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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

AQUI É COMO LÁ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

“-Estamos num parque-cidade-jardim, se posso definir com estas três palavras o grande centro de recuperação e cultura em que presentemente nos achamos. O vovô Engelberto e o vovô Eugênio entabularam entendimentos para que fôssemos admitidas num grande instituto de reformulação espiritual e tivemos permissão para desfrutar a companhia e a proteção da mãezinha Custódia que nos serve de governanta maternal. Penso que ficarão satisfeitos se lhes contar que fomos admitidas pela Diretora, a Irmã Frida, da lista de amizades do vovô Engelberto, com a maior distinção. Naturalmente, éramos neófitas e o receio nos marcava a presença. O vovô dirigiu-se a ela, em alemão, e ambos conversaram animadamente. Voltando-se cortesmente para nós, se bem me lembro, a Irmã Frida nos disse sorrindo: -“Brech Gut. Es wird mich scher freuen ihnen nutzlich zun sein”. Compreendo que não guardei de cor a antepenúltima expressão dela, mas o vovô solicitou-me a troca de ideias em português e a nossa Diretora, sem pestanejar, se exprimiu em português – brasileiro com tal mestria que nos sentimos à vontade para a instalação em perspectiva. A cidade é grande e especializada”. A informação é dada aos pais na segunda mensagem psicografada por Jane Furtado Koerich pelo médium Chico Xavier, dezessete meses após ela, sua irmã Rosemari e a amiga Sonia, em meio a quase cinquenta pessoas, perecerem em acidente aéreo de grandes proporções aos procedimentos de aterrisagem em Florianópolis (SC), em 12 de abril de 1980. Sua carta, soam-se a dezenas de outras recebidas pelo médium mineiro oferecendo detalhes da organização do chamado Mundo Espiritual, em suas formatações nos diferentes Planos e Sub-planos. Se considerarmos a cogitação da Teoria das Supercordas da Física Quântica que, além de propor matematicamente dos chamados Universos Paralelos, afirma que “mesmo que as dimensões ocultas do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”, consideraremos real o relato de Jane. Do momento em que Allan Kardec, obteve da Espiritualidade a resposta de que entre o Mundo Espiritual e o Físico o mais importante é o Espiritual, pois de lá tudo procede e para lá tudo volta ao da descrição da jovem sobrevivente espiritualmente ao acidente e daí ao comentário do físico materialista e ateu Marcelo Gleiser citado em seu livro CRIAÇÃO IMPERFEITA (2011, record), fatias diferentes de tempo transcorreram. Em artigo publicado na REVISTA ESPÍRITA de janeiro de 1863, a visão do Mundo Espiritual oferecida pelo Espiritismo, representa “uma força nova, uma nova energia, uma nova lei, numa palavra, que foi revelada. É realmente inconcebível que a incredulidade repila mesmo a ideia, por isso que esta ideia supõe em nós uma alma, um princípio inteligente que sobrevive ao corpo. Segundo ele, “vivemos num oceano fluídico, incessantemente a braços com correntes contrárias, que atraímos, ou repelimos, e às quais nos abandonamos, conforme nossas qualidades pessoais, mas em cujo meio o homem sempre conserva seu livre arbítrio, atributo essencial de sua natureza, em virtude do qual pode sempre escolher o caminho”. Acrescenta que esse Mundo Espiritual “é a réplica ou o reflexo do Mundo corpóreo, com suas paixões, vícios ou suas virtudes, mais virtudes do que nossa natureza material dificilmente permite compreendermos. Tal é esse mundo oculto, que povoa os espaços, que nos cerca, no meio do qual vivemos sem o suspeitar, como vivemos entre miríades do Mundo Microscópico”. Alerta-nos que “o Mundo Invisível que nos circunda reage constantemente sobre o Mundo Visível; nô-lo mostram como uma das forças da Natureza. Conhecer os efeitos dessa força oculta, que nos domina e subjuga contra nossa vontade, não será ter a chave de mais um problema, as explicações de uma porção de fatos que passam desapercebidos?”.


 


 Por que ainda nos alimentamos da carne animal? Já não era tempo de o ser humano ter superado esta fase?

  Se tivéssemos entendido e seguido Jesus há mais tempo – pelo menos uma parte da humanidade – talvez estivéssemos superado em muito a fase da alimentação animal.

Mas a  evolução não segue uma linha reta. Ela se dá ao longo de muito tempo por meio de avanços e recuos, talvez porque sejamos seres complexos e precisemos de tempo para nos adaptar às mais diversas situações.

A superação da alimentação animal só vai ocorrer quando tivermos uma compreensão mais ampla da vida e de nosso papel diante da natureza. Milhões de anos de uma dieta animal não podem ser superados de um momento para outro.

No entanto, hoje estamos presenciando uma fase auspiciosa, à medida que entendemos nossos deveres para com os animais, fato que há cem anos atrás era completamente desconsiderado.

A mentalidade está mudando aos poucos e a própria legislação vem dando outro tratamento à questão, estabelecendo crimes contra os animais e obrigando a população a ser mais cuidadosa nesse ponto.

Sobre isso lembramos de uma afirmação de Leonardo Da Vinci, há mais de 400 anos atrás, quando disse: “Haverá um dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e, nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.”

A profecia de Da Vinci há se de cumprir na medida em que a presença do animal na vida humana vai se tornando necessária, e ele pode contemplá-lo com outros olhos.

Enquanto isso, resta a atitude individual diante dessa questão, tanto quanto a multiplicação de grupos ativistas que passam a fazer reinvindicação nesse sentido em todo o mundo.

A par dessa movimentação, a Doutrina Espírita, através de seus seguidores, pode dar sua contribuição à medida em que espalha seus princípios, situando os animais como nossos irmãos em plano menor na obra da criação.

 

  

