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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

LEI DE CAUSA E EFEITO: COMO FUNCIONA E ALGUNS EXEMPLOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Muito se cita o Carma para justificar ocorrências que fazem no mundo de hoje, questionar-se a existência de Deus. Sua concepção, ao que tudo indica, irradiou-se pelo mundo, a partir dos princípios religiosos introduzidos no nosso Planeta, pelo grupo de Espíritos exilados de Capela reencarnados na região conhecida como Índia. Ao menos é o que revela Espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, na obra A CAMINHO DA LUZ. A ideia sofreu ao longo das civilizações deformações, deturpações, até que no lado Ocidental da Terra, foi sendo progressivamente esquecida com o apagar doutro princípio, o da reencarnação, a partir das lamentáveis decisões do Segundo Concílio de Constantinopla, promovido pelo Imperador Justiniano, em 553 DC. Praticamente treze séculos e inúmeras gerações, distanciaram as criaturas humanas da responsabilidade de viver, infundida com as perspectivas do inevitável encontro consigo mesmas e da reparação dos estragos cometidos nos diferentes caminhos da evolução. Coube ao Espiritismo ressuscitar ambas, dentro das exigências de uma Humanidade ávida por respostas sobre porque existimos e sofremos. As pesquisas conduzidas por Allan Kardec nas reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, desde abril de 1858, resultaram em expressiva coleta de dados, obtidos através de inúmeros entrevistados que se manifestaram por diversos médiuns, sendo muitos desses depoimentos reproduzidos na REVISTA ESPÍRITA, publicada sob a direção do Codificador de janeiro de 1858 a março de 1869. Tal material serviu também para que os aterrorizantes conceitos da morte pudessem ser reformulados objetivamente a partir dos exemplos contidos n’ O CÉU E O INFERNO segundo o Espiritismo. Nele, entra-se em contato com interessantes relatos de personalidades evocadas por Kardec, testemunhando as sensações, impressões e realidades registradas por eles na transição desta para outra dimensão. Analisando-os, o Codificador enumerou 32 artigos do que ele chama de Código Penal da Vida Futura, reproduzido no capítulo 7, da Primeira Parte do livro citado. Mostram por variados ângulos a Lei implícita na afirmação “a cada um segundo as suas obras”. A vida mostra-se como uma única realidade, apesar de desenvolver-se em duas dimensões. Toma-se conhecimento, através desse conteúdo, que as leis espirituais que controlam o indivíduo aplicam-se à família, à nação, às raças, ao conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas. As faltas do indivíduo, as da família, as da nação, qualquer seja o seu caráter, se expiam em virtude da mesma Lei. Comentando o aspecto, Kardec considera que “a criatura renasce no mesmo meio, na mesma nação, na mesma raça, quer por simpatia, quer para continuar, com os elementos já elaborados, estudos começados, para se aperfeiçoar, prosseguir trabalhos encetados e que a brevidade da vida não lhe permitiu acabar,(...) até que o progresso os haja completamente transformado”. Acrescenta que “não se pode duvidar haver famílias, cidades, nações, raças culpadas, porque, dominadas por instintos de orgulho, egoísmo, ambição, enveredam pelo caminho errado, fazendo coletivamente o que um indivíduo faz isoladamente. Uma família se enriquece a custa de outra; um povo subjuga outro povo, levando-lhe a desolação e a ruína; uma raça se esforça por aniquilar outra raça. Essa a razão por que há famílias, povos e raças sobre os quais desce a pena de Talião”. Identificando cinco exemplos de provas e expiações, individuais e coletivas, destacamos alguns do extraordinário acervo construído por Kardec ou pelo trabalho do médium Chico Xavier. Didaticamente os alinharemos mostrando o efeito e a correspondente causa determinante. CASO 1 Efeito - Industrial, morto doze horas após explosão de caldeira em sua empresa, envolvendo seu corpo em verniz fervente nela contida. Socialmente queridíssimo pela postura pessoal, em toda sua cruel agonia, não se lhe ouviu um só gemido, uma só queixa, apesar das dores lancinantes resultantes das profundas queimaduras sofridas. CausaAção assumida 200 anos antes, quando, na condição de juiz e inquisidor italiano condenou a morrer queimados os envolvidos numa conspiração visando a politica clerical, entre os quais uma jovem entre 12 e 14 anos, contra a qual os executores se recusavam cumprir a sentença, tornando-se ele, além de juiz, o carrasco que ateou fogo na quase menina. CASO 2 – Efeito – Antonio B., escritor, morto repentinamente ( provavelmente um ataque cataléptico), teve seu corpo encontrado virado de bruços durante exumação feita 15 dias após o sepultamento, procedimento efetuado para que familiares recuperassem medalhão por acaso esquecido no caixão. Causa – Ação em vida anterior em que descoberta infidelidade da esposa, a enterrou viva num fosso. CASO 3Efeito - João Fausto Estuque, desencarnado em 16/10/1976, em acidente aéreo com avião de pequeno porte, na região de Votuporanga, SP. Causa – Ter sido protagonista 300 anos antes, em ações objetivando conquistar destaque nas posições da finança e do poder,  que culminaram na morte de várias pessoas de vasta comunidade humana, precipitadas em penhascos, sem que seus delitos fossem descobertos ou punidos


