faça sua pesquisa

sexta-feira, 26 de junho de 2020

A ULTIMA FRONTEIRA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Observando - em sua fase recente - a evolução no Planeta em que vivemos, demonstra que a Humanidade avançou das conquistas pela terra, posteriormente, pelo mar, e, mais à frente pelo ar. Não está errado pensarmos que a etapa mais recente se processará pelos chamados Universos Paralelos, como sugerido pelo físico Marcelo Gleiser na obra CRIAÇÃO IMPERFEITA (record, 2010), ao se referir na página 314 da mesma que, segundo a Teoria das Supercordas, “mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos” . A propósito disso, manifestações espirituais efetuadas desde o surgimento do Espiritismo, oferecem campo vasto para interessantes reflexões. O médium Chico Xavier, dentro de sua simplicidade, sugere no livro IMAGENS NO ALÉM, que “se cortarmos uma cebola ao meio teremos uma ideia de como se organiza a arquitetura do Plano Espiritual”, observando suas camadas e a interpenetração das mesmas. Reunimos a seguir alguns tópicos para sua avaliação que bem demonstram isso: 1- As dimensões vibratórias do Universo são infinitas, como infinitos são os mundos que o povoam. Esferas múltiplas de atividade espiritual interpenetram-se nos diversos setores da existência. (OVE) 2- Não existem vazios no Universo. Todas as zonas interplanetárias estão repletas de vida em suas manifestações multiformes. (CUM) 3- As esferas vibratórias se interpenetram e expandem até os limites dos Planetas vizinhos. (CUM) 4- Se fosse possível cortar a Terra pelo meio, em seu todo, quer dizer, até onde alcançam seus limites verdadeiros, ver-se-iam círculos iguais, uns dentro dos outros, representando estágios da Vida Espiritual, ou Esferas Vibratórias onde vivem os Espíritos, de acordo com a sua elevação. (IA) 5- Os dois Planos, o visível e o invisível, se interpenetram no mundo, não sendo o imaterial percebido, pelo fato do sensório do encarnado, de modo geral, estar habilitado somente a certas percepções, restritas aos cinco sentidos (OC) 6- Na quarta esfera (chamada de UMBRAL), mais apegada a Terra e às suas ilusões, existem muitas organizações à maneira da dimensão mais física ..(CUM) 7- As áreas do espaço (espiritual), às vezes enormes, ocupadas por legiões de criaturas padecentes ou desequilibradas, estão circunscritas e policiadas, por maiores que sejam, funcionando à maneira de sítios terrestres, utilizados por grandes instituições para a recuperação dos enfermos da mente.(EVC) 8- A matéria mental, energia cuja existência mal começamos a perceber, obedece a impulsos da consciência mais do que possamos calcular. 9- Cada mente vive na dimensão com que se harmonize. Milhares (…) se mantem dentro de linhas mentais infra-humanas, rebeldes a qualquer processo de renovação. Muitos permanecem em profundo desânimo nos recintos domésticos em que transitaram por alguns anos consecutivos, detendo-se nos hábitos arraigados da casa e inalando substâncias vivas do ambiente que lhes é familiar, sem coragem de ir adiante. 10- As inteligências se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental ou frequência vibratória, em que se encontram. 11- Há infernos purgatoriais de muitas categorias. Correspondem à forma de pesadelo ou remorso que a alma criou para si mesma. Tais organizações (...), obedecem à densidade mental dos seres que as compõem, onde há milhares de criaturas humanas, clamando contra si mesmas, chocadas pelas imagens e gritos das consciências, criando quadros aflitivos e dolorosos, onde o pavor e o sofrimento fazem domicílio.(FT) 12- Surpreendemos entidades fortemente ligadas umas às outras, através de fios magnéticos, nos mais escuros vales de padecimento regenerativo, expiando o ódio que as acumpliciaram no vício ou no crime. Outras, que perseveraram no remorso pelos delitos praticados, improvisam, elas mesmas, com as faculdades criadoras da imaginação, os instrumentos de castigo dos quais se sentem merecedores. (FT). Diante de tanta beleza e sabedoria do Criador, ignorada pela maioria das criaturas, seja pela acomodação mental em que a maioria vive, seja pelas restrições impostas pelo preconceito e intolerância das religiões, natural perguntarmos como reagem as criaturas humanas nos momentos que se seguem a transferências compulsoriamente imposta pela cessação das atividades do corpo físico. Os três comentários seguintes dão uma amostra do observado dos que nos precederam e trabalham por nos conscientizar: 1 - A situação de surpresa ante os acontecimentos supremos e irremediáveis que determinam a morte física, proporcionam sensações muito desconfortáveis à alma desencarnada. (OC). 2- Somente alguns poucos Espíritos treinados no conhecimento superior conseguem evitar as deprimentes crises de medo que, em muitos casos, perduram por longo tempo. (FT) 3- A impressão da alma no momento da morte varia com os estados de consciência dos indivíduos(...). .(PI)