domingo, 7 de dezembro de 2025

O FASCINANTE MUNDO DOS FLUIDOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 –“Emmanuel me disse que aquela senhora teve uma discussão forte com o marido, chegando quase a ser agredida fisicamente por ele. O marido desejou dar-lhe uma bofetada, não o fazendo por um recato natural. Contudo, agrediu-a vibracionalmente, provocando uma concentração de fluidos deletérios que lhe invadiram o aparelho auditivo, causando a dor de cabeça. Tão logo começou a reunião, Dr Bezerra colocou a mão sobre sua cabeça e vi sair de dentro do seu ouvido um cordão fluidico escuro, negro, que produzia a dor. Estava psicografando, mas, orientado por Emmanuel, pude acompanhar todo o fenômeno”. O comentário de Chico Xavier se refere a uma vivência quando ainda trabalhava no Centro Espírita Luiz Gonzaga, envolvendo cooperadora do grupo a que pertencia que compareceu para o trabalho em determinada noite, reclamando de forte for de cabeça num dos lados do rosto. Ainda sobre a relação fluidos/palavra, o médium lembra que certa vez, tendo saído atrasado para o trabalho por ter perdido a hora, caminhava apressadamente quando uma vizinha gritou-lhe o nome, e, tentando esquivar-se dizendo que a atenderia na hora do almoço, foi impedido por Emmanuel que lhe determinou voltasse e se inteirasse do problema. A senhora solicitava explicações sobre orientação dada por escrito pelo Dr. Bezerra de Menezes. Esclarecida a dúvida, retomou o caminho, percebendo que a mulher, alegre, despedindo-se, diz: - Obrigada,Chico!.Deus lhe pague!Vá com Deus!.. Neste instante, ouve o Benfeitor Espiritual sugerir: - Pare um pouco e olhe para trás.  Surpreso, observa uma massa branca de fluidos luminosos saindo da boca da irmã atendida, encaminhando-se para ele, entrando-lhe no corpo. Ouve ainda Emmanuel observar-lhe - “-Imagine se, ao invés de “Vá com Deus !”, dissesse magoada, “-Vá com o diabo”. De seus lábios estariam saindo coisas diferentes”. A questão dos fluidos foi substancialmente ampliada pelas observações e conclusões de Allan Kardec, sobretudo através das páginas da REVISTA ESPÍRITA, fundada e editada de janeiro de 1858 até sua desencarnação em 1869. Em artigo publicado em 1867, por exemplo, afirma que “o ar é saturado de fluidos conforme a natureza dos Espíritos (ou dos pensamentos dominantes)”. Consequentemente, “ambiente carregado de fluidos salutares ou malsãos exerce influência tanto sobre a saúde física como sobre a saúde moral”. Sendo assim, “em razão do seu grau de sensibilidade, cada indivíduo sofre a influência desta atmosfera, viciada ou vivificante”. Acrescenta que “pensamentos colhidos na fonte das más paixões - ódio, inveja, ciúme, orgulho, egoísmo, animosidade, cupidez, falsidade, hipocrisia, malevolência, etc -, espalham em torno de si eflúvios fluidicos malsãos que reagem sobre os que o cercam”. Comenta ainda que assim como  o “ar viciado é saneado com correntes de ar saudável, atmosfera com maus fluidos o é como fluidos bons. Como se percebe, o pensamento mais uma vez está por trás dos fenômenos do mundo dos efeitos. Kardec considera que “o pensamento age sobre os fluidos ambientes como o som age sobre o ar; esses Fluidos nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som”. Afirma que “os fluidos que emanam dos Espíritos (encarnados ou desencarnados) são mais ou menos salutares, conforme seu grau de depuração. As qualidades do fluido estão na razão direta das qualidades do Espírito encarnado ou desencarnado. Quanto mais elevados os sentimentos e desprendidos das influências da matéria mais depurado será seu fluido”. Já n’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na questão 70, alertara que “a quantidade de fluido vital se esgota; se transmite de um indivíduo para outro; que os órgãos do corpo estão, por assim dizer, impregnados de fluido vital, o qual dá a todas as partes do organismo uma atividade que as une em certas lesões e restabelece as funções momentaneamente suspensas; a quantidade de fluido vital não é fator absoluto para todos os seres orgânicos, variando segundo as espécies não sendo fator constante,  seja no mesmo indivíduo, seja nos indivíduos da mesma espécie, e , por fim, quando os seres orgânicos morrem, o fluido vital remanescente retorna à massa”. Estudos posteriores, revelaram também que “a matéria inanimada absorve potencialmente fluidos humanos, retendo toda espécie de vibrações e emanações físicas, psíquicas e vitais”. Convertem-se assim em agentes evocadores das impressões psicométricas, como Ernesto Bozzano mostra na obra ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb). Sendo assim, da mesma forma que a influência deixada num objeto por pessoa viva tem a virtude de por o sensitivo em relação com a subconsciência dessa pessoa, assim também a mesma influência, deixada nos objetos por uma pessoa desencarnada tem o poder de por o sensitivo em relação com esses registros fluídicos ou mesmo, até com o Espírito que as deixou neles gravadas. Dai o fato de roupas de uma pessoa desencarnada poder causar sensações desconfortáveis naquela outra que a passa a usar. A água e a exposição ao Sol, desimpregnam tais peças dessa energia chamada remanente.  Os alimentos também sofrem a influência dos fluidos de quem os manipula ou consome. A propósito da água fluidificada, o Espírito Emmanuel esclarece que “a água é dos corpos mais simples e receptivos da Terra (...). Alerta “que a água como fluido criador, absorve em cada lar, as características mentais dos seus moradores”. Confirma que “a água pode ser fluidificada de modo geral em benefício de todos e, se em caráter particular para determinado enfermo, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo”. Recomenda que “se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais na solução de tuas necessidades fisio-psíquicas ou nos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o líquido com raios de amor em forma de bênçãos”.


Minha irmã mais nova se dedicou a uma prática espírita, que não é a do  Espiritismo de Kardec. Nunca discutimos isso. Pelo contrário, em alguns momentos acho até que ela me ajudou. Mas de uns tempos para cá parece que tudo está dando errado para ela. É uma questão delicada, porque de outras vezes, quando me aproximei, ela não aceitou sugestão.

No Espiritismo evitamos fazer qualquer crítica às práticas religiosas que diferem das utilizadas pela doutrina. Para nós, em termos de religião, cada um escolhe aquela que mais atende às suas necessidades e aspirações.

  No caso que você cita, sua irmã deve participar de práticas mediúnicas, que você chama de espíritas. Mas, se tudo correu bem até certo ponto, ela deve estar bem integrada nessas práticas, isso não quer dizer que a religião esteja fazendo mal para ela.

A religião, quando praticada com amor e boas intenções não pode fazer mal a ninguém. Os problemas, que ela vem enfrentando – não sabemos que tipo de problemas -  podem ser de outra ordem.

Se você quer mesmo ajudá-la, deve se despojar de todo preconceito e tentar conversar com ela, sem criticá-la. Todos nós passamos por fases difíceis na vida e, às vezes, nos desajustamos.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 6 de dezembro de 2025

SALDANDO DÍVIDAS DO PASSADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O caso revela como nos bastidores da invisibilidade os Espíritos desencarnados se desdobram quando possível para auxiliar os que permanecem presos às experiências em nossa Dimensão.  O personagem principal, José Roberto Pereira Cassiano, ou simplesmente Shabi, apelido pelo qual gostava de ser chamado, então um jovem de apenas 23 anos, profissional dedicado a desenho de projetos, além de cultor da pintura, fotografia e desenho. No dia 9 de março de 1974, Shabi, que residia com os pais na Alameda Jaú, em São Paulo, rumou para a cidade de Santos, a fim de deixar a namorada, rotina que repetia há alguns meses. Na viagem de retorno, uma fatalidade, só explicável pelas leis de causa e efeito: um acidente fez um que ele caísse do veículo em que estava, tendo morte instantânea. Sem documentos que o pudessem identificar, permaneceu no necrotério de São Bernardo do Campo, e, ante a não procura do corpo, acabou sendo sepultado. Estranhando sua demora em voltar e, depois seu desaparecimento, seus pais iniciaram uma ansiosa, aflitiva e angustiante busca que findaria uma semana depois, de forma traumatizante. Isso depois da exumação do corpo, da dolorosa identificação de Shabi e, por fim, do devido sepultamento. Como não poderia deixar de ser, seus pais de quem era único filho, mergulharam em profunda e infindável tristeza, a ponto de seu pai que já não desfrutava de uma saúde equilibrada, precisar permanecer internado na UTI da Beneficência Portuguesa, por vários dias. Sete meses passados, orientados por Dona Yolanda Cezar, pessoa de quem se aproximaram através de amigos, estiveram em Uberaba, para falar com Chico Xavier. A primeira carta de Shabi, porém, só seria recebida dezoito meses após a sua morte física, onze, portanto, depois do primeiro encontro com o médium. Até então, como lembraria seu pai, “a situação era de total desespero, minha saúde cada vez mais se agravava. As noites indormidas e, quando chovia, nosso desespero aumentava, pois temíamos que nosso Shabi, sepultado, recolhesse os rigores da chuva a encharcar a terra fria”. Saudosos, os pais só encontravam forças nos tranquilizantes. Ainda segundo o pai, “a mensagem representou-nos um bálsamo para a alma e para o corpo. A saúde melhorou e passei, com minha esposa, a sentir o filho presente em tudo o que era dele e que guardávamos com carinho. Compreendemos, então, que o reencontro com ele somente poderia ser um reencontro espiritual. O sono começou a voltar e passamos a ir mais vezes a Uberaba, na esperança de receber novos recados ou, como nós entendíamos, mais uma carta do filho querido. Pelas palavras de nosso filho compreendemos que a morte não existe”. No incrível documento confirmando a sobrevivência de Shabi, revelações surpreendentes. Entre outras coisas escreveu o jovem: -“ A viagem seguia o compasso da Anchieta, entre paradas de trânsito e marchas rápidas para ganho de tempo, quando, ao movimentar-me,  caí num impacto de forças que não sei descrever. Quis reagir, gritar por socorro, mas tive a impressão de que um suave anestésico me entorpecia as forças mentais. O pensamento escorria do cérebro, como se fora sangue a derramar-se de outros campos do corpo... Sensação estranha de esvaziamento, compelindo-me a desfalecer, sem recursos de resistência. E dormi.  (...) Acordei, queridos pais, numa sala de apresentação muito difícil com as palavras de que conseguiria dispor. Era eu e não era eu quem se achava ali numa dualidade que não podia reconhecer. Ouvi conversações e apontamentos que me espantavam. No entanto, médicos e enfermeiros me administravam agentes sedativos que me impuseram mais descanso. (...) A situação prosseguia, quando o Irmão Cassiano me avisou que traria meus pais para um reencontro.Daí a instantes, notei-lhes a presença quase rente a mim. Mãezinha e você, papai, pediam notícias minhas. Só então entendi que me achava em São Bernardo, não longe do quilômetro em que havia sofrido a queda. Compreendi mais. Aquele não era um recinto de hospital, mas um refúgio de paz e silêncio, reservado aos que já haviam atravessado as fronteiras, das quais me vejo agora muito aquém... Fiz tudo para fazer-me sentir, a fim de tranquilizá-los. Mas o amigo fiel que me assistia e ainda me protege, em todos os passos da Vida Nova, me sossegou o espírito atribulado, afirmando que estavam dados os primeiros passos para que recebessem minhas notícias. A ideia da despedida, então, tomou corpo em mim e só aí, querida Mamãe, compreendi que seu filho havia deixado a veste física, à feição de alguém que se transfere de estrada ou de carro, a fim de tomar caminhos diferentes. Confesso, meu pai, que as lágrimas me subiram do coração para os olhos, porque não me sentia preparado, quanto agora, para o exame do assunto. Era muito sonho e muita esperança a tombarem do alto de nossas aspirações e projetos. (...) Ainda assim, a pesquisa que efetuavam, as perguntas que ouvi, sem que me fosse possível qualquer manifestação para esclarecê-los, me feriam o coração. Observei que me procuravam com aflições iguais às minhas e percebi que a incerteza era o clima de nossos pensamentos e indagações. Sofri ao vê-los na retirada com as mesmas dúvidas que me pairavam na alma e caí em crise de lágrimas como não podia deixar de ser. Novamente, o benfeitor incansável promoveu os meios de socorro dos quais necessitava e um sono maior abençoou a minha cabeça cansada...



Desde de criança eu ouço dizer que, na primeira vez, o mundo acabou com água e que agora acabaria com fogo. Será que este não é o começo dessa destruição, pois vemos incêndios por toda parte?

  A crença no fim do mundo remonta aos tempos mais antigos da humanidade e ela decorre principalmente do medo que o ser humano sempre teve de provocar a ira divina.

Isso acontecia tanto entre os povos politeístas – também chamados de pagãos – que adoravam muitos deuses, como entre os hebreus que é o povo que, desde o início, sempre acreditou num único deus.

É que a humanidade, nas suas primeiras manifestações religiosas buscava, acima de tudo, satisfazer os seus deuses e, por isso, se entregava a práticas ritualísticas que deviam representar o respeito e a lealdade que se tinha por eles.

Na Bíblia, principalmente no seu primeiro livro – o Gênese, vemos a fúria de Deus se manifestando contra o homem, a partir da desobediência de Adão. O dilúvio foi uma dessas tentativas de acabar com a humanidade, porque, segundo a crença, Deus se arrependera de ter criado o homem.

Mas o mundo conhecido na época era muito pequeno, restringindo-se às terras da Europa, do Oriente Médio, de parte da Ásia e do norte da África. Era tudo que se conhecia.

Para os homens dessa época a Terra era plana ou côncova mais precisamente, percepção que se tinha a partir da visão do céu e do horizonte, de modo que isso facilitava a ideia de que a chuva persistente era capaz de cobrira toda a superfície do mundo.

- Daí a ideia do dilúvio. Até pode ter existido um período de chuvas intensas e persistentes numa determinada região, o que deve ter ajudado a conceber a ideia do dilúvio cobrindo a Terra.

  A água e o fogo são dois elementos que, fora do controle, adquirem um poder destruidor, razão pela qual se acreditou desde muito cedo que, se o mundo foi coberto de água, certamente de uma próxima vez o seria pelo fogo.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

A RESPOSTA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Algumas pessoas contestam a doutrina da reencarnação, como contrária aos dogmas da Igreja, concluindo que a mesma não existe. Que é que se pode responder? Allan Kardec inclui interessante comentário em sua REVISTA ESPÍRITA sobre questão similar. Escreve: -“A resposta é muito simples. A reencarnação não é um sistema que dependa dos homens adotar ou não, como se faz com um sistema político; é uma lei inerente à Humanidade, como comer, beber e dormir; uma alternativa da vida da alma como a vigília e o sono são alternativas da vida do corpo. Se é uma lei da natureza, não é uma opinião contrária que se a possa impedir de ser. A Terra não gira ao redor do Sol porque se o acredite, mas porque obedece a uma lei; e os anátemas que foram lançados contra esta lei não impediram que a Terra girasse. Assim, como a reencarnação: não será a opinião de alguns homens que os impedirá de renascerem, se tiverem que renascer. Admitido que a reencarnação é uma lei da natureza, suponhamos que ela não possa acomodar-se com um dogma: trata-se de saber se a razão está como dogma ou com a lei. Ora, quem é o autor da lei da natureza, senão Deus? No caso, direi que não é a lei que contraria o dogma, mas o dogma que contraria a lei, desde que qualquer lei da natureza é anterior ao dogma e os homens renasciam antes que o dogma fosse estabelecido. A questão é saber se existe ou não a reencarnação. Para os espíritas há milhares de provas contra uma que é inútil repetir. Direi apenas que o Espiritismo demonstra que a pluralidade de existências não só é possível, mas necessária, indispensável; e ele encontra a sua prova, sem falar da revelação dos Espíritos, numa incalculável multidão de fenômenos de ordem moral, psicológica e antropológica. Tais fenômenos são efeitos que tem uma causa. Buscando-se a causa, encontramo-la na reencarnação, posta em evidência pela observação daqueles fenômenos, como a presença do Sol, embora oculto pelas nuvens, é posta em evidência pela luz do dia. Para provar que está errada, ou que não existe, seria preciso explicar melhor, por outros meios, tudo o que ele explica o que ninguém ainda fez. Antes da descoberta das propriedades da eletricidade, se alguém tivesse anunciado que poderia em cinco minutos corresponder-se a quinhentos quilômetros, não teriam faltado cientistas que lhe provassem cientificamente, pelas leis da mecânica, que a coisa era materialmente impossível, pois não, pois não conheciam outras leis. Para tanto havia necessidade da revelação de uma nova força. Assim com a reencarnação. É uma nova lei, que vem lançar luz sobre uma porção de questões obscuras e modificará profundamente todas as ideias quando for reconhecida. Assim, não é a opinião de alguns homens que prova a existência da lei: são os fatos. Se invocamos o seu testemunho, é para demonstrar que ela tinha sido entrevista e suspeitada por outros, antes do Espiritismo, que não é seu inventor, mas a desenvolveu e lhe deduziu as consequências”.


Ultimamente temos visto muitos acidentes aéreos e rodoviários, causando muitas vítimas, muitas delas fatais. Pergunto: as causas desses acidentes, em grande parte, se devem a erro humano. Como podemos justificar que as vítimas estão pagando por erros do passado? Deus fez com que esses acidentes acontecessem para essas pessoas morrerem? Como funciona a justiça divina nesses casos?

As mortes por acidentes sempre existiram na história humana, desde o homem primitivo. A diferença é que, nos primórdios da humanidade, os acidentes eram de pequena dimensão, a maioria por causas naturais, até porque não havia máquinas.

Como advento da máquina, que tem um grande potencial de destruição, os acidentes foram produzindo resultados mais catastróficos, embora não devamos esquecer que é a natureza que ainda tem maior potencial de destruição em termos de quantidade de vítimas, como no caso dos terremotos e dos tsunamis.

Temos aprendido com o Espiritismo, no entanto, que nada acontece por acaso e, portanto, mesmo os acidentes no ar, no mar ou nas estradas podem se dever a causas humanas e aos defeitos das máquinas, causando mortos e feridos, mas no fundo sempre há causas de ordem espiritual.

Nada que ocorre no universo está fora das leis universais, que são as leis de Deus, mesmo o que se refere ao destino humano.

Ora, se o ser humano for mais responsável e estiver mais atento a condições que possam provocar vítimas, os acidentes por causa humana evidentemente serão em menor proporção, mas os flagelos de ordem natural continuarão a acontecer.

Isso realmente vai acontecer quando a humanidade alcançar um nível mais elevado de consciência moral, quando estiver mais atenta aos cuidados que deve ter com o meio ambiente, inclusive para evitar surpreendentes reviravoltas climáticas, que não acabam causando tantas calamidades.

Na verdade, se considerarmos que o mundo é um grande navio, podemos afirmar que o homem é seu comandante e, assim sendo, responsável por muitos acidentes que acontecem.

A evolução moral da humanidade só vai ajudar a humanidade e poupar muitas dores, pois é o próprio homem quem provoca os maiores problemas que acontecem no cenário do mundo.

– Aliás, só existem provas e expiações porque o ser humano ainda não sabe se conduzir na vida como deveria e, por isso, geralmente traz do passado uma série de culpas que redundam em desastres e calamidades.

Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, como Jesus ensinou, deu-nos inteira liberdade de agir, mas estabeleceu suas leis que regulam a vida. Desse modo, o sofrimento resultante dos acidentes em geral decorre de nossa irresponsabilidade diante de nós mesmos e dos outros.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

ESQUECIMENTO DO PASSADO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Se vivi outras vidas, sofro em consequência das decisões e ações insensatas delas e essas pessoas às quais estou ligado fazem parte de experiências mal sucedidas delas, por que não lembro de nada? Argumento comum entre aqueles que preferem a lei do mínimo esforço, presos à filosofia do “achismo”. Em artigo do número de agosto de 1863, da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec ressalta alguns pontos importantes da questão: -“A lembrança precisa dessas faltas teria inconvenientes extremamente graves, pois isso nos perturbaria, nos humilharia aos nossos próprios olhos e aos do próximo; trariam uma perturbação nas relações sociais e, por isto mesmo, travaria nosso livre arbítrio. Por outro lado, o esquecimento não é tão absoluto quanto o supõem. Ele só se dá na vida exterior de relação, no interesse da Humanidade; mas, a vida espiritual não sofre solução de continuidade. Tanto como desencarnados, quanto nos momentos de emancipação, o Espírito se lembra perfeitamente e essa lembrança lhe deixa uma intuição que se traduz na voz da consciência, que o adverte do que deve, ou não deve fazer. Se não a escuta, então é culpa sua. Além disso, o Espiritismo dá ao homem um meio de remontar ao seu passado, se não aos atos precisos, ao menos aos caracteres gerais desses atos que ficaram mais ou menos desbotados na sua vida atual. Das tribulações que suporta, das expiações e provas deve concluir que foi culpado; da natureza dessas tribulações, ajudado pelo estudo de suas tendências instintivas, apoiando-se no princípio que a mais justa punição é a consequência da falta, pode deduzir seu passado moral. Suas tendências más lhe ensinam o que resta de imperfeito a corrigir em si. A vida atual é para ele um novo ponto de partida: aí chega rico ou pobre de boas qualidades; basta-lhe, pois, estudar-se a si mesmo para ver o que lhe falta e dizer: -‘Se sou punido, é porque pequei’. E a mesma punição lhe dirá o que fez. Citemos uma comparação. Suponhamos um homem condenado a tantos anos de prisão, sofrendo um castigo especial, mais ou menos rigoroso conforme sua falta: suponhamos, ainda, que ao entrar na prisão perca a lembrança dos atos que para lá o conduziram. Poderá dizer: -‘Se estou nesta prisão, é que fui culpado, pois não se condena gente virtuosa. Tratemos, pois, de nos tornarmos bons, para não voltarmos quando daqui sairmos’. Quer ele saber o que fêz? Estudando a lei penal, saberá quais os crimes que para ali conduzem, porque não se é posto a ferros por uma maluquice; da duração e severidade da pena, concluirá o gênero do que deve ter cometido. Para ter uma ideia mais exata, terá apenas que estudar os artigos para os quais irá sentir-se instintivamente arrastado. Saberá, então, o que daí em diante deverá evitar para conservar a liberdade e a isso será ainda excitado pelas exortações dos homens de Bem, encarregados de o dirigir e instruir no bom caminho. Se não aproveitar, sofrerá as consequências. Tal a situação do homem na Terra onde, como condenado, não pode ter sido posto por suas perfeições, desde que é infeliz e obrigado a trabalhar. Deus lhe multiplica os ensinamentos proporcionais ao seu adiantamento. Adverte-o incessantemente e o fere, até, para o despertar de seu torpor; e o que permanece no endurecimento não pode desculpar-se com a arrogância”. Através do médium Chico Xavier, o Espírito André Luiz registrou importantes apontamentos sobre o tema: 1: -“O obscurecimento das memórias pregressas, não é senão um fenômeno temporário, mais ou menos curto ou longo, conforme o grau de evolução que tenhamos atingido. Até certo ponto, uma dilatada hipnose. A passagem pelo claustro materno, o novo nome escolhido pelos familiares, os sete anos de semi-inconsciência no ambiente fluídico dos pais, a recapitulação da meninice, o retorno à juventude e os problemas da madureza, com as responsabilidades e compromissos consequentes, estruturam em nós – a individualidade eterna -, uma personalidade nova que incorporamos ao nosso patrimônio de experiências”. 2-Os Espíritos encarnados, tão logo se realize a consolidação dos laços físicos, ficam submetidos a imperiosas leis dominantes na Crosta (...). Sem a obliteração temporária da memória, não se renovaria a oportunidade”. 3 – “Sem o esquecimento transitório, não saberíamos receber no coração o adversário de ontem para regenerar-nos, regenerando-o”.


