faça sua pesquisa

domingo, 21 de dezembro de 2025

PRECE FUNCIONA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

“-Fui induzida a contemplar o que podemos chamar de aura da Terra. Meu guia exclamou: - Busca ver como a Humanidade se une pelo pensamento aos Planos Invisíveis. O teu golpe de vista abrangeu a paisagem, procure agora os detalhes. Fixando atentamente o quadro, notei que filamentos estranhos, em posição vertical, se entrelaçavam nas vastidões sem se confundirem. Não havia dois iguais e suas cores variavam do escuro ao claro mais brilhante. Alguns se apagavam, outros se acendiam em extraordinária sucessão e todos eram possuídos de movimento natural, sem uniformidade em suas particularidades. ‘-Esses filamentosdisse com bondade -, são os pensamentos emitidos pelas personalidades encarnadas. Esses raros que aí vês, e que se caracterizam pela sua alvura fulgurante, são os emitidos pela virtude e quando nos colocamos em imediata relação com uma dessas manifestações, que nos chegam dos Espíritos da Terra, o contato direto se verifica entre nós e a individualidade que nos interessa’.  Aguçada minha curiosidade, quis entrar em relação com um pensamento luminoso que me seduzia, abandonando todos os outros, que nos circundavam, para só fixar a atenção sobre ele. Afigurou-se-me que os demais desapareciam, enquanto me envolvia nas irradiações simpáticas daquele traço de luz clara e brilhante. Ouvi comovedora prece, vendo igualmente uma figura de mulher ajoelhada e banhada em pranto. Num átimo de tempo, por intermédio de extraordinária interfluência de pensamentos, pude saber qual a razão das suas lágrimas, das suas preocupações e como eram amargos seus sofrimentos. Sensibilizada, instintivamente enviei-lhe pensamentos consoladores. Como se houvera pressentido, via-a meditar por instante com o olhar cheio de estranho brilho, levantando-se reconfortada para enfrentar a luta, sentindo grande alívio”. O curioso depoimento pertence ao Espírito Maria João de Deus que possibilitou a reencarnação a Chico Xavier, na condição de mãe, e que, em 1935, atendendo-lhe pedido começou a escrever CARTAS DE UMA MORTA (lake), concluído no ano seguinte. Pesquisando a prece, Allan Kardec, entrevistando os Espíritos que o auxiliaram a viabilizar a obra O LIVRO DOS ESPÍRITOS, obteve, entre outras, a informação na questão 662 que “pela prece aquele que ora, atrai os bons Espíritos que se associam ao Bem que deseja fazer”, comentando que “possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea”. N’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Kardec escreveu que “a prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação mental com o Ser a que nos dirigimos(...). As dirigidas a Deus são ouvidas pelo Espíritos  encarregados da execução dos seus desígnios(...). O Espiritismo nos faz compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento (...). Para se compreender o que ocorre nesse caso, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no Fluido Universal que preenche o espaço, assim como na Terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do Fluido Universal se ampliam ao Infinito. Quando, pois, o pensamento se dirige para algum Ser, na Terra ou no Espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som. É assim que “a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem, que então nos transmitem suas inspirações”. Abordando o poder da prece diz que “está no pensamento, e não depende das palavras,  do lugar, nem do momento em que é feita, podendo-se orar em qualquer lugar e a qualquer hora, a sós ou em conjunto”. Afirma que a “prece em comum tem ação mais poderosa”. Nas “reportagens” escritas através de Chico Xavier pelo Espírito conhecido como André Luiz, encontramos inúmeros ensinos a propósito da prece.  No ENTRE A TERRA E O CÉU (feb), o Ministro Clarêncio afirma que a “prece, qualquer que ela seja, é ação provocando reação. Conforme sua natureza, paira na região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta imediata ou remota, segundo a finalidade a que se destina.”. André aprende existir a oração refratada, ou seja, aquela cujo impulso luminoso teve sua direção desviada, passando a outro objetivo”. Tal prece, no livro, fora formulada por adolescente órfã, 15 anos, rogando auxílio à mãe desencarnada, supondo que ela se encontrasse junto a Deus, quando na verdade, inconformada e atormentada, ela se mantinha na invisibilidade do próprio lar que deixara compulsoriamente pelo fenômeno da morte física. Mais à frente, ouve que “a oração é o meio mais seguro para obter-se a influência espiritual que se faz através do pensamento, no canal da intuição”, sendo ainda “o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas”, abrindo um caminho de reajuste para o que ora.




O que vemos atualmente na televisão principalmente é essa busca frenética do prazer, a preocupação excessiva com a aparência (começando pelos artistas) e também com a condição social. Isso não pode ser por influência de entidades que querem impedir a chegada do mundo de regeneração?

Quando o ser humano estiver preocupado mais com a sua espiritualidade, essa preocupação com as aparências e essa busca do prazer sensual sofrerá significativa queda.

Mas nós ainda estamos distantes dessa condição e, muitas vezes, ao invés de caminharmos em direção ao nosso crescimento espiritual, vamos em sentido contrário; preferimos fugir de nós mesmos na busca de vantagens no mundo exterior, numa sociedade cada vez mais materialista.

Não estamos subestimando os cuidados com a aparência, tampouco as experiências prazerosas que fazem parte da vida. Não é isso. Estamos nos referindo ao excesso, àquilo que fere o bom senso e que acaba afetando demasiado a nossa vida emocional por causa da dessa saciedade sem limites e das frustrações.

Tudo aquilo que nos prende demasiado ao mundo material, tudo que ultrapassa os limites do bom senso, do equilíbrio, além de nos atormentar a mente, acaba nos levando ao individualismo e à disputa de poder uns diante dos outros e, por isso mesmo, é prejudicial ao espírito.

Mais cedo ou mais tarde, o corpo fica e o espírito vai. Se ele ainda estiver muito apegado a esses valores transitórios, como a exaltação da aparência física e a busca desenfreada do prazer, certamente sofrerá essa perda e poderá ser vítima de muitos tormentos.

No entanto, temos de considerar que a humanidade, ao longo de sua evolução, sempre esteve sujeita às mais variadas influências que a distanciaram da espiritualidade.

Através dos séculos tivemos momentos muito propícios ao cultivo de valores materiais e que não nos ajudaram a crescer espiritualmente. Ao contrário, sempre foram causa de disputas individuais, de autodestruição e até de tragédias.

Jesus de Nazaré, o Cristo, foi o maior propagador da espiritualidade no mundo ocidental, Buda e outros mestres destacaram as qualidades do espírito no mundo oriental, mas a  lembrança deque esses mestres ensinaram ainda ecoa nos recônditos da consciência coletiva.