Será que essa onda de violência que está acontecendo hoje, principalmente nas grandes cidades, se deve ao ataque de Espíritos maldosos querem impedir o progresso moral da humanidade?

O Espiritismo nos esclarece que a espiritualidade sempre está presente na vida humana, seja por ação dos bons Espíritos, seja por influência dos maus.

  Os bons estão ligados naturalmente a todos que se dedicam ao bem da humanidade, nas instituições religiosas, nas escolas, agências de educação, nas ongs respeitáveis e nas atividades em geral voltadas para solução de problemas da sociedade, que congregam pessoas de bem.

É claro, que num período de grandes mudanças em todos os setores da cidade, como estamos vivendo neste momento, em que aumenta a tensão social e a disputa de poder, a ação dos maus ainda é maior.

Se estamos no período chamado transição, como dizem, não é de se estranhar que as forças contrárias ao progresso, seja dos humanos ou seja dos Espíritos, agem com mais intensidade, estimulando conflitos.

No entanto, não podemos esquecer que, na base de todos os problemas humanos, está o próprio homem. Não podemos imputar aos Espíritos a causa de toda violência que acontece no mundo e nem mesmo dentro da nossa casa.

Os Espíritos só atuam quando encontram condições morais para isso. Se há maldade, ela não nasce com os Espíritos, mas é impulsionada por eles através da ação dos homens mal-intencionados.

Além do que nós precisamos considerar, no que diz respeito à violência urbana, a disseminação descontrolada do uso de drogas, que tem multiplicado em muito o potencial de irresponsabilidade e de maldade que impera na sociedade.

Época de transição em todos os sentidos, o homem está mudando sem perceber que, de uma maneira geral, está sendo cada vez mais estimulado a buscar riqueza e  poder, aumentando cada vez mais o nível de disputa.

É onde entram as más influências, se ele não tiver um preparo suficiente do ponto de vista moral e mesmo religioso, podendo ser instrumento da maldade que as forças contrárias procuram impor ao mundo.

Nesse cenário perturbador não podemos ficar apenas na expectativa dos acontecimentos, mas cada um de nós deve procurar ser um agente do bem, onde estiver, a partir de sua família e em direção à comunidade

domingo, 30 de novembro de 2025

QUEBRANDO PARADIGMAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A história recente da fenomenologia operada pelos Espíritos desencarnados na realidade em que vivemos, sobretudo do final do século XX, ficou marcada pelos fatos produzidos, a princípio, por médiuns extraordinários. No campo da música erudita, pela dona de casa inglesa Rosemary Brown através de quem celebre compositores das fases clássicas produziram peças reconhecidas por vários especialistas como sendo dos autores que as assinavam. No da pintura, no Brasil, o jovem Luiz Antonio Gasparetto, desde a adolescência serviu para que grandes mestres da pintura se mostrassem vivos em outra dimensão, evidenciando a realidade da sobrevivência. No campo da literatura, desde o início do século XX, Chico Xavier permitiu que inúmeros poetas e escritores documentassem que continuavam vivos, apesar da morte física. E, na área da saúde, José Pedro de Freitas, mais conhecido como Zé Arigó, deu inicio a uma verdadeira revolução nos conceitos mecanicistas vigentes, seja nas prescrições, seja nas cirurgias invasivas operadas em tempo reduzido, sem preparo prévio, sem dor apesar da ausência de anestesia, sem efeitos colaterais ou óbitos que se tenha tido conhecimento. No seu caso, a ação do Espírito conhecido como Dr Fritz, começou quando ele contava 28 anos, inesperada e espontaneamente, de forma inconsciente, erradicando um câncer de pulmão de um candidato a reeleição ao cargo de Senador da República por Minas Gerais e, dias depois, de um tumor uterino de uma conhecida de sua cidade. A partir daí, milhares de pessoas foram atendidas até que fosse preso pelo exercício ilegal da Medicina. Depoimentos impressionantes ficaram preservados, especialmente no livro O CIRURGIÃO DA FACA ENFERRUJADA do jornalista norteamericano Brian Fuller. Um deles, envolve a  senhora Maria Emília Silveira, oriunda de Vitória da Conquista (BA), portadora de câncer no útero; desenganada pelos médicos, cirurgiada no dia 23/7/57. Testemunhas Ismenio Silveira (marido), Randulfo Paiva (advogado), Adhemar Alves Brito (Cel Exercito), Newton Boechat, Duração: 8 minutos. Atentemos para o depoimento do médico Ladeira Marques: -“Penetramos no pequeno aposento onde se fazem as intervenções, encontrando a paciente deitada em decúbito dorsal, sobre o assoalho. Incumbiu-me o Dr Fritz de afastar as vestes da paciente, a fim de praticar a intervenção. Perguntou ao marido, presente, se desejava que a intervenção se fizesse pela via baixa ou por via abdominal, decidindo-se o marido pela via baixa. Foram introduzidos na cavidade vaginal da paciente, sem auxílio de espéculo, três tesouras e dois bisturis, com manobra brusca sem ferir a doente. Cada instrumento introduzido de um só golpe. O ramo das tesouras era ainda mantido pela mão do médium Arigó. Para surpresa nossa, o outro ramo da tesoura, automaticamente, sem nenhuma intervenção visível de mão humana, passou a se movimentar, aproximando-se e se afastando do primeiro como ocorre no ato de seccionar um objeto. Procuramos ver  se o movimento que presenciávamos na tesoura estendia-se a outras peças do instrumental cirúrgico empregado na operação e nada pudemos registrar, ouvindo-se, no entanto barulho de entrechoques de metais e o ruído do seccionamento dos tecidos.  Decorridos poucos minutos, o Dr Adolf Fritz, através da intervenção do médium Arigó, retirou do campo operatório  uma das tesouras introduzidas, que se apresentava ligeiramente impregnada de sangue. Tornou a repor a tesoura no local, dizendo: - “Senhor!. Não quero que haja sangue!”. E a intervenção se fez sem hemorragia. Tomando em seguida uma pinça, recomendou-nos prestar atenção e, introduzindo no local da intervenção, retirou um pedaço de tecido com cerca de 8x4 centimetros, mostrando-o a todos os presentes. A primeira impressão que tive foi que se tratasse da extirpação do útero, mas, como informasse ele à doente que ainda poderia conceber, conclui que se tratava de operação de um tumor uterino. Sem praticar nenhuma anestesia, no decorrer de toda a intervenção, manteve-se a paciente com fisionomia calma e tranquila, não deixando transparecer, absolutamente, nenhum gesto ou reação de dor. Ainda segundo o marido, “retirado o tumor, o Dr. Fritz deu uns quatro ou cinco socos no ventre – local antes dolorido -, e sua mulher permaneceu impassível, sem nada sentir”. O reconhecidamente intransigente médico e professor universitário Dr Ary Lex, foi a Congonhas do Campo (MG), conferir, testemunhando o seguinte: -“ Arigó, em estado de transe mediúnico, convidou-nos a aproximar-nos do local em que ia operar, na frente do povo.  Embora declinássemos nossa qualidade de médico, não nos dispensou nenhuma atenção especial. Tratou-nos rudemente. A única gentileza, convidar-nos a assistir as operações e, posteriormente, o auxiliarmos. No espaço de meia hora, realizou 4 operações, entre as quais: 1-  Drenagem de Quisto Sinovial- Sem nenhuma preparação cirurgica, anestesia ou assepsia, não usando nenhuma técnica hipnótica ou letárgica, toques no paciente ou qualquer outro processo de sugestão ou algo semelhante. 2- Operação de ptirígio – Segurei a cabeça da paciente. Arigó realizou a intervenção com uma tesoura de unha. Ante o sangramento abundante, comprimiu o local com algodão, mandando o sangue estancar, produzindo a hemostasia imediata, mandando, ao final, a paciente embora sem maiores cuidados. No correr dos atos operatórios, os pacientes estavam conscientes, tranquilos, não reagindo, respondendo nada sentir.



 “Vendo a novela A VIAGEM, me vieram algumas dúvidas: Os Espírito maldoso pode obsedar assim com facilidade tantas pessoas? Essas pessoas não têm seus anjos da guarda para defendê-las?  É tão difícil assim perceber que estão sendo obsidiadas? Elas não teriam que ir a um centro espírita?”

Já comentamos aqui que as novelas procuram exagerar os fatos com cenas que impressionam, principalmente quando se trata de retratar a atuação dos Espíritos mal intencionados.

É claro que a capacidade de lidar com esse tema, atuação dos Espíritos em nossa vida, depende muito da habilidade dos diretores da novela, mas o que prevalece mesmo é sua intenção de impressionar melhor os expectadores.

Os Espíritos estão por toda parte onde há pessoas – principalmente Espíritos aqueles que nada têm a fazer - e, segundo o Espiritismo, de uma forma tão velada que nós, os encarnados, nem percebemos. Trata-se de uma relação de mente para mente.

Se percebêssemos a presença dos Espíritos, como afirma Allan Kardec, nós perderíamos a espontaneidade de nossas ações, porque nos sentiríamos observados e constrangidos com sua presença, de tal forma que não agiríamos com naturalidade.

  Já falamos aqui que, como Espíritos encarnados, só nos comunicamos com os desencarnados através do pensamento, ou seja, de mente para mente. É uma linguagem apenas telepática, que geralmente não depende da nossa vontade.

  Um Espírito não tem como chegar junto a fulano e dizer para ele, por exemplo, que deve  ir a determinado lugar para se encontrar com beltrano. Mas ele pode sugerir isso por pensamento e até conseguir se comunicar, se houver sintonia entre as duas mentes, a encarnada e a desencarnada.

Um Espírito não pode empurrar uma pessoa para que ela caia e se machuque, mas ele pode sugerir um caminho cheio de obstáculos onde ela correrá maior risco de cair.

  Mas os bons Espíritos, nossos protetores, também têm ação sobre nós, embora os maus nos peguem desprevenidos, nos momentos de conflito intimo ou de revolta, quando oferecemos campo mental propício para isso.

Nesse sentido o bom amigo espiritual pode levar certa desvantagem, se nós não damos chance de nos ajudar, porque não conseguimos alimentar pensamentos positivos.

Uma parcela muito pequena da população, num caso de necessidade extrema, procura o centro espírita para ajudar na solução de certas perturbações, quase sempre após recorrem a psicólogos e psiquiatras.

Mas o tratamento espírita é de ordem espiritual. Existem atividades mediúnicas que podem ajudar. No entanto, o mais o mais importante é sempre a mudança de atitudes perante a vida.

Nesse sentido devemos que lembrar que o tratamento espírita estará sempre voltado para os valores cristãos, pois, é  partir daí, que a pessoa e sua família podem melhorar o ambiente espiritual de casa e facilitar a cura.