 

 “Que malefícios os maus Espíritos causam nas pessoas que têm o vício do tabagismo, do alcoolismo, da toxicomania, da gula e da promiscuidade sexual? Que consequências morais eles suportarão na próxima reencarnação”?

Segundo a lei de causa e efeito, cada um de nós, Espírito encarnado neste planeta, é o construtor de seu próprio destino a partir das escolhas que faz em cada existência.

Por tal razão, as dificuldades que encontra em seu caminho é, primeiramente, consequência dessas escolhas e, por isso mesmo, não deve imputar aos Espíritos (tampouco ao castigo divino) todos os males de sua vida.

O que geralmente chamamos de “vício” é a dependência que o indivíduo cria para si após reiteradas experiências perigosas. Ele entra por uma porta, pela qual acha que pode sair quando quiser, mas surpreende-se mais à frente quando percebe que esse retorno é bem mais difícil do que pensava.

Os chamados “Espíritos obsessores”, que são os que devotam ao mal arquitetando planos de vingança, encontram campo aberto para atuar sobre os encarnados, aproveitando de suas fraquezas morais.

Assim, na grande maioria dos casos, não podemos afirmar que os Espíritos são culpados, mas podemos dizer que eles têm participação nos processos de dependência e vícios.

Como já afirmamos anteriormente, dificilmente os Espíritos criam novas disposições, mas seguramente aproveitam os chamados “pontos fracos” da pessoa, complicando mais ainda sua situação.

Alguns Espíritos, chamados de obsessores, como no caso do personagem Cláudio Nogueira, do livro SEXO E DESTINO, convivem com o obsidiado, mais na condição de companheiros do que propriamente de perseguidores.

Você pergunta que problemas suportarão numa próxima encarnação. Ora, isso vai depender do que fizeram ou deixaram de fazer nesta encarnação. Há pessoas que, aos poucos, vão conseguindo se superar. Outras simplesmente deixam-se arrastar pelo vício e terão que retomar seu caminho no futuro.

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

COMENTÁRIOS NO PLANO ESPIRITUAL ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Já nos anos 80 do século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de lá para cá, revelarão um aumento exponencial de tais casos. Claro que o exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP), localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de 24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes. Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra, compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina, os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente, do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito, administrando os processos evolutivos dos habitantes da Terra.



Lemos no livro QUEM TEM MEDO DOS ESPÍRITOS, de Richard Simonetti, que “A inversão sexual resulta também de expiação, envolvendo Espíritos comprometidos em abusos sexuais”. Pergunto: O que devemos entender por abusos sexuais? (C.A.)

A palavra “abuso”, segundo os dicionários de Língua Portuguesa, quer dizer “mau uso”, e o mau uso, seja do que for, só pode causar danos, materiais e/ou morais aos autores e às vítimas.

O dano, insistimos, geralmente atinge o próprio autor ou autora do abuso, como pode atingir terceiros, de modo que a dimensão do estrago pode ser muito grande.

Geralmente, por causa da visão arcaica e autoritária da religião, o sofrimento humano tem sido atribuído a castigos de Deus, como se Deus permanecesse o tempo todo nos vigiando para nos flagrar em cada erro que cometemos e, assim, desferir sobre nós a sua ira.

Esta visão ou esta concepção de Deus é absurda, pois, segundo o preceito de Jesus que diz “a cada um segundo as suas obras”, todos nós respondemos pelos atos que praticamos. É o princípio da lei de causa e efeito que regula nosso comportamento.

Além disso, o abuso, que podemos praticar, pode ocorrer em qualquer área da experiência humana e uma delas é a da sexualidade, muito presente nos noticiários da mídia.

É por isso que sempre existiram abusos, principalmente contra a mulher e os menores, quando passam a ser vítimas de atos abomináveis, como o estupro e o comércio vergonhoso da pornografia infantil, que hoje se vulgarizou pela internet.

  A legislação humana tem procurado coibir todo tipo de violência sexual, mas, apesar disso, muitos desses abusos passam despercebidos ou ignorados e não são atingidos pela lei.

Se isso acontece hoje, em pleno século XXI, o que não teria acontecido no passado? E quando mais passado, pior. A mulher, a criança, os transexuais inclusive, sempre foram alvos de toda sorte de violência nesse sentido.

Mas, por outro lado, sabemos que a justiça humana ainda é muito imperfeita e que as verdadeiras consequências virão no futuro de cada um dos abusadores, na maioria das vezes, em futuras encarnações.

Algumas vezes, experiências sofridas no campo da sexualidade, seja para os transexuais ou mesmo para os heterossexuais, provêm de repercussões dos abusos de existências passadas, que redundaram em muito sofrimento para os outros.

Indivíduos que abusaram sexualmente da mulher ou violentaram impiedosamente crianças indefesas, por exemplo, eles próprios – depois do arrependimento e do remorso na espiritualidade – podem pedir para enfrentarem na próxima encarnação problemas ligados ao sexo.

E nós não temos dúvida que, por enquanto, a sociedade ainda é um campo propício ao sofrimento. Ela ainda está muito distante de tratar a questão sexual de forma prudente e equilibrada.

Haja vista que até hoje os transexuais são rejeitados e, por isso, vêm sofrendo incompreensão e intolerância, que acabam se convertendo em crimes de homofobia.

Diante disso, acreditamos que a opinião de Richard Simonetti, quando se refere a inversões sexuais, sejam no sentido de mostrar que muitas situações em que o indivíduo sofre rejeição, perseguição e até violência física, em razão da ignorância da sociedade, podem se constituir em provas ou expiações.

Passar pelas mesmas situações que a vítima de outrora passou, sofrer as mesmas agruras a que foram submetidas no passado, pode ser uma forma do culpado pagar pelo que fez diante de sua própria consciência.

