faça sua pesquisa

quarta-feira, 17 de maio de 2023

COISAS BEM DIFERENTES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O Espiritismo detém o mérito não só de ter definido e explicado a mediunidade, mas, de ter revelado no lado Ocidental da Terra que todas as criaturas humanas são médiuns, o que as torna passíveis de sofrer influências do Mundo Espiritual, em maior ou menor intensidade. Apesar das tentativas de desenvolver classificações próprias da imensa variedade de sensitivos e paranormais, a Metapsíquica do médico do fisiologista Charles Richet e a Parapsicologia do pesquisador Joseph Banks Rhine, o trabalho de Allan Kardec continua válido e referência aos estudiosos, sobretudo através d’ O LIVRO DOS MÉDIUNS. O século XX, de forma mais exuberante no Brasil, expôs o trabalho de médiuns extraordinários em várias frentes de atuação da Espiritualidade, combatendo a acentuada evolução do materialismo, na verdade procurando evidenciar a realidade da sobrevivência após a morte do corpo físico. De forma ostensiva na poesia; na literatura; nas demonstrações propiciadas por Espíritos de célebres pintores; compositores clássicos; nas confortadoras manifestações de criaturas separadas de entes queridos de forma abrupta; nas impactantes cirurgias invasivas levadas a efeito em vários países latinos. Ignorante por vezes, mal intencionada outras, a imprensa associa muitos dos fenômenos dos diferentes tipos citados ao Espiritismo. Ocorre que a mediunidade é tão neutra quanto a inteligência. Tanto é médium o individuo moralmente equilibrado quanto o não. Em artigo reproduzido na REVISTA ESPIRITA de outubro de 1867, Allan Kardec tece interessantes comentários sobre aspecto observado em muitos casos impactantes no campo das curas, em que podemos incluir desde Arigó, no Brasil e Tony Agpoa, nas Filipinas, até os produzidos pela maioria dos médiuns da atualidade. Pergunta: -“Porque esta faculdade hoje se desenvolve quase que exclusivamente nos ignorantes, em vez de nos homens de ciência? Pela razão muito simples que, até agora, os homens de ciência a repelem. Quando a aceitarem, vê-la-ão desenvolver-se entre si, como entre os outros. Aquele que hoje a possuísse iria proclamá-la? Não: ocultá-la-ia com o maior cuidado. Desde que ela é inútil em suas mãos, porque lha dar? Seria o mesmo que dar um violão a um homem que não sabe ou não quer tocar. A este estado de coisas junta-se outro motivo capital. Dando aos ignorantes o dom de curar males que os sábios não podem curar, é para provar a estes que nem tudo sabem, e que há leis naturais além das que a ciência reconhece. Quanto maior a distância entre a ignorância e o saber, mais evidente é o fato. Quando se produz naquele que nada sabe, é uma prova certa de que ali em nada participou o saber humano. Mas como a ciência não pode ser um atributo da matéria, o conhecimento do mal e dos remédios por intuição, como a faculdade de vidência, só podem ser atributos do Espírito. Elas provam no homem a existência do Ser espiritual, dotado de percepções independentes dos órgãos corporais e, muitas vezes, de conhecimento adquiridos anteriormente, numa precedente existência. Esses fenômenos tem pois, ao mesmo tempo, a consequência de serem úteis à Humanidade, e de provar a existência do princípio espiritual”. Argumentos de Clélie Duplantier, uma das sóbrias entidades habitualmente presente nas reuniões da Sociedade Espírita de Paris, em mensagem psicografada pelo médium Sr Deliens, em 23 de fevereiro de 1867, merecem reflexão: -“Quanto àquele que é apenas médium, sendo instrumento, pode ser mais ou menos defeituoso, e os atos que se operam por seu intermédio de modo algum o impedem de ser imperfeito, egoísta, orgulhoso e fanático. Membro da grande família humana, ao mesmo título que a generalidade, participa de todas as suas fraquezas. Lembrai-vos destas palavras de Jesus: “Não são os que tem saúde que precisam de médico”. Então há que ver um sinal de bondade da Providência, nessas faculdades que se desenvolvem em meios e em pessoas imperfeitas. É um meio de lhes dar a fé que, mais cedo ou mais tarde, conduzirá ao Bem; se não for hoje, será amanhã; são sementes que não estão perdidas, porque vós, Espíritas sabeis que nada se perde para o Espírito. Se não é raro, em naturezas moral e fisicamente mais abruptas, encontrar faculdades transcendentes, isto se deve a que essas individualidades, tendo pouca ou nenhuma vontade pessoal, limitam-se a deixar agir a influência que as dirige. Poder-se-ia dizer que agem por instinto, ao passo que uma inteligência mais desenvolvida, querendo se dar conta da causa que a põe em movimento, por vezes colocar-se-ia em condições que não permitiriam uma realização tão fácil dos desígnios providenciais. Por mais bizarros e inexplicáveis que sejam os efeitos que se produzem aos vossos olhos, estudai-os atentamente”. Como se vê, Espiritismo, médiuns e fenômenos são coisas bem diferentes, competindo ao primeiro apenas facilitar a análise e interpretação do segundo e terceiro ou orientar seu exercício.




  Quando a gente é jovem o tempo parece caminhar mais devagar. Mas, à medida que envelhecemos, e principalmente quando chegamos à terceira idade, ao olharmos para trás, vamos perceber que o tempo passou muito depressa e a impressão que dá é que não soubemos aproveitar a vida... É assim mesmo para todo mundo?

Para os Espíritos - que já viviam e continuarão a viver depois - a passagem pela vida terrena é muito importante, independente da duração de cada existência.

Para uma grande parte dos que reencarnam hoje a vida será mais ou menos longa, atravessando as várias fases do desenvolvimento humano: a infância, a juventude, a maturidade e a velhice.

Como todo projeto, é na juventude que a vida é encaminhada para o atingimento de metas e isso depende muito da educação recebida ou da formação espiritual do indivíduo.

Assim, do ponto de vista da criança e do jovem, quando ainda está tudo por fazer, o tempo parece longo, porque as metas a serem atingidas geralmente são demoradas e difíceis de alcançar.

Na velhice, no entanto, quando as principais metas já foram atingidas, deixam de existir aquelas expectativas e resta à pessoa olhar para o passado para avaliar seu desempenho no caminho.

Nessa idade, o tempo parece ter corrido muito, porque as etapas já foram vencidas e, para a presente encarnação, não há muito a planejar.

No entanto, o que resta em nossa mente é a memória, mas como a memória é seletiva, ela vai lembrar muito pouco do que realmente viveu e é essa lembrança de fatos espaçados é que encurta a noção do tempo.

Parece que tudo caminhou muito depressa, porque a lembrança não é capaz de trazer à mente tudo que passou.

Mas, se olharmos para o nosso futuro espiritual, tomando consciência de que a morte é apenas uma passagem, entraremos num estado renovado de ânimo, e saberemos avaliar a importância do tempo vivido na Terra.

Desse modo, cara ouvinte, não é difícil concluir que essa questão de tempo depende do ponto de vista sob o qual avaliamos a vida.

Se olharmos esta vida como se fosse a única oportunidade de viver, se, que nada mais viesse a existir depois, ela nos parecerá realmente muito curta.

Mas se entendermos que a vida continua, que somos seres imortais, passando por mais por mais uma experiência na Terra, vamos perceber como ela foi importante para o nosso aprendizado o quanto dela vamos levar de precioso para as futuras jornadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário