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quarta-feira, 23 de abril de 2025

O MUNDO INVISÍVEL E A GUERRA SEGUNDO O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

-“O Mundo Invisível é composto dos que deixaram seu envoltório corporal ou, por outras palavras, das almas que viveram na Terra. Estas almas ou Espíritos, o que é a mesma coisa, povoam o Espaço, estão em toda parte, ao nosso lado, como nas regiões mais afastadas”. O comentário pode ser lido na edição de dezembro de 1859 da REVISTA ESPÍRITA, publicação mensal financiada pelo próprio Allan Kardec para manter atualizados os seguidores do Espiritismo em várias partes da Europa. Quando do lançamento do livro A GÊNESE, no ultimo capítulo, encontra-se reproduzida uma mensagem assinada por um Espírito identificado como Dr Barry em que, entre outras coisas, diz: -“Uma coisa que vos parecerá estranhável, mas que por isso não deixa de ser rigorosa verdade, é que o Mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Nada tem isto de surpreendente, para quem sabe que os Espíritos fazem corpo com a Humanidade; que eles saem dela e a ela têm de voltar, sendo, pois, natural se interessem pelos movimentos que se operam entre os homens. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o mundo invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo e que aguardam o momento de a ele volver”. Em meados do século 20, o Orientador Espiritual Emmanuel através do médium Chico Xavier, transmitiu um interessante livro intitulado ROTEIRO (feb, 1951) em que revela: - Mais de vinte bilhões de almas conscientes, desencarnadas, sem nos reportarmos aos bilhões de inteligências sub-humanas que são aproveitadas nos múltiplos serviços do progresso planetário, cercam o domicílio terrestre, demorando-se noutras faixas de evolução. Tal dado até então inédito permite-nos avaliar a discrepante população invisível em relação à visível. No que tange às guerras, um série de questões merecem consideração. E, elas surgem das páginas d’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, onde Allan Kardec obtem os seguintes esclarecimentos: 1 Durante uma batalha, há Espíritos assistindo e amparando cada um dos exércitos? Sim, e que lhes estimulam a coragem.” Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias. 2- Estando, numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta? “Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa.” 3- Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha? “Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.” 4- Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota? “Podem; mas, não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma ideia falsa, sofrerá as consequências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar.” 5- Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos? “Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o veem dotado.” 6- No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha? “Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam.” Dá-se, nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge. 7- Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros? “Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie o seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas ideias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter.” 8-Continua a ouvir o rumor da batalha? “Perfeitamente.” 9- O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma dom corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação? “Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui- lo, a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhe causa a vista do corpo morto. Tendo a vida toda se concentrado no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações.”




Pergunta do Oswaldo Alves: “Na Bíblia, Abrão é convocado por Deus para Abraão sacrificar o próprio filho, Isaac, praticamente uma criança. Mas, no momento do sacrifício apareceu um anjo e mandou suspender a execução. O anjo então disse que Deus só queria uma prova de fidelidade. Fico pensando, se Deus é perfeito e sabe de tudo, por que precisa de provas.”


A concepção, que se tinha de Deus, naquele tempo, era muito diferente da que se temos hoje. Abraão deve ter vivido cerca de 1.800 anos antes de Cristo. O seu deus não se aproximava, nem mesmo, do Deus de Jesus e Abraão concebia era bem limitado em relação ao que, bem mais tarde, Jesus chamou de Pai Bom e Perfeito. Não sabemos dizer exatamente o que se passou, mas podemos presumir que Iavé era um Espírito Guia e Protetor daquele pequeno povo. Dotado de sentimentos humanos, ele mais parecia com os deuses pagãos, que de divinos só tinham mesmo a imortalidade.


Evidentemente, o Deus, que nós concebemos hoje, é um ser perfeito, que tudo pode e que tudo sabe. Não precisa que lhe provemos nada e também não precisa nos provar nada, pois é o Ser Supremo, o Poder Criador, a Causa e o Fim de tudo que existe. Ele sabe das disposições e das intenções de cada um de nós, muito mais do que nós mesmos. Guardada a devida distância que nos separa de Abraão, cerca de 3.800 anos, é razoável aceitar que esse patriarca pensava de acordo com as idéias e a crença de seu tempo, e nada há que possamos admirar sobre isso.


Entretanto, já que você citou Abraão, é interessante lembrar que ele tem um significado moral muito profundo. Fica claro por esse episódio que Deus não quer o nosso sacrifício, mas o nosso bem. Geralmente, atribuímos a Deus os problemas e as dificuldades que sofremos, pensando logo em castigo. Mas esse raciocínio está complemente equivocado. A vida – como diz Huberto Rhoden – é como uma peça onde cada um desempenha o seu papel. Temos de desempenhar bem o nosso papel para sentir que não vivemos em vão, que a vida tem um valor profundo, e é por isso que estamos aqui.


O sacrifício é a dedicação, o empenho, o esforço e a realização que está ao alcance de cada um – seja pobre ou rico, desta ou daquela religião, pertença a este ou aquele povo, viva nesta ou em outra época. Todos nós fazemos parte de um plano universal, onde cada um tem seu papel específico e insubstituível, como numa peça cada ator tem sua participação única e exclusiva. No passado, dava-se valor ao sacrifício, as penitências e coisas dessa natureza, pois se acreditava que Deus só estava contente quando estivéssemos sofrendo. Coisa absurda. A vida não existe para isso: cabe a cada um de nós participar da ativamente da vida para que possamos, todos juntos, construir um mundo melhor e uma humanidade mais feliz.










segunda-feira, 21 de abril de 2025

UMA ANÁLISE DA REALIDADE ATUAL( PARTE 6); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Pode se sugerir algum roteiro ou receita que auxilie uma mudança comportamental desse tipo? Não basta crer na imortalidade da alma. Inadiável é a iluminação de cada um, a fim de que seja claridade sublime. Não basta, para o arrojado cometimento da redenção, o simples reconhecimento da sobrevivência da alma e do intercâmbio entre os dois mundos. Os levianos e os maus, os ignorantes e os estultos, podem corresponder-se igualmente a distância, de País a País. Antes de mais nada importa elevar o coração, romper as muralhas que encerram a criatura na sombra, esquecer as ilusões da posse, dilacerar os véus espessos da vaidade, abster-se do letal licor do personalismo aviltante, para que os clarões do monte refuljam no fundo dos vales, a fim de que o Sol eterno de Deus dissipe as transitórias trevas humanas. Exigível é a cabal demonstração de estar-se certos da Espiritualidade Divina. O Plano Superior não se interessa pela incorporação de devotos famintos de um paraíso beatifico. Admitiríeis, porventura, a própria permanência na Crosta Planetária, sem finalidades específicas? Se a erva tenra deve produzir consoante objetivos superiores, que dizer da magnífica inteligência do homem encarnado? Que não há que esperar da razão iluminada pela fé! Se o patrimônio da fé religiosa representa o indiscutível fator de equilíbrio mental do mundo, que fazeis de vosso tesouro, esquecendo-lhe a utilização, numa época em que a instabilidade e a incerteza vos ameaçam todas as instituições de ordem e de trabalho, de entendimento e de construção? Não vos assombra, porventura, acordando-vos a consciência, a borrasca renovadora que refunde princípios e nações? Impossível uma Era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito de observância e aplicação das Leis Divinas. Por admitir semelhante contrassenso, a máquina, filha de vossa inteligência, anula as possibilidades de mais alta incursão no reino do Espírito Eterno. Ser cristão, outrora, simbolizava a escolha da experiência mais nobre, com o dever de exemplificar o padrão de conduta consagrado pelo Mestre Divino. Constituía ininterrupto combate ao mal com as armas do bem, manifestação ativa do amor contra o ódio, segurança de vitória da luz contra as sombras, triunfo inconteste da paz construtiva sobre a discórdia derruidora.  Por fim, qual a melhor orientação aos que desejam atravessar tais turbulências sem se perturbar?

Sejam instrumentos do bem, acima de expectantes da graça. A tarefa demanda coragem e suprema devoção a Deus. Sem que nos convertamos em luz, no círculo em que estivermos, em vão acometeremos a sombra, aos nossos próprios pés. E, no prosseguimento da ação que nos compete, não esqueçamos de que a evangelização das relações entre as Esferas visíveis e invisíveis é dever tão natural e tão inadiável da tarefa quanto a evangelização das pessoas. Não busquem o maravilhoso: a sede do milagre pode viciar e fazer perder-vos. Vinculem-se, pela oração e pelo trabalho construtivo, aos Planos Superiores e estes vos proporcionarão contato com os Armazéns Divinos, que suprem a cada um de nós segundo a justa necessidade. As ordenações que vos oprimem na paisagem terrena, por mais ásperas ou desagradáveis, representam a Vontade Suprema. Não galguemos obstáculos, nem tenteis contorná-los pela fuga deliberada: vencei-os, utilizando a vontade e a perseverança, ensejando crescimento aos vossos próprios valores. Cuidai em não transitar sem a devida prudência nos caminhos da carne, em que, muita vez, imitais a mariposa estouvada. Atendei as exigências de cada dia, rejubilando-vos por satisfazer as tarefas mínimas. Não intenteis o voo sem haver aprendido a marcha. Sobretudo, não indagueis de direitos prováveis que vos caberiam no banquete divino, antes de liquidar os compromissos humanos. Impossível é o título de anjos, sem ser, antes, criaturas ponderadas.


(Ouvinte anônima) - Eu gostaria de receber uma mensagem direta de um Espírito, que me dissesse como é o mundo do lado de lá, mesmo que fosse em sonho. Mas, até hoje, não recebi e isso me deixa muito frustrada, porque acho que isso seria muito importante para mim...


A maioria das pessoas, como você, estão ansiosas por alguma revelação espetacular. Muitas vivem até procurando médiuns, videntes e trabalhos espirituais para descobrirem algo mais concreto. Essas pessoas acham que a verdade – para ser verdade – tem de vir através de algum efeito mágico, de algum milagre, de alguma aparição inexplicável: mais ou menos como aconteceu com a figura de Moisés que, segundo a Bíblia, subiu ao Monte Sinai e recebeu os mandamentos diretamente de Deus. Todavia, a verdade não costuma se apresentar dessa forma.


Olhe para o passado e analise. Tudo que o homem conseguiu até hoje – em centenas de séculos - foi fruto de seu esforço, de seu trabalho e de seu sacrifício. Se os nossos ancestrais humanos, lá do tempo das cavernas, há cerca de 200 mil anos atrás, ficassem esperando por algum deus ou por algum Espírito para lhe trazer revelações e resolver seus problemas, até hoje, nós – humanidade – não teríamos saído da Idade da Pedra Lascada, não teríamos alcançado o progresso intelectual e material que já conseguimos. Se o homem descobriu o uso do fogo ou inventou o uso da roda, que estão entre os maiores feitos da pré-história, isso só aconteceu porque ele decidiu ir ao encontro de seus problemas e descobrir uma forma de resolvê-los.


O trabalho, segundo a Doutrina Espírita, é Lei da Natureza, é Lei Divina. Estamos na Terra para agir, atuar e crescer. Quanto mais obstáculos houver no caminho, mais esforço será exigido de cada um de nós e, em conseqüência, mais cresceremos em direção à nossa perfeição. Por que teríamos, então, de esperar que Deus, os santos ou os Espíritos viessem nos pegar pela mão para mostrar a verdade? A verdade é, ao mesmo tempo, uma necessidade, um desafio e uma conquista; uma conquista difícil e trabalhosa - de cada um nós, individualmente - e também uma conquista da humanidade, no plano coletivo.


No livro, A GÊNESE, Allan Kardec trata bem essa questão, mostrando que os Espíritos não fazem por nós aquilo que nós próprios temos de fazer. No caso: ir ao encontro da verdade. Além do mais, os Espíritos não são seres especiais, nem superiores ao homem: eles são os próprios homens desencarnados, aqueles que estiveram aqui e continuam, agora, no outro lado da vida. Eles podem até nos ajudar a encontrar um caminho, mas não vão fazer isso por nós. Além do mais, a descoberta é sempre do homem e ninguém pode afirmar que uma revelação é melhor só porque veio do desencarnado. Há Espíritos encarnados com cabedal maior do que os desencarnados.


Logo, se você quer saber mais sobre espiritualidade, sobre o Espírito, sobre reencarnação e lei de evolução, deve procurar a melhor fonte para isso, que são os livros. A literatura espírita é extensa. Desde sua constituição, o Espiritismo vem insistindo nisso, porque o que ele busca alcançar é o nosso progresso, é o nosso aperfeiçoamento intelectual e moral. Quando buscamos a verdade, por nós mesmos, encontramos um caminho seguro de crescimento espiritual e acabamos descobrindo em nós coisas que desconhecíamos. Logo, a maior verdade, que podemos descobrir no mundo, somos nós mesmos, porque nós somos Espíritos e Espíritos imortais.


sábado, 19 de abril de 2025

UMA ANÁLISE PARA REFLEXÃO (PARTE 5); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Uma apreciação da situação Global sugere a ideia de que o barco está à deriva, afundando, como se estivéssemos entregues à própria sorte. Isso é um falso ou verdadeiro? O desequilíbrio generalizado e crescente invade os departamentos da mente humana. Contudo, Soberanas e indefectíveis leis nos presidem aos destinos. Somos conhecidos e examinados em toda parte. As facilidades concedidas aos Espíritos santificados, que admiramos, são prodigalizadas a nós, por Deus, em todos os lugares. O aproveitamento, porém, é obra nossa. As máquinas terrestres podem alçar-vos o corpo físico a consideráveis alturas, mas o voo espiritual, com que nos libertaremos da animalidade, jamais o desferiremos sem asas próprias. A consolação e a amizade de Benfeitores encarnados e desencarnados enriquecer-vos-ão de conforto, quais suaves e abençoadas flores da alma; entretanto, fenecerão como as rosas de um dia, se não fertilizarmos o coração com a fé e o entendimento, com a esperança inquebrantável e o amor imortal, sublimes adubos que propiciem o desenvolvimento no terreno do nosso esforço sem tréguas. Não cobicemos o repouso das mãos e dos pés; antes de abrigar semelhante propósito, procuremos a paz interior na suprema tranquilidade da consciência. Abandonemos a ilusão, antes que a ilusão nos abandone. Deixemos plantado o Bem na esteira de nossos passos. Somente os servos que trabalham gravam no tempo os marcos da evolução; só os que se banham no suor da responsabilidade conseguem cunhar novas formas de vida e de ideal renovador. Os demais, chamem-se monarcas ou príncipes, ministros ou legisladores, sacerdotes ou generais, entregues à ociosidade, classificam-se na ordem dos sugadores da Terra; não chegam a assinalar sua permanência provisória na Crosta do Planeta; adejam como insetos multicores, tornando à poeira de que se alçaram por alguns minutos. No livro A GÊNESE, capítulo 18, lê-se que “o Mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o Mundo Invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo”. Procede então a informação sobre a desproporcional influência do Mundo Espiritual Invisível sobre o Material pelo sem fio do pensamento, exercer grande pressão sobre o comportamento individual, notadamente numa realidade como a vivida em função da chamada Pandemia? Guerreiam-se as Esferas de ação entre si; encarnados e desencarnados de tendências inferiores colidem ferozmente, aos milhões. Inúmeros lares transformam-se em ambientes de inconformação e desarmonia. Duela o homem consigo mesmo no atual processo acelerado de transição. Necessário equilíbrio na edificação necessária, convictos de que é impossível confundir a Lei ou trair-lhe os ditames universais. Imensa é a extensão do intercâmbio entre encarnados e desencarnados. A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato com a realidade espiritual e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração Nessas Regiões muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas. a coroa da sabedoria e do amor é conquistada por evolução, por esforço, por associação da criatura aos propósitos do Criador. A marcha da Civilização é lenta e dolorosa. Formidandos atritos se fazem indispensáveis para que o Espírito consiga desenvolver a luz que lhe é própria. O homem encarnado vive simultaneamente em três planos diversos. Assim como ocorre à árvore que se radica no solo, guarda ele raízes transitórias na vida física; estende os galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, quanto o vegetal se alonga no ar; e é sustentado pelos princípios sutis da mente, tanto quanto a árvore é garantida pela própria seiva. Na árvore temos raiz, copa e seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida, e no homem vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria mais rarefeita e mente, representando três expressões distintas de base vital, com vistas aos mesmos fins. O homem exige para sustentar-se, no quadro evolucionário, segurança relativa no campo biológico, alimento das emoções que lhe são próprias nas Esferas de vida psíquica que se afinam com ele e base mental no mundo íntimo. A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um. (Gúbio; L;6) Como atenuar ou neutralizar em nós esses efeitos?

Se o patrimônio da fé religiosa representa o indiscutível fator de equilíbrio mental do mundo, que fazeis de vosso tesouro, esquecendo-lhe a utilização, numa época em que a instabilidade e a incerteza vos ameaçam todas as instituições de ordem e de trabalho, de entendimento e de construção? Não vos assombra, porventura, acordando-vos a consciência, a borrasca renovadora que refunde princípios e nações? Impossível uma Era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito de observância e aplicação das Leis Divinas. Por admitir semelhante contrassenso, a máquina, filha de vossa inteligência, anula as possibilidades de mais alta incursão no reino do Espírito Eterno. Ser cristão, outrora, simbolizava a escolha da experiência mais nobre, com o dever de exemplificar o padrão de conduta consagrado pelo Mestre Divino. Constituía ininterrupto combate ao mal com as armas do bem, manifestação ativa do amor contra o ódio, segurança de vitória da luz contra as sombras, triunfo inconteste da paz construtiva sobre a discórdia destruidora.




Pergunta do José Luiz : “Eu gostaria de saber se o Espiritismo é uma religião como as outras ou é uma filosofia.”