É claro que nosso papel, como espíritas, não é o de apontar pretensos culpados, até porque não temos autoridade moral para isso, razão pela qual os abusos do passado reencarnatório sempre permanecem encobertos pela cortina do esquecimento.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

LEI DE CAUSA E EFEITO: COMO FUNCIONA E ALGUNS EXEMPLOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Muito se cita o Carma para justificar ocorrências que fazem no mundo de hoje, questionar-se a existência de Deus. Sua concepção, ao que tudo indica, irradiou-se pelo mundo, a partir dos princípios religiosos introduzidos no nosso Planeta, pelo grupo de Espíritos exilados de Capela reencarnados na região conhecida como Índia. Ao menos é o que revela Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, na obra A CAMINHO DA LUZ. A ideia sofreu ao longo das civilizações deformações, deturpações, até que no lado Ocidental da Terra, foi sendo progressivamente esquecida com o apagar doutro princípio, o da reencarnação, a partir das lamentáveis decisões do Segundo Concílio de Constantinopla, promovido pelo Imperador Justiniano, em 553 DC. Praticamente treze séculos e inúmeras gerações, distanciaram as criaturas humanas da responsabilidade de viver, infundida com as perspectivas do inevitável encontro consigo mesmas e da reparação dos estragos cometidos nos diferentes caminhos da evolução. Coube ao Espiritismo ressuscitar ambas, dentro das exigências de uma Humanidade ávida por respostas sobre porque existimos e sofremos. As pesquisas conduzidas por Allan Kardec nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, desde abril de 1858, resultaram em expressiva coleta de dados, obtidos através de inúmeros entrevistados que se manifestaram por diversos médiuns, sendo muitos desses depoimentos reproduzidos na REVISTA ESPÍRITA, publicada sob a direção do Codificador de janeiro de 1858 a março de 1869. Tal material serviu também para que os aterrorizantes conceitos da morte pudessem ser reformulados objetivamente a partir dos exemplos contidos n’ O CÉU E O INFERNO segundo o Espiritismo. Nele, entra-se em contato com interessantes relatos de personalidades evocadas por Kardec, testemunhando as sensações, impressões e realidades registradas por eles na transição desta para outra dimensão. Analisando-os, o Codificador enumerou 32 artigos do que ele chama de Código Penal da Vida Futura, reproduzido no capítulo 7, da Primeira Parte do livro citado. Mostram por variados ângulos a Lei implícita na afirmação “a cada um segundo as suas obras”. A vida mostra-se como uma única realidade, apesar de desenvolver-se em duas dimensões. Toma-se conhecimento, através desse conteúdo, que as leis espirituais que controlam o indivíduo aplicam-se à família, à nação, às raças, ao conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas. As faltas do indivíduo, as da família, as da nação, qualquer seja o seu caráter, se expiam em virtude da mesma Lei. Comentando o aspecto, Kardec considera que “a criatura renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar,(...) até que o progresso os haja completamente transformado”. Acrescenta que “não se pode duvidar haver famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas por instintos de orgulho, egoísmo, ambição, enveredam pelo caminho errado, fazendo coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente. Uma família se enriquece a custa de outra; um povo subjuga outro povo, levando-lhe a desolação e a ruína; uma raça se esforça por aniquilar outra raça. Essa a razão por que há famílias, povos e raças sobre os quais desce a pena de Talião”. Identificando cinco exemplos de provas e expiações, individuais e coletivas, destacamos alguns do extraordinário acervo construído por Kardec ou pelo trabalho do médium Chico Xavier. Didaticamente os alinharemos mostrando o efeito e a correspondente causa determinante. CASO 1 Efeito - Industrial, morto doze horas após explosão de caldeira em sua empresa, envolvendo seu corpo em verniz fervente nela contida. Socialmente queridíssimo pela postura pessoal, em toda sua cruel agonia, não se lhe ouviu um só gemido, uma só queixa, apesar das dores lancinantes resultantes das profundas queimaduras sofridas. CausaAção assumida 200 anos antes, quando, na condição de juiz e inquisidor italiano condenou a morrer queimados os envolvidos numa conspiração visando a politica clerical, entre os quais uma jovem entre 12 e 14 anos, contra a qual os executores se recusavam cumprir a sentença, tornando-se ele, além de juiz, o carrasco que ateou fogo na quase menina. CASO 2 – Efeito – Antonio B., escritor, morto repentinamente ( provavelmente um ataque cataléptico), teve seu corpo encontrado virado de bruços durante exumação feita 15 dias após o sepultamento, procedimento efetuado para que familiares recuperassem medalhão por acaso esquecido no caixão. Causa – Ação em vida anterior em que descoberta infidelidade da esposa, a enterrou viva num fosso. CASO 3Efeito - João Fausto Estuque, desencarnado em 16/10/1976, em acidente aéreo com avião de pequeno porte, na região de Votuporanga, SP. Causa – Ter sido protagonista 300 anos antes, em ações objetivando conquistar destaque nas posições da finança e do poder,  que culminaram na morte de várias pessoas de vasta comunidade humana, precipitadas em penhascos, sem que seus delitos fossem descobertos ou punidos


Será que essa onda de violência que está acontecendo hoje, principalmente nas grandes cidades, se deve ao ataque de Espíritos maldosos querem impedir o progresso moral da humanidade?

O Espiritismo nos esclarece que a espiritualidade sempre está presente na vida humana, seja por ação dos bons Espíritos, seja por influência dos maus.

  Os bons estão ligados naturalmente a todos que se dedicam ao bem da humanidade, nas instituições religiosas, nas escolas, agências de educação, nas ongs respeitáveis e nas atividades em geral voltadas para solução de problemas da sociedade, que congregam pessoas de bem.

É claro, que num período de grandes mudanças em todos os setores da cidade, como estamos vivendo neste momento, em que aumenta a tensão social e a disputa de poder, a ação dos maus ainda é maior.

Se estamos no período chamado transição, como dizem, não é de se estranhar que as forças contrárias ao progresso, seja dos humanos ou seja dos Espíritos, agem com mais intensidade, estimulando conflitos.

No entanto, não podemos esquecer que, na base de todos os problemas humanos, está o próprio homem. Não podemos imputar aos Espíritos a causa de toda violência que acontece no mundo e nem mesmo dentro da nossa casa.

Os Espíritos só atuam quando encontram condições morais para isso. Se há maldade, ela não nasce com os Espíritos, mas é impulsionada por eles através da ação dos homens mal-intencionados.

Além do que nós precisamos considerar, no que diz respeito à violência urbana, a disseminação descontrolada do uso de drogas, que tem multiplicado em muito o potencial de irresponsabilidade e de maldade que impera na sociedade.

Época de transição em todos os sentidos, o homem está mudando sem perceber que, de uma maneira geral, está sendo cada vez mais estimulado a buscar riqueza e  poder, aumentando cada vez mais o nível de disputa.

É onde entram as más influências, se ele não tiver um preparo suficiente do ponto de vista moral e mesmo religioso, podendo ser instrumento da maldade que as forças contrárias procuram impor ao mundo.

