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terça-feira, 1 de junho de 2021

O VERDADEIRO SENTIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Indiscutivelmente o principal meio de difusão do Espiritismo tornou-se num ponto de referência e convergência dos que são surpreendidos por revezes com os quais não imaginavam. Na superficialidade de suas avaliações concluem ser a prática espírita mero instrumento de reequilíbrio através dos passes ou outros tratamentos oferecidos nas Casas Espíritas, supõem ponto de encontro entre a realidade material e a imaterial, a tangível e a intangível. Um meio onde se pode encontrar a cura ou o caminho a seguir através das orientações dos Amigos Espirituais ou Mentores como se costuma dizer. Será apenas isso? Será apenas esta a finalidade da Doutrina Espirita. Em texto apresentado na edição de novembro de 1864, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec esclarece essa dúvida. Escreve ele: -“O Espiritismo não é uma concepção individual, um produto da imaginação; não é uma teoria, um sistema inventado para a necessidade de uma causa. Tem sua fonte nos fatos da natureza mesma, em fatos positivos, que se produzem aos nossos olhos e a cada instante, mas cuja origem não se suspeitava. É, pois, resultado da observação, numa palavra, uma ciência: a ciência das relações entre os mundos visível e invisível; ciência ainda imperfeita, mas que diariamente se completa por novos estudos e que, tende certeza, tomará posição ao lado das ciências positivas. Digo positivas, porque toda ciência que repousa sobre fatos é uma ciência positiva, e não meramente especulativa. O Espiritismo nada inventou, porque não se inventa o que está na Natureza. Newton não inventou a Lei da Gravitação: está Lei Universal, existia antes dele; cada um a aplicava e lhe sentia os efeitos, posto não a conhecessem. Por sua vez, o Espiritismo vem mostrar uma nova Lei, uma nova força da natureza: a que reside na ação do Espírito sobre a matéria, lei tão Universal quanto a da gravitação e da eletricidade, contudo ainda desconhecida e negada por certas pessoas, como o foram outras Leis no momento de sua descoberta. É que os homens geralmente sentem dificuldade em renunciar às suas ideias preconcebidas e, por amor próprio, custa-lhes concordar que estavam enganados, ou que outros tenham podido encontrar o que eles próprios não encontraram. Mas como, em definitivo, esta Lei repousa sobre fatos e contra os fatos não há negação que possa prevalecer, terão que render-se à evidência, como os mais recalcitrantes tiveram que o fazer quanto ao movimento da Terra, à formação do Globo e aos efeitos do vapor. Por mais que taxem os fenômenos de ridículos, não podem impedir a existência daquilo que é. Assim, o Espiritismo procurou a explicação dos fenômenos de uma certa ordem e que, em todas as épocas, se produziram de maneira espontânea. Mas o que, sobretudo, o favoreceu nessas pesquisas, é que lhe foi dado o poder de produzi-los e os provocar, até certo ponto. Encontrou nos médiuns instrumentos adequados a tal efeito, como o físico encontrou na pilha e na máquina elétrica os meios de reproduzir os efeitos do raio. Compreende-se que isso é uma comparação e não uma analogia. Há aqui uma consideração de alta importância: é que, em suas pesquisas, ele não procedeu por via de hipóteses, como o acusam; não supôs aexistência do Mundo Espiritual, para explicar os fenômenos que tinha sob as vistas; procedeu pela via da análise e da observação; dos fatos remontou à causa e o elemento espiritual se apresentou como força ativa; só o proclamou depois de o haver constatado. Como força e como Lei da Natureza, a ação do elemento espiritual abre, assim, novos horizontes à ciência, dando-lhe a chave de uma porção de problemas incompreendidos. Mas se a descoberta de Leis puramente materiais produziu no mundo revoluções materiais, a do elemento espiritual nele prepara uma revolução moral, porque muda totalmente o curso das ideias e das crenças mais arraigadas; mostra a vida sob um outro aspecto; mata a superstição e o fanatismo; desenvolve o pensamento e o homem, em vez de se arrastar na matéria, de circunscrever sua vida entre o nascimento e a morte, eleva-se no Infinito; sabe de onde vem e para onde vai; vê um objetivo para o seu trabalho, para seus esforços, uma razão de ser para o Bem; sabe que nada do que aqui adquire em saber e moralidade lhe é perdido, e que o seu progresso continua indefinidamente no além túmulo; sabe que há sempre um futuro para si, sejam quais forem a insuficiência e a brevidade da presente existência, ao passo que a ideia materialista, circunscrevendo a vida à existência atual, dá-lhe como perspectiva o nada, que nem mesmo tem por compensação a duração, que ninguém pode aumentar à sua vontade, desde que podemos cair amanhã, em uma hora, e então o fruto de nossos labores, de nossas vigílias, dos conhecimentos adquiridos estarão para nós perdidos para sempre, muitas vezes sem termos tido tempo de os desfrutar. Repito, demonstrando o Espiritismo, não por hipótese, mas por fatos, a existência do Mundo Invisível e o futuro que nos aguarda, muda completamente o curso das ideias; dá ao homem a força moral, a coragem e a resignação, porque não mais trabalha apenas pelo presente, mas pelo futuro; sabe que se não gozar hoje, gozará amanhã”.

