faça sua pesquisa

sexta-feira, 21 de julho de 2023

GUERRAS - MUITO ALÉM DO QUE OS OLHOS VEEM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Guerras, atentados deflagrados por fanáticos suicidas, revoluções... Quais as consequências para os responsáveis diretos ou indiretos? Allan Kardec comentando a questão das responsabilidades coletivas perante a Lei de Causa e Efeito escreveu: - Não se pode duvidar de que haja famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas pelos instintos do orgulho, do egoísmo, da ambição, da cupidez, caminham em má senda e fazem coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente; uma família se enriquece às expensas de outra família; um povo subjuga outro povo, e leva-lhe a desolação e a ruína; uma raça que aniquilar outra raça. Eis porque há famílias, povos e raças sobre os quais cai a pena de talião”. Acrescenta ainda que “quem matou pela espada perecerá pela espada”, disse o Cristo. Estas palavras podem ser traduzidas assim: Aquele que derramou sangue verá seu sangue derramado; aquele que passeou a tocha do incêndio em casa de outrem, verá a tocha do incêndio passear em sua casa; aquele que despojou, seja despojado; aquele que subjugou e maltratou o fraco, será fraco, subjugado e maltratado, por sua vez, quer seja um indivíduo, um nação ou uma raça, porque os membros de uma individualidade coletiva são associados tanto do Bem como do mal que se faz em comum”. Embora poucos tenham se atido à associações, os primeiros livros da série conhecida como NOSSO LAR, foram psicografados por Chico Xavier enquanto a chamada Segunda Guerra Mundial se desenvolvia no solo europeu, tendo o autor dos livros podido acompanhar as repercussões dos acontecimentos da nossa Dimensão no Plano Espiritual. Considerando que a intensificação dos efeitos destrutivos ao longo do restante do século 20 e início do 21 como consequência dos abismos sociais que a falta de educação espiritual abriram nos diferentes agrupamentos humanos, acarretam os mesmos comprometimentos a nações, destacamos alguns aspectos expostos pelos que de outros Planos analisavam o problema dos anos 40: - “Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a desordem da Casa do Pai, e pagará um preço terrível. (...) As zonas superiores da vida se voltam em defesa justa, contra os empreendimentos da ignorância e da sombra, congregados para a anarquia e, consequentemente, para a destruição. (...) Nos acontecimentos dessa natureza, os países agressores convertem-se, naturalmente, em núcleos poderosos de centralização das forças do mal. Sem se precatarem dos perigos imensos, esses povos, com exceção dos Espíritos nobres e sábios que lhes integram os quadros de serviço, embriagam-se ao contato dos elementos de perversão, que invocam das camadas sombrias. Coletividades operosas convertem-se em autômatos do crime. Legiões infernais precipitam-se sobre grandes oficinas do progresso comum, transformando-as em campos de perversidade e horror. Mas, enquanto os bandos escuros se apoderam da mente dos agressores, os agrupamentos espirituais da vida nobre movimentam- se em auxílio dos agredidos. Se devemos lastimar a criatura em oposição à lei do bem, com mais propriedade devemos lamentar o povo que olvidou a justiça .(NL,41) No segundo livro repassado mediúnicamente, a certa altura destaca informações de um Instrutor: - “O presente período humano é de conflitos devastadores e as vibrações contraditórias que nos atingem são de molde a enfraquecer qualquer ânimo menos decidido. Desencarnados e encarnados empenham-se em batalhas destruidoras. É uma lástima. Sangrentas lutas estão sendo travadas na superfície do Globo. Os que não se encontram nas linhas de fogo, permanecem nas linhas da palavra e do pensamento. Quem não luta nas ações bélicas, está no combate das ideias, comentando a situação. Reduzido número de homens e mulheres continuam cultivando a espiritualidade superior. É natural, portanto, que se intensifiquem, ao longo da Crosta, espessas nuvens de resíduos mentais dos encarnados invigilantes, multiplicando as tormentas destruidoras.(M,17) Noutro momento um prognóstico: - “Embalde voltarão os países do mundo aos massacres recíprocos. O erro de uma nação influirá em todas, como o gemido de um homem perturbaria o contentamento de milhões. A neutralidade é um mito, o insulamento uma ficção do orgulho político. A Humanidade terrestre é uma família de Deus, como bilhões de outras famílias planetárias no Universo Infinito. Em vão a guerra desfechará desencarnações em massa. Esses mesmos mortos pesarão na economia espiritual da Terra. Enquanto houver discórdia entre nós, pagaremos doloroso preço em suor e lágrimas. A guerra fascina a mentalidade de todos os povos, inclusive de grande número de núcleos das esferas invisíveis. Quem não empunha as armas destrói dons, dificilmente se afastará do verbo destruidor, no campo da palavra ou da ideia. Mas, todos nós pagaremos tributo. É da Lei Divina, que nos entendamos e nos amemos uns aos outros. Todos sofreremos os resultados do esquecimento da lei, mas cada um será responsabilizado, de perto, pela cota de discórdia que haja trazido à família mundial. (M,18)





PORQUE A VIDA NÃO PODE SER UMA SÓ

01 - Em OBRAS PÓSTUMAS, livro que Amélie Boudet mandou publicar após o desencarne de Kardec, encontramos alguns escritos interessantes e importantes tratados pelo codificador. Um desses temas está no capítulo intitulado “As 5 Alternativas da Humanidade”.

02 – Neste capítulo, Kardec trata da vida depois da morte, e faz vários comentários sobre quais os entendimentos que as pessoas tinham com relação a este assunto. O primeiro está na chamada DOUTRINA MATERIALISTA, segundo a qual o homem é propriedade da matéria, nunca existiu antes e tampouco vai existir depois da morte. É um pensamento presente numa pequena parte da humanidade, mas talvez seja o que prevalece nos meios intelectuais.

