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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

MEDIUNIDADE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A jovem modelo Reine de 18 anos, aparência de 15, contratada pelo pintor Corneille por alguns meses, por indicação de um escultor amigo, sentindo-se interessada por uma bola de cristal de cinco centímetros de diâmetro decorando a escrivaninha do “atelier” do artista, ouviu dele que se fitasse a mesma por alguns minutos, conseguia-se a concentração mental e, algumas pessoas entravam em estado de transe, enquanto outras chegavam a ter visões misteriosas. Tendo levado a bola para casa para confirmar a veracidade da informação, devolveu-a frustrada ante o insucesso, participando, meses depois, com Corneille de uma experiência de “inclinação da mesa” ante o interesse da moça pelos assuntos paranormais, apesar de seu total desconhecimento sobre fenômenos espirituais. Após quase uma hora de tentativas, sem sucesso durante a maior parte do tempo, praticamente desistindo da experiência, em sua mente fulgurou uma ideia estranha para que voltassem à mesa, obtendo os primeiros movimentos involuntários da mesma, surgindo através dos toques ritmados, a orientação para que hipnotizasse Reine, o que fez após ante a insistência dela pelas explicações que dera sobre o fenômeno. Nas semanas seguintes, outras tentativas com a mesa, conduziram ao transe da hipnose, resultado conformado por um alfinete espetado no musculo do braço da moça pela reação do globo ocular ao erguer-lhe a pálpebra. A repetição dos experimentos foi apurando cada vez mais a sensibilidade de Reine e a autoconfiança de Corneille, certificando-se este da impossibilidade de qualquer interferência telepática ou do inconsciente dela.  Inúmeras reuniões depois, mesclando a atividade com a mesa, a auto hipnose  de Reine, fixando a bola de cristal; a indução através da energização pela palma da mão de Corneille; a convivência da jovem em desdobramento com entidades espirituais de vários tipos, assumiu o comando dos trabalhos o Espírito Vetterini  que nos bastidores da invisibilidade conduziria as vivências no Plano Extrafísico. Resumindo algumas das informações oferecidas por Reine, destacamos: 1- Vencidas os ímpetos de medo, Reinne foi transportada, a princípio pelos céus de Paris e, depois, em peregrinações auto-induzidas, por varias zonas espirituais, uma das quais abrigando grande número de Espíritos evoluídos até o grau médio e, noutra oportunidade, em uma Esfera espiritual superior à anterior. 2 – Percebia, em suas saídas, o corpo astral das pessoas comuns, diferentes quanto à densidade, coloração, atitude, etc, de acordo com a personalidade de cada um, comentando que o caracterizado pela cor vermelha é de natureza inferior, próximo da matéria densa; e aquele em oposição a este, tendia para o azul ou para branco e parecia bem sutil, tratando-se de corpo astral de categoria elevada. No caso dos animais percebeu que uma espécie de luz os envolve,   mas, totalmente diferente da dos homens. 3- Sempre supervisionada pelo Espírito Vetterini, Reinne descobriu que os Espíritos quando querem se mostrar às pessoas, assumem a aparência material da época em que viveram na Terra, para serem reconhecidos e, nas materializações, retiram do corpo carnal do médium os elementos necessários para produzir a forma que pretendem assumir, graduando-se o realismo proporcionalmente à quantidade de substância tomada do objeto concreto existente. 4- Sobre a reencarnação, aprendeu que a relação sexual é, de fato, a armadilha pela qual o Espírito é aprisionado inconscientemente, os mais atrasados; e conscientemente, o mais elevado; que durante 2 ou 3 meses após a concepção, o Espírito é relativamente livre e é bem raro ele vir visitar o próprio corpo que está sendo construído no ventre da mãe; frequência intensificada à medida que o tempo passa, imprimindo suas características ao corpo em formação, modelando-o dissimuladamente de acordo com seu desejo, fixando-se quase por definitivo aí pelos 7 meses. No caso dos Espíritos inferiores, instalam-se governados por uma força mais elevada, podendo ficar acomodados como debaterem-se como numa armadilha, tentando escapar frequentemente, voltando ao corpo semente 2 ou 3 a meses antes do parto. 5- Respondendo sobre a morte, Vetterini, revelou que ainda que ocorra de forma repentina, é coisa prevista, determinada pela Providência para apressar a evolução do Espírito de certas pessoas que não estão acompanhando o processo normal de desenvolvimento e precisam transmigrar repetidas vezes para este mundo. Afirmou não haver nenhuma morte por acaso, sempre ocorrendo sob condições determinadas, em dia e hora predeterminados”. As experiências desenvolvidas entre Reinne, Corneille e Vetterini, estenderam-se de dezembro de 1912 a dezembro de 1913, produzindo rico material para reflexões e pesquisas.


 

O que é parasitismo e vampirismo espiritual?

É André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, quem utiliza esses nomes para caracterizar certos processos obsessivos, ou seja, determinadas atuações de Espíritos desencarnados sobre encarnados.

Existem várias formas como Espíritos de baixo nível moral podem ter contato com os encarnados. A esses processos, de um modo geral, chamamos obsessão.

Não confundir a obsessão espiritual com a obsessão simplesmente mental. A obsessão mental, estudada pela Psiquiatria, é um transtorno de ordem emocional que consiste na fixação persistente do pensamento em algo que perturba a mente da pessoa, provocando uma distorção na sua percepção de mundo.

A obsessão espiritual, por sua vez, consiste na ação de um Espírito de má índole, mal-intencionado sobre o indivíduo, dele se acercando pra envolvê-lo com seus pensamentos, podendo causar-lhe perturbações emocionais.

  Mas, no processo de obsessão espiritual geralmente existe a obsessão mental como pano de fundo. Isto é, a obsessão mental, conhecida como auto-obsessão, pode dar causa à obsessão espiritual.

O que chamamos parasitismo é uma forma de um Espírito se juntar a uma pessoa para dela tirar algum recurso mental, passando a viver disso.

Assim como entre nós, os encarnados, existem pessoas que vivem às custas de outras, causando-lhes prejuízos, também existem parasitas espirituais que se valem das condições mentais do encarnado.

É semelhante ao parasitismo que encontre entre plantas, quando algumas se instalam no corpo da outra para sugar-lhe energia. Evidentemente, essa convivência faz ao mal ao hospedeiro que, com o tempo, vai perdendo suas condições de vida.

Pode acontecer, entretanto, uma coabitação pacífica, em que um vive das energias do outro. No livro SEXO E DESTINO – de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier -  encontramos o caso de Cláudio Nogueira, um homem de classe média, assediado por dois Espíritos, que se compraziam em beber com ele doses exageradas de uísque.

Quanto ao vampirismo, podemos dizer que André Luiz chama de vampiro (comparação com os vampiros que conhecemos dos filmes e romances) a Espíritos que roubam recursos fluídicos dos encarnados e até mesmo de corpos recentemente desencarnados.

ao mesmo tempo.

São Espíritos que ainda estão muito ligados à vida terrena e não conseguiram se desvencilhar da influência do corpo físico, podendo se alimentar de emanações que eventualmente podem obter de corpos doentes ou mesmo de cadáveres.

