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segunda-feira, 14 de junho de 2021

AVALIAÇÃO ACERTADA ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 -“Em nossa opinião, os maiores embaraços para a expansão do Espiritismo procedem da atuação daqueles que reencarnam, prometendo servi-lo, seja através da mediunidade direta ou da mediunidade indireta, no campo da inspiração e da inteligência, e se transviam nas seduções da esfera física”, respondeu o Espírito Gabriel Delanne em entrevista concedida ao também Espírito André Luiz na cidade de Paris, no dia 20 de agosto de 1965, quando da passagem pela França, dos médiuns Chico Xavier e Waldo Vieira, numa das duas viagens de intercâmbio por eles realizada entre 1965 e 1966, para conhecer o Espiritualismo praticado nos Estado Unidos da América do Norte e alguns países da Europa, experiência parcialmente reproduzida no livro ENTRE IRMÃOS DE OUTRAS TERRAS (1965, feb). Na avaliação, pode também ser enquadrada a tentativa feita pela Espiritualidade dois séculos antes de acender a luz da Verdade Espiritual no obscuro cenário da cultura terrestre, como se depreende de entrevista efetuada em 23 de setembro de 1859, na Sociedade Espírita de Paris, cumprindo compromisso assumido após ser evocação ao final da reunião de 16 de setembro passado, reproduzida por Allan Kardec no número de novembro daquele ano, da REVISTA ESPÍRITA. No foco, um verdadeiro gênio na avaliação convencional dos intelectuais, formado em Engenharia de Minas, cientista, teólogo, político, filósofo e inventor, que viveu 84 anos entre 1688 e 1772. Filho de um bispo luterano, nascido em Estocolmo, na Suécia, aos 56 anos, após um jantar tarde da noite, em Londres, Inglaterra, passou a ter a primeira de uma série de visões com um Espírito que, segundo escreveria, posteriormente, lhe disse: -“Eu sou Deus, o Senhor, Criador e Redentor. Escolhi-te para explicar aos homens o sentido interior e espiritual da Sagrada Escritura. Ditarei o que deves escrever”. Antes de começar a responder as questões pelas quais ali se encontrava, teceu alguns comentários avaliando sua contribuição de um século antes, dizendo que “um século antes pregara o Espiritismo, vendo-se diante de inimigos de todos os gêneros, mas também de fervorosos adeptos”. Acrescentou que “sua moral espírita e sua doutrina não estavam isentas de grandes erros, que hoje reconhecia”. Reconhece que “quando de sua primeira visão já se ocupava das questões teológicas, desejando, de algum modo, as revelações de que foi testemunha, tendo, entretanto, elas ocorrido espontaneamente”. Afirmou que “o Espírito que lhe apareceu dizendo ser Deus, não o era, tendo ele pensado ter dele ouvido isso, por nele ter visto um Ser sobre-humano, sentindo-se lisonjeado com diante da aparição” e, que “o mesmo tomou o nome de Deus para ser melhor obedecido”. Considerava também que o Espírito que o fez escrever coisas que reconhecia hoje errôneas, “não agira com má intenção, pois ele mesmo estava enganado por não ser bastante esclarecido”, entendendo atualmente que as ilusões do seu próprio Espírito e inteligência, o influenciavam, contra sua vontade, e, chamando a atenção para o fato de que “no meio de alguns erros de sistemas, fácil é reconhecer grandes verdades”. A propósito do princípio em sua teoria de existir uma correspondência entre cada coisa do mundo material e cada coisa do mundo moral, respondeu não passar de ficção e, sobre Deus ser o próprio homem, esclareceu que “Deus não é o homem: o homem é que é uma imagem de Deus, representando Deus sobre a Terra pelo poder que exerce sobre toda a Natureza e pelas grandes virtudes que tem o poder de adquirir; não sendo o homem uma parte da Divindade, apenas a sua imagem”. Indagado sobre a forma como eram recebidas suas comunicações por parte dos Espíritos, contou: -“Quando eu estava em silêncio e recolhimento, meu Espírito como que ficava deslumbrado, em êxtase, e eu via claramente uma imagem a minha frente, a qual me falava e ditava o que eu deveria escrever. Por vezes minha imaginação aí se misturava”. Avaliando a contribuição de Swedenborg, Allan Kardec diz: -“Ainda que rendendo justiça ao mérito pessoal de Swedenborg como cientista e como homem de Bem, não nos podemos constituir defensores de doutrinas condenadas pelo mais elementar bom sendo. O que resulta mais claramente conforme o que conhecemos dos fenômenos Espíritas, é a existência de um Mundo Invisível e a possibilidade de nos comunicarmos com ele. Swedenborg gozou de uma faculdade que em seu tempo pareceu sobrenatural. É por isto que admiradores fanáticos o encararam como um Ser excepcional. Em tempos mais remotos ter-lhe-iam levantado altares. Aqueles que não acreditavam nele o consideraram um cérebro exaltado ou um charlatão. Par nós era um médium vidente e um escritor intuitivo, como os há aos milhares”.