  A influência espiritual sobre nós nesse sentido certamente existe, mas os Espíritos são apenas homens desencarnados, que levaram daqui suas experiências e, por isso, ainda sentem as sensações dos momentos que viveram na Terra, podendo agir sobre os encarnados no anseio de compartilhar com eles essas sensações.

Por outro lado, o mundo tem urgência em retomar o caminho da ascensão espiritual, retomando os princípios de vida ensinados pelos mestres da antiguidade e isso só vai conseguir despertando para a triste realidade que vivemos e a necessidade de nos organizarmos para conter o avanço do materialismo e a disseminação das ações solidárias.

O que você está fazendo, dentro de sua casa, para melhorar a convivência e estabelecer a paz? O que você pode fazer no âmbito de sua comunidade para vivenciar o amor e espalhar o bom exemplo? O que estamos fazendo para que o  mundo seja melhor e a humanidade mais feliz?


sábado, 20 de dezembro de 2025

VAMPIRISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Você come exageradamente, tem um rápido cochilo despertando com a sensação de esgotamento e fome. Vai dormir ao final de um dia normal, atravessa uma noite aparentemente sem sonhos e, ao acordar, inicia o novo dia sentindo-se como se estivesse de ressaca. Adentra recintos repletos de pessoas e, afastando-se, sente-se exaurido, sem forças. O cinema partindo de literatura comercialmente consagrada, faturou muito nos últimos anos com uma fórmula bem sucedida: juventude, romance e vampirismo. O assunto acompanhando a evolução da invenção dos irmãos Lumière, transpôs em várias versões o celebre sucesso literário DRACULA, do autor irlandes Bram Stoker. O assunto, contudo, vem de muito mais longe, pois, o filosofo e teólogo católico Aurélius Agostinho, conhecido hoje como Santo Agostinho, já emitira seu parecer a respeito das entidades capazes de nos “sugar” energias através de entidades chamadas por ele Íncubus(masculinas) e Súcubus (femininas), associadas à sexualidade reprimida. Abrindo caminho para o conhecimento da realidade da continuidade da vida além da morte do corpo físico, o Espiritismo revela as interações entre os habitantes dos dois Mundos ou das duas Dimensões. Provando através de inúmeros depoimentos reproduzidos nos números da REVISTA ESPÍRITA  durante o período em que a dirigiu, Allan Kardec ateve-se às influências mentais, individuais e coletivas, sustentadas por  Espíritos desencarnados, através dos curiosos mecanismos da mediunidade, ignorada pela cultura prevalente do Plano em que vivemos esse curto período conhecido como existência física. O século 20, ampliou muito nosso raio de visão sobre a realidade em meio à qual nos movemos e existimos. Das fontes reconhecidamente confiáveis, o material produzido pelo médico desencarnado   oculto no pseudônimo André Luiz, servindo-se do médium Chico Xavier, através do qual transmitiu a série de obras conhecida como NOSSO LAR (feb), perfazendo treze livros, nos quais descreve suas surpresas ante a realidade ignorada pela maioria das criaturas humanas. Reconhece em interessante diálogo com o Instrutor Alexandre em MISSIONÁRIOS DA LUZ(feb), que “a ideia de que muita gente na Terra vive à mercê de vampiros invisíveis é francamente desagradável e inquietante”, indagando sobre a proteção das Esferas mais altas e ouvindo que “por não podermos “atirar a primeira pedra” em relação aos que nos são inferiores e que competiria proteger, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?”. Aprende ainda que na dinâmica do processo de “roubo” de nossa energia vital, “bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, e sugar-lhes a substância vital”; que “vampiro - espiritual – é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”. Em outro momento de sua narrativa, descobre que os que desencarnaram “em condições de excessivo apego aos que deixaram na Crosta, nele encontrando as mesmas algemas, quase sempre se mantem ligados à casa, às situações domésticas e aos fluidos vitais da família. Alimentam-se com a parentela e dormem nos mesmos aposentos onde se desligaram do corpo físico”. Observa, espantado, “a satisfação das entidades congregadas ali, absorvendo gostosamente as emanações dos pratos fumegantes numa residência visitada à hora das refeições, colhendo a informação do Benfeitor que acompanhava que os que desencarnam viciados nas sensações fisiológicas, encontram nos elementos desintegrados – pelo cozimento -, o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal” (fenômenos típicos de vampirização já foram tratados na postagens DEPENDÊNCIAS QUIMICAS ALÉM DA VIDA (álcool,fumo e tóxicos), SEXO ALÉM DA VIDA e SONHOS:UMA VISÃO ORIGINAL). Numa operação socorrista em favor de um recém-desencarnado, acompanha uma equipe a um abatedouro bovino, percebendo um quadro estarrecedor: “grande número de desencarnados, atirando-se aos borbotões de sangue vivo, como se procurassem beber o líquido em sede devoradora (...), sugando as forças do plasma sanguíneo dos animais”. Tentando entender o por que do Espírito buscado estar naquele ambiente, aprende que os infelizes que ali o retinham incluíam-se entre os que “abusam de recém-desencarnados sem qualquer defesa(...), nos primeiros dias que se sucedem à morte física, subtraindo-lhes as forças vitais, depois de lhes explorarem o corpo grosseiro”. N’ OBREIROS DA VIDA ETERNA (feb), André acompanha equipe que assiste o desencarne de doente terminal acomodado em ala hospitalar, impressionando-se com o que vê: “-A enfermaria estava repleta de cenas deploráveis. Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”. Consultando o líder do grupo de trabalho, ouve “ser inútil qualquer esforço extraordinário, pois os próprios enfermos, em face da ausência de educação mental, se incumbiriam de chamar novamente os verdugos, atraindo-os para as suas mazelas orgânicas, só competindo irradiar boa-vontade e praticar o Bem, tanto quanto possível, sem, contudo, violar as posições de cada um”. Inúmeras outras situações sobre o processo de dependência energética dos desencarnados em relação aos encarnados são alinhadas por André Luiz no conjunto de obras que materializou em nosso Plano. Numa delas, porém, analisa de forma minuciosa o problema do vampirismo espiritual. É no EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS (feb), onde fala sobre a ação deliberada dos que se separaram do corpo pelo fenômeno da morte, comparando-os no fenômeno aqui tratado, com os parasitas que agem sobre os hospedeiros(encarnados). Alguns, “à semelhança dos mosquitos e ácaros, absorvem as emanações vitais dos encarnados que com eles se harmonizam”. Outros, “vivem no clima pessoal da vítima, em perfeita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas”. Há como se pode ver, muito material para estudo. A terapêutica, avalia André, “não se resume à palavra que ajude e a oração que ilumina. O hospedeiro de influências inquietantes que, por suas aflições na existência carnal, pode avaliar da qualidade e extensão das próprias dívidas, precisará do próprio exemplo, no serviço do amor puro aos semelhantes, com educação e sublimação de si mesmo, porque só o exemplo é suficientemente forte para renovar e ajustar”.