Sobre os vampiros, leia OBREIROS DA VIDA ETERNA, quando André Luiz relata o caso da desencarnação de Dimas.

sábado, 1 de novembro de 2025

INTERESSANTE ASSOCIAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Na época não existiam equipamentos sofisticados como os exames de imagem disponíveis hoje para pesquisas sobre variados ângulos e aspectos. Tampouco laboratórios preocupados com as atividades de ordem mental, as quais seriam objeto de investigações mais aprofundadas no final daquele século, o Dezenove. Declinava em sua credibilidade apenas a Frenologia, uma teoria desenvolvida em 1800, pelo médico alemão Franz Hoseph Gall que afirmava ser capaz, através dela, de determinar o caráter, características da personalidade e grau de criminalidade pela forma da cabeça dos seres humanos. Classificada como pseudociência, mereceria mais tarde o crédito por contribuir com a ciência médica com as ideias de que o cérebro possui áreas específicas relacionadas com determinadas funções, sendo órgão da mente, sendo elevada ao “status” de protociência. Atento ao interesse que a dita teoria despertava na França do seu tempo, Allan Kardec escreveu vários artigos sobre ela, publicados na REVISTA ESPÍRITA. Chama a atenção contudo, sua opinião sobre a origem da memória humana expressa em texto preservado no livro OBRAS PÓSTUMAS, publicado uma década após sua morte em março de 1869, a partir de iniciativa de sua esposa Sra Amelie Boudet e seu editor, resgatando escritos e estudos na maioria não conhecidos publicamente. Explica Allan Kardec que no “início de sua caminhada evolutiva limitado em suas ideias e aspirações, tendo circunscrito seus horizontes, o homem precisa gravar todas as coisas e identifica-las, a fim de guardar delas apreciável lembrança e basear seus estudos nos dados que haja reunido. Pelo sentido da visão foi que lhe vieram as primeiras noções do conhecimento. Foi a imagem de um objeto que lhe ensinou a existência desse objeto. Quando conheceu muitos objetos, tirou deduções das impressões diferentes que eles lhe produziam no íntimo do Ser, fixou na inteligência a quintessência deles por meio do fenômeno da memória. Ora, que é a memória, senão uma espécie de álbum mais ou menos volumoso, que se folheia para encontrar de novo as ideias apagadas e reconstituir os acontecimentos que se foram? Esse álbum tem marcas nos pontos capitais. De alguns fatos o individuo imediatamente se recorda; para recordar-se de outros, é-lhe necessário folhear por longo tempo o álbum. A memória é como um livro! Aquele em que lemos algumas passagens facilmente nô-las apresenta aos olhos; as folhas virgens ou raramente perlustradas tem que ser folheadas uma a uma, para que consigamos reconstituir um fato sobre o qual pouco tenhamos demorado a atenção. Quando o Espírito encarnado se lembra, sua memória lhe apresenta, de certo modo, a fotografia do fato que ele procura”. O pai da Psicanálise Sigmund Freud ainda era um adolescente quando tal cogitação foi escrita, provavelmente não a conheceu, contudo sua Teoria do Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente guarda estrita relação com ela, na medida em que coloca o Inconsciente como elemento decisivo no comportamento humano. Se considerasse o Espírito em suas elucubrações perceberia que, através das múltiplas experiências na condição humana, este vai acumulando neste Inconsciente, dados, informações, imagens que interagem no sentido de promover a Evolução Espiritual. Se acrescêssemos a isso, as pesquisas do russo Ivan Pavlov sobre o reflexo condicionado, o resultado seria extraordinário. Hoje, sabe-se que esse Inconsciente constitui-se num “poderoso banco de dados capaz de processar cerca de 20 milhões de estímulos ambientais por segundo contra 40 estímulos interpretados pela mente consciente no mesmo segundo. A informação é referência no excelente livro BIOLOGIA DA CRENÇA (butterfly, 2007) do biólogo norte americano Bruce Lipton que acrescenta que “a mente subconsciente, um dos processadores de informações mais poderosos de que se tem notícia até hoje, observa o mundo ao seu redor e a consciência interna do corpo, interpreta os estímulos do ambiente e entra imediatamente num processo de comportamento previamente adquirido”. Diz o Dr Lipton que esse “subconsciente é nosso “piloto automático, enquanto que a mente consciente, o controle manual.




Durante os estudos do LIVRO DOS ESPRITOS, uma das integrantes do grupo perguntou:  “Aquelas pessoas que a Igreja canonizou, elevando à categoria de santos, eles voltam a reencarnar”?

  A canonização é uma questão interna da Igreja, que entende que determinados católicos pelo significado espiritual de sua missão e, observados certos requisitos, como milagre comprovado, são elevados à condição de santidade.

 É claro que, embora não concordando, respeitamos a fé dos que acreditam, considerando, sobretudo, que a canonização seria, segundo a fé católica, uma delegação direta do próprio Deus à igreja para reconhecer seus eleitos.

 Se formos pesquisar quem são os santos da Igreja, vamos encontrar muitos que demonstraram verdadeiro espírito cristão e que, a concepção geral, mereceriam ser reconhecidos como missionários divinos não só pela Igreja, mas pela humanidade inteira.

 Um grande missionário, no entanto, ainda que em sua vida tenha dado demonstração de verdadeira abnegação pelo próximo, por exemplo, se não for católico, não pode ser considerado santo.

 Mas, para o Espiritismo, o mérito espiritual das pessoas não depende de religião, tampouco de a pessoa estar ligada a algum grupo religioso, mas de seu caráter, de sua conduta diante de seus irmãos de humanidade.

 Se o santo em questão, a que a ouvinte se refere, for realmente um missionário divino pelas suas elevadas qualidades morais, ou será conduzido para um mundo melhor ou permanecerá aqui mesmo trabalhando em missão pelos seus irmãos encarnados.

 É claro que um santo pode reencarnar. O próprio Jesus reencarnou. E isso quando o Espírito é tomado pelo anseio de servir às mais elevadas causas da humanidade. A reencarnação, sendo uma lei da natureza, é para todos.


