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quarta-feira, 15 de junho de 2022

INDICES ALARMANTES; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 - “E como a destruição não marchasse bastante depressa, ver-se-ão os suicídios multiplicando-se numa proporção incrível, até entre as crianças”, preconizaram os Espíritos em abril de 1866 em extensa comunicação que serviu de base para a elaboração do capítulo 18 do livro A GÊNESE. Allan Kardec a reproduz na íntegra no número de outubro daquele ano da REVISTA ESPÍRITA. Tudo como parte da etapa considerada como transição planetária, a tão proclamada mudança evolutiva, iniciada em meados do século XVIII e, em pleno andamento. A prova do acerto de tal prognóstico está refletida o resultado da pesquisa desenvolvida pela OMS – Organização Mundial de Saúde e divulgada há um mês, apontando o suicídio como terceira maior causa de morte de jovens na faixa dos 10 aos 19 anos. O suicídio, abominado pela maior parte das religiões tradicionais, encontra no Espiritismo uma visão mais racional, causada ou por sérios transtornos psicológicos e psiquiátricos e, segundo depoimentos de Espíritos que cederam à ideia, como induzida por influências espirituais vigorosas. Cogitações sobre o assunto podem ser encontradas em abordagens na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, como as reproduzidas no número de novembro de 1858, na seção Problemas Morais. Na verdade, duas situações foram propostas ao Espírito São Luiz, objetivando conhecer a posição da Espiritualidade e, naturalmente, da Doutrina Espírita sobre elas. A primeira buscava entender a aparente contradição existente entre a atitude do indivíduo que alimenta a ideia do suicídio, mas reage defensivamente diante de uma ameaça de morte pretendida por outra pessoa, no caso de um assalto, por exemplo. Se a pessoa quer morrer, por que se defende? O dirigente espiritual dos trabalhos daquele grupo de pesquisa, explicou que o fato se dá “porque o homem tem sempre medo da morte. Quando se suicida, está superexcitado, com a cabeça transtornada, e realiza esse ato sem a coragem nem medo e, por assim dizer, sem ter conhecimento do que faz; ao passo que se lhe fosse dado raciocinar não verismos tantos suicídios. O instinto do homem o leva a defender a própria vida e, durante o tempo que decorre entre o momento em que o seu semelhante se aproxima para o matar e o momento em que o ato é cometido, tem ele sempre um movimento de repulsa instintiva da morte; e este o leva a repelir esse fantasma, só apavorante para um Espírito culpado. O homem que se suicida não experimenta tal sentimento porque se acha cercado de Espíritos que o impelem, que o ajudam em seus desejos e lhe fazem perder completamente a lembrança do que não seja ele mesmo, isto é, dos pais, daqueles que o amam e de uma outra existência. Nesse momento o homem é todo egoísmo”. Outra duvida, relacionava-se à culpa – ou não -, daquele que sem ter a coragem deliberada de suicidar, expõe-se a riscos e perigos, como os que, por exemplo, se propõe a lutar em guerras ideológico/políticas. Sobre isso, o Orientador Espiritual tal indivíduo “será sempre culpado. O homem deve seguir o impulso que lhe é dado. Seja qual for a vida que leve, é sempre assistido por Espíritos que o conduzem e o dirigem, apesar do seu desconhecimento. Ora, procurar agir contra seus conselhos é um crime, pois que aqueles aí estão para nos dirigir e, quando queremos agir por nós mesmos, esses bons Espíritos estão prontos a ajudar-nos. Entretanto, se o homem, arrastado por seu próprio Espírito, que deixar esta vida, é abandonado; mais tarde reconhece que terá de recomeçar uma outra existência. Para elevar-se, deve o homem ser provado. Parar a sua ação, por um entrave em seu livre arbítrio seria ir contra Deus e, neste caso, as provas tornar-se-iam inúteis, porque os Espíritos não cometeriam faltas. O Espírito foi criado simples e ignorante; então, para chegar às Esferas felizes, é necessário elevar-se em Ciência e sabedoria e, é somente na adversidade que adquire um coração elevado e compreende a Grandeza de Deus”. Demonstrando o aspecto democrático das reuniões, um dos participantes externou sua opinião segundo a qual teria percebido uma contradição nas últimas palavras do Instrutor, ao dizer que o homem pode ser arrastado ao suicídio pelos Espíritos que a isto o excitam, cedendo, portanto a um impulso estranho. Esclarecendo a entidade afirmou “não existir contradição. Quando disse que o homem impelido ao suicídio era cercado de Espíritos que a isto o solicitavam não me referia aos bons Espíritos, que fazem todo esforço para o evitar; isto deveria estar subentendido; sabemos todos que temos um anjo da grada ou, se preferis, um guia familiar. Ora, o homem tem o seu livre arbítrio; se, a despeito dos bons conselhos que lhe são dados, persevera nesta ideia criminosa, ele a realiza, no que é ajudado pelos Espíritos levianos e impuros, que o cercam e que se sentem felizes por ver que ao homem, ou Espírito encarnado, também falta a coragem para seguir conselhos de seu bom guia, por vezes de Espíritos de parentes mortos que o rodeiam, sobretudo em circunstâncias semelhantes”.



