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quinta-feira, 18 de junho de 2020

EVOLUÇÃO; SOBREVIVERAM; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Gostaria de saber o que vocês pensam sobre pessoas que acreditam facilmente em promessas de pregações religiosas? Por que não questionam, por que não vão a fundo para descobrir o que pode estar atrás dessas promessas? Se tivessem mais bem preparadas, não haveria tanto charlatão? (Diogo)
 Esta questão não é tão simples, Diogo, porque todos têm necessidade de acreditar em algo ou em alguém. A fé é uma condição inerente ao ser humano. Todo mundo tem fé. Até o ateu tem sua crença: ele acredita que Deus não existe, mas assim mesmo é uma crença  e é, ao mesmo tempo, um direito que ele tem. O problema é saber como acreditar ou em que base vamos assentar a nossa crença.
 Por outro lado, num país democrático, todos têm o direito de acreditar em que quiser e em quem quiser. E a não ser que se prove que uma pessoa está explorando a boa fé de outra – porque, então, seria crime – todos podem pregar o que quiser, falar o que lhes convém, anunciar o impossível, como é o caso de milagres, fim do mundo e promessas de salvação.
 A lei existe para regular o comportamento da coletividade. Se alguém for denunciado por estelionato – que é o crime dos que exploram os menos avisados – as autoridades devem tomar providências junto à segurança e à justiça. Mas o charlatanismo nem sempre é fácil de se comprovar, pois existem manobras muito bem montadas, muito bem esquematizadas e que, muitas vezes, não são percebidas ou não são descobertas.
  O mais importante na vida de qualquer sociedade é o caráter das pessoas. Não importa sua religião ou seu partido político, sua origem ou sua posição social. O que vale mesmo é o seu caráter, porque se elas forem honestas e bem intencionadas jamais se proporão a tirar vantagens em prejuízo de seus concidadãos.
Por outro lado, cada um de nós deve estar atento para não ser enganado, tomar as devidas cautelas, usar do pensamento crítico, não se deixar iludir por promessas absurdas. Na religião é muito comum as pessoas se fascinarem com verdades que, para a maioria, seriam absurdas, mas elas, num momento de necessidade ou de fragilidade espiritual deixam-se envolver. Quando a pessoa entra numa fase de desespero, ela se entrega com  facilidade a qualquer que se proponha a resolver seu problema.
 A única maneira de coibir esse tipo de exploração é educar nossas crianças e jovens para pensar de forma racional e emocionalmente equilibrada. Por isso a Doutrina Espírita tem como um de seus princípios fundamentais a fé raciocinada, até porque ela não quer que ninguém venha ao Espiritismo se não estiver consciente de que a fé deve caminhar ao lado da razão e que cada um deve aprender a pensar pela própria cabeça, sem deixar de iludir por falsas promessas.















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