03 – A segunda é a DOUTRINA PANTEÍSTA, segundo a qual há um princípio inteligente na alma humana, mas que está espalhado por todo o universo. Ele só se individualiza durante esta vida. Depois dela volta à massa comum do universo, do mesmo modo que a gota de água volta ao oceano e perde sua individualidade.

04 - Em seguida, ela fala sobre o que chama de DOUTRINA DEÍSTA, dando ênfase ao deísmo independente, segundo o qual Deus é criador e governa o mundo por suas leis, mas não há intervenção de Deus em nossa vida. Tudo caminha segundo a lei, sem que haja misericórdia divina.

05 – DOUTRINA DOGMÁTICA, que é aceita pelas religiões tradicionais, segundo a qual a sorte das almas ficam definidas depois da morte para um céu de felicidade ou para o sofrimento eterno.

06 – E, finalmente, a DOUTRINA ESPÍRITA, que ensina que somos Espíritos imortais no caminho do aperfeiçoamento constante. Já existimos antes, porque somos produto de um processo evolutivo e continuaremos a viver, reencarnando tantas vezes quantas necessárias em busca da perfeição.

07 - O sentimento religioso nasceu da consciência de que existe um poder superior, causa e provedor de tudo que existe. Só assim o homem pôde conceber a natureza, tudo que nela existe e acontece, e também sua própria existência, atribuindo os fenômenos naturais aos deuses e a Deus. A concepção desse poder ou poderes maiores veio se desenvolvendo conforme a inteligência humana. Quanto mais primitivo o homem mais simples e ingênua sua crença.

09 - Com o desenvolvimento da humanidade a partir da família e da formação de tribos, a verdade, que cada um pôde conceber, sempre proveio da autoridade de quem ensinava e da forma como cada um via o mundo. Na família mais antiga, que se pode conceber, o pai era a autoridade, dele partiam o poder e a verdade. Era ele que tinha que ser obedecido. Na tribo o chefe, juntamente com os sacerdotes ou feiticeiros, estabeleciam como as pessoas deveriam pensar e agir.

10 - Não bastava o chefe, que geralmente era o mais forte. Ele se impunha pela força. Havia também os feiticeiros que cuidavam da parte espiritual, a que o chefe não tinha acesso. A diferença entre o chefe e o feiticeiro era que o feiticeiro era dotado de faculdades espirituais, podiam entrar em contato com os Espíritos e geralmente era ele que mandava, porque as ordens vinham de um plano superior.

11 - Por isso, quase sempre o feiticeiro, pelo pode especial que tinha, era mais temido que o chefe. O que ele falava era lei, que o chefe devia exigir obediência de todos. As crianças eram educadas nesse meio e aprendiam a obedecer sem questionar. Os que se rebelavam estão sujeitos a duros castigos. Isso por milhares e milhares de anos.

12 - Desse modo, a religião foi o primeiro poder e dela surgiu a política. Na tribo a religião era o feiticeiro e a política o chefe. Este estado de coisas dura até hoje. Durante centenas de séculos, todos nós viemos por esse caminho e aprendemos a obedecer e a não questionar a autoridade. Assim as religiões se impuseram em todos os povos, assim elas ditaram o que devia e o que não devia ser pensado, estabelecendo as fronteiras da proibição.

13 – Com o tempo, a política foi se libertando da religião, estabelecendo-se o poder político. Mas ela foi se dedicando a um campo próprio, o administrativo, enquanto que a religião permaneceu ao lado dela cuidado da vida espiritual com suas verdades incontestáveis, ditadas pelas autoridades. Assim, no mundo moderno firmaram-se a política e a religião, quase sempre de mãos dadas, mas cada um cuidando de seu próprio campo de atuação.

12 – Sempre houve quem se rebelasse, tanto no lado político como no lado religioso, mas sempre foi abafado. O desenvolvimento da filosofia ( a partir do século V antes de Cristo) abriu novos caminhos para entender melhor esses dois campos de atuação. No lado religioso, vários foram os filósofos contestadores. Alguns foram sacrificados, como Sócrates. Jesus surge no cenário religioso da Judéia, trazendo mais luz para a compreensão do homem e do significado da vida. Foi um contestador, também sacrificado.

13 – O Espiritismo – após vários séculos de filosofia e do pensamento contestador de vários pensadores ( como Rousseau, Descartes, Leibniz, Kant e Schopenhauer), surge como uma nova revelação para sintetizar todo o conhecimento humano, proclamando deste lado do mundo a verdade da reencarnação que, até então, só era conhecida no Oriente. O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857) foi o ponto de partida da nova contestação.

14 – A primeira grande proposta do Espiritismo é que a fé não deve ser ingênua e passiva. O Espiritismo retoma a doutrina de Jesus e proclama a FÉ RACIOCINADA. Todos têm direito de pensar pela própria cabeça. Não existe autoridade que possa ditar a verdade para todos. Somos seres em evolução, crescendo em inteligência e moral, e cada um merece ser respeitado no nível evolutivo em que se encontra. O Espiritismo é uma doutrina libertadora.

15 - A outra proposta espirita, a reencarnação. Só a reencarnação pode explicar as diferenças humanas, as diferenças marcantes que existem na vida e no destino de todos os seres humanos na Terra. Só a reencarnação pode destruir os preconceitos e proclamar que todos somos iguais perante Deus. Só a reencarnação pode explicar o sofrimento e anunciar um futuro melhor para todos. Só a reencarnação pode explicar a Bondade e a Justiça de Deus. Só a doutrina da reencarnação pode destruir a doutrina materialista.











Nenhum comentário:

Postar um comentário