Para responder sua pergunta, antes precisamos considerar o seguinte: o que é religião? O que é filosofia? Desde o tempo de Kardec, há mais de 160 anos atrás, quando o Espiritismo estava surgindo, já se discutia essa questão. Comumente, chamamos de religião uma doutrina que tem por base a crença na divindade e a prática de adoração, por meio de um conjunto de cultos e celebrações. Mas a religião sempre tem consequências de ordem moral. A filosofia, por outro lado, é um modo de pensar, questionar e ver o homem e o mundo. A religião tem por base a fé; a filosofia tem por base a razão ou o raciocínio lógico.


Analisando o Espiritismo, vamos perceber que ele tem tanto de filosofia, como de religião, como também de ciência, pois é uma doutrina que procura sintetizar numa visão holística ou de totalidade todo o conhecimento humano. Allan Kardec afirmou que o Espiritismo só pode ser considerado religião no sentido filosófico da palavra “religião”. Por que isso? Porque, da religião, o Espiritismo só tem a moral; não adota rituais, nem celebrações, nem templos, nem altares, nem qualquer tipo de cerimonial em sua prática. Não tem chefes ou sacerdotes, nem tampouco hierarquia clerical. O sentido de religião no Espiritismo pode ser percebido pela relação do homem com Deus, relação essa que, segundo a Doutrina, só se efetiva através da relação de amor do homem com o seu próximo.


O ponto alto da religião é a fé pura e simples; o da filosofia é a razão, a procura da verdade. No Espiritismo isso fica muito claro na medida em que ele ensina a fé raciocinada ou fé racional, isto é, a fé que se apóia na razão, no conhecimento. Aliás, este posicionamento não foi criado pelo Espiritismo, mas por Jesus que, no seu tempo, teve uma postura bastante filosófica (e, portanto, bastante crítica) em relação à religião. Sem se prender a ritos e cerimônias religiosas (que os judeus costumavam fazer nas sinagogas e no templo), ele proclamou a verdade como fator de libertação do homem, ao dizer: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.


Nos evangelhos Jesus não adota qualquer crença em particular, mas também não refuta nenhuma. Não busca na religião apenas a adoração ( como faziam os fariseus, diante dos homens), mas principalmente a vivência dos princípios religiosos, ou seja - o amor, a caridade. Para ele, o amor está acima da religião, que discrimina as pessoas, como era costume acontecer na época de Jesus, principalmente em relação aos samaritanos, considerados inimigos da religião. Jesus, ao contrário, exalta os samaritanos e critica os fariseus, mostrando que a salvação não vem pela fé, mas pelas obras.


O mesmo faz o Espiritismo seguindo os rastros de Jesus. Sua postura é de buscar o bem e a verdade, venham de onde vierem, até mesmo de seus adversários. Por isso, proclama a fé raciocinada, que se apóia na compreensão crítica da realidade. Portanto, o Espiritismo, como Jesus, é crítico, porque nada aceita sem questionar, e não considera nenhuma verdade como pronta ou acabada, pois somos seres que estamos constantemente aprendendo. À medida que progredimos, vamos adquirindo cada vez mais capacidade de compreender o mundo, de modo que uma verdade hoje poderá não ser a de amanhã, assim como muitas coisas que foram verdades no passado, hoje não mais o são.


Neste sentido, o Espiritismo é mais filosófico que religioso, mesmo porque é contra toda barreira de separação e de discriminação que se estabelecem entre pessoas de religiões diferentes. Proclama a existência de Deus e acredita que as religiões de todo o mundo, quando professadas com sinceridade, caminham para uma crença universal..


sexta-feira, 18 de abril de 2025

ANÁLISE PARA REFLEXÃO -(Parte 4;)EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Uma apreciação da situação Global sugere a ideia de que o barco está à deriva, afundando, como se estivéssemos entregues à própria sorte. Isso é um falso ou verdadeiro? O desequilíbrio generalizado e crescente invade os departamentos da mente humana. Contudo, Soberanas e indefectíveis leis nos presidem aos destinos. Somos conhecidos e examinados em toda parte. As facilidades concedidas aos Espíritos santificados, que admiramos, são prodigalizadas a nós, por Deus, em todos os lugares. O aproveitamento, porém, é obra nossa. As máquinas terrestres podem alçar-vos o corpo físico a consideráveis alturas, mas o voo espiritual, com que nos libertaremos da animalidade, jamais o desferiremos sem asas próprias. A consolação e a amizade de Benfeitores encarnados e desencarnados enriquecer-vos-ão de conforto, quais suaves e abençoadas flores da alma; entretanto, fenecerão como as rosas de um dia, se não fertilizarmos o coração com a fé e o entendimento, com a esperança inquebrantável e o amor imortal, sublimes adubos que propiciem o desenvolvimento no terreno do nosso esforço sem tréguas. Não cobicemos o repouso das mãos e dos pés; antes de abrigar semelhante propósito, procuremos a paz interior na suprema tranquilidade da consciência. Abandonemos a ilusão, antes que a ilusão nos abandone. Deixemos plantado o Bem na esteira de nossos passos. Somente os servos que trabalham gravam no tempo os marcos da evolução; só os que se banham no suor da responsabilidade conseguem cunhar novas formas de vida e de ideal renovador. Os demais, chamem-se monarcas ou príncipes, ministros ou legisladores, sacerdotes ou generais, entregues à ociosidade, classificam-se na ordem dos sugadores da Terra; não chegam a assinalar sua permanência provisória na Crosta do Planeta; adejam como insetos multicores, tornando à poeira de que se alçaram por alguns minutos. No livro A GÊNESE, capítulo 18, lê-se que “o Mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contrachoque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Ficai, portanto, certos de que, quando uma revolução social se produz na Terra, abala igualmente o Mundo Invisível, onde todas as paixões, boas e más, se exacerbam, como entre vós. Indizível efervescência entra a reinar na coletividade dos Espíritos que ainda pertencem ao vosso mundo”. Procede então a informação sobre a desproporcional influência do Mundo Espiritual Invisível sobre o Material pelo sem fio do pensamento, exercer grande pressão sobre o comportamento individual, notadamente numa realidade como a vivida em função da chamada Pandemia?Guerreiam-se as Esferas de ação entre si; encarnados e desencarnados de tendências inferiores colidem ferozmente, aos milhões. Inúmeros lares transformam-se em ambientes de inconformação e desarmonia. Duela o homem consigo mesmo no atual processo acelerado de transição. Necessário equilíbrio na edificação necessária, convictos de que é impossível confundir a Lei ou trair-lhe os ditames universais. Imensa é a extensão do intercâmbio entre encarnados e desencarnados. A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contato com a realidade espiritual e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração Nessas Regiões muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas. a coroa da sabedoria e do amor é conquistada por evolução, por esforço, por associação da criatura aos propósitos do Criador. A marcha da Civilização é lenta e dolorosa. Formidandos atritos se fazem indispensáveis para que o Espírito consiga desenvolver a luz que lhe é própria. O homem encarnado vive simultaneamente em três planos diversos. Assim como ocorre à árvore que se radica no solo, guarda ele raízes transitórias na vida física; estende os galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, quanto o vegetal se alonga no ar; e é sustentado pelos princípios sutis da mente, tanto quanto a árvore é garantida pela própria seiva. Na árvore temos raiz, copa e seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida, e no homem vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria mais rarefeita e mente, representando três expressões distintas de base vital, com vistas aos mesmos fins. O homem exige para sustentar-se, no quadro evolucionário, segurança relativa no campo biológico, alimento das emoções que lhe são próprias nas Esferas de vida psíquica que se afinam com ele e base mental no mundo íntimo. A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um. (Gúbio; L;6)