 

  Falando dos seres humanos  em uma das últimas edições do programa, dissemos: O que são bons? o que são maus?, para responder uma pergunta trazida por um ouvinte, fizemos a seguinte colocação.

Alguns são bons, responsáveis e solidários. Outros são maus, egoístas e violentos. No entanto, para Deus, todos somos seus filhos, passando pelos diversos graus de evolução. O Espiritismo nos dá essa visão e procura nos convencer de que ninguém é melhor que ninguém.

À propósito, a nossa colega de equipe, Giuliana, fez o seguinte comentário.

 Tenho tentado aprimorar o conceito sobre "bom e mau", principalmente dentro do aspecto religioso. Percebo que no fundo ele traz no bojo uma "autorização" para separação, mesmo que inconsciente - isso tanto do ponto de vista meu para com o outro, como eu comigo (temos dificuldade de ver nossa parte "complicada", nossa sombra).

 ( ... e continua)  No fundo ninguém é totalmente "bom" ou "mau" - somos as duas coisas juntas, e com comportamentos bons e outros maus, num processo de entendimento e amadurecimento para que nosso "Cristo interno" (Self) prevaleça.

  Essa ideia – ela conclui -  me ajuda a evitar julgamentos precipitados, no trabalho do sentimento instintivo de repulsa que temos pelo "mau".

Respondendo à pergunta da Giuliana podemos dizer que precisamos entender que a linguagem humana tem suas limitações. Isso quer, em linhas gerais, que nem sempre conseguimos, por meios de palavras, dizer exatamente o que pensamos. Este é um fato que devemos considerar quando falamos em bons e maus.

Em segundo lugar, além de nos esforçarmos para dizer o que pensamos, devemos considerar que nossos ouvintes nem sempre estão sintonizados com o nosso pensamento e podem ter entendimento diferente daquele que queremos dizer.

Em terceiro lugar, precisamos considerar a cultura do lugar e da época em que as palavras são ditas. Por exemplo: na época de Kardec, havia uma forma de dizer ao referirmos a bons e maus. Hoje, dentro de nosso ambiente cultural, podemos usar outra mais explicativa.

  Jesus, no seu tempo, usou esses termos “bons” e “maus” quando disse, por exemplo:  Porque (o Pai)  faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

Ora, neste caso, para traduzirmos com mais fidelidade o que ele quis dizer quando falou de bons e maus, precisamos levar em conta como ele via e tratava as pessoas, o que significa dizer “o que eram as pessoas para ele”.

Quem eram os bons e quem eram os maus a que se referia?  Os bons, na concepção do povo (Jesus falava a linguagem do povo), são aqueles que que costumavam demonstrar compreensão, amabilidade e generosidade para com o próximo por meio de atitudes ou ações solidárias.

Os maus, ao contrário, seriam os que demonstrassem publicamente atos desumanos, indiferentes e cruéis, que não se importavam em causar qualquer tipo de sofrimento a quem quer que seja.

Jesus sabia separar o ato da pessoa. O ato é um indicador do caráter da pessoa, mas não é a pessoa. Um ato de maldade está dizendo apenas que aquela pessoa é capaz de causar algum sofrimento contra alguém.

Do mesmo modo o bom. Uma boa ação revela algo da pessoa que a praticou, mas a ação não é pessoa. É possível que agora ela pratique uma boa ação agora, mas é possível também que essa mesma pessoa venha a praticar um ato de maldade.

Por isso, Jesus via a pessoa e não o ato, razão pela qual recomendou que não julgássemos uns aos outros, pois não sabemos o que está por trás do ato praticado.

Certa vez, trouxeram-lhe uma mulher, que cometera adultério, à frente de Jesus, quando a multidão já se preparava para apedrejá-la. Perguntaram a Jesus era legítimo ou se era justo o ato de lapidá-la conforme a lei mosaica.

Diante da multidão, que se preparava para atirar pedras contra a mulher, Jesus levantou e disse: “Atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”.

Naquele momento, ele desarmou a multidão, porque todos têm pecado e, se temos pecado ( ou seja, se cometemos erros) perdemos a autoridade para julgar alguém que também erre.

  O desfecho desse episódio foi mais interessante ainda: “Mulher, onde estão seus acusadores? Eles não te condenaram?”

  “Não, senhor”- ela respondeu. “Pois também não te condeno. Vai e não erres mais”.

Alguns estudiosos do comportamento humano afirmam que o ato de julgar é complicado, porque geralmente não separamos o indivíduo do ato que ele cometeu; ou seja, julgamo-lo pelo ato.

Eles chamam de julgamento descritivo aquele que não confunde a pessoa com o ato. Uma coisa é a pessoa, outra o ato que ela pratica.

  Julgamento apreciativo é o que julga a pessoa e não o ato. O julgador confunde a pessoa com o ato que ela praticou.

Essa reflexão se aplica perfeitamente ao caso de se classificar pessoas como boas ou más. No fundo, não deveria ser assim, pois Deus não discrimina ninguém, para Ele todos somos seus filhos amados independente dos atos que praticamos.


sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

ESPIRITUALIDADE, MEDICINA, MÉDICOS, MEDICAMENTOS... ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

O advento do Espiritismo atraiu muitos médicos encarnados ou desencarnados não só na França como em vários países, onde as obras ou noticias sobre a nova proposta chegou. Samuel Hahnemann, o pai da Homeopatia é um deles. As provas são várias matérias inseridas nos números da REVISTA ESPÍRITA, o jornal de estudos psicológicos, fundado e editado por Allan Kardec entre 1858 e 1869. Através do médium Chico Xavier, outros tantos se mostraram convencidos das evidentes provas da imortalidade oferecidas pela Doutrina Espírita, alguns enquanto em nossa Dimensão, outros depois da própria morte. Céticos de todas as formações podem ler mensagens de importantes representantes de Medicina nacional como Bezerra de Menezes; Antonio Americano do Brasil, Miguel Couto, Dias da Cruz, Cornélio Mylward, e, entre outros, aquele que ficou conhecido como André Luiz, autor da série conhecida como NOSSO LAR. A maioria consagra o axioma pertencente à sabedoria popular o pior cego é o que não que ver”, bem como, a racionalidade de Albert Einstein no desabafo: -“É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Diante disso, nos lembramos de reflexão do jornalista Humberto de Campos, o Irmão X, no seu livro LÁZARO REDIVIVO (1945, feb): -“Terá bastante força a palavra dos mortos para despertar a consciência dos vivos? Não acredito. Mas se Jesus que é o Divino Senhor da Humanidade, continua semeando a Verdade e o Bem, por que deixaríamos, nós outros, de semear?”. Algumas opiniões sobre as quais vale refletir: SAÚDE -“A saúde humana nunca será produto de comprimidos, de anestésicos, de soros, de alimentação artificialíssima. O homem terá de voltar os olhos para a terapêutica natural, que reside em si mesmo, na sua personalidade, no seu meio ambiente (...). A Medicina do futuro terá de ser eminentemente espiritual, posição difícil de ser atualmente alcançada em razão da febre maldita do ouro; mas, os apóstolos dessas realidades grandiosas não tardarão a surgir nos horizontes acadêmicos do mundo, testemunhando o novo Ciclo evolutivo da Humanidade”. (EMMANUEL,1937, feb) MEDICINA : -“A Medicina humana será muito diferente no futuro, quando a Ciência puder compreender a extensão e complexidade dos fatores mentais no campo das moléstias do corpo. Muito raramente não se encontram as afecções diretamente relacionadas com o psiquismo. Todos os órgãos são subordinados à ascendência moral(..). O médico do porvir conhecerá semelhantes verdades e não circunscreverá sua ação profissional ao simples fornecimentos de indicações técnicas, dirigindo-se, muito mais, nos trabalhos curativos, às providências espirituais”. (MISSIONÁRIOS DA LUZ, 1945, feb) MÉDICOS: -“Grande número de médicos, na Terra, prefere apenas a conclusão matemática diante dos serviços de anatomia. Concordamos que a Matemática é respeitável, mas não é a única ciência do Universo. O médico não pode estacionar em diagnósticos e terminologias. Há que penetrar a alma, sondar-lhe as profundezas. Muitos profissionais da Medicina, no Planeta, são prisioneiros das salas acadêmicas, porque a vaidade lhes roubou a chave do cárcere. Raros conseguem atravessar o pântano dos interesses inferiores, sobrepor-se a preconceitos comuns e, para raras exceções, reservam-se as zombarias do mundo e o escárnio dos companheiros”. (NOSSO LAR, 1943, feb) MEDICAMENTOS : -“Qualquer droga, no campo infinitesimal dos núcleos celulares, se faz sentir pelas propriedades elétricas específicas. Combinar aplicações químicas com as verdadeiras necessidades fisiológicas, constituirá, efetivamente, o escopo da Medicina do porvir. O médico do futuro aprenderá que todo remédio está saturado de energias eletromagnéticas em seu raio de ação (...). A gota medicamentosa tem princípios elétricos, como também acontece às associações atômicas que vão recebê-la. Segundo sabemos em plano algum a Natureza age aos saltos”.( OBREIROS DA VIDA ETERNA,1946, feb). Para finalizar, uma reveladora informação incluída na obra LIBERTAÇÃO (feb,1949): -Todos os médicos, ainda mesmo quando materialistas de mente impermeável à fé religiosa, contam com amigos espirituais que os auxiliam. A saúde humana é dos mais preciosos dons Divinos. Quando a criatura, por relaxamento ou indisciplina, delibera menosprezá-la, faz-se difícil o socorro aos seus centros de equilíbrio, porque, em todos os lugares, o pior surdo é aquele que não quer ouvir. Todavia, por parte de quantos ajudam a marcha humana, da Esfera Espiritual, há sempre medidas de proteção à harmonia orgânica, para que a saúde das criaturas não seja prejudicada. Claro que há erros tremendos em Medicina e que não podemos evitar. Nossa colaboração não pode ultrapassar o campo receptivo daquele que se interessa pela cura alheia ou pelo próprio reajustamento. Entretanto, realizamos sempre em favor da saúde geral quanto nos seja possível”.


Nós sabemos que a melhoria da qualidade de vida vem contribuindo para que as pessoas vivam mais hoje. E é o que está acontecendo. A ONU já afirmou que em três gerações o número de idosos poderá ser tanto quanto o número de crianças. A pergunta é: como o Espiritismo encara esse fenômeno?

  Não temos conosco nenhuma informação objetiva a respeito que tenha vindo diretamente do mundo espiritual. O que podemos dizer é como entendemos que esse fenômeno se encaixa no pensamento espírita e contribui para a evolução moral da humanidade.

  Se fizermos um retrocesso da história humana, vamos ter que considerar desde os tempos mais remotos -  o tempo do chamado homem da caverna -  quando as condições de vidas eram muitíssimo precárias.

Teoricamente podemos presumir que naquele tempo, quando o Espírito  ainda estava se adaptando à vida terrena, as mulheres tinham muitos filhos, mas a maioria morria bem cedo devido à precariedade do meio, a ausência de higiene e a proliferação de microorganismos nocivos à saúde.

Logo, nesse período inicial, tanto as reencarnações quanto as desencarnações ocorriam muito rapidamente, porque era alta a taxa de mortalidade, principalmente no primeiro mês de vida. Era um vem e vai de Espíritos, que ainda estavam aprendendo a se submeter a esses dois  processos, de encarnação e desencarnação.

  Um alto índice de reencarnação – os Espíritos reencarnavam quase imediatamente - compensava uma elevada taxa de desencarnação de crianças e adultos para garantia da preservação da espécie humana na Terra.

Hoje, milhares de anos depois, a situação é inversa. Com o progresso da civilização e a melhoria das condições de vida, especialmente no último século, a taxa de mortalidade infantil está diminuindo cada vez mais, ao passo que a duração da vida humana vem aumentando significativamente.

  Considerando que nesse longo intervalo de milênios houve um acentuado progresso moral, apesar de ainda estarmos num mundo de provas de expiações, quanto mais o indivíduo vive, mais ele aprende. A vida ensina.

O conhecimento mais amplo sobre a vida (o que costumamos chamar sabedoria) só ocorre quando esses indivíduos atingem idade mais avançada, principalmente os que ultrapassam os 70 anos.

Nessa faixa de idade eles já são capazes de analisar melhor a sua atuação, de compreender melhor seus erros e descobrir caminhos mais adequados para viver com amor e dignidade.

É a idade em que eles se põem a dar conselhos aos mais jovens, interpretando melhor o caminho que fizeram em sua atual existência e podem assim divisar com mais clareza e compreensão o horizonte moral das realizações humanas.

