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sábado, 27 de maio de 2023

A LEI DE QUE NINGUÉM ESCAPA; EM BUSCA DA VERDADE COM O ESPIRITISMO

O número de janeiro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, inclui matéria destacando o caso de um jovem de dezesseis anos que desde quatro anos antes era o epicentro de uma série de fatos perturbadores. Descrito como um rapaz de inteligência excessivamente acanhada, analfabeto e que raramente saia de casa, sempre que começava a dormir, tinha o leito em que repousava balançado violentamente; era objeto de suspensão magnética (levitação); pancadas e arranhaduras de origem desconhecida no local em que repousava; assovios; ruído semelhante ao de uma lima ou serra; arremesso de pedaços de carvão procedentes de local ignorado no cômodo em que estava deitado. Durante o sono, fala ao Espírito causador da desordem com autoridade e toma o tom de comando de um oficial superior, dado surpreendente, visto jamais ter assistido exercícios militares. Simula um combate, comanda a manobra, conquista a vitória e se julga reconhecido general em campo de batalha. Quando ordenava ao Espírito que desse uma tantas pancadas, por vezes, contrariado, o menino, no transe do sono, pergunta: -“Como farás para tirar as pancadas que deste a mais? Então o Espírito se põe a raspar, como se apagasse. Quando o menino comanda, fica numa grande agitação, por vezes, gritando tão forte que a voz se extingue numa espécie de estertor. Sob comando o Espírito produz o som de todas as marchas francesas e estrangeiras, mesmo a chinesas. Frequentemente, acontecia do menino, dizer: -“Não é assim! Recomece. E o Espírito obedecia. Durante o sono e comandando, o menino mostrava-se muito grosseiro. Certa ocasião, após cinco horas de grande agitação do rapaz, tentou-se acalmá-lo por meio de passes magnéticos, o que o enfureceu, revolvendo toda cama. Longe de se atenuarem, os efeitos se agravavam mais e mais de modo aflitivo. Tentou-se conversar com o Espírito através de outro rapaz que lhe servia como médium falante (psicofônico). Em vão, obtendo como resposta que a prece de nada lhe servia; que experimentou aproximar-se de Deus, mas só encontrou obscuridade e gelo. Mesmo as orações mentais o enfureciam. Nem o próprio pai estava livre dos assaltos do Espírito obsessor que lhe interrompia o trabalho, agredia, puxava-lhe as roupas e o beliscava até sangrar. Na reunião da Sociedade Espírita de Paris, do dia 9 de novembro passado, foram dirigidas oito perguntas a São Luiz, o dirigente espiritual das atividades sobre o problema. Entre outras informações, disse que “por ser a inteligência do moço limitada, quando o Espirito desencarnado o envolvia, ficava completamente alucinado, especialmente quanto mais mergulhado no sono, o que o expunha à turbulenta obsessão; aconselhou que quando o jovem estivesse desperto, evocasse-se bons Espíritos, a fim de com estes o por em contato e, por tal meio, afastar os maus, que o assediavam durante o sono; disse que seriam ineficazes as tentativas de doutrinar o desencarnado por serem ele e o moço, muito materializados; enalteceu o valor da prece, enfatizando, contudo ser necessária a cooperação dos pais que, todavia, não demonstravam aquela fé que centuplica as forças, não tendo, por isso, muita razão ao queixar-se de um mal contra o qual nada fazer; por fim, revelou ser o moço pouco adiantado moralmente, mas mais do que se pensa em inteligência da qual abusou em outras existências, não a dirigindo para um fim moral, mas, ao contrário, para objetivos mais ambiciosos. Acrescentou ainda encontrar-se na existência atual num corpo que lhe não permite livre curso à inteligência e o mau Espírito que o assedia aproveita sua fraqueza: deixa-se comandar em coisas sem consequência, porque o sabe incapaz de lhe ordenar coisas sérias: e o diverte. Destaca o Orientador Espiritual que a Terra formiga de Espíritos assim, em punição, em corpos humanos, razão pela qual existem tantos males de tantos matizes. Em observação adicional, Allan Kardec diz que a “observação vem em apoio a esta explicação. Durante o sono, o menino mostra uma inteligência incontestavelmente superior à de seu estado normal, o que prova um desenvolvimento anterior, mas reduzido a estado latente sob esse novo corpo grosseiro. É só nos momentos de emancipação da alma, nos quais não sofre tanto a influência da matéria, que sua inteligência se expande, e no qual também exerce uma espécie de autoridade sobre o Ser que o subjuga. Mas, reduzido ao estado de vigília, suas faculdades se anulam sob o involucro material que a comprime. Não está aí um ensino moral prático?”. 




Por que no Espiritismo não se faz casamento? ( Ivanete)


Simplesmente porque o Espiritismo não adota rituais e celebrações. Não que o Espiritismo seja contra rituais ou festividades, mas ele não os adota como prática religiosa. Ademais, para a Doutrina Espírita, o verdadeiro casamento é de almas que se amam e, se elas se amam, já estão unidas por Deus, pois Deus é amor. O Espiritismo é sempre a favor da instituição do casamento legal, pois estimula seus adeptos a se casarem no civil, apenas para observância da lei e para a preservação de direitos dos indivíduos e da família, pois trata-se também de uma questão de compromisso e responsabilidade.


Logo, o Espiritismo não tem ritual, porque sabe que o ritual em si nada significa em termos de verdadeiro sentimento. Muitas vezes, o ritual é tão valorizado que acaba recebendo mais atenção do que a própria união do casal. O casamento genuíno, entretanto, é aquele cujo valor está no sentimento que une o homem e a mulher, e que deve se fortalecer ao longo da convivência matrimonial.


Aliás, o Espiritismo não adota nenhum tipo de cerimônia, nem para o casamento, nem para qualquer outro ato. Ele estimula as pessoas a valorizar o que sentem e o que pensam no dia a dia de suas vidas, a atender seus compromissos e responder pelos seus atos. Para se chegar a Deus, como ensinou Jesus, só há um caminho: o amor. Não o amor proclamado, festejado e exaltado, mas o amor silencioso do dia-a-dia, algo que somente se faz visível na forma como cada um vai conduzir a sua vida diante do outro.


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