 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

POR CAMINHOS INUSITADOS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

A jovem modelo Reine de 18 anos, aparência de 15, contratada pelo pintor Corneille por alguns meses, por indicação de um escultor amigo, sentindo-se interessada por uma bola de cristal de cinco centímetros de diâmetro decorando a escrivaninha do “atelier” do artista, ouviu dele que se fitasse a mesma por alguns minutos, conseguia-se a concentração mental e, algumas pessoas entravam em estado de transe, enquanto outras chegavam a ter visões misteriosas. Tendo levado a bola para casa para confirmar a veracidade da informação, devolveu-a frustrada ante o insucesso, participando, meses depois, com Corneille de uma experiência de “inclinação da mesa” ante o interesse da moça pelos assuntos paranormais, apesar de seu total desconhecimento sobre fenômenos espirituais. Após quase uma hora de tentativas, sem sucesso durante a maior parte do tempo, praticamente desistindo da experiência, em sua mente fulgurou uma ideia estranha para que voltassem à mesa, obtendo os primeiros movimentos involuntários da mesma, surgindo através dos toques ritmados, a orientação para que hipnotizasse Reine, o que fez após ante a insistência dela pelas explicações que dera sobre o fenômeno. Nas semanas seguintes, outras tentativas com a mesa, conduziram ao transe da hipnose, resultado conformado por um alfinete espetado no musculo do braço da moça pela reação do globo ocular ao erguer-lhe a pálpebra. A repetição dos experimentos foi apurando cada vez mais a sensibilidade de Reine e a autoconfiança de Corneille, certificando-se este da impossibilidade de qualquer interferência telepática ou do inconsciente dela.  Inúmeras reuniões depois, mesclando a atividade com a mesa, a auto hipnose  de Reine, fixando a bola de cristal; a indução através da energização pela palma da mão de Corneille; a convivência da jovem em desdobramento com entidades espirituais de vários tipos, assumiu o comando dos trabalhos o Espírito Vetterini  que nos bastidores da invisibilidade conduziria as vivências no Plano Extrafísico. Resumindo algumas das informações oferecidas por Reine, destacamos: 1- Vencidas os ímpetos de medo, Reinne foi transportada, a princípio pelos céus de Paris e, depois, em peregrinações auto-induzidas, por varias zonas espirituais, uma das quais abrigando grande número de Espíritos evoluídos até o grau médio e, noutra oportunidade, em uma Esfera espiritual superior à anterior. 2 – Percebia, em suas saídas, o corpo astral das pessoas comuns, diferentes quanto à densidade, coloração, atitude, etc, de acordo com a personalidade de cada um, comentando que o caracterizado pela cor vermelha é de natureza inferior, próximo da matéria densa; e aquele em oposição a este, tendia para o azul ou para branco e parecia bem sutil, tratando-se de corpo astral de categoria elevada. No caso dos animais percebeu que uma espécie de luz os envolve,   mas, totalmente diferente da dos homens. 3- Sempre supervisionada pelo Espírito Vetterini, Reinne descobriu que os Espíritos quando querem se mostrar às pessoas, assumem a aparência material da época em que viveram na Terra, para serem reconhecidos e, nas materializações, retiram do corpo carnal do médium os elementos necessários para produzir a forma que pretendem assumir, graduando-se o realismo proporcionalmente à quantidade de substância tomada do objeto concreto existente. 4- Sobre a reencarnação, aprendeu que a relação sexual é, de fato, a armadilha pela qual o Espírito é aprisionado inconscientemente, os mais atrasados; e conscientemente, o mais elevado; que durante 2 ou 3 meses após a concepção, o Espírito é relativamente livre e é bem raro ele vir visitar o próprio corpo que está sendo construído no ventre da mãe; frequência intensificada à medida que o tempo passa, imprimindo suas características ao corpo em formação, modelando-o dissimuladamente de acordo com seu desejo, fixando-se quase por definitivo aí pelos 7 meses. No caso dos Espíritos inferiores, instalam-se governados por uma força mais elevada, podendo ficar acomodados como debaterem-se como numa armadilha, tentando escapar frequentemente, voltando ao corpo semente 2 ou 3 a meses antes do parto. 5- Respondendo sobre a morte, Vetterini, revelou que ainda que ocorra de forma repentina, é coisa prevista, determinada pela Providência para apressar a evolução do Espírito de certas pessoas que não estão acompanhando o processo normal de desenvolvimento e precisam transmigrar repetidas vezes para este mundo. Afirmou não haver nenhuma morte por acaso, sempre ocorrendo sob condições determinadas, em dia e hora predeterminados”. As experiências desenvolvidas entre Reinne, Corneille e Vetterini, estenderam-se de dezembro de 1912 a dezembro de 1913, produzindo rico material para reflexões e pesquisas.