O Fernando, de Vila Rebelo, pergunta : “ Um professor disse na aula que a ciência, até hoje, não provou que Deus existe; pelo contrário, ela vem explicando tudo pela matéria. Será que, com o tempo, muito mais gente não ficar convencida disso? Parece que o mundo está ficando mais materialista e nós não estamos percebendo isso.”


De fato, o mundo está ficando materialista, Fernando, mas não por causa da descrença em Deus. É que o homem, na atualidade, está cada vez mais empolgado com os bens materiais, com as vantagens imediatistas da vida, com sua ambição, esquecendo do direito do próximo – quando não, estabelecendo uma verdadeira guerra para impor sua vontade e seu poder a qualquer preço. Não basta ter religião. A religião em si, muitas vezes, prejudica em vez de ajudar, quando ela não está preocupada em melhorar o individuo, quando ela serve mais para separar do que para unir, quando serve mais para discriminar do que para valorizar o ser humano – ou seja, quando ela só existe nos lábios, mas não está no coração.


Aliás, o principal papel da religião é cultivar o amor no coração das pessoas. Se ela não está conseguindo isso é porque está falhando em suas finalidades. Pelo menos foi o que Jesus ensinou quando, tantas vezes, chamou publicamente a atenção dos fariseus e dos saduceus. A maioria das pessoas, infelizmente, pensa que basta crer na existência de Deus, professar uma crença, participar regularmente de seu culto, estar presente nos atos religiosos, mas se esquece do verdadeiro sentido da religiosidade - de fazer de sua vida a expressão do bem e a procura sincera pela verdade.


O materialismo mais preocupante não é aquele que simplesmente nega Deus, mas é o que se afasta do bem, é o que alimenta o ódio, a indiferença e o preconceito entre as pessoas. Foi o preconceito, aliás, o que Jesus mais combateu. Ele não estava interessado em engrossar fileiras de nenhuma religião, mas de despertar no homem o verdadeiro sentido da vida. Quando contou a parábola do bom samaritano, ele quis dizer que “fazer a vontade Deus” (como fez o herege em relação ao homem desconhecido), é praticar o bem, é ser fraterno e solidário. Esta é a verdadeira religião – aquela que, efetivamente, contribui para o bem-estar da humanidade. No entanto, não temos sido coerentes com a crença, que dizemos ter em Deus, no dia-a-dia de nossa vida, a começar pelas péssimas relações dentro do lar e da família que, via de regra, deixam muito a desejar.


Por outro lado, não é papel da ciência provar a existência de Deus. A ciência não pode provar que Deus existe, como também não pode provar que Deus não existe. Ela só trabalha com metas muito próximas, visíveis e compreensíveis pela inteligência humana. Deus não está no âmbito da ciência experimental. Quem cuida desse tema – ou é a religião, ou a filosofia. A religião mostra Deus pelo caminho da fé pura e simples; mas a filosofia, usa o critério do bom senso e da razão. O Espiritismo trata muito bem dessa questão, nas primeiras perguntas de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.


Em suma, podemos dizer que existem dois tipos de materialismo: o materialismo ideológico e o materialismo prático. O ideológico é próprio das pessoas que não conseguem conceber Deus pelos caminhos de seu raciocínio, e o prático é aquele que esquece ou despreza os valores morais, agarrando-se ao imediatismo da vida, próprio de quem quer, a todo custo, alcançar suas metas de vida, mesmo que seja em prejuízo do próximo. Não é preciso dizer que o materialismo prático é o mais prejudicial para a humanidade.



