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sábado, 4 de junho de 2022

ELEMENTOS PARA REFLEXÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Objetivando demonstrar “nossa necessidade de estudo metódico da obra de Allan Kardec”, bem como saudar o primeiro centenário da publicação d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Emmanuel, o Orientador das atividades mediúnicas de Chico Xavier, logo após a transferência deste para Uberaba (MG), organizou um trabalho em torno de 91 temas tratados em igual número de sessões públicas desenvolvidas no ano de 1959, na Comunhão Espírita Cristã – instituição em que atuou até 1976 quando surgiu o Grupo Espírita da Prece – em torno das 1019 questões da obra fundamental do Espiritismo: RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS. Reúne segundo ele, “simples comentários em torno da substância religiosa da proposta do Consolador Prometido por Jesus” no derradeiro diálogo mantido com seus seguidores mais diretos, conforme registrado no capítulo 14, versículos 16 e 26 do EVANGELHO de João. Na mesma linha, em 1961 compôs SEARA DOS MÉDIUNS; em 1964, O LIVRO DA ESPERANÇA – marco do nascimento editora da CEC (Comunhão Espírita Cristã) a segunda ( a primeira foi a LAKE) fora a da Federação Espírita Brasileira a obter direitos autorais dos trabalhos de Chico Xavier-; e, em 1965; JUSTIÇA DIVINA, todos assinalando o primeiro centenário, respectivamente, d’O LIVRO DOS MÉDIUNS, O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO e O CÉU E O INFERNO ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo. Todas elas nascidas em reuniões que ocorriam nas noites das segundas e sextas feiras da instituição que abrigou as tarefas do médium até 1976 quando ele se transferiu para o Grupo Espírita da Prece onde prosseguiu até sua desencarnação em 2002. Apresentando abordagem original sobre temas tratados nas chamadas Obras Básicas, os comentários de Emmanuel refletem aspectos reveladores sobre as características essenciais da criatura humana. Um deles no SEARA DOS MÉDIUNS, capítulo CARTÃO DE VISITA, ajuda-nos a entender um pouco mais sobre a formação do pensamento que, por sinal, segundo avalia “vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma”. Escreve: -“Observa os próprios impulsos. Desejando, sentes. Sentindo, pensas. Pensando, realizas, Realizando, atrais, atraindo, refletes. Refletindo, estendemos a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que afinizamos”. Allan Kardec já havia publicado em um número da REVISTA ESPÍRITA que o “pensamento é o atributo característico do ser espiritual; é ele que distingue o espírito da matéria: sem o pensamento, o Espírito não seria Espírito”.. Afirma inclusive no referido trabalho que “não há necessidade de que o pensamento seja formulado em palavras; a irradiação fluídica não existe menos, quer ela seja expressa ou não; se todos são benevolentes, todos os presentes nele experimentam um verdadeiro bem-estar, e se sentem comodamente; mas se é misturada com alguns pensamentos maus, eles produzem um efeito de uma corrente de ar gelado no meio tépido”. Para ele, “tal é a causa do sentimento de satisfação que se sente numa reunião simpática; ali reina como uma atmosfera moral saudável, onde se respira comodamente; dali se sai reconfortado, porque se está impregnado de eflúvios salutares. Assim se explicam também a ansiedade, o mal-estar indefinível que se sente num meio antipático, onde os pensamentos malévolos provocam, por assim dizer, correntes fluídicas doentias”. E acrescenta: - O homem o sente instintivamente, uma vez que procura as reuniões onde ele sabe encontrar essa comunhão; nessas reuniões homogêneas e simpáticas, ele haure novas forças morais; poder-se-ia dizer que ali recupera as perdas fluídicas que ele faz cada dia pela irradiação do pensamento, como recupera pelos alimentos as perdas do corpo material.


Maristela Balbino, lendo um artigo publicado em jornal espírita, quer saber qual é , de fato, a posição do Espiritismo em relação às pesquisas com célula-tronco.


Na verdade, Maristela, o tema é muito recente. Temos muito a aprender e a discutir a respeito. Não há uma única opinião formada dentro do meio espírita: há posições diferentes. Essa preocupação não existia na época de Kardec, quando o Espiritismo se formou, nem mesmo na época em que André Luiz e Emmanuel se manifestaram a respeito de vários temas de ordem médico-científica, ocasião em que a mediunidade Chico Xavier estava no auge. Existe, porém, uma polêmica em torno dessa questão, tanto nos meio científico como no meio religioso, marcada por duas posições definidas: uma, que é a favor da pesquisa e outra, que é contra.


Vamos dizer, primeiramente, do que se trata, para esclarecimento do ouvinte. Células-tronco, de que estamos tratando, são células do embrião humano. Embrião é a fase, que se segue logo à concepção – ou seja, à fecundação do óvulo pelo espermatozóide – para gerar um novo ser. Depois da fase embrionária, dentro do útero materno, vem o feto – a fase fetal – que leva, mais ou menos, 9 meses para a formação e o nascimento do bebê. O que isso tem a ver com pesquisa?


Os cientistas descobriram que as células embrionárias têm a capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula do corpo. Isso porque é a partir delas que vão se formar todos os tecidos e todos os órgãos do corpo humano. Essa descoberta abre uma perspectiva muito alvissareira em relação à recuperação de tecidos lesados de pessoas doentes como – por exemplo – pessoas acometidas de doenças neurológicas ( paralisias, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson), ou mesmo pessoas acidentadas que tiveram células nervosas danificadas e sem possibilidade de recuperação.


Logo, as pesquisas com células-tronco permitiriam descobrir possibilidades de tratamento de várias doenças, até então consideradas incuráveis. Esses tratamentos seriam feito à base de células-tronco, para que elas, utilizadas em cada caso, recuperassem células e tecidos danificados. Até este ponto, nada a reparar. Entretanto, o problema está no fato de que as células-tronco serão tiradas de embriões humanos – ou seja, causando-lhes inevitavelmente a morte.


Contra a pesquisa levantaram-se vários segmentos religiosos, alegando que o homem não tem o direito de tirar a vida de um embrião, nem mesmo para salvar alguém que está doente. O embrião já seria um ser humano. Contudo, não há unanimidade no meio espírita em relação à pesquisa, embora a pesquisa, hoje, já esteja regulamentada por lei, recentemente aprovada. O problema é saber se o embrião, utilizado para tais pesquisas, está ou não está animado por um espírito, uma vez que ele foi fecundado em laboratório, artificialmente; portanto, fora do corpo materno.


Esses embriões, na verdade, são sobras não utilizadas em procedimentos de fecundação artificial de mulheres, e se encontram congelados. Mesmo assim, há uma ala no meio espírita, inclusive da Associação Médico-Espírita do Brasil, que é contra as pesquisas. Ela afirma que ninguém pode garantir que haja espíritos ligados a tais embriões, mesmo que seja possível, segundo a doutrina, existirem embriões sem espíritos. Cautelosos, esses médicos se manifestam, apenas e tão somente, a favor da pesquisa de células-tronco de pessoas adultas, mas são veementemente contra a pesquisa com células-tronco embrionárias. O tema continua aberto para discussão.









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