O que vocês acham do filme “A Cabana”, caso de uma menina assassinada, em que o pai, na ânsia de se vingar do assassino, acaba tendo uma experiência mística ao encontrar com Deus e Jesus?

Para nós tanto o filme quanto o livro é um esforço louvável do autor para explicar a Justiça Divina, embora utilizando de velhos dogmas religiosos, que não sustentam a verdade que precisamos buscar.

  Utilizando dos recursos da literatura, o autor leva o pai revoltado a uma experiência com Deus, procurando afastar todos os preconceitos ao escolher uma mulher negra para representar a própria divindade.

Trata-se de uma obra muito bonita do ponto de vista literário e até cinematográfico, mas, de certa forma, incapaz de explicar a justiça divina, tanto em relação à experiência dolorosa da menina, como em relação ao seu assassino.

Na verdade, a única explicação para fatos tão chocantes como esse é a reencarnação. Sem a reencarnação os escritores podem continuar lançando mão de todos os artifícios do mundo, mas não conseguirão dar uma reposta clara, definitiva e convincente.

Só a reencarnação vai dizer quem era o espírito da menina assassinada e quem era o algoz que a matou. Só a reencarnação pode explicar o que veio acontecendo com esses dois Espíritos através de suas experiências em vida passada. Só a reencarnação poderá explicar as verdadeiras motivações do doloroso desfecho.

Certa vez, um ouvinte afirmou que uma criança assassinada vai direto para o céu e seu assassino vai para a inferno.

Então, questionamos que, pensando desse modo, seria preferível morrer criança para não cometer graves erros e ser condenada na idade adultas, como foi o caso do assassino. Nessa questão de salvação ou condenação eternas, a idade seria fundamental.

Se o criminoso tivesse morrido criança, dentro dessa linha de pensamento, estaria salvo, mas pelo fato de ser adulto e cometer o terrível ato, foi condenado.

Nesse caso, a vida seria um engodo. Deus teria nos colocado no mundo para sofrer e se perder. Veja como é contraditória a ideia de céu e inferno, pois ela nada pode explicar de nossas experiências no mundo, atribuindo os males que nos acontecem à vontade de Deus. 

 