quinta-feira, 17 de abril de 2025

ANÁLISE PARA REFLEXÃO -(Parte 3 ); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Seguimos com a analise desenvolvida por autoridades apresentadas nas obras ditadas ao médium Chico Xavier a respeito deste momento de transição rumos a NOVA ERA preconizada por várias escolas religiosas. As Religiões tradicionais que teoricamente deveriam trabalhar pelo despertar da consciência espiritual das criaturas parece terem se contaminado em demasia com os interesses sensoriais e materiais em detrimento do Espiritual afastando os Seres Humanos de sua destinação evolutiva. Há uma forma de atenuar ou reverter esse quadro? É preciso oferecer no mundo os instrumentos adequados às retificações espirituais, habilitando os encarnados a um maior entendimento do Espírito do Cristo. Para consegui-lo necessário colaboradores fiéis, que não cogitem de condições, compensações e discussões, mas que se interessem pela sublimidade do sacrifício e de renunciação com o Senhor. Quem não deseje servir, procure outros gêneros de tarefa. A Comunicação não comporta perda de tempo nem experimentação doentia, sem grave prejuízo dos cooperadores incautos. Acima de trabalhadores, precisamos de servidores que atendam de boa vontade,M O Espiritualismo, nos tempos modernos, não pode restringir Deus entre as paredes de um templo da Terra, porque sua missão essencial é a de converter toda a Terra no templo augusto de Deus. Numa população de mais de 20 bilhões de Seres Espirituais em que um terço se renova em experiências materiais constantemente, há colaboradores em numero suficiente para fazer frente a problemas de Dimensões tão gigantescas? A codificação do Plano Mental das criaturas ninguém jamais impõe: é fruto de tempo, de esforço, de evolução; e o edifício da sociedade humana, no atual momento do mundo, vem sendo abalado nos próprios alicerces, compelindo imenso número de pessoas a imprevistas renovações. Em face do surto da inteligência moderna, que embate na paralisia do sentimento, periclita a razão. O progresso material atordoa a alma do homem desatento. Grandes massas, há séculos, permanecem distanciadas da luz espiritual. A Civilização puramente científica é um Saturno devorador e a Humanidade de agora se defronta com implacáveis exigências de acelerado crescer mental. Daí o agravo de obrigações no setor da assistência. As necessidades de preparação do Espírito intensificam-se em ritmo assustador. O acaso não opera prodígios. Qualquer realização há que planejar, atacar, por a termo. Para que o homem físico se converta em homem espiritual, o milagre exige muita colaboração do Plano Invisível.



Eu gostaria de saber o que os pais podem fazer hoje pelos filhos. Não dá mais para educar como antigamente. Até as crianças estão rebeldes e não obedecem. Desse jeito para onde vamos? O que será dessas crianças no futuro? ( Mãe preocupada)


Educar sempre foi e sempre será uma das missões mais difíceis. Cada momento da história tem seus próprios problemas e suas próprias preocupações. Cinco séculos antes de Cristo – ou seja, 2500 anos atrás – lá na Grécia Antiga, um filósofo criticava a juventude do seu tempo, dizendo que daquela nova geração não se poderia esperar nada, justamente por causa da desobediência e da rebeldia. “Com essa juventude – dizia ele – o mundo está perdido”. Ledo engano! A geração a que ele se referia saiu melhor que a dele, e as gerações que se sucederam sempre foram melhores que as anteriores.


Por que dizemos isso? Porque o mundo progrediu sempre, cara ouvinte. Se as gerações novas não fossem melhores que as anteriores, o mundo não teria progredido, o mundo teria marchado para trás, e isso, de fato, não aconteceu. Logo, o que podemos esperar é que esta nova geração, que está aí, seja melhor que a nossa. É claro que os problemas existem e que pais devem ficar muito preocupados com a liberdade excessiva e com os abusos que alguns cometem. Afinal, esse é o papel dos pais: querer o bem dos filhos, educá-los e encaminhá-los na vida. Tudo isso nós – que somos pais – queremos. Contudo, estamos encontrando muita dificuldade, a cada passo. No passado, tínhamos bem menos recursos materiais que hoje; mas sentíamos ter mais autoridade sobre eles. Hoje, com tanto recurso, sentimo-nos para trás, principalmente quando comparamos a família que nos criou com a família que está hoje em nossas mãos. Com certeza, não poderemos repetir o que nossos pais fizeram. O mundo mudou: as necessidades são outras.


Ficamos com medo, é claro. As crianças não querem obedecer os pais – na verdade, nunca quiseram. A ação dos pais e dos professores, da família e da escola, é cada vez menor sobre elas. Agora, temos a televisão tomando quase todo o tempo das crianças, exercendo uma poderosa influência sobre elas. Por isso, se os pais não estiverem atentos, a televisão vai assumir a paternidade de seus filhos. Além da televisão, o videogame, a internet, a vida social intensa que começa cedo. E você nos pergunta o que os pais podem fazer para conter essa situação. Não é fácil responder, porque o problema é social – não é desta ou daquela família, mas de todas as famílias, de todos nós.


O que podemos dizer é que, em cada família, os pais devem valorizar mais o sentimento que tem pelos filhos. E valorizar sentimentos não é apenas e tão somente dizer que os ama. Dizer que ama os filhos é necessário, mas está longe de ser o suficiente para que eles acreditem nisso. O sentimento dos pais para com os filhos deve se traduzir principalmente em atitudes e em comportamento. O primeiro cuidado é a presença, principalmente nos primeiros anos de vida: pais ausentes, filhos distantes. Presença é atenção, cuidados, desvelo. É natural que a criança – hoje mais que antes – vá se distanciando fisicamente dos pais, mas o ideal é que elas nunca se distanciem afetivamente deles.


Ser mãe ou ser pai significa um rumo novo, uma retomada de caminho. Quando os filhos nascem, existe uma alegria natural, que deve servir de estímulo para que esses pais se voltem para eles, não para superprotegê-los, mas para ajudá-los a conhecer a vida e a viver melhor. Antes de ter filhos, temos toda a liberdade para direcionar a nossa vida para onde queremos; mas, a partir da chegada dos filhos, a vida muda – pelo menos, deveria mudar. Filhos requerem tempo, atenção, dedicação, esforço e até sacrifício. Filhos requerem muito diálogo, mas requerem, sobretudo, sinceridade e exemplo.