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

LEI DE CAUSA E EFEITO: COMO FUNCIONA E ALGUNS EXEMPLOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Muito se cita o Carma para justificar ocorrências que fazem no mundo de hoje, questionar-se a existência de Deus. Sua concepção, ao que tudo indica, irradiou-se pelo mundo, a partir dos princípios religiosos da Índia. A ideia sofreu ao longo das civilizações deformações, deturpações, até que no lado Ocidental da Terra, foi sendo progressivamente esquecida com o apagar doutro princípio, o da reencarnação, a partir das lamentáveis decisões do Segundo Concílio de Constantinopla,  promovido pelo Imperador Justiniano, em 553 DC. Praticamente treze séculos e inúmeras gerações, distanciaram as criaturas humanas da responsabilidade de viver infundida com as perspectivas do inevitável encontro consigo mesmas e da reparação dos estragos cometidos nos diferentes caminhos da evolução. Coube ao Espiritismo ressuscitar ambas, dentro das exigências de uma Humanidade ávida por respostas sobre porque existimos e sofremos. As pesquisas conduzidas por Allan Kardec nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, desde abril de 1858, resultaram em expressiva coleta de dados, obtidos através de inúmeros entrevistados que se manifestaram por diversos médiuns. Analisando-os, o Codificador enumerou 32 artigos do que ele chama de Código Penal da Vida Futura, reproduzido no livro O CÉU E O INFERNO. Mostram por variados ângulos a Lei implícita na afirmação “a cada um segundo as suas obras”. Kardec explica que “a criatura renasce no mesmo meio, nação, raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar”. Acrescenta que “não se pode duvidar haver famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas por instintos de orgulho, egoísmo, ambição, enveredam pelo caminho errado, fazendo coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente. Uma família se enriquece a custa de outra; um povo subjuga outro povo, levando-lhe a desolação e a ruína; uma raça se esforça por aniquilar outra raça. Essa a razão por que há famílias, povos e raças sobre os quais desce a pena de Talião”. Destacamos três exemplos de provas e expiações, no acervo construído por Kardec e Chico Xavier, didaticamente alinhados mostrando o efeito e a causa determinante. CASO 1 Efeito - Industrial, morto doze horas após explosão de caldeira em sua empresa, envolvendo seu corpo em verniz fervente nela contida. Socialmente queridíssimo pela postura pessoal, em toda sua cruel agonia, não se lhe ouviu um só gemido, uma só queixa, apesar das dores lancinantes resultantes das profundas queimaduras sofridas. CausaAção assumida 200 anos antes, quando, na condição de juiz e inquisidor italiano condenou a morrer queimados os envolvidos numa conspiração contra politica clerical, entre os quais uma jovem entre 12 e 14 anos, contra a qual os executores se recusavam cumprir a sentença, tornando-se ele, além de juiz, o carrasco que ateou fogo na quase menina. CASO 2 – Efeito – Antonio B., escritor, morto repentinamente( provavelmente um ataque cataléptico), teve seu corpo encontrado virado de bruços durante exumação feita 15 dias após o sepultamento, procedimento efetuado para que familiares recuperassem medalhão por acaso esquecido no caixão. Causa – Ação em vida anterior em que descoberta infidelidade da esposa, a enterrou viva num fosso. CASO 3Efeito – Valéria, morta em consequência de queimaduras sofridas após a palhoça em que vivera por dez anos, em recanto de grande fazenda no interior de Minas Gerais, ter sido incendiada por transeuntes que a julgavam morta por não ter sido vista há vários dias. Lá se instalou depois de comunicar ao marido e dois filhos o diagnóstico médico que a identificara como portadora de lepra, o que fez com que os mesmos a abandonassem naquele setor da propriedade rural, que venderam, mudando-se para local ignorado.  Causa – Ações praticadas em existência passada na Idade Média, em cidade da Espanha, na qual ela, denunciou com falsos testemunhos ao Santo Ofício, um irmão consanguíneo, rogando a pena de prisão incomunicável, arrancando-o à esposa e aos filhos e, apesar de impor-lhe solidão e desespero no calabouço por dez anos, requisitou para ele o suplício do fogo, que aplicado em praça pública, foi testemunhado por ela que gravou em seu inconsciente as imagens da agonia, os gritos aterradores e das vísceras fumegantes..






 Do jeito que vocês falam, todos somos vigiados pelos Espíritos nas 24 horas do dia.  Desse modo, tudo que fazemos os Espíritos registram. É assim que Deus fica sabendo de tudo que fazemos?(Elizeu)

Não é bem assim. Não se trata de vigilância. Salvo raras exceções daqueles que tem algo a ver conosco, a presença de Espíritos no lugar em que nos encontramos depende de nossas  condições mentais.

Do mesmo modo que nos relacionamos com pessoas da nossa intimidade, seja no seio da família ou na roda de nossas relações fora de casa, assim também, no dia a dia, em que saibamos,  relacionamo-nos com Espíritos.

Portanto, não é difícil concluir que os Espíritos que estão conosco ou ao nosso lado são aqueles com quem mantemos vínculo espiritual, principalmente aqueles com quem nos identificamos pela qualidade de nossos pensamentos e, principalmente de nossos sentimentos.

Em geral estão mais próximos de nós os que comungam com nossas ideias, os que se identificam com o nosso modo de ser, com a nossa forma de conduzir a vida. Assim, uma pessoa irresponsável atrairá para si Espíritos irresponsáveis como ela.

Logo, não é difícil concluir que podem se ligar a nós Espíritos bem-intencionados -  como protetores, amigos e familiares, por exemplo – se somos pessoas responsáveis ou, então, adversários ou inimigos, com quem já tivemos problemas no passado desta ou de outra encarnação, se vivemos em constante conflito conosco mesmos.

Os bons querem o nosso bem, os inimigos procuram nos prejudicar. Muitos são indiferentes. Mas, em geral, não estamos desarmados ou abandonados, por conta dos que querem o nosso bem.

O problema maior está em nossa conduta, a partir do que sentimos e pensamos. Nossos primeiros amigos ou nossos primeiros inimigos, caro ouvinte, são os nossos próprios pensamentos e intenções- ou seja, somos nós mesmos.

Nós é que damos abertura para uns ou para outros. Os bons estimulam o nosso lado bom, ao passo que os mal-intencionados se aproveitam de nossas fraquezas morais.

Quando algumas pessoas se queixam de perturbações mentais, quase sempre estão sendo vítimas das próprias perturbações que criam e que, mais cedo ou mais tarde, acabam sendo utilizadas como armas contra elas mesmas.

Por isso, Allan Kardec, n’O EVANGELHOS SEGUNDO O ESPIRITISMO, afirma que, na maioria das vezes, a pessoa perturbada pode se curar a si mesma, bastando para isso que melhore seu comportamento.

Quando ao que Deus sabe sobre nós – que parece ser a sua preocupação – não é preciso recorrer a Espíritos. Cada um de nós, através do tribunal da própria consciência, traz no íntimo da alma todos os registros de sua conduta de cada instante de sua vida.