Está assim na Bíblia, “conhecereis a verdade a verdade vos fará livres”. Cada religião diz que tem a verdade. Que verdade? O Espiritismo também diz estar com a verdade. Será que ele tem resposta para todas as perguntas? (Anônimo)


Sua observação é valida e é muito oportuna para nossa reflexão. Todos dizem estar do lado da verdade. Mas será que realmente amamos a verdade? Será que amamos a verdade que vem contra os nossos interesses? Será que queremos a verdade que nos traz, por exemplo, um prejuízo material? ou aquela que nos causa uma decepção ou sofrimento? A maioria das pessoas dizemos estar com a verdade, mas, com certeza, como seres humanos falíveis, queremos a verdade que nos é conveniente, mas não queremos aquela que possa ferir nossos interesses.


A condição humana, por melhor possamos imaginar, é de Espíritos volúveis, que ainda estão lutando para aceitar a verdade, mesmo porque a verdade, geralmente, é dura e, por vezes, nos parece muito cruel. Desse modo, é muito difícil para todos nós aceitar a verdade nua e crua, quando nem sempre estamos preparados para isso. Vamos dar um exemplo. De uma maneira geral, aceitamos bem um elogio que alguém nos faça, mesmo que esse elogio seja falso; e, por outro lado, refutamos imediatamente uma crítica, mesmo que essa critica seja verdadeeira. Não é o que acontece comumente? Pra você ver como é difícil!...


No entanto, cada um quer a verdade para si, principalmente quando surgem os conflitos, em que todos têm razão e ninguém quer perder. Cada um quer que a sua verdade seja a única. Isso acontece todos os dias dentro dos lares, no ambiente de trabalho, nas relações sociais em geral. Jesus nos chama atenção sobre a fraqueza de nossa conduta e sobre a necessidade de prestarmos contas para a nossa própria consciência. Na Doutrina Espírita, dizemos que as Leis de Deus estão em nossa consciência, porque, independente de estarmos ou não do lado da verdade em nossas atitudes, quem vai nos dizer isso é essa consciência.


Todas as doutrinas e religiões têm a sua verdade. Nenhuma delas é plena, perfeita, pois o homem não consegue atingir a verdade verdadeira na sua plenitude. A Doutrina Espírita entende isso muito bem e diz que também não tem e nem pode ter toda a verdade e, por isso, não pode responder a todas as perguntas de uma forma integral e perfeita. Por quê? Porque somos imperfeitos, estamos evoluindo e, a cada passo da evolução, vamos nos aproximando da verdade, sem atingi-la integralmente.


A verdade de hoje é mais verdade que a ontem, e a de amanhã, com certeza, será ainda mais perfeita. A Bíblia conta que Josué fez o Sol parar; naquele tempo ( 3 mil anos atrás) acreditava-se que isso fosse verdade. Hoje sabemos que não é, que tal proeza é impossível, pois não é o Sol que gira em torno da Terra, mas a Terra que gira em torno do Sol. Mas naquele tempo não se sabia disso, nem se sabia que a Terra é um planeta, que o Sol é uma estrela e que o nosso mundo não é o único no universo. Com certeza, a Terra e o Sol não mudaram em sua essência e continuam os mesmos desde a época de Josué, mas nós – seres humanos, Espíritos em evolução – mudamos muito de 3 mil anos para cá, e hoje já sabemos muito mais sobre o Sol e a Terra que os hebreus da antiguidade.


Sobre a verdade há muita coisa a dizer e muitos pontos a refletir. Mas queremos lembrar uma frase de Chico Xavier. Quando lhe perguntaram sobre “dizer a verdade”, ele respondeu: “Eu tenho medo das pessoas que só dizem verdades”. Parece um paradoxo, mas não é. Dizer a verdade pode, até mesmo ser uma questão de conveniência ou de prudência, de responsabilidade ou de amor. Às vezes, conforme o caso, a verdade pode ser usada como um remédio e salvar; mas, de outras, ela pode ser usada como arma... e matar. Reflita sobre isso.


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