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quinta-feira, 25 de maio de 2023

OUSADIA E CORAGEM DE ALLAN KARDEC; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Embora experimentos em países da chamada Cortina de Ferro com a chamada máquina Kirliam nos anos 50/60 tenham provado a ação das chamadas energizações e mais recentemente no Brasil um estudo realizado em 2003, pelo Dr Ricardo Monezzi, à época Mestrando em Ciências médicas em conceituada Universidade paulista sobre efeitos da prática de impostação de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de camundongos machos em que tinham sido inoculadas células cancerígenas tenha constatado uma diferença significativa entre os grupos na contagem do número de monócitos, a verdade é que nas páginas da REVISTA ESPÍRITA que fundou e dirigiu no período1858/1869, Allan Kardec noticiou e comentou inúmeros casos em que a Teoria dos Fluidos operou prodigiosas curas. Sem dúvida uma ousadia para o momento em que os estudos da Medicina se fixavam na visão mecanicista, desdenhando a visão vitalista apresentada, entre outros, pelos médicos Franz Anton Mesmer (TEORIA DO MAGNETISMO ANIMAL) ou Samuel Hanneman (HOMEOPATIA). Mas Kardec foi além como documentado em artigo incluído na edição de março de 1868, intitulado Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Explica basear-se em deduções das indicações obtidas por um médium em sonambulismo espontâneo, umas das facetas dos estados alterados de consciência conhecidos como transe, tendo sido dada como resposta a uma pessoa atingida por grave enfermidade que queria saber se um tratamento fluídico poderia ser-lhe salutar. Observa, contudo, que “por mais racional que nos apareça esta explicação, não a damos como absoluta, mas a título de hipótese e como tema de estudo”. Chama a atenção para o fato de que “na medicação terapêutica são necessários remédios apropriados ao mal, não podendo o mesmo remédio ter virtudes contrárias, sendo ao mesmo tempo estimulante e calmante, aquecer e esfriar, não convindo a todos os casos, sendo esta a razão de não existir um remédio universal”. Comenta “da-se o mesmo com o fluido curador, verdadeiro agente terapêutico, cujas qualidades variam conforme o temperamento físico e moral dos indivíduos que o transmitem, havendo fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças, podendo, conforme suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, ser salutar em certos casos, ineficaz e até prejudiciais em outros, donde se segue depender a cura, em princípio da adequação das qualidades do fluido à natureza e à causa do mal”. Destaca também que, conforme o Espiritismo, “a maioria das moléstias, como todas as misérias humanas são expiação do presente ou do passado, ou provações para o futuro; dívidas contraídas, cujas consequências devem ser sofridas, até que tenham sido resgatadas, não podendo ser curado aquele que deve suportar sua provação até o fim”. Mais à frente em seu artigo, a original proposição de Kardec: -“Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não tem como causa primeira a alteração das moléculas orgânicas, mas a presença de um mau fluido, que as desagrega, por assim dizer, e perturba a sua economia”. Afirma ser “o caso de grande número de doenças, cuja origem é devida a fluidos perniciosos, dos quais é penetrado o organismo, obtendo-se a cura não pela substituição de moléculas deterioradas, mas pela expulsão de um corpo estranho”. Nesse caso, a “medicação alopática destinada a agir sobre a matéria é inoperante em todas as doenças causadas por fluidos viciados, por sinal, numerosas”. Desse modo, considera que “duas afecções, na aparência apresentando sintomas idênticos, podem ter causas diferentes; uma pode ser determinada pela alteração das moléculas orgânicas e, outra, pela infiltração nos órgãos sãos, de um fluido mau, que perturba suas funções”. Entende que “esses dois casos requerem, no fluido curador, qualidades diferentes. No primeiro, é preciso um fluido mais suave que violento, sobretudo rido em princípios reparadores; no segundo, um fluido enérgico, mais próprio à expulsão do que a reparação”. Destaca ainda que “não podendo os maus fluidos provir senão de maus Espíritos, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor”. Finaliza dizendo que “estas considerações mostram quantas coisas há que levar em conta no tratamento das moléstias, e quanto ainda resta a aprender a tal respeito. Além disso, vem confirmar a aliança do Espiritismo e da Ciência. O Espiritismo marcha no mesmo terreno que a ciência, até os limites da matéria tangível; mas, ao passo que a ciência se detém nesse ponto, o Espiritismo continua seu caminho e procede suas investigações nos fenômenos da natureza com o auxílio dos elementos que colhe no mundo extra material; só aí está a solução das dificuldades contra as quais se choca a ciência”.


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