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

TENTANDO ENTENDER; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR


Em famoso programa de televisão dos anos 70, Chico Xavier confirmou a um de seus entrevistadores que, segundo o Orientador Espiritual Emmanuel, “o Mundo Espiritual era dividido em muitos Planos e Sub-Planos. A informação não apenas torna, de certo modo, mais concreta a resposta à questão 35 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS – “o vazio absoluto não existe, nada é vazio, estando ocupado por uma matéria que nos escapa aos sentidos” , bem como, a 85 quando diz que “Mundo Espiritual preexiste e sobrevive a tudo”, hoje, mais de século e meio depois admitida por estudiosos da Física Quântica - a partir da Teoria das Supercordas-, quando afirmam que, “mesmo que as dimensões do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. Anos depois da resposta do médium mineiro, ele mesmo haveria de induzir-nos a mais amplas reflexões ao dizer que “as observações humanas, mesmo ampliada por instrumentação de alta potência, apenas atingem a faixa de matéria em que nos situamos no Plano Terrestre”. A lente humana é o olho humano ampliado. Os que leram o livro OS MENSAGEIROS (feb,1944), devem se lembrar que o Instrutor Espiritual Aniceto em certo diálogo mantido com André Luiz e Vicente, ponderara: “-Há, porém André, outros mundos sutis, dentro dos mundos grosseiros, maravilhosas esferas que se interpenetram. O olho humano sofre variadas limitações e todas as lentes físicas reunidas não conseguiriam surpreender o campo da alma, que exige o desenvolvimento das faculdades espirituais para tornar-se perceptível(...). É da Lei, que não devemos ver senão o que possamos observar com proveito”. Já nos anos 60, em entrevista publicada no ANUÁRIO ESPIRITA 1964(ide), o Espírito André Luiz, ofereceria outros elementos merecedores de nossa atenção”. 1 - “-Será lícito calcular a população de criaturas desencarnadas em idade racional, nos círculos de trabalho, em tono da Terra, para mais de vinte bilhões, observando-se que alta percentagem ainda se encontra nos estágios primários da razão, sendo esse número passível de alterações constantes pelas correntes migratórias de Espíritos em trânsito nas regiões do Planeta”. 2 - “-Qual acontece na Crosta Planetária, as esferas de trabalho e evolução que rodeiam a Terra estão muito longe de quaisquer perspectivas de saturação, em matéria de povoamento”. 3 - “-Seja de modo coletivo ou individual, em todos os tempos, Espíritos Superiores tem saído da Terra, no rumo de esferas enobrecidas, compatíveis com a evolução que alcançaram. Quanto a companheiros de evolução retardada, principalmente os que se fizeram necessitados de corretivo doloroso por delitos conscientemente praticados, em muitos casos, sofrem segregação em planos regenerativos”. 4 – “-Espíritos originários de outras plagas costumam estagiar na Terra com frequência, de vez que muitos Espíritos Superiores se reencarnam no planeta terrestre a fim de colaborarem na educação da Humanidade e criaturas inferiores costumam nele sofrer curtos ou longos períodos de exílio das elevadas comunidades a que pertencem, pela cultura e pelo sentimento, porquanto, a queda moral de alguém tanto se verifica na Terra quanto em outros domicílios do Universo”. 5 – “Os Espíritos, em seu desenvolvimento evolutivo, ligam-se, necessariamente, a determinados orbes, qual acontece com a pessoa que em determinada fase da experiência física se vincula, transitoriamente, a certa raça ou família”. 6 – “-Na imensidão dos espaços que separam dois ou mais corpos celestes vivem, também, inteligências individuais, o que é perfeitamente compreensível; basta lembrar os milhares de criaturas que atendem aos interesses de um país ou de outro nas extensões do oceano”. 7 – “-Os processos de locomoção utilizados nas migrações interplanetárias, no Plano Espiritual, são numerosos. A técnica não se relaciona a moral. Os maiores criminosos do mundo podem viajar num jato sem que isso ofenda os preceitos científicos”. 8 – “-O Umbral, expressando região inferior da Espiritualidade, pelos vínculos que possui com a ignorância e com a delinquência, começa em nós mesmos”. Questões importantes da realidade espiritual de que fazemos parte, encontram-se implícitas nesses informes. Menos a resposta sobre os Planos e Sub-Planos Espirituais. Hamilton Prado, cuja rica experiência revelamos recentemente, com base em suas vivencias, escreveu na sua obra NO LIMIAR DO MISTÉRIO DA SOBREVIVÊNCIA: “- No Universo, para mim, os mundos se escalonam em Planos Sucessivos, que se estratificam pela densidade, de tal forma que os mais atrasados, mais impregnados de eflúvios materiais, grosseiros, se acomodam mais baixo, enquanto os mais puros, mais delicados, mais etéreos se superpõem aos primeiros sucessivamente. Quando dormem os corpos ou estes se acham mortos ou inanimados por qualquer circunstância, os Espíritos deslizam para o Plano que lhes é próprio, não só porque os atraem as afinidades desse Plano, como também porque os repelem os Planos com que não se identificam seus pensamentos, emoções e tendências. É como o gás que sobe até o limite da sua densidade ou a substância mais densa que mergulha no líquido até o nível que lhe compete, ainda de acordo com a mesma Lei. Assim, da superfície do mundo, sobem para o espaço e se estratificam também para a Crosta adentro, os Planos sucessivos pelos quais o Espírito passa quando desembaraçado do corpo, até que, livre, em definitivo, pelo seu progresso, pela sua evolução moral, das gangas materiais que o revestem e imantam a substância constitutiva do seu corpo ao Plano que lhe é afim(...), possa, em definitivo, fugir das superfícies dos mundos atrasados e alçar-se a regiões mais sutis, cheias de luz, onde se inicia no estudo e compreensão metódicos da grande organização do Universo, para que se sirva depois como guia seguro das multidões de almas que se prendem ainda às regiões inferiores do Espaço”. Um eloquente exemplo – acreditamos -, de como funciona esse mecanismo deduzido e explicitado neste comentário, destacamos de farto documentário construído através de Chico Xavier, a história resumida de um Espírito identificado apenas como Josefina, constante do livro VOZES DO GRANDE ALÉM (feb). Conta ela: “-Jovem ainda, abandonada grávida pelo homem que lhe traíra a confiança, sem coragem de enfrentar a maternidade, entre o ódio e a desconfiança, soube guardar seu segredo até o nascimento de criança, que asfixiou com as próprias mãos, improvisando lhe o túmulo, vindo a desencarnar em seguida em consequência da inestancável hemorragia de que se viu acometida. Sem noção de quanto tempo se passara, desperta do torpor característico do processo de desencarne, descobrindo-se dentro da urna funerária, percebendo-se disforme, notando o sangue a fluir-lhe do baixo ventre. Reerguendo-se horrorizada, grita, aloucada, pelo socorro de parentes, clama por auxílio, até que uma voz igualmente chorosa lhe respondeu. Era outra mulher, que aos seus olhos trazia uma criança nos braços ( imagem que, na verdade, era uma forma-pensamento plasmada pelo remorso da também mãe delinquente que a transportava, desolada e infeliz), visão que a fez começar a ouvir os gemidos do bebe assassinado. Gritando estentoricamente, fugiram encontrando uma terceira mulher, não muito longe, clamando por socorro. Mais alguns passos, uma quarta companheira e, pelas ruas a fora, dentro da noite, na cidade dormente, outras mulheres em iguais condições se juntaram a elas. Alucinadas, foram conduzidas por faunos desnudos a uma casa de meretrício, onde permaneceram aprisionadas. Não sabe quanto tempo depois, foi libertada do rebanho sinistro, sendo internada num manicômio, visto que o inferno interior em que se manteve, a levou à alienação mental”. A sintonia dessas entidades pela Lei da Afinidade reunidas pelo quadro mental em que se mantinham aprisionadas pela culpa que carregavam, cremos, compunha um Sub-Plano Espiritual, circunscrito num dos Planos maiores peculiares ao Planeta em que vivemos.  


 

Em termos de religião, cada uma quer ser dona da verdade e se põe a criticar as outras. É uma disputa constante de adeptos e geralmente ganha aquelas que têm mais a oferecer, ou seja, a salvação. Onde está verdade?

Quando Pilatos perguntou a Jesus o que é a verdade, Jesus não respondeu. Com certeza, porque Pilatos não o entenderia naquele momento.

Essa disputa pela verdade é muito antiga. Cada um quer ter razão e tudo faz para se manter no pedestal da verdade. Não só em matéria de religião, mas, de uma maneira geral, em tudo.

No fundo, o que o ser humano procura mesmo é a felicidade, é o estar bem, alegre e satisfeito com a vida e consigo mesmo. Todos nós queremos.

  O problema consiste em saber o que é “estar bem”, ou que vem a ser felicidade. O que caracteriza as religiões, de uma maneira geral, é que elas oferecem uma felicidade eterna e de uma maneira muito fácil.

Seus seguidores não precisam fazer muita coisa, a não ser comparecer aos cultos, fazer suas ofertas e praticarem alguns atos simbólicos que a liturgia oferece.