Com o aumento da população da terceira e quarta idades, portanto, e a garantia de uma boa qualidade de vida, fazendo com que o idoso ainda reúna forças para o trabalho, a atuação desses indivíduos vai se tornando cada vez maior e contribuindo para o progresso moral da sociedade.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

RETRATOS E RETALHOS DA VIDA ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Em meio às tribulações da vida, por vezes, quando o ânimo esmorecer, a inspiração de passagens envolvendo o incansável e inesquecível Chico Xavier representa o alento para se recomeçar e seguir em frente. Como os quatro casos apresentados na sequência: 1- Uma senhora chegou com uma criança que chorava muito. Chico se encontrava na sala das receitas e a senhora dizia que não sairia do recinto sem falar com Chico, pois não aguentava mais o choro da criança, que chorava dia e noite, sem parar. Quando Chico saiu do receituário, a primeira pessoa a quem falou foi essa senhora. Trazia uma orientação de Emmanuel; que levasse a criança a São Paulo e procurasse o médico que estava com o seu nome escrito no bilhete. Aquela criança tinha o céu de sua boca aberto e aquele médico tinha condições de operá-la. A mãe ficou muito surpresa, pois não havia falado nada e perguntou como ele sabia se ela não lhe falara nada. Respondeu-lhe que não tinha qualquer conhecimento do caso. Aquele choro iria continuar por algum tempo; era um problema de carma, mas estava amparada pela Espiritualidade, a mãe traz consigo o bálsamo. Por isso ela fora escolhida para a guarida desse Espírito. 2- Noutra ocasião, uma senhora veio de Brasília a pedido de sua filha para uma orientação do Chico. Havia perdido seu marido há 41 dias, por suicídio. E, no seu desespero, alimentava a ideia de suicidar-se. Quando chegou, não houve tempo para falar com o Chico. No final do trabalho ele psicografara  uma mensagem e chamava por Maria Cristina, de Brasília. Sua mãe não ligou os fatos. Chico leu a mensagem e, para quem se destinasse, que a procurasse. Nas suas primeiras linhas, essa senhora, a meu lado nada percebera; só depois de certo detalhe é que conseguiu identificá-la, notando que o Espírito do seu marido escrevia para sua filha, esclarecendo os fatos que ocorreram. 3- Por volta do mês de julho de 1961, assisti a uma comunicação dada pelo Espírito de um jovem, dirigida a seus familiares, residentes em Ponta Grossa, Paraná, presentes na Comunhão Espírita Cristã. Vivera um pungente drama que, segundo se afirmava, o Chico não tivera conhecimento antes da mensagem. O rapaz fora morto acidentalmente por um seu amigo no jardim de sua casa, vítima de um disparo de revólver, justamente na festa de seu aniversário. Depois de detalhar seus últimos momentos no corpo que se extinguia, em linguagem vívida, rogava ainda à sua mãe e aos parentes, que procurassem o amigo que lhe fora o instrumento de separação, e o consolassem também, pois este alimentava ideia de suicídio. Toda uma ala daquela pequena sala de reuniões entrou em convulsivo pranto; a prova da sobrevivência chegava aos corações doloridos confortando-os e reanimando-os, além de trazer um importante pedido: o perdão e a reconciliação para com o inesquecível amigo. 4- Certa feita, em Uberaba, o confrade Farid Mussi, de São José do Rio Preto (SP), encontrava-se na fila, no "Centro Comunhão Espírita Cristã", esperando a sua vez. E, quando esta chegou, Chico disse-lhe: "Encontra-se ao seu lado uma entidade que deseja agradecer-lhe os favores recebidos através de uma prece. Diz ela chamar-se Maura de Araujo Javarini, tendo vivido e desencarnado em São José do Rio Preto (SP), em 1932." No momento, o senhor Farid não se lembrou de ter prestado qualquer auxílio que merecesse tal agradecimento. No dia seguinte, contudo, rememorando essa ocorrência, veio-lhe à lembrança de que em tempos idos, passando por uma padaria. situada nas proximidades do TATWA-Circulo Esotérico da Comunhão do Pensamento, em São José do Rio Preto, teve notícia de que a esposa do padeiro se suicidara. Nessa ocasião, não era espírita, mas sim secretário do referido TATWA, e condoído da infelicidade dessa senhora, tirou do bolso um caderninho de notações e nele anotou o nome de Maura de Araujo  Javarini, dirigindo-se ao Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, uma vez que a reunião da noite estava prestes a se realizar.


 

Segundo a doutrina espírita, qual a causa da assexualidade humana, que segundo a ciência é uma orientação sexual? A causa estaria numa reencarnação passada?  (Cristiano Alves)

Entendemos por assexualidade a condição da pessoa que experimenta pouca ou nenhuma atração sexual. Isso não significa, porém, que ela não pratique o sexo.

Segundo nosso ângulo de visão, o sexo pode ser vivenciado de outras formas que não seja apenas a  conjunção carnal, porque o sexo é uma manifestação do espírito que abrange toda expressão de afeto, de amor ou de carinho pelo outro, pela natureza ou o cultivo de um ideal de vida.

Segundo o Dr. Jorge Andrea, na sua obra, AS FORÇAS SEXUAIS DA ALMA, a assexualidade, muitas vezes, se manifesta através da arte, de vivências no campo da religiosidade, do conhecimento ou da pesquisa.

Grandes artistas, filósofos e estudiosos em todos os campos da atividade humana e pessoas com habilidades especiais que se destacam, muitas vezes, são assexuadas ou, então, são pessoas que, não tendo a libido desenvolvida, optaram por outros caminhos onde se realizaram plenamente.

Evidentemente, Cristiano, nossas condições nesta presente existência, sejam elas quais forem, dependem muito de nossas experiências em vidas anteriores, razão por que, em certos casos, a assexualidade pode ser considerada uma opção na vida do Espírito e, consequentemente, nesta encarnação.

