faça sua pesquisa

sexta-feira, 28 de julho de 2023

SURPREENDENTE KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Mais que uma ousadia, uma heresia. Em sua ansiosa, mas, ponderada pesquisa pela realidade do Mundo Espiritual – aquele que, seguidores da Teoria das Cordas chamam de Universo Paralelo e, reconhecem preexiste e sobrevive ao Mundo dito material -, Kardec quis ouvir a Espiritualidade a respeito da Pluralidade dos Mundos Habitados. Afinal, temos que admitir, bilhões de corpos celestes neste “bairro” chamado Via Láctea, vizinho de outras tantas Galáxias que se perdem na imensidão dos Anos-luz que nos separam na infinitude do Cosmos, não existem apenas para inspiração de poetas, filósofos, escritores, músicos. Tem outra função: servir para o processo evolutivo dos Espíritos. As “muitas moradas da Casa de Nosso Pai”, como afirmado por Jesus. E, as respostas se seguiram às perguntas 55 a 58 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, nos quase 12 anos em que publicou, inseriu inúmeras matérias interessantes e instigantes sobre o assunto. Há inclusive revelações sobre voluntários que, candidatos, entre outros, reencarnaram na Terra para auxiliar no progresso programado pelas Inteligências que conduzem a evolução Planetária como Humboldt, em 1859. Na edição de agosto de 1862, uma curiosa mensagem recebida em reunião de junho daquele ano, à que se seguiu uma abordagem de Allan Kardec com a entidade comunicante sobre detalhes do assunto central de sua comunicação: o planeta Vênus. O primeiro por nós avistado quando a noite cai e o último a desaparecer quando amanhece, daí ser sugestivamente chamado na Antiguidade de Estrela Vespertina. Vizinho da Terra tem quase as mesmas dimensões dela. Dista entre 39 e 260 milhões de quilômetros. Sondas para lá enviadas, mostraram ser desabitado. Pelo menos na Dimensão registrada pelos nossos instrumentos óticos, ajustados às limitadas percepções dos nossos olhos e o processador do nosso cérebro, como lembrou certa vez Chico Xavier. A mensagem recebida na Sociedade Espírita de Paris foi assinada por um Espírito chamado Georges, através do médium Costel. O mesmo serviu à entrevista de dez perguntas efetuada pelo Codificador. Afirmando-se um Espírito inspirado por outros, Superiores, disse ter sido mandado à Vênus em missão; que os habitantes da Terra não poderiam encarnar-se naquele Planeta imediatamente, exceção feita para os mais adiantados; que a reencarnação em Vênus é muitíssimo mais longa que a terrena, visto serem despojados das violências terrestres e humanas, impregnados da influência vivificante que a penetra – informação comentada por Kardec que diz que a duração da vida corpórea parece ser proporcional ao progresso dos mundos, abreviadas as provas nos mundos inferiores, até por que quanto mais adiantados os mundos, tanto menos são os corpos devastados pelas paixões e pelas doenças, que são a sua consequência; que as “divisões, as discórdias e as guerras são desconhecidas em Vênus, assim como desconhecem a antropofagiaKardec considera também que “por seus variados estágios sociais, a Terra nos apresenta uma infinidade de tipos, que nos podem dar uma ideia dos mundos nos quais cada um desses tipos é o estado normal”-; que “a mesma desigualdade proporcional existe entre os habitantes de Vênus, como entre os seres terrenos, os menos adiantados são as estrelas do mundo terrestre, isto é, vossos gênios e homens virtuosos”; que “os escravos da Antiguidade, como os da América moderna (na época deste diálogo, ainda não ocorrera a abolição da escravatura) são seres destinados a progredir num meio superior ao que habitavam na última encarnação, estando, por toda parte, os seres inferiores subordinados aos superiores, mas em Vênus tal subordinação moral não se compara à subordinação corpórea que existe na Terra, os superiores não são senhores, mas pais dos inferiores, ajudando-os a progredir, em vez de os explorar”. Na penúltima pergunta, diz que “reina uma admirável unidade no conjunto da Obra Divina. Como as criaturas, como tudo o que é criado, animais ou plantas, os Planetas progridem, inevitavelmente. Nas suas variadas expressões, a vida é uma perpétua ascensão ao Criador: numa imensa espiral ele desenvolve os graus de sua Eternidade”. Ao final, uma observação de Kardec: -“Certamente esta comunicação sobre Vênus não tem os caracteres de autenticidade absoluta (...). Contudo, o que já foi dito sobre este mundo lhe dá, ao menos, certo grau de probabilidade, e, seja como for, não deixa de ser o quadro de um mundo que necessariamente deve existir para quem quer que não tenha a orgulhosa pretensão de que seja a Terra o apogeu da perfeição humana: É um elo na escala dos mundos (...).

 





Quando marido e mulher têm religiões diferentes, como eles devem fazer para a educação religiosa dos filhos? Devem escolher uma das religiões ou não devem educá-los em nenhuma religião, deixando que eles, no futuro, decidam em que religião devem ficar? ( Márcia Regina T. de Souza)


Esta questão é muito delicada, Márcia; ela exige muita habilidade por parte dos pais, pois se trata de algo que pode decidir que rumo o filho os filhos vão tomar na vida, por envolver noções de espiritualidade. O sentimento de religiosidade – aquele nos liga a Deus e, portanto, aos valores mais elevados da vida – jamais deveria faltar na educação das crianças. E isso vai depender de quanto esse pai e essa mãe estão realmente integrados em suas religiões, em que realmente acreditam. Talvez, uma boa parte dos lares atuais não dê o devido valor ao problema e o trate sem maiores cuidados ou, então, nem se preocupe com ele.


Errado. Os pais, seja qual for sua religião, como dizia o professor Herculano Pires, não têm o direito de negar aos filhos a educação religiosa. Essa educação deve estar na base da formação do caráter de qualquer pessoa. No entanto, ela precisa ser muito ponderada, jamais se descambando para o extremismo radical. Se há pais que nem se preocupam com isso, porque vivem uma vida voltada apenas para o imediatismo da vida, há outros que acabam fomentando o fanatismo e o preconceito religioso nos filhos. Esta problemática merece uma discussão à parte, da qual os líderes religiosos deveriam se preocupar mais.


Pensando num lar estruturado – pai, mãe e filhos - cujo casamento ou união pôde ser feito com certo planejamento, onde houve namoro ou noivado, esse casal, na verdade, antes da união definitiva, deveria discutir essa questão, já que professam religiões diferentes. Não só discutir, já deveriam ter decidido como fazer diante desse impasse, a fim de que, quando os aparecem os filhos, não fiquem perdidos, desarvorados, sem saber o que fazer. É claro que eles não podem deixar de dar uma educação religiosa aos filhos pelo fato de não professarem a mesma religião. Mas eles devem decidir, antecipadamente, em qual delas querem que seus filhos sejam educados.


Se, mesmo professando religiões diferentes, o casou se uniu, é porque o amor entre eles suplantou qualquer barreira religiosa, levando-os a se respeitarem mutuamente, ou seja, a superar essa questão e a considerar que a cor religiosa não deve ser fator de separação, mas antes de entendimento, de compreensão e de efetivo exercício do amor. Aliás, foi o que Jesus e os grandes mestres da humanidade ensinaram – o respeito, o amor uns aos outros, até mesmos aos inimigos ( ou seja, aos que pensam diferente). É nesse sentido que eles deverão educar seus filhos. Mais do que ninguém, os filhos de pais, que professam religiões diferentes, são aqueles que aprendem mais depressa a respeitar e a tolerar as diferenças entre as pessoas, por causa do exemplo que têm em casa.


Os pais modernos devem ter sempre em mente que não é a criança que vai decidir em qualquer religião deve ser iniciada, mesmo porque, quando pequena, ela não tem capacidade para isso. Por essa razão, a criança deve começar sua educação espiritual numa das religiões dos pais. Mas isso não significa que essa criança, quando em condições de tomar decisões, quando jovem ou adulta, prossiga sempre professando a religião na qual se iniciou. Este é outro ponto importante, pois a questão de crença, independente da educação do lar, é uma prerrogativa de cada um, um direito da pessoa escolher o seu caminho espiritual.


A religião, que costuma prevalecer na vida dos filhos, é a do pai ou da mãe que deu maior exemplo de compreensão e tolerância. No mais, podemos dizer que a questão religiosa, dentro do lar, jamais deve servir de “pomo de discórdia” entre o casal. Ao contrário: se os pais têm religiões diferentes, eles terão a oportunidade de passar para seus filhos a mais elevada lição de tolerância, fazendo com eles cresçam para a vida com uma visão aberta e altamente espiritualizada, que deve caracterizar as pessoas de respeitável conduta moral



Nenhum comentário:

Postar um comentário