É essa facilidade que atrai as pessoas, já que a vida aqui fora é tão difícil e é praticamente impossível “estar bem” todo o tempo e a vida toda. Desse modo, não existe algo tão atrativo quanto oferecer essa felicidade eterna em troca de tão pouco.

Para Jesus, no entanto, a verdade está no amor ou na devoção do bem ao próximo. A verdade é a felicidade que procuramos. Ele não tinha como dizer isso a Pilatos, porque Pilatos não o entenderia naquele momento.

No entanto, no fundo, o que ele queria dizer – e  só o Espiritismo veio explicar 18 séculos depois – é que só alcançaremos a verdade amando-nos uns aos outros, mas amando-nos de verdade, na convivência diária.

Somente um completo estado de serenidade de espírito – ou seja, de paz interior – nos fará compreender a verdade que nos cerca, e isso só de consegue pelo amor.

De fato é o que acontece. Apesar de todo o progresso intelectual e de toda realização humana ao longo dos séculos, assentada sobre a conquista do conhecimento, ainda não aprendemos a nos amar de verdade.

  Por isso, o progresso intelectual, embora tenha nos proporcionado tantos instrumentos facilitadores de vida, que a tecnologia hoje nos oferece, ainda não é o suficiente para nos fazer felizes.

Ao contrário, acabamos por transformar as grandes descobertas e invenções da ciência em armas mortíferas contra a vida e contra a paz do mundo, para não dizer “contra nós mesmos”.

Por isso, entendemos no Espiritismo, que não é a religião que salva – ou seja, não é o rótulo religioso que nos fará felizes –mas a nossa conduta uns diante dos outros e cada um perante a humanidade.

O Espiritismo não prega salvação; ensina a prática do bem como Jesus ensinou. A verdade não a ninguém pertence. A verdade está acima de todos os interesses e convenções humanas, ela está acima de todas as religiões, mas ela não virá enquanto não for compreendida e praticada por cada um de nós.

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 29 de outubro de 2025

OS ESPÍRITOS DO SENHOR; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 As - certamente angustiantes - horas que antecederam a prisão de Jesus resultante das tramas urdidas por inimigos, encarnados e desencarnados, segundo relatado no capítulo quatorze do Evangelho atribuído ao discípulo João, demonstram a dificuldade dos seguidores mais próximos em entender o real significado do que o líder e Mestre, estava tentando dizer. No versículo 26, porém ele afirma: -“Eu rogarei a Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de Verdade, que o mundo pode receber, porque não o vê nem conhece; mas vos o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós (...). Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. Quase 20 séculos se passaram e, no prefácio de uma das obras básicas do Espiritismo – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO -, Allan Kardec inseriu trecho de uma mensagem assinada pelo Espírito da Verdade – supostamente o próprio Jesus - dizendo: -“Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos céus, como um imenso exército que se movimenta ao receber a ordem de comando, espalham-se sobre toda a face da Terra. Semelhantes a estrelas cadentes, vem iluminar o caminho e abrir os olhos aos cegos. Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas devem ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos”. Observa-se que no texto não fica explícita essa ação seja em nome do Espiritismo, restringindo-a, portanto.  Embora o trabalho de observações e pesquisas de Kardec tenham se iniciado somente em 1854, mensagem de um Espírito identificado como Dr. Barry, inserida no capítulo dezoito do livro A GÊNESE revela que as ações dos Espíritos do Senhor, se iniciaram um século antes da Codificação dos princípios espíritas. Vários fatos confirmam que os chamados fenômenos de efeitos físicos, a princípio, e, intelectuais, na continuidade, já atraiam atenções na Europa e América do Norte. O livro JOANA D’ARC POR ELA MESMA, recebida pela médium Ermance Dufaux, quando ela contava apenas 14 anos, foi publicada em 1855, dois anos antes d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS. Concluída a tarefa de Kardec, teria se interrompido tal processo? A lógica e o bom senso dizem que não. Considerando a condição espiritual de encarnados e desencarnados, problemas culturais, interferências decorrentes do personalismo, após a desencarnação do professor Rivail que se ocultava no pseudônimo Allan Kardec, em todo planeta prosseguiu o trabalho dos Espíritos do Senhor, semeando as verdades ofuscadas pelas ambições humanas ao longo dos quase 20 séculos transcorridos desde a passagem de Jesus por nossa Dimensão. Se nos aprofundarmos no conhecimento sobre o surgimento de muitas obras e descobertas que influenciaram movimentos e inovações no pensamento da coletividade humana, constataremos que a ação da Espiritualidade fica evidenciada. A dinâmica, se deu através de AÇÕES OBJETIVAS (mediunidade ostensiva dos efeitos inteligentes e efeitos físicos) e de AÇÕES SUBJETIVAS (mediunidade oculta – inspiração - na literatura, artes, cultura, cinema, terapias psicológicas, novas propostas filosófico / religiosas). Inúmeras podem ser essas constatações, entendidas a partir de dois comentários presentes n’ O LIVRO DOS MÉDIUNS. No item 294: “Quando é chegado o tempo de uma descoberta, os Espíritos encarregados de dirigir-lhe a marcha procuram o homem capaz de conduzi-la a bom termo, e lhe inspiram as ideias necessárias, de maneira a deixar-lhe todo o mérito, porque, essas ideias, é preciso que as elabore e as execute. Ocorre o mesmo com todos os grandes trabalhos de inteligência humana”. E, no item 183: -“Artistas, sábios, literatos, são sem dúvida, Espíritos avançados, capazes por si mesmos de compreender e de conceber grandes coisas; ora, é precisamente por que são julgados capazes, que, os Espíritos que querem o cumprimento de certos trabalhos lhes sugerem as ideias necessárias, e é assim que, o mais frequentemente, são médiuns sem o saberem. Tem, no entanto, uma vaga intuição de uma assistência estranha, porque quem apela para a inspiração, não faz outra coisas senão uma evocação”. Apenas para citar alguns na categoria de subjetivas, destacamos três exemplos, por localidade e cronologia: 1- Paris (FR) – 1903 – Investigando o possível fenômeno de exteriorização da consciência em estado de transe, o engenheiro Albert de Rochas, depara-se com a regressão de memória a vidas passadas. 2 - Suécia – 1959 – Friedrich Juergenson capta pela primeira vez vozes de Espíritos desencarnados através de um gravador magnético enquanto tentava registrar o canto de pássaros. 3 - Colorado (EUA) – 1966 – Ian Stevenson, catedrático de Psiquiatria na Universidade da Virgínia, publica VINTE CASOS SUGESTIVOS DE REENCARNAÇÃO. 




A primeira questão de hoje, levantada por um ouvinte, é a seguinte: “De que maneira os Espíritos obsessores usam as pessoas para fazer mal ao obsidiado”?

  Esta é uma questão muito presente no meio espírita, tratada por inúmeras obras mas que, pela sua importância, sempre exige novas abordagens.

O que chamamos obsessão, no dizer de Allan Kardec, é a ação de um Espírito mau intencionado sobre um encarnado.

B-  O porquê da obsessão? Evidentemente, essa atuação não vem por mero acaso, sempre existem motivos – às vezes muito fortes – que fazem com que um desencarnado queira prejudicar um encarnado.

Quase sempre trata-se de uma ação de vingança de um dano ou prejuízo que o obsessor sofreu do obsidiado nesta ou em precedente existência, uma dívida moral. A obsessão não acontece entre Espíritos de elevada conduta.

  Como se dá a obsessão? O primeiro passo é a localização do obsidiado por parte do obsessor. Quando se trata de um mal causado em encarnação anterior, quase sempre essa localização demora um certo tempo para acontecer.

  Por isso mesmo, na maioria das vezes, o obsessor só vai localizar o obsidiado quando este já é adulto, e este é um dos fatores que contribuem para que haja muito pouca obsessão em crianças.

  Mas, quando a desavença entre ambos se deu nesta mesma encarnação, o processo obsessivo pode começar imediatamente. O ódio, como dizem os Espíritos instrutores, aproximam mais as pessoas que o amor.

A ação obsessiva pode ser das mais variadas formas. A mais simples é quando o obsessor entra em contato mental com o obsidiado, porque geralmente são Espíritos que estão na mesma faixa de pensamento e pelo princípio da reciprocidade são atraídos um ao outro.

O que facilita a localização do culpado pelo obsessor é seu sentimento de culpa que perdura subliminarmente na sua consciência moral e produz onda mental de baixa frequência. Esse sentimento vai atrair o inimigo, como o odor do lixo atrai insetos.

Quanto ao envolvimento de outras pessoas- esta é a questão que o ouvinte coloca – ela realmente pode acontecer. Mas não ocorre aleatoriamente. Essas pessoas podem estar envolvidas na questão, podem ter vínculos com o obsessor ou podem ser apenas inimigos que não simpatizam com o obsidiado.

Logo, os Espíritos podem se servir de outras pessoas para nos atingir, sempre que haja vínculo e o fazem pelo processo da sintonia de pensamentos.


domingo, 26 de outubro de 2025

DUROS DE CORAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Procedimento terapêutico como Constelação Familiar desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger demonstra o acerto da revelação apresentada pelo Espiritismo ainda no século 19 sobre o fato de que “um indivíduo renasce na mesma família, ou, pelo menos, os membros de uma família renascem juntos para constituir uma família nova noutra posição social, a fim de apertarem os laços de afeição entre si, ou reparar agravos recíprocos”. Por sinal, a informação de Allan Kardec, vai além, dizendo que embora compromissos assumidos por famílias, não são resgatados por descendentes, visto que ninguém paga pelos erros de outrem, mas, sim, reencarnando no mesmo grupo familiar, o infrator ressurge como, por exemplo, bisneto de si mesmo, no sentido de retificar insensatas ações.  O desconhecimento dessa visão da família resulta, porém, em muitos fracassos nos programas evolutivos cumpridos em nossa Dimensão, bem como, na morosidade com que o Ser avança mais alguns passos no caminho do progresso espiritual. Prova disso nos é oferecido no excelente livro FILHOS DA DOR (inteLitera, 2010), do professor e Mestre em Direito Penal, além de Delegado de Polícia Vilson Disposti e que sensibilizado pelos casos que observava no exercício de uma de suas atividades em prol da garantia de Lei, fundou uma instituição denominada Casa do Caminho Ave Cristo, na cidade  de Birigui, interior de São Paulo.  A obra prefaciada pelo médium Divaldo Pereira Franco, constitui-se num dos mais bem escritos trabalhos a respeito de um dos avassaladores e crescentes problemas – na verdade, um sintoma -, enfrentado pela sociedade contemporânea: a dependência química. Expõem não só o fato da sua origem ser repercussão do modelo familiar vivenciado por parte da sociedade desde o final do século XX, mas, também a dureza de corações nele reunidos. Isso fica patente, sobretudo, nalguns dos exemplos selecionados pra ilustrar os argumentos do inspirado e experiente escritor. Num deles, “os pais de um rapaz de 25 anos, que lutavam para afastar o filho da dependência, crendo que a retirada do mesmo do meio social em que vivia solucionaria o problema, decidiram enviá-lo a outro país, e tendo adotado as providências necessárias, inclusive do emprego garantido, às vésperas da viagem, viram o filho desaparecer por duas semanas com o dinheiro reservado e o único carro da família, após o que o impediram de entrar em casa, decidindo que deveria ser excluído da família, o que o levou a morar na rua, disputando com outros viciados, a guarda de carros estacionados, e, mesmo convencido por amigos a internar-se no Centro Ave Cristo, abandonou a terapia, preferindo a condição de morador de rua, recusando-se a qualquer tratamento”. Noutro, repete a resposta de um dos assistidos da instituição que “indagado se saberia dizer o que o teria levado às drogas explicou ter sofrido muito com a separação de seus pais, que seu genitor constitui nova família, não lhe dando mais atenção, limitando-se ao pagamento obrigatório da pensão alimentícia. Executivo de uma das maiores construtoras do país, quando comunicado de sua dependência química aos 15 anos, ignorou, pedindo para não ser aborrecido com esse assunto, dizendo que só vai para a droga quem quer. A razão de ter procurado a clínica era sair das drogas para mostrar a ele ser capaz, na esperança que o pai ainda sinta orgulho dele”. Três meses após a internação demonstrando evidentes sinais de sua recuperação, questionado sobre o que de tristeza em seu semblante, desabafou dizendo de sua ansiedade por uma carta ou ligação telefônica de seu pai, infelizmente frustrada, indagando se ele havia feito contato com a clínica. Procurado, agradecendo pela tentativa de ampará-lo, o genitor declarou ser o filho maior de idade, nada mais podendo fazer por ele. Quanto à mãe, às vésperas da liberação do moço dos oito meses do bem sucedido tratamento, antecipando-se à manifestação do filho em tenso diálogo que mantinham, declarou: - “Desejaria deixar claro uma coisa: eu não vou abrir mão da minha cervejinha diária. Em minha geladeira, sempre guardo algumas de reserva e agora esse menino vem com essa conversa de que tem medo de não se segurar por causa disso. Assim, ele não poderá voltar a morar comigo”. Como dito pelo psicanalista Eduardo Kalina, várias vezes citado pelo Dr Vilson Disposti, “o desejo tóxico é induzido socialmente, para diminuir as ansiedades geradas pelas frustrações afetivas”. O livro é permeado por outros impactantes exemplos, constituindo-se em importante instrumento de avaliação do grave problema social, não só no seu enfrentamento, mas quem sabe também da sua prevenção.



A primeira questão de hoje, levantada por um ouvinte, é a seguinte: “De que maneira os Espíritos obsessores usam as pessoas para fazer mal ao obsidiado”?

  Esta é uma questão muito presente no meio espírita, tratada por inúmeras obras mas que, pela sua importância, sempre exige novas abordagens.

O que chamamos obsessão, no dizer de Allan Kardec, é a ação de um Espírito mau intencionado sobre um encarnado.

  O porquê da obsessão? Evidentemente, essa atuação não vem por mero acaso, sempre existem motivos – às vezes muito fortes – que fazem com que um desencarnado queira prejudicar um encarnado.

Quase sempre trata-se de uma ação de vingança de um dano ou prejuízo que o obsessor sofreu do obsidiado nesta ou em precedente existência, uma dívida moral. A obsessão não acontece entre Espíritos de elevada conduta.

  Como se dá a obsessão? O primeiro passo é a localização do obsidiado por parte do obsessor. Quando se trata de um mal causado em encarnação anterior, quase sempre essa localização demora um certo tempo para acontecer.

