas aceitam as ideias espíritas; das quais, parece, tem intuição, indica que pertencem ao segundo período”, ou seja, aquele em que o Ser começa a se desprender das preocupações eminentemente sensórias e perseguir as conquistas intelectuais.



Na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por Allan Kardec, em 1858, havia aplicação de passes magnéticos e distribuição de água fluidificada.

Na verdade, não sabemos. Precisaríamos pesquisar para verificar se na Sociedade havia algum serviço nesse sentido.

O que sabemos é que Allan Kardec recomendava passes magnéticos, até porque ele era adepto do Magnetismo de Mêsmer, afirmando em várias momentos de sua obra que determinados problemas só poderiam ser resolvidos pelo Espiritismo e pelo Magnetismo.

No livro A GÊNESE, ao falar de curas, Kardec consagra definitivamente a utilização do passe, quando afirma que “a ação magnética pode produzir-se por diversas maneiras...”

Pelo próprio fluido do magnetizador. Aqui ele se refere ao magnetismo humano ou aos recursos biopsíquicos que o passista oferece na ocasião do passe.

Pelo fluido dos Espíritos que podem oferecer através do passista. Neste caso Kardec se refere ao que ele chama de magnetismo misto, semi-material ou humano-espiritual.

E refere-se também aos fluidos que os Espíritos podem oferecer diretamente ao encarnado.

Na escola de Mêsmer – médico alemão que teorizou o Magnetismo Animal desde o século XVIII – havia passes, porque esse era a sua forma de tratamento, e água estava sempre envolvida.

Mas não sabemos se Kardec chegou a adotar como prática regular o passe, a que ele chamou de “imposição das mãos”. Kardec faz várias alusões às curas que Jesus promovia pela imposição das mãos.

  Sobre água magnetizada podemos dizer que, n’O LIVRO DOS MÉDIUNS, no capítulo “Laboratório do mundo invisível”, Kardec se refere à “mudança das propriedades da água pela vontade”, afirmando:

“O Espírito que age é o do magnetizador (referindo-se ao encarnado), às mais das vezes assistido por um Espírito estranho; ele opera numa transmutação com o auxílio do fluido magnético que, como foi dito, é a substância que mais se aproxima da matéria cósmica ou elemento universal”.

E conclui: “Se ele pode operar uma modificação nas propriedades da água pode igualmente produzir um fenômeno análogo sobre os fluidos do organismo e daí o efeito curativo da ação magnética convenientemente dirigida”.

Muitos Espíritos  falaram sobre a propriedade magnética da água, que facilitaria a aquisição de recursos curativos, que podem ser absorvidos pelo organismo, restaurando disposições mentais ou órgãos debilitados.

No Brasil, sim. Espíritos que vieram por intermédio de Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e outros médiuns, estimulam o passe e a água fluídica, como instrumentos positivos no tratamento das pessoas.

 

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