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segunda-feira, 29 de junho de 2020

PORQUES?; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


 Já nos anos 80 do século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de lá para cá, revelarão um aumento exponencial de tais casos. Claro que o exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP), localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de 24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes. Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra, compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina, os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente, do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito, administrando os processos evolutivos dos habitantes da Terra.

 Gostaria de saber o que significam cético, agnóstico e ateu, se são a mesma coisa ou se existe diferença entre eles.

Existe diferença, sim, entre estas três categorias de pensamento. O mais fácil de entender, certamente, é a definição de ateu. No grego Deus é designado pela palavra “théos”; o prefixo “a” significa negação. Logo, ateu é a pessoa que nega Deus, que não acredita na existência de Deus. É uma postura filosófica, um modo de ver e conceber o mundo. O ateu parte do pressuposto que Deus não existe, não deve existir. Logo, tudo que existe é apenas matéria e foi a matéria que deu origem a si mesma.
  Já a  palavra agnóstico, vem de agnose, do grego, o que não pode ser conhecido. Logo, agnóstica é a pessoa que pode acreditar em Deus ou pode não acreditar. Ela parte do pressuposto de que conhecimento dessa ordem não está à altura do ser humano alcançar. Logo, Deus pode existir ou não, mas nunca poderemos provar. Entre os agnósticos, há duas classes: os teístas e os ateístas.
Agnóstico teísta é o que considera que Deus existe, mas o conhecimento de Deus é inacessível ao homem, pois não é possível provar que Deus existe. Logo, ele não deve se ocupar disso e se satisfazer apenas com a crença de que Deus existe. Agnóstico ateísta, por sua vez,  é aquela pessoa que considera que Deus não existe e que, sendo impossível provar que ele não existe, o homem também não deve se ocupar desse assunto.
Finalmente, o cético. O cético diferencia de todos os demais, porque se trata da pessoa que considera que Deus pode existir ou pode não existir, mas ele só se sentiria satisfeito se conseguisse comprovar a existência ou a não-existência de Deus. A diferença entre o cético e o diagnóstico é que o cético acredita que o homem poderá provar que Deus existe ou que não existe, enquanto o agnóstico acha que isso é impossível, porque além da capacidade humana de investigação e que, portanto, é inútil se ocupar desse assunto.
Apenas para completar o quadro das diversas posições humanas em relação à existência de Deus, convém citar ainda os teístas ou crentes. Teístas ou crentes são os que acreditam em Deus, a grande maioria da população, pois a existência de Deus é o fundamento de todas as religiões. Entre os crentes ou teístas há os que não se preocupam em compreender sua crença, apenas acreditam e, portanto, optam por uma fé cega. Mas existe a outra categoria, formada de pessoas que veem na existência de Deus uma resposta para a existência do Universo e para sua própria existência. Estes utilizam uma fé racional.


















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