  Por isso mesmo, na maioria das vezes, o obsessor só vai localizar o obsidiado quando este já é adulto, e este é um dos fatores que contribuem para que haja muito pouca obsessão em crianças.

  Mas, quando a desavença entre ambos se deu nesta mesma encarnação, o processo obsessivo pode começar imediatamente. O ódio, como dizem os Espíritos instrutores, aproximam mais as pessoas que o amor.

  A ação obsessiva pode ser das mais variadas formas. A mais simples é quando o obsessor entra em contato mental com o obsidiado, porque geralmente são Espíritos que estão na mesma faixa de pensamento e pelo princípio da reciprocidade são atraídos um ao outro.

O que facilita a localização do culpado pelo obsessor é seu sentimento de culpa que perdura subliminarmente na sua consciência moral e produz onda mental de baixa frequência. Esse sentimento vai atrair o inimigo, como o odor do lixo atrai insetos.

Quanto ao envolvimento de outras pessoas- esta é a questão que o ouvinte coloca – ela realmente pode acontecer. Mas não ocorre aleatoriamente. Essas pessoas podem estar envolvidas na questão, podem ter vínculos com o obsessor ou podem ser apenas inimigos que não simpatizam com o obsidiado.

Logo, os Espíritos podem se servir de outras pessoas para nos atingir, sempre que haja vínculo e o fazem pelo processo da sintonia de pensamentos.

sábado, 25 de outubro de 2025

ILUSÃO DAS APARÊNCIAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 As chamadas reuniões de tratamento da obsessão poderão se constituir em fonte inesgotável de confirmação dos Princípios da Reencarnação, bem como dos mecanismos do instrumento que os regula que é a Lei de Causa e Efeito. O caso do Espírito Joaquim tratado no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG), enquadra-se na situação. Segundo o dirigente encarnado dos trabalhos ali realizados em favor da desobsessão, a entidade manifestou-se numa das reuniões através do médium Chico Xavier, revoltada e infeliz. Dizia-se molestado por fortes jatos de água fria, alegando estar sendo dissecado vivo numa aula de anatomia numa Faculdade de Medicina. Afirmava sentir pavoroso sofrimento, repetindo, a cada passo, entre lágrimas: -“Como é possível aplicar semelhante procedimento a um homem vivo? Não há justiça na Terra?”. Meses depois, retornaria, segundo ele, para trazer ao grupo notícias suas. Na comunicação preservada em um gravador disponibilizado por admirador daquelas tarefas e depois transcrita, Joaquim conta o seguinte: -“Minha derradeira máscara física era a de um pobre homem, que tombou na via pública, num insulto cataléptico. Tão pobre que ninguém lhe reclamou o suposto cadáver. Conduzido à laje úmida, não consegui falar e nem var, contudo, não obstante a inércia, meus sentidos da audição e do olfato, tanto quanto a noção de mim mesmo, estavam vigilante. Impossível para mim descrever-nos o que significa o pavor de um morto-vivo. Depois de muitas horas de expectação e agonia moral, carregaram-me seminu para a câmara fria. Suportei o ar gelado, gritando intimamente sem que a minha boca hirta obedecesse. Não posso enumerar as horas de aflição que me pareceram intermináveis. Após algum tempo, fui transportado para certo recinto, em que grande turma de jovens me cercou, em animada conversação que primava pela indiferença à minha dor. Inutilmente procurei reagir. Achava-me cego, mudo, paralítico... Assinalava, porém, as frases irreverentes em torno e conseguia ajuizar, quanto à posição dos grupos a se dispersarem junto de mim... Mais alguns minutos de espera ansiosa e senti que lâmina afiada me rasgava o abdômen.  Protestei com mais força, no imo de minha alma, no entanto, minha língua jazia imóvel. Tolerando padecimentos inenarráveis, observei que me abriam o tórax e me arrebatavam o coração para estudo. Em seguida, um hoque no crânio para a trepanação fez-me perder a noção de mim mesmo e desprendi-me, enfim, daquele fardo de carne viva e inerte, fugindo horrorizado qual se fora um cão hidrófobo, sem rumo... Não tenho palavras para expressar a perturbação a que me reduzira. E, até agora, não sou capaz de imaginar, com exatidão, as horas que despendi na correria martirizante. Trazido, porém, à vossa casa, suave calor me requentou o corpo frio. Escutei vossas advertências e orações. E braços piedosos de enfermeiros abnegados conduziram-me de maca a um hospital que funciona como santa retaguarda, além do campo em que sustentais abençoada luta. Banhado em águas balsâmicas, aliviaram-se-me as dores. Transcorridos alguns dias, implorei o favor de vir ao vosso núcleo de prece, solicitando-vos cooperação para que todos os cadáveres, constrangidos aos tormentos da autopsia, recebessem, por misericórdia, o socorro de injeções anestésicas (...). Em resposta, porém, à minha alegação, um de vossos amigos, que considero agora também por meus amigos e benfeitores -, numa simples operação magnética, mergulhou-me no conhecimento da realidade e vi-me, em tempo recuado, envergando o chapéu de um mandarim principal. O rubi simbólico investia-me na posse de larga autoridade. Revi-me, numa noite de festa, determinando que um de meus companheiros, por mero capricho de meu orgulho, fosse lançado em plena nudez num pátio gelado. Ao amanhecer, recomendei lhe furtassem os olhos. Mandei algemá-lo qual se fora um potro selvagem, embora clamasse compaixão. Impassível, ordenei fosse ele esfolado vivo. Depois, quando o infeliz se debatia nas vascas da morte, decidi fosse o seu crânio aberto, antes de entregue aos abutres, em pleno campo. Exigi, ainda, lhe abrissem o abdômen e o tórax. Reclamei-lhe o coração numa bandeja de prata. O toque magnético impusera-me o conhecimento de mim.



Um  ouvinte habitual de nosso programa pergunta se o obsessor pode causar insônia no obsidiado.

Na verdade a insônia pode ser causada por inúmeros fatores, sobretudo os de ordem psíquica ou emocional.

Ansiedade, por exemplo, pode tirar o sono de qualquer um de nós. Basta termos algum problema que nos preocupe muito e acabamos por manter o cérebro em vigilância à noite, trabalhando a todo vapor e dificultando o sono.

Portanto, não podemos atribuir toda situação insônia aos Espíritos, por mais que o problema persista. Geralmente a causa principal da insônia está no encarnado e o tratamento é de ordem médica ou psicológica.

Entretanto, é possível que um Espírito, aproximando-se do encarnado, provoque um estado de sonolência. E é possível que esse obsessor, aproveitando a insônia do obsidiado, procura complicá-la ainda mais.

Mas a influência espiritual nesses casos não precisa partir necessariamente de um obsessor. Pode ser até mesmo um Espírito familiar ou de um amigo em busca de ajuda.

B- Essa aproximação se faz pela sintonia de pensamento ou de sentimento, que pode estar relacionada com relações de afetividade no caso de membro da família.

Cada caso é um caso, como dizemos sempre.  Mas recomendamos para casos de insônia também o tratamento espiritual por meio de passes, por exemplo, independente da causa do problema e da assistência médico-psicológica.

O passe, porém, não tem poder mágico. Somente o passe não resolve. Ele serve para dar alívio, disposição e autoconfiança. Mas precisa de um complemento.

O complemento está no estilo de vida que levamos no dia a dia, principalmente na convivência com familiares, com amigos  e com colegas de trabalho.