  Comentário de um ouvinte. “Dói muito ver tantos conflitos em torno da vacina contra a Covid-19. O homem honesto fica sem compreender como que políticos, que foram eleitos para resolver problemas do povo, partem para a briga uns contra os outros, prejudicando a nação. Eles estão preocupados com as regalias do poder e se esquecem do compromisso que assumiram perante a pátria e perante Deus.”

  Estamos distantes de uma condição espiritual que nos estimule o verdadeiro espírito de coletividade. Quase sempre agimos apenas no interesse próprio, esquecendo o bem estar da sociedade. O panorama social e político do mundo demonstra que o egoísmo e o orgulho ainda prevalecem em nossas relações. Quase sempre estamos pensando em levar vantagem. Portanto, o problema não está apenas com os políticos, mas, com certeza, no mundo político – que se tornou  um mundo de disputas e rixas pessoais – essa particularidade aparece com mais nitidez.

 Quando é que vamos ter uma política de verdade? Certamente, quando a maioria dos políticos estiverem envolvidos com os verdadeiros interesses da nação; quando cada político for capaz de renunciar ao conforto e às regalias, que o cargo lhe confere, para se colocar ao lado do povo na solução de seus problemas; quando o político não precisar mais se utilizar da prerrogativa de homem público para se defender de acusações que pesam sobre ele; em suma, quando ele for capaz de dar de si muito mais que o cidadão comum.

 O ideal para a humanidade é a fraternidade. Mas nesse sentido, com certeza, ainda temos um longo caminho a percorrer.  Quando Mohandas Ghandi assumiu o mobilização do povo para conseguir a independência da Índia, ele já vinha dando exemplo de idealismo e abnegação. E, sem ser um político na acepção comum da palavra, ele acabou comandando o povo indiano sem se afastar o do ideal de liberdade e não-violência. A política de Ghandi estava nele mesmo, no homem que ele era, no cidadão que representava, submetendo a toda sorte de sacrifício, sem pensar em si mesmo, antes de pensar no bem do povo.

 Sobre isso, Allan Kardec deixou bem claro em sua obra que o ideal espírita é a formação do homem de bem, conforme lemos n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS e n’O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO. Só os homens de bem, aqueles que se enquadra nas condições apontadas por Kardec, é que teria condição de fazer um governo justo e honesto.

 Mas, ainda estamos bem longe de alcançar esse patamar, pois o político provém do povo; antes de ser político ele era um simples cidadão. E será que, como cidadão, ele sabia se conduzir com respeito e dignidade, com empenho e abnegação, a ponto de chamar a atenção sobre seu desempenho na sociedade? Infelizmente queremos políticos que sejam homens especiais, mas ainda temos dificuldade de nos conduzir como cidadãos. Precisamos pensar, urgentemente, sobre isso, se quisermos iniciar um movimento de reforma social.


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