Mas poderia também, dependendo do caso, ser uma prova ou mesmo expiação. No caso de expiação poderia ser explicada pelo abuso ou mau uso do sexo em vida anterior, mas precisamos tomar muito cuidado para não generalizar e rotular as pessoas, porquanto, como dissemos, cada caso é um caso.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Servindo-nos do extraordinário volume de materiais disponibilizados por Allan Kardec e pelo Espiritismo sobre temas cruciais, estamos desenvolvendo algumas apresentações que possibilitem a leigos e até mesmo seguidores da Doutrina ter uma visão panorâmica da visão sobre assuntos como a morte e o morrer, a reencarnação, a influência espiritual, a mediunidade, a obsessão. Temas que não encontram mesmo em outras escolas espiritualistas respostas ou explicações condizentes com os níveis de interesse das atualidade. Pela iniciativa inspirada de uma estudiosa do Espiritismo, o resultado dessas pesquisas tem sido gravados e disponibilizados neste incrível instrumento de disseminação de informações que é a INTERNET. Depois da abordagem PENSAMENTO E VIDA, agora está disponível um conteúdo focado na reencarnação de uma forma ampla e substancial. Na sequência, 40 respostas, reproduzimos 5 para se ter uma ideia do interessante conteúdo do trabalho: 1 -Qual o objetivo da encarnação? Os Espíritos não pertencem eternamente à mesma ordem. Todos melhoram, passando pelos diferentes graus da hierarquia espiritual. Esse melhoramento se verifica pela encarnação, que a uns é imposta como uma expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova a que devem se submeter repetidas vezes até atingirem a perfeição absoluta; é uma espécie de peneira ou depurador de que eles saem mais ou menos purificados. (...) A encarnação ocorre sempre na espécie humana. Seria erro acreditar que o Espírito ou alma pudesse encarnar no corpo de animal.  2 - Qual o estado do Espírito na primeira encarnação?  Criado simples e ignorante, o Espírito está em sua origem, num estado de nulidade moral e intelectual, como a criança que acaba de nascer. Se não fez o mal, também não fez o Bem. Nem é feliz, nem infeliz. Age sem consciência e sem responsabilidade. Desde que nada tem, nada pode perder, como não pode retrogradar. Sua responsabilidade só começa no momento em que se desenvolve seu livre-arbítrio. Seu estado primitivo não é, pois, um estado de inocência inteligente e raciocinada. 3- Todas as reencarnações estão programadas? Em matéria de filhos, no Plano Físico, a lei das afinidades quase pode ser considerada por fator determinante da chamada hereditariedade psicológica. (...) A vida dos companheiros encarnados se conjuga com a vida dos companheiros desencarnados que lhes são afins. O alcoolismo, por exemplo, é um hábito que muito raramente se observa numa pessoa que se embriaga a sós. Geralmente, a criatura se alcooliza em companhia de irmãos desencarnados que, embora desenfaixados da experiência física, ainda não se desvencilharam dessa prática. 4- O que determinaria um corpo perfeito ou com deformações? Os contornos anatômicos da forma física, disformes ou perfeitos, longilíneos ou brevilínios, belos ou feios, fazem parte dos estatutos educativos. Em geral, a reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais preexistentes nas lições e conflitos presentes. Pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas, ambientes hostis, constituem, na maioria das vezes, os melhores lugares de aprendizado e redenção para aqueles que renascem.. 5- Como entender as gestações difíceis para a futura mãe? A mulher grávida, além da prestação de serviço orgânico à entidade que se reencarna, é igualmente constrangida a lhe suportar o contato espiritual, sempre sacrificial quando se trata de alguém com escuros débitos de consciência. A organização feminina, durante a gestação, sofre verdadeira enxertia mental. Os pensamentos do Ser que se acolhe ao santuário íntimo, lhe envolvem totalmente, determinando significativas alterações em seu cosmo biológico.



Na novela “Almas Gêmeas”, o espírito de um homem aparece várias vezes com expressão de maldade, ameaçando a mulher a quem ele serviu quando vivo para praticar o mal. É assim mesmo que acontece a obsessão?

  A televisão sempre mostra os fatos de forma a impressionar os espectadores. Sendo assim, ela procura exagerar o fato em si, pintá-lo com cores carregadas para mexer mais profundamente com as emoções os espectadores.

No caso da obsessão, a entidade perturbadora é quase sempre revestida de uma figura grotesca que, quando aparece, provoca até fenômenos físicos, como ventos, ruídos e movimentação de objetos.

Por outro lado, a obsessão – que é a atuação maléfica de um Espírito sobre o encarnado, segundo a concepção espírita – pode dar-se de várias maneiras, mas a que predomina na vida real é aquela em que  o obsidiado pouco percebe. Ou seja, ele não sabe de onde vem a perturbação.

A perturbação se verifica estado emocional da pessoa, que se sente acuada, tolhida, pressionada ou perseguida, com pensamentos negativos (chamados de intrusivos) que lhe causam insegurança e medo.

É que o desencarnado, com más intenções, se identifica com o teor de pensamento do encarnado que, geralmente, é seu inimigo do passado e oferece campo mental para sua atuação. Pode ser inimigo desta ou de outras encarnações.  

  Como já dissemos aqui, várias vezes, a ação do obsessor sobre o obsidiado é toda mental, isto é, de mente para mente, de forma que algumas vezes o obsidiado pode ouvir vozes de acusação ou até ter alucinações visuais.

No entanto, excepcionalmente – isto é, alguns poucos casos - se o obsidiado tiver mediunidade ou tiver alguma capacidade de percepção extra-sensorial (ou seja, percepção além dos sentidos físicos), ele pode perceber até com certa nitidez o Espírito que o perturba.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

OPINIÕES POUCO CONHECIDAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 No final dos anos 80, o Espírito Luiz Sergio (Carvalho), escreveria CONSCIÊNCIA, o primeiro dos livros em que revelava sua integração a um grupo dedicado a tarefas de auxílio a dependentes químicos. Estudante de Engenharia, desencarnado aos 24 anos, em acidente de carro, na madrugada de 12 de fevereiro de 1973, imediações da cidade de Cravinhos (SP), quando regressava com amigos a Brasília onde residia, procedentes de São Paulo, onde tinha estado com três amigos para assistir a primeira corrida de Formula UM que se realizaria na capital paulista, passou a se comunicar mediunicamente apenas quatro meses após sua morte. Servindo-se, desde então de vários médiuns, construiu um acervo de mais de duas dezenas de obras, extremamente interessantes e importantes, especialmente para jovens que se iniciam no conhecimento das realidades espirituais a que nos ligamos. Liderado pelo Espírito Enoque, vivencia experiências ricas de ensinamentos e esclarecimentos sobre temas atualíssimos. Dois anos depois da obra citada, ressurgiria em DRIBLANDO A DOR, também registrando situações vividas entre vitimados pelo consumo de drogas, que a equipe de Espíritos de jovens desencarnados tentava auxiliar nos Dois Planos da vida. Deste excelente trabalho, destacamos alguns comentários que auxiliam uma análise mais precisa do avassalador problema enfrentado pela sociedade humana: SOBRE A ORIGEM DO PROBLEMA1º- O dependente de drogas é um doente psíquico, tem em seu inconsciente um trauma. Quem consome droga deseja driblar a dor. 2º- O jovem quando busca o tóxico, o faz por alguma causa. Se buscarmos a origem, encontraremos primeiramente a fraqueza familiar, ou seja, pais inseguros; lar desequilibrado, filhos negligenciados ou superprotegidos; dinheiro fácil; excesso de liberdade. SOBRE O TRATAMENTOPREVENTIVO - 1º- O tratamento se inicia no lar; é nele que o jovem aprende a viver em sociedade. Um Lar sem disciplina leva o jovem a afundar-se no ócio e nos vícios. Os pais devem desenvolver no jovem o senso de responsabilidade com relação à própria vida. 2º- Desde tenra idade oferecer ao filho educação firme e disciplinada, dando-lhe exemplos de ética, longe das mentiras e fraquezas. 3º- Ao presentear a criança ensiná-lo a amar seus brinquedos e não destruí-los, sentindo que os pais desembolsaram certa quantia para adquirir os brinquedos, mostrando-lhe que os brinquedos também gostam de carinho. 4º- Lembrar que com oito, dez ou doze anos a criança já está colocando para fora as suas neuroses. 5º- Procurar ajuda psicológica se notarem que há algo de errado no comportamento dos filhos, se mente demais, se é ápero com os irmãos, se agride a propriedade alheia, se é péssimo aluno, se destrói o que é seu ou dos outros, se apresenta mudanças de humor.6º- Respeitar o mundo da criança, lembrando que ela não é um brinquedo. 7º- Ser coerente entre o que diz para a criança e o que faz. CORRETIVO 1º- O que se deve fazer é levar a pessoa a interessar-se por si mesma, a se gostar, mostrar-lhe o quanto a sociedade perde por tê-la tão distante, agonizante mesmo. 2º- Fazer o dependente compreender o valor da vida. 3º- Entender que o jovem procura agredir a família ou se autodestruir. 4º- Entender que ele é por demais orgulhoso, tímido ou complexado. 5º- Lembrar que não importa sua idade, mas que ele se julgue útil e amado por todos. 6º- Que se os pais derem ao filho a certeza de um amor equilibrado, ele voltará atrás e abandonará o vício. 7º- Que se os pais continuarem apenas desejando que ele seja um homem de bem, sem a família ter um procedimento elevado, ele continuará a agredir. 8º- Que ao descobrir que o filho é viciado, tudo deve ser feito para mudar o ambiente familiar, o pai voltando a ser o herói da época infantil, a mãe o ninho de amor que o aconchega nas horas de tormenta. Apesar das duas décadas que nos separam da publicação do livro, seu conteúdo permanece extremamente atual não somente na avaliação do grave problema, mas também na elaboração de programas e estratégias tentando enfrentar e solucionar o mesmo.


