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sexta-feira, 5 de maio de 2023

KARDEC EXPLICA PORQUE O ESPIRITISMO É IMPAR ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

No número de abril de 1864, o mesmo em que anunciava o lançamento d’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec incluiu na pauta da REVISTA ESPÍRITA interessante artigo de sua autoria, intitulado Autoridade da Doutrina Espírita, ressaltando as diferenças entre ela e as demais propostas filosófico/religiosas existentes à época. E, os que o leem acabam concluindo: atualíssima. Dos raciocínios nele desenvolvidos, destacamos 6 para sua avaliação: 1- Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes de quem a tivesse concebida. Ora, ninguém poderia ter a pretensão fundada de possuir, ele só, a verdade absoluta. Se os Espíritos que a revelaram se tivessem manifestado a um homem só, nada garantiria sua origem, pois seria preciso crer, sob palavra, naquele que dissesse ter recebido seu ensino. Admitindo de sua parte uma perfeita sinceridade, ao menos poderia convencer as pessoas de seu ambiente; poderia ter sectários, mas não conseguiria jamais atrair todo mundo. 2- Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Eis porque encarregou os Espíritos de leva-la de um a outro polo, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir sua palavra. Um homem pode ser enganado, pode mesmo enganar-se; assim não poderia ser quando milhões de homens veem e ouvem a mesma coisa; é uma garantia para cada um e para todos. Aliás, pode fazer-se um homem desaparecer, mas não desaparecem as massas; podem queimar-se livros, mas não os Espíritos. Ora, se se queimassem todos os livros, a fonte da Doutrina não seria emudecida, por isso que não está na Terra: surge por toda parte e cada um pode aproveitá-la. Em falta de homens para espalhá-la, haverá sempre Espíritos que atingem todo o mundo e ninguém pode atingi-los. 3- Na realidade, são os próprios Espíritos que fazem a propaganda, auxiliados por inumeráveis médiuns que suscitam por todos os lados. Se tivessem um intérprete único, por mais favorecido que fosse, o Espiritismo seria apenas conhecido; esse mesmo interprete, fosse de que classe fosse, teria sido objeto de prevenções por parte de muita gente; nem todas as Nações o teriam aceitado, ao passo que os Espíritos se comunicam por toda parte, a todos os povos, a todas as seitas e partidos, sendo aceitos por todos. O ESPIRITISMO NÃO TEM NACIONALIDADE; está por fora de todos os cultos particulares; não é imposto por nenhuma classe da sociedade, pois cada um pode receber instruções de parentes e amigos de além-túmulo. Era preciso que assim fosse, para que pudesse chamar todos os homens à fraternidade. Se se não tivesse colocado em terreno neutro, teria mantido dissenções, em vez de apaziguá-las. 4- Essa universalidade do ensino dos Espíritos constitui a força do Espiritismo. Aí, também, está a causa de sua propagação tão rápida. Ao passo que a voz de um só homem, mesmo com o auxílio da imprensa, teria levado séculos antes de chegar a todos os ouvidos, eis que milhares de vozes se fazem ouvir simultaneamente em todos os pontos da Terra, para proclamar os mesmos princípios, e os transmitir aos mais ignorantes, como aos mais sábios, a fim de que ninguém fique deserdado. É uma vantagem de que não gozou nenhuma das doutrinas até hoje aparecidas. Se, pois, o Espiritismo é uma verdade, nem teme a má vontade dos homens, nem as revoluções morais, nem os desmoronamentos físicos do Globo, porque nenhuma dessas coisas pode atingir os Espíritos. 5- Sabe-se que os Espíritos por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda Verdade; que nem a todos é dado penetrar certos mistérios; que seu saber é proporcional à sua depuração; que os Espíritos vulgares não sabem mais que os homens e até menos que certos homens; que entre eles, como entre estes, há presunçosos e pseudo-sábios, que creem saber o que não sabem, sistemáticos que tomam suas ideias como verdades; enfim, que os Espíritos de ordem mais elevada, os que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das ideias e preconceitos terrenos. Mas, sabe-se também, que os Espíritos enganadores não têm escrúpulos em esconder-se sob nomes de empréstimo, para fazerem aceitas suas utopias. Disso resulta que, para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter tem um caráter individual sem autenticidade; que devem ser consideradas como opinião pessoal de tal ou qual Espírito, e que seria imprudente aceita-las e promulga-las levianamente como Verdades absolutas. 6- O primeiro controle é, sem sombra de dúvida, o da razão, à qual é preciso submeter, sem exceção, tudo quanto vem dos Espíritos. 


Quando um pobre é acometido de uma doença, buscar ajuda médica e hospitalar é sempre difícil e, para certos casos, até impossível, de modo que muitos morrem sem assistência. Já, com o rico, a coisa é diferente e, nesse particular, geralmente ele não tem maiores problemas. De modo que as chances do pobre de se curar são bem menores que a do rico. Será que no mundo espiritual acontece o mesmo. Quais são as chances do pobre e do rico no mundo espiritual, já que o rico sempre teve aqui do bom e do melhor, enquanto o pobre sofre a vida inteira, até para morrer?

Interessante a colocação. Na verdade, todos sabemos que a condição social das pessoas neste mundo geralmente lhe dá alguma vantagem de ordem material, mas não no mundo espiritual.

Jesus falou sobre isso quando contou a parábola do rico e do mendigo, conforme lemos no evangelho.

 Havia um homem rico que se, vestia de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.  

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta do rico. 

Desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber suas feridas. 

E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão ( isto é, no céu) ; e morreu também o rico e foi sepultado.  

No Hades (quer dizer, no mundo espiritual), o rico ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio.  

Clamando, disse: “Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”.

O rico insiste e, por fim, pede que Abraão mande alguém avisar seus irmãos na Terra, para que não lhes aconteça o mesmo.

Esta parábola, por si só, mostra que a condição material de uma pessoa pode ser muito diferente de sua condição no mundo espiritual.

A questão não está propriamente na riqueza ou na miséria, mas nos sentimentos e principalmente nas ações que cada um praticou em relação ao próximo, enquanto encarnado.

Na parábola que Jesus contou percebe-se que o rico era um egoísta, sovina, orgulhoso, enquanto o pobre era uma pessoa humilde do ponto de vista moral.

Por isso, o desfecho da história foi de colocar o mendigo numa condição espiritualmente bem superior ao do rico, a ponto de não haver comunicação entre eles.




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