faça sua pesquisa

quinta-feira, 6 de julho de 2023

EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 No excelente livro OS MENSAGEIROS (feb), o autor espiritual André Luiz repassa-nos interessante observação segundo a qual “após a morte, é preciso desencarnar também os pensamentos. As criaturas que se agarram no Plano Espiritual às impressões físicas, criam densidade para seus veículos de manifestação”. Dentre as mensagens incluídas na obra INSTRUÇÕES PSÍCOFONICAS (feb), chama a atenção a de um Espírito que em sua derradeira reencarnação à época havia sido importante banqueiro. Para reflexões destacamos parte de seu depoimento:- Quantas vezes afirmei que o dinheiro era a solução da felicidade!.. Quanto tempo despendi, acreditando que a dominação financeira fosse o triunfo real na Terra!... No entanto, a morte me assaltou em plena vida, assim como o tiro do caçador surpreende o pássaro desprevenido no mato inculto... Como foi o meu desligamento do corpo físico e quantos dias dormi na sombra, por agora, nada sei dizer. Sei hoje apenas que acordei no espaço estreito do sepulcro, com o pavor de um homem que se visse repentinamente enjaulado. Sufocava-me a treva espessa. Horrível dispnéia agitava-me todo. Queria o ar puro... Respirar... respirar... E gritei por socorro. Meus brados, contudo, se perdiam sem eco. Ao cabo de alguns instantes, notei que duas mãos vigorosas me soergueram e vi-me, depois de estranha sensação, na paz do campo, sorvendo o ar fresco da noite. Que lugar era aquele? Uma casa sem teto? De repente, a cambalear, reconheci-me rodeado de grandes caixas fortes... Ao frouxo clarão da Lua, reparei que essas caixas fortes surgiam milagrosamente douradas... Tateei-as com dificuldade, percebi palavras em alto-relevo e verifiquei que eram túmulos... Espavorido, transpus apressado as grades daquela inesperada prisão. Vi-me, semilouco, na via pública. Devia ser noite alta. Na rua, quase ninguém... Um bonde retardado apareceu. Achava-me doente, inquieto e exausto, mas ainda encontrei forças para clamar: — Condutor!... condutor!... O homem, porém, não me ouviu. Caminhei mais depressa. Tomei o veículo em movimento e consegui a situação do pingente anônimo; todavia, com espanto, observei que o bonde era todo talhado em ouro... As pessoas que o lotavam vestiam-se de ouro puro. O motorneiro envergava uniforme metálico. Intrigado, sentia medo de mim mesmo. E, para distrair-me, tentei estabelecer uma conversação com vizinhos. Os circunstantes, porém, pareciam surdos. Ninguém me ouvia. Vencendo embaraços indefiníveis, alcancei minha residência. As portas, no entanto, jaziam cerradas. Esmurrei, chamei, supliquei... Mas tudo era silêncio e quietação. E quando fitei o frontispício do prédio, o ouro me cercava por todos os lados. Acomodei-me no chão de ouro e tentei conciliar, debalde, o sono, até que, manhãzinha, a porta semi-aberta permitiu-me a entrada franca. Tudo, porém, alterara-se em minha ausência. Ninguém me reconheceu. Fatigado, avancei para meu leito... Mas o velho móvel apresentava-se-me agora em ouro maciço. Senti sede e procurei a água simples, entretanto, o liquido que jorrava era ouro, ouro puro... Faminto, busquei nosso antigo depósito de pão. O pão, todavia, transformara-se. Era precioso bloco de ouro, de cuja existência, até então, não tinha qualquer conhecimento em nossa casa. Meditei... meditei... Apavorado, tornei à rua. Sentia agora mais sede, muita sede... Voltei-me para o corpo da igreja, como um filho expulso do próprio lar; contudo, não mais a vi. Apenas, estranha voz no alto gritou aos meus ouvidos, ensurdecedoramente: — Amigo, os filhos de Deus encontram nas casas de Deus aquilo que procuram... Procuravas o ouro... Ouro encontraste... Qual mendigo desamparado, fugi sem destino. Queria agora apenas água, água pura que me dessedentasse. Conhecia a cidade. Demandei uma caixa dágua que me era familiar no alto do bairro de Santo Antônio. A água, ali, corria em jorros. Podia debruçar-me... Podia beber como se eu fora um animal e, prostrado, não mais de joelhos, mas de rastros, imploraria a graça de Deus. Achei a água corrente, a água límpida visitada pela luz do sol e estirei-me no chão... Mas, no momento preciso em que meus lábios sequiosos tocaram o líquido puro, apenas o ouro, o ouro apareceu... Reconheci haver descido à condição de um alienado mental”....


Será que as pessoas, que praticam maldade – como assaltos, estupros, seqüestros, será que elas têm consciência do mal que estão fazendo? Será que isso não faz doer a sua consciência? ( Isaura Faria Lito)


A alma humana é cheia de mistérios, Isaura; mistérios que a ciência tem procurado desvendar, como faz Psicologia, que estuda o comportamento humano. Mas devemos considerar que, numa condição dita normal, todos nós temos problemas de consciência, conflitos e sentimentos de culpa. É impossível que um cidadão de nosso tempo, mesmo o mais desprezado ou rejeitado pela sociedade, não tenha algo de bom em sua consciência moral ou não se sinta culpado pelo mal que pratica. O problema é como que ele encara a vida e como se sente diante dos seus irmãos de humanidade.


É verdade que, em certos casos, a violência e a crueldade nascem de uma alma doente, às vezes incapaz de reagir a seus impulsos, mas, na maioria dos casos, os maus são simplesmente espíritos revoltados, que decidiram fechar os olhos à sua consciência, por não acreditarem no bem e na justiça – e, por isso, praticam toda sorte de maldade contra seus irmãos. Com certeza, eles sofrem pelo mal que praticam, mas se negam a reconhecer, pois sabem que o juiz mais implacável, que deve julgá-los, é sua própria consciência. Tanto assim, que alguns poucos podem até se regenerar, principalmente se forem envolvidos por um sentimento que lhes dê segurança, geralmente em contato com alguma religião.


A Doutrina Espírita considera que todos nós somos espíritos em desenvolvimento intelecto-moral, mas embora estejamos numa mesma faixa evolutiva – porque habitamos o mesmo planeta – alguns estão numa condição moral superior e outros numa condição ainda primitiva, mais próxima à animalidade. Isso quer dizer que há uma evolução moral, pela qual todos passamos. Espíritos mais primitivos ainda são violentos e não têm o mesmo nível de consciência da maioria; por isso, são facilmente estimulados ao crime e toda sorte de ação nefasta, que compromete a paz social.


Nenhum comentário:

Postar um comentário