Nas palestras espíritas a gente ouve falar que trazemos aptidões de vidas passadas, que vão indicar o caminho que vamos fazer nesta vida, como nossa profissão por exemplo. Mas como podemos explicar que existem pessoas que parecem não ter aptidão nenhuma e que acabam desperdiçando a vida sem nunca fazer nada?

Para o Espiritismo a educação está na base de tudo, principalmente a educação proporcionada pelos pais, porque o lar, sendo a primeira escola, é de onde vêm as profundas influências sobre nossa personalidade.

De fato, há Espíritos que ainda não se definiram. É claro que eles necessitam de mais atenção de nossa parte. Mas os pais já podem perceber isso desde a infância, procurando incentivá-los a assumir seu papel.

Este é o grande problema: assumir um papel. Na lei de Deus não há lugar para a estagnação. Todos estamos submetidos à lei de transformação ou aperfeiçoamento, mas alguns não se deram conta disso.

Com os filhos essa missão de ajudá-los a se encontrar seria o momento mais adequado, mas podemos ajudar também os adultos a retomar seu caminho.

Para isso, vamos utilizar das ferramentas que o Espiritismo proporciona: os conceitos de imortalidade, de reencarnação e de evolução espiritual.

  As pessoas, que adentram o Espiritismo, aprendem que cada um de nós traz suas próprias aptidões, que são os talentos que vamos empregar na vida em benefício de nós próprios.

São esses talentos que, na verdade, nos dão a sensação de felicidade, porque se constituem na forma pela qual cada um de nós vai dar sua contribuição à vida, agindo numa determinada área de atuação.

Precisamos despertar nessas pessoas o sentimento do seu real valor, estimulando-as a caminhar de acordo com seus passos, na direção que o coração indica.

Na doutrina espírita elas encontrarão meios de atingir esse nível de compreensão e, de alguma forma, estimular suas potencialidades para demonstrar para si mesmas o quanto são capazes.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

INTERESSANTE LEITURA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Entre as dezenove experiências de regressão de memória a encarnações passadas, inseridas pelo engenheiro frances Albert De Rochas no livro VIDAS SUCESSIVAS, publicado em 1911 (no Brasil em 2005, pela Lachâtre, chama a atenção a de número 8. Na verdade, foi desenvolvida por um amigo de nome Bouvier que testemunhara algumas de suas inusitadas investigações no inconsciente profundo de alguns voluntários entre 1892 e 1910.  Identifica, por razões compreensíveis, apenas pela inicial J. a pessoa estudada, informando ter ela formação certificada de ensino secundário; ser  casada com um militar; mãe de uma menina de 4 anos; de  saúde delicada. Quanto aos critérios por ele adotados e observações feitas, Bouvier explica: 1- a cada pergunta, permanecia sempre a personalidade do momento, sem hesitações.2- Frequência: vários dias, com várias semanas de intervalo, sem respostas contraditórias, revelando em certos casos detalhes, revivendo o momento preciso da existência acessada no passado. 3- Detalhes : ao atingir os dois anos de idade, a fala tornava-se mais difícil, com um ano, quase nada ou pouco falava; mais jovem, parecia mamar ou gemer; 4-  no período pré-nascimento, no ventre materno, curvava-se sobre si mesma ao atingir o quinto mês; aos quatro uma leve descontração; aos três meses, o corpo inclinava-se muito para trás, os membros descansados numa completa inércia. 5- antes da concepção – no momento em que o Espírito ainda está no espaço, faz esforços para subtrair-se à força irresistível que parece atraí-lo; recuando ainda mais no tempo, responde sobre o que faz, qual seu modo de existência até o momento em que novamente retoma o corpo que anteriormente abandonou para entrar numa outra vida, assumindo a mesma atitude quando induzida a penetrar no ventre materno. 6 - fisionomia alterada de acordo com a personalidade, bem como a fala, o tom, procedimentos diferentes sensivelmente do tom e dos gestos de mulher; o mesmo ocorrendo quando passa pela fase da infância. Considerando a existência atual como “Primeira vida”, recua 18 anos, quando teria terminado o que chama de Segunda vida, personalidade feminina, chamando Marguerite Duchesne, filha de Louis Duschene, morta aos 25 anos, em 1860, por doença respiratória, iniciada quando da morte em Briaçon, do jovem soldado Louis-Jules Martin, por quem se apaixonara. Aprofunda-se mais, recuando 55 anos, onde se interrompe a Terceira vida Jules Robert; morto aos 45 anos, em 1780, em Milão, Itália, onde trabalhava talhando mármore para um escultor chamado Paoli, especializado em reproduções de obras de arte para o Vaticano.  Menos 35 anos, surge a  Quarta Vida Jenny Ludovic;  desencarnada aos 30 anos, em 1702, casada com Auguste Ludovic, mãe de dois filhos, , moradora de Plouermel; dedicada a cuidar do lar.  Voltando 157 anos, ressurge a Quinta Vida Michel Berry; morto aos 22 anos, em 1515, em consequência de ferimento causado em batalha por golpe de  lança, em luta pelo Rei da França, Francisco, contra os suíços. Menos 191 anos, a Sexta Vida Mariette Martin; morta aos 20 anos, em 1302, em Vannes, onde atuava como professora, residindo na casa de seu futuro marido, Gaston, morto em acidente ao ser esmagado pelo próprio cavalo. Menos 272 anos, a Sétima Vida Irmã Marthe – morta aos 87 anos, em 1010, sob o reinado de Roberto II, tendo exercido a função de Abadessa em Convento ligado à Companhia de Jesus. Menos 474 anos, a Oitava Vida Carlomée, chefe guerreiro franco, cegado ao ser capturado por Átila, em Charles- Sur-Mane, por volta do ano 449, descrevendo ritos de adoração a Théos incluindo sacrifícios humanos. Menos 139 anos, a Nona Vida –  Esius – Morto queimado aos 40 anos; no ano 279, tendo exercido a função de guardião do Imperador Probus, em Roma, ao qual servia na expectativa de mata-lo por ter-lhe tomado a filha Florina, ação impedida por ter sido descoberto antes. Avança e encontra a Décima VidaIrisée – Viveu por volta do ano 100, num país chamado Imondo, ocupando-se, aos 26 anos, em colher flores para um padre de nome Ali dedicado a oferendas e sacrifícios a dois deuses consagrados à prece, de nome Abrahim e José. Décima Primeira Vida – Criança, morta aos 8 anos. Além das observações do Sr Bouvier, chama a atenção alguns detalhes: 1- Nos quase dois mil anos recuados, a pessoa que estava sendo submetida às regressões, teve apenas 11 encarnações. 2- Os intervalos entre elas, aparentemente eram maiores quanto mais recuada no tempo. 3- Alternaram-se a condição masculina e feminina, com predominância desta. 4- Apenas uma vez na sequência observada, a condição masculina foi subsequente. Os relatos das diferentes personalidades acessadas, preservados no livro são instigantes, oferecendo matéria para outras interessantes cogitações aos estudiosos do assunto.