Esta questão, que vamos responder agora, veio por intermédio do nosso colega Guilherme, de alguém que passou uma experiência para ele. É possível valer-se dos Espíritos para praticar o mal? Até que ponto isso realmente funciona? Uma pessoa quer prejudicar outra, evoca Espíritos maus para isso e consegue atingir sua vítima.

 Existem muitas histórias sobre práticas de magia negra, que redundam em prejuízo para vítimas de desprezo ou de ódio. Muitas dessas histórias, no entanto, chegam ao exagero e servem mais para alimentar a fantasia de pessoas cheias de imaginação. Contudo, infelizmente, ainda estamos num mundo em que o mal predomina, um mundo de provas e expiações conforme a conceituação de Allan Kardec.

Num mundo, onde o mal impera, ele se manifesta tanto pelos nossos pensamentos como pelos nossos atos. O mal atrai o mal pela lei de atração dos semelhantes. Por isso há muita maldade encomendada no mundo. Falamos, sobretudo, das execuções, chacinas, sequestros e assassinatos que, no Brasil, aconteceu às dezenas de milhares por ano, colocando o Brasil entre os países que mais registram assassinatos no planeta.

 É claro que os homens não agem sozinhos e que a maldade cultivada nos corações de pessoas, que odeiam ou querem impor seu poder a todo custo, conta com a participação de Espíritos dessa mesma condição.  Por que? Porque os Espíritos nada mais são do que as almas dos homens, como diz Kardec, de tal modo que a maldade que existe entre os encarnados corresponde à maldade que impera no mundo dos desencarnados ligados à Terra.

  Assim como existem perseguições e mortes encomendadas sobre a Terra, também pode haver maldade encomendada aos Espíritos. Kardec fala disso n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, deixando claro que ninguém está imune ao ataque de Espíritos maldosos, até porque, em nosso caminhar evolutivo também já praticamos muito mal. Mas disso não se segue as pessoas não tenham meios de evitar ou de se defender dessas investidas. Os instrutores espirituais afirmam que isso se consegue  fazendo o bem e cultivando a fé em Deus.

Eis a vacina e eis o remédio contra a investida maldosa de Espíritos inimigos: a prática do bem. Isso quer dizer, em última análise, que nos ligamos uns aos outros (encarnados e desencarnados) pelo teor de nossos pensamentos: é o que  chamamos de  sintonia mental. Boas ações, que geram bons pensamentos, constituem o antídoto recomendado para evitarmos duros contratempos na vida e até mesmo intromissão desrespeitosa de Espíritos. Lembremo-nos que Jesus recomendou o amor até mesmo pelos inimigos.



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