 Uma leitora fez referência ao processo de canonização de Madre Teresa de Calcutá pela Igreja Católica, fato que, segundo ela, não teve grande tanta repercussão nem no meio católico, porque poucas pessoas falaram disso. A questão, que ela coloca, é sobre o poder que a Igreja veio perdendo com o tempo, porque hoje a religião não tem mais tanta força e um tema, como esse que, no passado, poderia ser tão comentado, hoje se fala tão pouco. Ela quer saber o que pensamos.
 Não podemos ter ingerência nos assuntos da Igreja mas podemos abordar a questão sob um ângulo mais amplo num cenário que, como você se referiu, está bem longe daquele que predominava principalmente na Idade Média, aqui no mundo ocidental, quando uma religião se impunha de forma autoritária, exigindo fidelidade absoluta de todos.
 A figura de Madre Teresa é altamente respeitável, sabemos disso, embora haja críticos ainda inconformados com o seu trabalho, mas que não fazem nada com espírito de abnegação e amor ao próximo. Logo, isso não tira de Madre Teresa os méritos diante do grande público. A humanidade caminha hoje para uma visão cada vez mais ampla do papel da religião e dos próprios religiosos. Não podemos mais ficar enquistados nos grupos fechados, que achavam que só eles estão com Deus e só eles podem alcançar toda a verdade.
 Os últimos papas, principalmente de João XXIII para cá, vieram com um forte sentimento de renovação e, retomando alguns mártires da própria Igreja, como Francisco de Assis e Vicente de Paulo por exemplo, pregam a religião – e não apenas uma única religião, mas a religião universal do amor, que é o que mais precisamos. Não estamos dizendo que as diferenças religiosas vão acabar, mas, sim, que os seguidores das diversas crenças têm em comum o mais elevado sonho da humanidade, a fraternidade e a paz, que Jesus e os grandes mestres do passado ensinaram.
 Logo, é em torno desse sonho ou desse ideal que as forças religiosas devem atuar – como fez Teresa de Calcutá, que não é santa simplesmente porque foi canonizada, mas porque deixou um exemplo de vida que sintetiza o ideal da fraternidade e da solidariedade humana. O título, que ela recebeu portanto, não é apenas o reconhecimento da sua igreja, mas uma constatação que ficou patente para o mundo todo. Santidade, para nós,  não é título, é mérito perante a Lei de Deus.
 Quanto ao mais, respeitamos os procedimentos da Igreja quanto ao fato de lhe conferir essa honraria, porque fazem parte de sua tradição e de seus dogmas de fé, mas os adeptos das outras religiões e mesmo os que não professam religião alguma, evidentemente, só podem, o quanto muito, valorizar o caráter de Madre Tereza, o esforço, a dedicação e a coragem com que se arrojou a uma missão extremamente difícil, que lhe custou sacrifício próprio, inclusive as rajadas de críticas que foram desferidas contra ela.
   Do ponto de vista espírita, cara ouvinte, achamos perfeitamente normal que um Espírito da grandeza moral de Teresa de Calcutá seja reconhecido e sirva de exemplo para todos nós, pois, para fazer o bem que fez, deve ocupar uma posição espiritualmente elevada. Para nós seus milagres não foram bem esses recentemente apontados, de curar uma ou duas pessoas, mas o milagre do amor que ela soube administrar por tantos anos em favor de milhares de pobres e abandonados.


















Nenhum comentário:

Postar um comentário