 O Espiritismo acredita em anjos, que podem nos ajudar, interferindo em nossa vida?

A palavra “anjo”, na sua acepção original, quer dizer “mensageiro de Deus”. A crença é antiga e não se sabe precisamente quando começou.

Fustel de Collanges, antropólogo francês do século XIX, na sua obra “Cidade Antiga”, após demorados estudos, remonta aos tempos que antecederam o surgimento das cidades e a civilização.

Ele conta que, mesmo antes de existirem, aqui na Terra, as tribos, quando o homem ainda vivia em família isolado – remonta isso a milhões de anos atrás – cada família tinha sua própria maneira de adorar seus protetores espirituais e nisso consistia a religião.

Acreditava-se que ao morrer uma pessoa da família, depois de colocar seu corpo num túmulo – era necessário adorá-la, mesmo porque seu espírito passaria a ser um protetor daquela família.

Foi dessa crença nos protetores espirituais que surgiu o culto aos antepassados, principalmente no Oriente, e que existe até hoje.

Esse protetor familiar fazia o papel de um “anjo”, de um anjo protetor. Quando as famílias se uniram pelo casamento entre seus membros e quando surgiram as primeiras tribos, aqueles que eram protetores familiares passaram a ser protetores das tribos.

Mais tarde, protetores das cidades e deuses protetores, dando origem ao que hoje chamamos de religião politeísta – religião que adora vários deuses. Desse modo esses deuses não eram senão os Espíritos protetores e esses protetores, com o passar dos milênios, passaram a ser conhecidos como “anjos da guarda”

A Bíblia traz inúmeros exemplos de anjos que, sendo mensageiros de Deus, apareceram em momentos especiais, até mesmo para anunciar a Maria o nascimento de Jesus.

Para o Espiritismo anjos são Espíritos benfeitores que podem vir em nosso auxilio em diversas circunstâncias.

Ao contrário do que as religiões concebem, para o Espiritismo os anjos não são seres especiais que Deus criou para nos ajudar, mas Espíritos que, pelo processo evolutivo, alcançaram uma elevada condição pelo caminho que percorreram e pelo bem que já são capazes de praticar.

N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec – da questão 489 à questão 521 – encontramos desenvolvido através de perguntas e respostas o tema “Anjos, guardiães, Espíritos protetores, familiares ou simpáticos”, em que os instrutores espirituais esclarecem com muita objetividade o assunto.

 

 

 

O Espiritismo acredita em anjos, que podem nos ajudar, interferindo em nossa vida?

A palavra “anjo”, na sua acepção original, quer dizer “mensageiro de Deus”. A crença é antiga e não se sabe precisamente quando começou.

Fustel de Collanges, antropólogo francês do século XIX, na sua obra “Cidade Antiga”, após demorados estudos, remonta aos tempos que antecederam o surgimento das cidades e a civilização.

Ele conta que, mesmo antes de existirem, aqui na Terra, as tribos, quando o homem ainda vivia em família isolado – remonta isso a milhões de anos atrás – cada família tinha sua própria maneira de adorar seus protetores espirituais e nisso consistia a religião.

Acreditava-se que ao morrer uma pessoa da família, depois de colocar seu corpo num túmulo – era necessário adorá-la, mesmo porque seu espírito passaria a ser um protetor daquela família.

Foi dessa crença nos protetores espirituais que surgiu o culto aos antepassados, principalmente no Oriente, e que existe até hoje.

Esse protetor familiar fazia o papel de um “anjo”, de um anjo protetor. Quando as famílias se uniram pelo casamento entre seus membros e quando surgiram as primeiras tribos, aqueles que eram protetores familiares passaram a ser protetores das tribos.

Mais tarde, protetores das cidades e deuses protetores, dando origem ao que hoje chamamos de religião politeísta – religião que adora vários deuses. Desse modo esses deuses não eram senão os Espíritos protetores e esses protetores, com o passar dos milênios, passaram a ser conhecidos como “anjos da guarda”

A Bíblia traz inúmeros exemplos de anjos que, sendo mensageiros de Deus, apareceram em momentos especiais, até mesmo para anunciar a Maria o nascimento de Jesus.

Para o Espiritismo anjos são Espíritos benfeitores que podem vir em nosso auxilio em diversas circunstâncias.

Ao contrário do que as religiões concebem, para o Espiritismo os anjos não são seres especiais que Deus criou para nos ajudar, mas Espíritos que, pelo processo evolutivo, alcançaram uma elevada condição pelo caminho que percorreram e pelo bem que já são capazes de praticar.

N’O LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec – da questão 489 à questão 521 – encontramos desenvolvido através de perguntas e respostas o tema “Anjos, guardiães, Espíritos protetores, familiares ou simpáticos”, em que os instrutores espirituais esclarecem com muita objetividade o assunto.