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sábado, 20 de junho de 2020

MIGRAÇÃO; OBSESSÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR




 Na sua recente obra, O CÉREBRO QUE SE TRANSFORMA, lançado no Brasil pela Editora Record, o psicanalista e psiquiatra Norman Doidge, trata da extraordinária habilidade do cérebro humano em modificar sua própria estrutura e funcionamento.
Doidge viajou pelo mundo para ouvir histórias de cientistas que trabalham em laboratórios de neurociência de ponta, além de auscultar opiniões de outros médicos e de pacientes. Com isso, ele reuniu uma quantidade apreciável de relatos, que estão descritos nesse livro, onde demonstra a incrível capacidade de regeneração e de autocura do nosso cérebro.
            Trata-se de um trabalho apreciável de Norman Doidge, que vem corroborar a concepção de que o corpo dispõe de um mecanismo especial para encarar as doenças e combatê-las. Isso quer dizer, em última instância, que grande parte das enfermidades que atingem o corpo acabam sendo curadas pelo próprio corpo, sem que precisemos fazer nada para isso. Aliás, autocura é o que o corpo está fazendo todo dia e a toda hora, sem que você perceba.
            É claro que essa revelação não é novidade para a medicina e tampouco para o homem comum. No dia a dia, todos somos testemunhas da ação autocurativa de nosso corpo. Basta observar o que acontece quando fazemos um corte no dedo, por exemplo: imediatamente entra em ação um mecanismo de coagulação do sangue e, em pouco tempo, esse corte estará cicatrizado. Existem no corpo centenas de mecanismos de auto-regeneração em funcionamento. Qualquer corpo estranho, que entre no organismo – como um vírus ou bactéria nocivos – passa a ser imediatamente combatido pelo seu sistema de defesa (chamado de sistema imunológico), até que seja expulso. Mas, é claro, essa ação (como tudo na natureza) tem um limite; se o sistema de regeneração não for mais capaz de promover totalmente a cura, ficaremos doentes: é quando entra a ação da medicina – não para substituí-lo, mas para ajudá-lo, uma vez que quem realiza a cura, em última instância, não é a medicina, mas o corpo.
            Por isso é que é necessário e importante que você procure manter atitudes positivas diante da vida, caro ouvinte, uma vez que seu pensamento é um poderoso estimulador de seu sistema de defesa, através das múltiplas funções cerebrais. Pessoas, que têm fé e pensam positivamente, estão mais próximas da cura do que aquelas que se entregam facilmente ao desânimo ou desistem de viver.
            Aqui fica valendo aquela famosa assertiva de Jesus, quando disse: “ A fé remove montanhas”.
            Os Espíritos protetores podem nos ajudar muito nas doenças – se soubermos cooperar, é claro. Do mesmo modo a medicina, a psicologia e outras disciplinas da área de saúde. Mas, a decisão final de se curar é sempre nossa, do nosso corpo, de suas reações ao tratamento.
            As chamadas “curas espirituais” que geralmente as religiões proclamam, para muitos constituem verdadeiros milagres e estão intimamente relacionadas com esse mecanismo natural do cérebro, que promovem a autocura. Nesse caso, essa capacidade extraordinária do organismo, além de depender da fé do paciente, é estimulada por uma ação exterior, provinda de um ou mais Espíritos benfeitores. Contudo, o mérito principal é de quem foi curado, porque é na sua atitude mental que os bons Espíritos se apoiam. Lembre-se da assertiva de Jesus, após uma cura obtida:  “A tua fé te curou”.
            Por isso é que dizemos sempre que Deus já nos deu tudo o que nos tinha a dar; o resto depende de nós. Se você souber utilizar bem sua capacidade de autocura, com certeza, saberá superar muitos problemas que afetam seu corpo, facilitando a ação da medicina e dos benfeitores espirituais.      
            Com isso, continua valendo uma afirmação de Santo Tomás de Aquino, teólogo católico, que viveu no século XIII, quando disse: “Toda cura é autocura”.
A ciência está comprovando isso e nós estamos descobrindo, cada vez mais, do que somos capazes.















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