É a nossa capacidade de estabelecermos relações fraternas com as pessoas da nossa convivência, e mesmo estranhos, que ao final vai determinar a qualidade de nosso sono.

 

 

 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

ÚTEIS À EVOLUÇÃO E À INSTRUÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR.

“Se queimas o dedo, isso é apenas a consequência de tua imprudência e da condição da matéria. Somente as grandes dores, os acontecimentos importantes e capazes de influir na tua evolução estão previstos”, responderam a Allan Kardec na questão 859-a - Há fatos que devem ocorrer forçosamente e que a vontade dos Espíritos não pode evitar?-, os Instrutores Espirituais que ajudaram a construir O LIVRO DOS ESPÍRITOS, a base do Espiritismo. Fatos registrados na vida de muitas histórias de vida confirmam essa informação. Na obra O DESCONHECIDO E OS PROBLEMAS PSÍQUICOS (feb), o autor Camille Flammarion  preserva o de um Juiz e Político de nome Bérard que, obrigado por necessidade a pernoitar numa estalagem de segunda categoria em viagem que empreendia entre montanhas selváticas, presenciou, em sonhos, todos os detalhes de um assassinato que havia de ser cometido, três anos mais tarde, no quarto que ocupava, e de que foi vítima o advogado Victor Arnaud. E, graças à lembrança desse sonho é que o Sr. Bérard ajudou a descobrir os assassinos. Esclarecendo dúvidas sobre o processo pelo qual somos avisados de certos acontecimentos, geralmente importantes e graves, a se realizarem conosco, e que muitas vezes se cumprem como os vimos em sonhos ou em visões, o Orientador Espiritual Charles, explicou à médium Yvonne Pereira, explicou existirem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro da sua vida, todos, porém condicionados a certo mérito ou desenvolvimento psíquico do que recebe o aviso. Diz que um amigo espiritual, um parente, alguém para isso designado, tentam preparar os envolvidos, para o evento, geralmente grave e doloroso, normalmente em linguagem figurada, seja através de sonhos ou intuitivamente. Pode ocorrer também que o próprio indivíduo recorde acontecimentos delineados no Plano Espiritual entre os preparativos para a reencarnação, objetivando sua reabilitação perante as Leis Divinas. A própria Dona Yvonne conta no seu excelente RECORDAÇÕES DA MEDIUNIDADE (feb, 1966), algumas passagens de sua existência tão marcada por duras provas. Uma delas quando ela contava 39 anos, passando a sonhar ao longo de seis meses de forma frequente, com uma cerimônia de concorrido enterro, com todas as características de realidade, tendo à frente um homem carregando uma linda coroa de flores naturais. Via-se acompanhando o féretro logo após o esquife mortuário, banhada em lágrimas e sentindo o coração angustiado, ignorando a identidade do morto. Médium de desdobramento, contemplava as mesmas cenas, sistematicamente. Certa noite, viu os acompanhantes pararem, apoiando o caixão sobre uma banqueta. Reconheceu o local da cena: certa rua da cidade de Barra do Piraí (RJ), onde residia sua mãe. Aproximando-se, por irresistível automatismo, ao levantarem a tampa do caixão, reconheceu sua mãe. Meses depois, em setembro sua genitora adoeceu gravemente, vindo a desencarnar no dia 18 do mês seguinte, repetindo-se conforme antevira inúmeras vezes as cenas visualizadas de forma minuciosa. Relata também a experiência da amiga Rosa Amélia S.G.,  que residindo no interior fluminense, às vésperas do casamento, sonhara que, ao abrir a caixa entregue pelo correio, contendo o vestido de noiva que encomendara  a conhecida casa de modas da cidade do Rio de Janeiro (RJ), cercada por ansiosos e curiosos familiares, encontra um traje completo de viúva, inclusive com o véu negro em uso à época. Emitindo um grito de horror, acordou chorando convulsivamente. Absorvida pelos preparativos, esqueceu o pesadelo, recebendo a encomenda certa na semana da cerimônia. Dois meses após o casamento, o marido em viagem ao Rio de Janeiro, contraiu uma infecção tífica, morrendo dias após regressar à sua casa, em estado grave. Somente na missa do sétimo dia, Dona Rosa Amélia, ao se reconhecer trajada exatamente como o sonho profetizara, se lembraria do mesmo. Por fim, o caso da senhora N.C, que residente em famosa cidade mineira, fora ao Rio de Janeiro a fim de se submeter a melindrosa cirurgia, deixando para traz a família, inclusive o filho mais moço, então com 15 anos. Três dias após a operação, sem que soubesse os 120 alunos do colégio interno em que o jovem estudava, aproveitando uma bela manhã de domingo, excursionaram à represa de água que abastecia a cidade. Temerariamente, acompanhados pelos professores, ao tentarem em massa atravessar frágil ponte de madeira, esta não resistiu ao peso, ruindo, atirando às águas numerosos alunos, dentre os quais o filho da enferma, que com mais quatro colegas morreu afogado. Temerosos de informarem à enferma, silenciaram sobre a ocorrência, esperando seu restabelecimento. Cinco dias após o desastre, contudo, ainda no quarto do hospital, a convalescente, na penumbra viu formar como que uma cerração, tendo a impressão que ela se elevava do leito de um grande rio, vendo o filho elevar-se do fundo das águas, dizendo, após ter sido reconhecido: -“Mamãe, venho participar à senhora que no domingo, pela manhã, morri afogado na represa de...”.  Revelada a estranha experiência aos familiares, tiveram de confirmar o acontecimento, suportado, ao que parece, pela pobre mãe com resignação. 



Um  ouvinte habitual de nosso programa pergunta se o obsessor pode causar insônia no obsidiado.

Na verdade a insônia pode ser causada por inúmeros fatores, sobretudo os de ordem psíquica ou emocional.

Ansiedade, por exemplo, pode tirar o sono de qualquer um de nós. Basta termos algum problema que nos preocupe muito e acabamos por manter o cérebro em vigilância à noite, trabalhando a todo vapor e dificultando o sono.

Portanto, não podemos atribuir toda situação insônia aos Espíritos, por mais que o problema persista. Geralmente a causa principal da insônia está no encarnado e o tratamento é de ordem médica ou psicológica.

Entretanto, é possível que um Espírito, aproximando-se do encarnado, provoque um estado de sonolência. E é possível que esse obsessor, aproveitando a insônia do obsidiado, procura complicá-la ainda mais.

Mas a influência espiritual nesses casos não precisa partir necessariamente de um obsessor. Pode ser até mesmo um Espírito familiar ou de um amigo em busca de ajuda.

B- Essa aproximação se faz pela sintonia de pensamento ou de sentimento, que pode estar relacionada com relações de afetividade no caso de membro da família.

Cada caso é um caso, como dizemos sempre.  Mas recomendamos para casos de insônia também o tratamento espiritual por meio de passes, por exemplo, independente da causa do problema e da assistência médico-psicológica.

O passe, porém, não tem poder mágico. Somente o passe não resolve. Ele serve para dar alívio, disposição e autoconfiança. Mas precisa de um complemento.

O complemento está no estilo de vida que levamos no dia a dia, principalmente na convivência com familiares, com amigos  e com colegas de trabalho.

É a nossa capacidade de estabelecermos relações fraternas com as pessoas da nossa convivência, e mesmo estranhos, que ao final vai determinar a qualidade de nosso sono.