Nesse cenário perturbador não podemos ficar apenas na expectativa dos acontecimentos, mas cada um de nós deve procurar ser um agente do bem, onde estiver, a partir de sua família e em direção à comunidade

domingo, 30 de novembro de 2025

QUEBRANDO PARADIGMAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A história recente da fenomenologia operada pelos Espíritos desencarnados na realidade em que vivemos, sobretudo do final do século XX, ficou marcada pelos fatos produzidos, a princípio, por médiuns extraordinários. No campo da música erudita, pela dona de casa inglesa Rosemary Brown através de quem celebre compositores das fases clássicas produziram peças reconhecidas por vários especialistas como sendo dos autores que as assinavam. No da pintura, no Brasil, o jovem Luiz Antonio Gasparetto, desde a adolescência serviu para que grandes mestres da pintura se mostrassem vivos em outra dimensão, evidenciando a realidade da sobrevivência. No campo da literatura, desde o início do século XX, Chico Xavier permitiu que inúmeros poetas e escritores documentassem que continuavam vivos, apesar da morte física. E, na área da saúde, José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, deu inicio a uma verdadeira revolução nos conceitos mecanicistas vigentes, seja nas prescrições, seja nas cirurgias invasivas operadas em tempo reduzido, sem preparo prévio, sem dor apesar da ausência de anestesia, sem efeitos colaterais ou óbitos que se tenha tido conhecimento. No seu caso, a ação do Espírito conhecido como Dr Fritz, começou quando ele contava 28 anos, inesperada e espontaneamente, de forma inconsciente, erradicando um câncer de pulmão de um candidato a reeleição ao cargo de Senador da República por Minas Gerais e, dias depois, de um tumor uterino de uma conhecida de sua cidade. A partir daí, milhares de pessoas foram atendidas até que fosse preso pelo exercício ilegal da Medicina. Depoimentos impressionantes ficaram preservados, especialmente no livro O CIRURGIÃO DA FACA ENFERRUJADA do jornalista norteamericano Brian Fuller. Um deles, envolve a  senhora Maria Emília Silveira, oriunda de Vitória da Conquista (BA), portadora de câncer no útero; desenganada pelos médicos, cirurgiada no dia 23/7/57. Testemunhas Ismenio Silveira (marido), Randulfo Paiva (advogado), Adhemar Alves Brito (Cel Exercito), Newton Boechat, Duração: 8 minutos. Atentemos para o depoimento do médico Ladeira Marques: -“Penetramos no pequeno aposento onde se fazem as intervenções, encontrando a paciente deitada em decúbito dorsal, sobre o assoalho. Incumbiu-me o Dr Fritz de afastar as vestes da paciente, a fim de praticar a intervenção. Perguntou ao marido, presente, se desejava que a intervenção se fizesse pela via baixa ou por via abdominal, decidindo-se o marido pela via baixa. Foram introduzidos na cavidade vaginal da paciente, sem auxílio de espéculo, três tesouras e dois bisturis, com manobra brusca sem ferir a doente. Cada instrumento introduzido de um só golpe. O ramo das tesouras era ainda mantido pela mão do médium Arigó. Para surpresa nossa, o outro ramo da tesoura, automaticamente, sem nenhuma intervenção visível de mão humana, passou a se movimentar, aproximando-se e se afastando do primeiro como ocorre no ato de seccionar um objeto. Procuramos ver  se o movimento que presenciávamos na tesoura estendia-se a outras peças do instrumental cirúrgico empregado na operação e nada pudemos registrar, ouvindo-se, no entanto barulho de entrechoques de metais e o ruído do seccionamento dos tecidos.  Decorridos poucos minutos, o Dr Adolf Fritz, através da intervenção do médium Arigó, retirou do campo operatório  uma das tesouras introduzidas, que se apresentava ligeiramente impregnada de sangue. Tornou a repor a tesoura no local, dizendo: - “Senhor!. Não quero que haja sangue!”. E a intervenção se fez sem hemorragia. Tomando em seguida uma pinça, recomendou-nos prestar atenção e, introduzindo no local da intervenção, retirou um pedaço de tecido com cerca de 8x4 centimetros, mostrando-o a todos os presentes. A primeira impressão que tive foi que se tratasse da extirpação do útero, mas, como informasse ele à doente que ainda poderia conceber, conclui que se tratava de operação de um tumor uterino. Sem praticar nenhuma anestesia, no decorrer de toda a intervenção, manteve-se a paciente com fisionomia calma e tranquila, não deixando transparecer, absolutamente, nenhum gesto ou reação de dor. Ainda segundo o marido, “retirado o tumor, o Dr. Fritz deu uns quatro ou cinco socos no ventre – local antes dolorido -, e sua mulher permaneceu impassível, sem nada sentir”. O reconhecidamente intransigente médico e professor universitário Dr Ary Lex, foi a Congonhas do Campo (MG), conferir, testemunhando o seguinte: -“ Arigó, em estado de transe mediúnico, convidou-nos a aproximar-nos do local em que ia operar, na frente do povo.  Embora declinássemos nossa qualidade de médico, não nos dispensou nenhuma atenção especial. Tratou-nos rudemente. A única gentileza, convidar-nos a assistir as operações e, posteriormente, o auxiliarmos. No espaço de meia hora, realizou 4 operações, entre as quais: 1-  Drenagem de Quisto Sinovial- Sem nenhuma preparação cirurgica, anestesia ou assepsia, não usando nenhuma técnica hipnótica ou letárgica, toques no paciente ou qualquer outro processo de sugestão ou algo semelhante. 2- Operação de ptirígio – Segurei a cabeça da paciente. Arigó realizou a intervenção com uma tesoura de unha. Ante o sangramento abundante, comprimiu o local com algodão, mandando o sangue estancar, produzindo a hemostasia imediata, mandando, ao final, a paciente embora sem maiores cuidados. No correr dos atos operatórios, os pacientes estavam conscientes, tranquilos, não reagindo, respondendo nada sentir.



 “Vendo a novela A VIAGEM, me vieram algumas dúvidas: Os Espírito maldoso pode obsedar assim com facilidade tantas pessoas? Essas pessoas não têm seus anjos da guarda para defendê-las?  É tão difícil assim perceber que estão sendo obsidiadas? Elas não teriam que ir a um centro espírita?”

Já comentamos aqui que as novelas procuram exagerar os fatos com cenas que impressionam, principalmente quando se trata de retratar a atuação dos Espíritos mal intencionados.

É claro que a capacidade de lidar com esse tema, atuação dos Espíritos em nossa vida, depende muito da habilidade dos diretores da novela, mas o que prevalece mesmo é sua intenção de impressionar melhor os expectadores.

Os Espíritos estão por toda parte onde há pessoas – principalmente Espíritos aqueles que nada têm a fazer - e, segundo o Espiritismo, de uma forma tão velada que nós, os encarnados, nem percebemos. Trata-se de uma relação de mente para mente.

Se percebêssemos a presença dos Espíritos, como afirma Allan Kardec, nós perderíamos a espontaneidade de nossas ações, porque nos sentiríamos observados e constrangidos com sua presença, de tal forma que não agiríamos com naturalidade.

  Já falamos aqui que, como Espíritos encarnados, só nos comunicamos com os desencarnados através do pensamento, ou seja, de mente para mente. É uma linguagem apenas telepática, que geralmente não depende da nossa vontade.

  Um Espírito não tem como chegar junto a fulano e dizer para ele, por exemplo, que deve  ir a determinado lugar para se encontrar com beltrano. Mas ele pode sugerir isso por pensamento e até conseguir se comunicar, se houver sintonia entre as duas mentes, a encarnada e a desencarnada.

Um Espírito não pode empurrar uma pessoa para que ela caia e se machuque, mas ele pode sugerir um caminho cheio de obstáculos onde ela correrá maior risco de cair.

  Mas os bons Espíritos, nossos protetores, também têm ação sobre nós, embora os maus nos peguem desprevenidos, nos momentos de conflito intimo ou de revolta, quando oferecemos campo mental propício para isso.

Nesse sentido o bom amigo espiritual pode levar certa desvantagem, se nós não damos chance de nos ajudar, porque não conseguimos alimentar pensamentos positivos.

Uma parcela muito pequena da população, num caso de necessidade extrema, procura o centro espírita para ajudar na solução de certas perturbações, quase sempre após recorrem a psicólogos e psiquiatras.