Por isso, a idade mais propícia à educação está nos seus primeiros anos de vida, quando a criança é completamente dependente e bastante suscetível de estabelecer laços fortes com seus pais. Nesse período a educação se dá exclusivamente pelo afeto. São esses laços que deverão permanecer, mas para isso será preciso dedicação. A criança, que nasce, é um Espírito que Deus nos confia, para que possamos projetá-lo para o futuro. Precisamos aprender a entendê-lo, naquilo que ele mais necessita, principalmente nas suas tendências negativas, porque é na infância que podemos redirecionar essas tendências e ajudar o Espírito a retomar seu caminho.

terça-feira, 15 de abril de 2025

ANÁLISE PARA REFLEXÃO -(Parte 2); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Em carta escrita ao Dr Antonio Wantuil de Freita, então Presidente da Federação Espírita Brasileira, como preservada parcialmente no livro TESTEMUNHOS DE CHICO XAVIER organizado por Suely Caldas Schubert, encontramos a revelação do médium sobre a apresentação a ele por Emmanuel daquele que fora escolhido entre outros para ser porta-voz para trazer a nossa Dimensão informações sobre a interação exposta na série conhecida como NOSSO LAR. Conviveram por vários messes até que em 1942 começou a ditar a Chico o livro NOSSO LAR. Pois é dessa série que destacamos a matéria que estamos reproduzindo para reflexões. Vamos à segunda parte.

Por que os temas espirituais não empolgam as criaturas humanas tanto quanto os assuntos sensoriais e materiais?

Estamos ainda presos às aglutinações celulares dos elementos físio-perispiríticos, tanto quanto a tartaruga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas, até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras. Somos quais arbustos do solo planetário. Nossas raízes emocionais se mergulham mais ou menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos vínculos guardam extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos entre aqueles mesmos que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de interesses da linha evolutiva em que nos encontramos. A vida física é puro estágio educativo, dentro da Eternidade, e a ela ninguém é chamado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das Sementes Divinas que trazemos conosco. O trabalho incessante para o bem, a elevação de motivos na experiência transitória, a disciplina dos impulsos pessoais, com amplo curso às manifestações mais nobres do sentimento, o esforço perseverante no infinito bem, constituem as vias de crescimento mental, com aquisição de luz para a vida imperecível. Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade. Sacrificar-se é superar-se, conquistando a vida maior. Por isto mesmo, o Cristo asseverou que o maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos. Um homem poderá ser temido e respeitado no Planeta pelos títulos que adquiriu à convenção humana, mas se não progrediu no domínio das ideias, melhorando-se e aperfeiçoando-se, guarda consigo mente estreita e enfermiça. Em suma, ir à matéria física e dela regressar ao campo de trabalho em que nos achamos presentemente, é submetermo-nos a profundos choques biológicos, destinados à expansão dos elementos divinos que nos integrarão, um dia, a forma gloriosa. Voltemos ao símbolo da árvore. O vaso físico é o vegetal, limitado no espaço e no tempo, o corpo perispirítico é o fruto que consubstancia o resultado das variadas operações da árvore, depois de certo período de maturação, e a matéria mental é a semente que representa o substrato da árvore e do fruto, condensando-lhes as experiências. A criatura para adquirir sabedoria e amor renasce inúmeras vezes, no campo fisiológico, à maneira da semente que regressa ao chão. E quantos se complicam, deliberadamente, afastando-se do caminho reto na direção de zonas irregulares em que recolhem experimentos doentios, atrasam, como é natural, a própria marcha, perdendo longo tempo para se afastarem do terreno resvaladiço a que se relegaram, ligados a grupos infelizes de companheiros que, em companhia deles, se extraviaram através de graves compromissos com a leviandade ou com o desequilíbrio. (L)




Uma ouvinte, que não quer revelar o nome, faz uma espécie de confissão, ao dizer o seguinte: “Tenho um problema que eu não gostaria de revelar a ninguém, nem mesmo para a pessoa mais intima. Não sei até quando vou guardar esse segredo comigo. Hoje eu sei que não soube me conduzir como devia e que sou vítima do pecado. Só espero que Deus me perdoe.”


Não se aflija. Quem de nós – Espíritos encarnados na Terra – já não cometeu erros que considera muito graves? Se não foi nesta, com certeza, foi em vidas passadas... Em Doutrina Espírita não gostamos da palavra “pecado”. Consideramos uma palavra muito comprometida com o sentimento de culpa, que prejudica a nossa auto-estima e nos coloca pra baixo. A culpa só nos faz bem, quando ela mexe com os nossos brios e nos obriga a levantar e a lutar. Caso contrário, quando ela nos tolhe a capacidade de agir, quando ela se transforma em rejeição e ódio contra nós mesmos, ela é desastrosa: pode nos causar muito mal.



Muita gente faz uma idéia muito errada do Espiritismo, quando pensa que a crença na reencarnação nos faz sentir culpados por causa dos erros que cometemos no passado. Não é essa a intenção. Ao contrário. O erro deve ser um estímulo ao sentimento de responsabilidade e de auto superação, porque, como seres imperfeitos sempre erramos, mas como seres perfectíveis estamos a caminho da perfeição. “Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito” – disse Jesus. É como o aluno, que depois de ir mal na prova, sente-se na obrigação de estudar mais, de se empenhar mais, para recuperar o aprendizado. Se ele ficar se lamentando do fracasso (ou se ficar culpando os outros), com certeza, não vai se recuperar.


Como o aluno na escola, todos somos Espíritos em processo de aprendizagem na escola da vida. Alguns caminham mais depressa, entendem mais cedo os objetivos da vida; outros demoram mais e, por isso, esbarram em dificuldades maiores. Mas todos caminham, cada um no seu ritmo, pois somos diferentes uns dos outros e a natureza não nos obriga a sermos iguais. Pelo contrário, são as diferenças nos estimulam ao progresso. Todavia, quanto mais cedo o Espírito tomar consciência de suas necessidades, tanto melhor para ele; mais cedo despertará para a vida e mais cedo poderá usufruir de seus benefícios.


Não há castigo divino, cara ouvinte. O castigo é uma concepção humana: é uma forma imperfeita de tentar mudar as pessoas, mas que, na verdade, não muda ninguém. O processo pelo qual Deus nos estimula à perfeição é outro. A vida é regida por leis perfeitas e magnânimas. Essas leis são justas, regulam a nossa caminhada, como regulam todos os fenômenos do universo. Deus não está nos espreitando às escondidas para nos pegar em pecado, como muitos pensam; tampouco está anotando nossos erros para depois nos cobrar de forma violenta. No entanto, tudo o que fazemos ou deixamos de fazer repercute no universo, ajuda-nos ou nos prejudica, dependendo se se aproxima ou se distancia da lei.


Portanto, não há condenação. Na lei de Deus só há oportunidade. A vida é essa que você vê e significa, acima de tudo, aproveitar as oportunidades para ser feliz. E, a partir do momento em que decidimos pela felicidade, saberemos compreender que não podemos ser felizes sozinhos, que a felicidade só é felicidade quando compartilhada, e é por isso que Jesus insistiu tanto no amor ao próximo, na certeza de que, se todos amarem, todos serão amados, e aí estará a realização suprema da humanidade.


segunda-feira, 14 de abril de 2025

ANÁLISE PARA REFLEXÃO -(Parte 1); EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 TELESFORO E ANICETO (OS MENSAGEIROS); EUSEBIO (NO MUNDO MAIOR) e GUBIO (LIBERTAÇÃO) são personagens das obras de ANDRÉ LUIZ recebidas pelo médium CHICO XAVIER. Embora tenha passado desapercebido por muitos, manifestaram suas opiniões sobre a realidade da Terra no século 20 e no início do Terceiro Milênio. Reunimos alguns desses apontamentos para reflexões.- “Um século em nosso Calendário é comparável a um relâmpago na Eternidade” segundo O ESPÍRITO DA VERDADE n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Como a Espiritualidade avalia a saída do Século 20 e a entrada no Terceiro Milênio ante os momentos tumultuados que marcam a realidade da Terra atualmente?- A Humanidade terrena, atualmente, é como um grande organismo coletivo, cujas células, que são as personalidades humanas, se envolvem no desequilíbrio entre si, em processo mundial de reajustamento e redenção. Criminosos agarram-se a criminosos, doentes associam-se a doentes. A Humanidade terrena aproximou-se, dia a dia (no século que encerrou o Milênio), da Esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos. Esmagadora percentagem de habitantes da Terra não se preparou para os atuais acontecimentos evolutivos. E os mais angustiosos conflitos se verificam no ambiente humano. A Ciência progride vertiginosamente no Planeta, e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multiplicam-se aflições das almas. Os jornais do mundo estão cheios de notícias maravilhosas, quanto ao progresso material. Segredos sublimes da Natureza são surpreendidos nos domínios do mar, da terra e do ar; mas a estatística dos crimes humanos é espantosa. Os assassínios da guerra, apresentam requintes de perversidade muito além dos que foram conhecidos em épocas anteriores. Os homicídios, os suicídios, as tragédias conjugais, os desastres do sentimento, as greves, os impulsos revolucionários da indisciplina, a sede de experimentação inferior, a inquietação sexual, as moléstias desconhecidas, a loucura, invadem os lares humanos. Não existe em país algum preparo espiritual bastante para o conforto físico. Entretanto, esse conforto tende a aumentar naturalmente. O homem dominará, cada vez mais, a paisagem exterior que lhe constitui moradia, embora não se conheça a si mesmo. Atendido, porém, o corpo revelará as necessidades de cima e vemos agora a criatura terrestre assoberbada de problemas graves, não só pelas deficiências de si própria, senão também pela espontânea aproximação psíquica com a Esfera vibratória de milhões de desencarnados, que se agarram à Crosta Planetária, sequiosos de renovar a existência que menosprezaram, sem maior consideração aos desígnios do Eterno. (M,1) Sopros imensos da onda evolucionista varrem os ambientes da Terra. Todos os dias ruem princípios convencionais, mantidos a titulo de invioláveis durante séculos. A mente humana, perplexa, é compelida a transições angustiosas. A subversão de valores, a experiência social e o processo acelerado de seleção pelo sofrimento coletivo perturbam os tímidos e os invigilantes, que representam esmagadora maioria em toda parte... (NMM,1 )




Quero saber se uma pessoa, que vai tomar passe no Centro, pode ser curada. (Cícero Alves)


Depende da doença, depende do ambiente do passe, mas depende, sobretudo, da pessoa que está buscando a cura. Nunca há magia – como à primeira vista se pode pensar. Não há palavras ou rituais mágicos capazes de mudar a ordem da natureza. Assim, toda cura, seja num meio religioso, seja na medicina, sempre decorre do tratamento, das condições emocionais do paciente e das reações naturais do organismo.


Há quadros de perturbação física ou mental que, na verdade, não são doenças: são sintomas de um estado emocional que a pessoa está passando em face dos problemas que está enfrentando. Quando ela vai ao centro tomar passe, ouvindo as explanações sobre o Evangelho, sensibilizando-se com as mensagens de Jesus, elas conseguem elevar o nível de seu pensamento e passam a se sentir mais seguras, mais confiantes e, consequentemente, aqueles sintomas desagradáveis desaparecem.


Mas, há outro lado da questão. Como o passe é uma transfusão de energias psíquicas, algumas vezes, o paciente se recupera, porque recebe energias positivas através do passista, energias que suprem suas necessidades mais urgentes. Isso tudo vai acontecer, de modo que a presença de qualquer pessoa na reunião do passe sempre é salutar para ela, pois só lhe traz coisas boas, ajudando-se a tranqüilizar-se. Uma coisa é certa, ouvinte: todos temos o que dar e todos temos o que receber. Numa reunião de passe, como essas que acontecem no centro, as diversas pessoas, que lá se encontram, mesmo que não saibam, não estão só recebendo, elas também estão ajudando com os seus bons sentimentos.


Pode haver cura de verdade? você pergunta. Pode, é claro que pode. Não com a frequência desejada, mas sempre em virtude da própria reação íntima dos pacientes que acreditam no poder da cura, que têm fé em Deus e se entrega totalmente à sensação de que está sendo curado. Pensamento é força, e a força do pensamento é capaz de provocar reações no organismo, acionando, algumas vezes, mecanismos auto-regeneradores da própria natureza, que podem promover a cura desejada. Seria o caso de dizer, como Jesus: “ A tua fé te salvou”. Além do mais, precisamos considerar que jamais estamos sozinhos: além das pessoas ali presentes, temos os Espíritos benfeitores que estão nos ajudando e contribuindo para o nosso bem-estar.