Mas o tratamento espírita é de ordem espiritual. Existem atividades mediúnicas que podem ajudar. No entanto, o mais o mais importante é sempre a mudança de atitudes perante a vida.

Nesse sentido devemos que lembrar que o tratamento espírita estará sempre voltado para os valores cristãos, pois, é  partir daí, que a pessoa e sua família podem melhorar o ambiente espiritual de casa e facilitar a cura.

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

POR CAMINHOS INUSITADOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A jovem modelo Reine de 18 anos, aparência de 15, contratada pelo pintor Corneille por alguns meses, por indicação de um escultor amigo, sentindo-se interessada por uma bola de cristal de cinco centímetros de diâmetro decorando a escrivaninha do “atelier” do artista, ouviu dele que se fitasse a mesma por alguns minutos, conseguia-se a concentração mental e, algumas pessoas entravam em estado de transe, enquanto outras chegavam a ter visões misteriosas. Tendo levado a bola para casa para confirmar a veracidade da informação, devolveu-a frustrada ante o insucesso, participando, meses depois, com Corneille de uma experiência de “inclinação da mesa” ante o interesse da moça pelos assuntos paranormais, apesar de seu total desconhecimento sobre fenômenos espirituais. Após quase uma hora de tentativas, sem sucesso durante a maior parte do tempo, praticamente desistindo da experiência, em sua mente fulgurou uma ideia estranha para que voltassem à mesa, obtendo os primeiros movimentos involuntários da mesma, surgindo através dos toques ritmados, a orientação para que hipnotizasse Reine, o que fez após ante a insistência dela pelas explicações que dera sobre o fenômeno. Nas semanas seguintes, outras tentativas com a mesa, conduziram ao transe da hipnose, resultado conformado por um alfinete espetado no musculo do braço da moça pela reação do globo ocular ao erguer-lhe a pálpebra. A repetição dos experimentos foi apurando cada vez mais a sensibilidade de Reine e a autoconfiança de Corneille, certificando-se este da impossibilidade de qualquer interferência telepática ou do inconsciente dela.  Inúmeras reuniões depois, mesclando a atividade com a mesa, a auto hipnose  de Reine, fixando a bola de cristal; a indução através da energização pela palma da mão de Corneille; a convivência da jovem em desdobramento com entidades espirituais de vários tipos, assumiu o comando dos trabalhos o Espírito Vetterini  que nos bastidores da invisibilidade conduziria as vivências no Plano Extrafísico. Resumindo algumas das informações oferecidas por Reine, destacamos: 1- Vencidas os ímpetos de medo, Reinne foi transportada, a princípio pelos céus de Paris e, depois, em peregrinações auto-induzidas, por varias zonas espirituais, uma das quais abrigando grande número de Espíritos evoluídos até o grau médio e, noutra oportunidade, em uma Esfera espiritual superior à anterior. 2 – Percebia, em suas saídas, o corpo astral das pessoas comuns, diferentes quanto à densidade, coloração, atitude, etc, de acordo com a personalidade de cada um, comentando que o caracterizado pela cor vermelha é de natureza inferior, próximo da matéria densa; e aquele em oposição a este, tendia para o azul ou para branco e parecia bem sutil, tratando-se de corpo astral de categoria elevada. No caso dos animais percebeu que uma espécie de luz os envolve,   mas, totalmente diferente da dos homens. 3- Sempre supervisionada pelo Espírito Vetterini, Reinne descobriu que os Espíritos quando querem se mostrar às pessoas, assumem a aparência material da época em que viveram na Terra, para serem reconhecidos e, nas materializações, retiram do corpo carnal do médium os elementos necessários para produzir a forma que pretendem assumir, graduando-se o realismo proporcionalmente à quantidade de substância tomada do objeto concreto existente. 4- Sobre a reencarnação, aprendeu que a relação sexual é, de fato, a armadilha pela qual o Espírito é aprisionado inconscientemente, os mais atrasados; e conscientemente, o mais elevado; que durante 2 ou 3 meses após a concepção, o Espírito é relativamente livre e é bem raro ele vir visitar o próprio corpo que está sendo construído no ventre da mãe; frequência intensificada à medida que o tempo passa, imprimindo suas características ao corpo em formação, modelando-o dissimuladamente de acordo com seu desejo, fixando-se quase por definitivo aí pelos 7 meses. No caso dos Espíritos inferiores, instalam-se governados por uma força mais elevada, podendo ficar acomodados como debaterem-se como numa armadilha, tentando escapar frequentemente, voltando ao corpo semente 2 ou 3 a meses antes do parto. 5- Respondendo sobre a morte, Vetterini, revelou que ainda que ocorra de forma repentina, é coisa prevista, determinada pela Providência para apressar a evolução do Espírito de certas pessoas que não estão acompanhando o processo normal de desenvolvimento e precisam transmigrar repetidas vezes para este mundo. Afirmou não haver nenhuma morte por acaso, sempre ocorrendo sob condições determinadas, em dia e hora predeterminados”. As experiências desenvolvidas entre Reinne, Corneille e Vetterini, estenderam-se de dezembro de 1912 a dezembro de 1913, produzindo rico material para reflexões e pesquisas.



O que vocês acham do filme “A Cabana”, caso de uma menina assassinada, em que o pai, na ânsia de se vingar do assassino, acaba tendo uma experiência mística ao encontrar com Deus e Jesus?

Para nós tanto o filme quanto o livro é um esforço louvável do autor para explicar a Justiça Divina, embora utilizando de velhos dogmas religiosos, que não sustentam a verdade que precisamos buscar.

  Utilizando dos recursos da literatura, o autor leva o pai revoltado a uma experiência com Deus, procurando afastar todos os preconceitos ao escolher uma mulher negra para representar a própria divindade.

Trata-se de uma obra muito bonita do ponto de vista literário e até cinematográfico, mas, de certa forma, incapaz de explicar a justiça divina, tanto em relação à experiência dolorosa da menina, como em relação ao seu assassino.

Na verdade, a única explicação para fatos tão chocantes como esse é a reencarnação. Sem a reencarnação os escritores podem continuar lançando mão de todos os artifícios do mundo, mas não conseguirão dar uma reposta clara, definitiva e convincente.

Só a reencarnação vai dizer quem era o espírito da menina assassinada e quem era o algoz que a matou. Só a reencarnação pode explicar o que veio acontecendo com esses dois Espíritos através de suas experiências em vida passada. Só a reencarnação poderá explicar as verdadeiras motivações do doloroso desfecho.

Certa vez, um ouvinte afirmou que uma criança assassinada vai direto para o céu e seu assassino vai para a inferno.

Então, questionamos que, pensando desse modo, seria preferível morrer criança para não cometer graves erros e ser condenada na idade adultas, como foi o caso do assassino. Nessa questão de salvação ou condenação eternas, a idade seria fundamental.

Se o criminoso tivesse morrido criança, dentro dessa linha de pensamento, estaria salvo, mas pelo fato de ser adulto e cometer o terrível ato, foi condenado.

Nesse caso, a vida seria um engodo. Deus teria nos colocado no mundo para sofrer e se perder. Veja como é contraditória a ideia de céu e inferno, pois ela nada pode explicar de nossas experiências no mundo, atribuindo os males que nos acontecem à vontade de Deus.