terça-feira, 25 de novembro de 2025

O QUE A HISTÓRIA NÃO MOSTROU; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Zona rural da cidade de Mogi das Cruzes, São Paulo, 04 de dezembro de 1961. O casal Alberto e Angélica Fortunato e seus três filhos foram convidados para passarem o fim de semana na Fazenda Bela Vista, arrendada por José, ex vizinho na Zona Leste da capital paulista que arrendara as terras da propriedade para produção de hortaliças.    Era um dia ensolarado e os três rapazes, Jair (com 13 anos), Osmar (15) e José (16), além de um menininho filho do anfitrião resolveram se divertir na piscina da Fazenda.  Não havia nenhum adulto por perto e, Jair, aniversariante do dia, o primeiro a entrar na piscina, começou a se afogar, o que levou os outros irmãos a mergulharem para salvá-lo; debateram-se na água e morreram juntos, apesar da tentativa de salvamento do japonesinho, com uma vara de bambu. O choque emocional para as duas famílias foi muito grande, transformando em poucos minutos um fim de semana feliz e festivo numa dolorosa tragédia. Vinte e um anos depois, em 19 de fevereiro de 1982, o casal Fortunato compareceu à reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, MG, onde manteve rápido diálogo com Chico Xavier.  O médium, para surpresa e alegria de ambos, visualizou ao lado deles as entidades espirituais Maria Justina, avó do Sr. Alberto; Angelina, avó da Sra. Angélica e um senhor japonês, o velho amigo do casal que abalado pela depressão surgida após o acidente em sua casa, desencarnara pouco tempo depois do mesmo.  Horas mais tarde, no desenrolar da reunião, Chico psicografou elucidativa carta de José, um dos três filhos do casal Fortunato, revelando as razões profundas do acidente coletivo que colocou os três irmãos no caminho da redenção. Na emocionada carta, além da descrição do que ninguém viu, a explicação da origem do fato ocorrido: -“Quando caímos nas águas da grande piscina, o Osmar, o Jair e eu estávamos sendo conduzidos pelos Desígnios do Senhor a resgatar o passado que nos incomodava. Nada posso detalhar quanto ao fim do corpo de que nos desvencilhamos, como quem se vê na contingência de trocar a veste estragada e de reajuste impossível. O sono compulsivo que nos empolgou os três foi algo inexplicável de que voltamos à forma da consciência, dias após o estranho desenlace. Estávamos os três alarmados e infelizes no hospital a que fomos transportados, quando duas senhoras se destacaram dos serviços de enfermagem para nos endereçarem a palavra... No fundo, queríamos apenas regressar à casa e retornar ao cotidiano, porque aquele debate com as águas fora para nós, naquele despertar, uma espécie de brincadeira de mau gosto, na qual supúnhamos haver desmaiado... Aquele instituto devia ser uma casa de pronto socorro como tantas... Entretanto, as duas senhoras se declararam nossas avós Maria Justina e Angélica, e nos informaram, com naturalidade e sem qualquer inflexão de voz agressiva, que havíamos voltado ao Lar, ao Grande Lar de nossa família na Vida Espiritual. Os irmãos e eu choramos, como não podia deixar de acontecer... Fomos conduzidos à nossa casa e vimos os pais amargurados. (...)  Nosso pranto se misturou ao da Mamãe Angélica e do Papai, do Antônio e do Carlos Alberto, e muitos dias e meses correram nessa situação de incompreensão e de dor... Dois anos passados, fomos visitados por um amigo de nossa família que se deu a conhecer por Miguel Pereira Landim, respeitado e admirado por nossos familiares da Espiritualidade. Nossa avó Maria Justina nos permitiu endereçar-lhe perguntas e todos os três indagamos dele a causa do sucedido em nossa ida a Mogi. Ele sorriu e marcou o dia em que nos facultaria o conhecimento do acontecido em suas causas primordiais. Voltando a nós, na ocasião prevista, conduziu-nos, os três, à Matriz do Senhor Bom Jesus, em Ibitinga. Entramos curiosos e inquietos. A igreja estava repleta de militares desencarnados. Muitos traziam as medalhas conquistadas, outros ostentavam bandeiras. Em meu coração passou a surgir a recordação que eu não estava conseguindo esconder. De repente, vi-me na farda de que não me lembrava, junto dos irmãos igualmente transformados em homens de guerra e o nosso olhar se voltou inexplicavelmente para as cenas que se nos desenrolavam diante dos olhos. Envergonho-me de confessar, mas a consciência não me permite recuos. Vi-me com os dois irmãos numa batalha naval, que peço permissão para não mencionar pelo nome, quando nós, na condição de brasileiros, lutávamos com os irmãos de república vizinha... Afundávamos criaturas sem nenhuma ligação com as ordens belicistas nas águas do grande rio, criaturas que, em vão, nos pediam misericórdia e vida... Replicávamos que em guerra tudo resulta em guerra... Foi então que o chefe Landim apontou para uma antiga imagem de Jesus, do Senhor Bom Jesus, e falou em voz alta que aquela figura do Cristo viera do forte Itapura com destino à nossa cidade e que, perante Jesus, havíamos os três, resgatado uma dívida que nos atormentava, desde muito tempo. Aqueles companheiros presentes passaram a nos felicitar, explicando-nos que se haviam transformado em servidores das legiões de Jesus Cristo. O que choramos, num misto de alegria e sofrimento, não sabemos contar. Fique, porém, esta informação para os queridos pais e para os irmãos queridos, a fim de que todos saibamos que a injustiça não é de Deus e que os nossos sofrimentos e provas se efetuam a pedido de nós mesmos, para que a nossa vida espiritual, a única verdadeira, se torne mais aceitável e mais ajustada às Leis Divinas que a todos nos regem”. A íntegra desta e outras mensagens poderá ser lida na obra “RETORNARAM CONTANDO” (ide).



Vi um vídeo espírita em que a pessoa, que estava apresentando o programa, afirmou que as pessoas que se suicidam vão para o “vale dos suicidas”, um lugar de muito sofrimento, onde vão demorar muito para sair de lá... Vocês já falaram algo diferente neste programa...

A referência do chamado “vale dos suicidas” está no livro MEMÓRIAS DE UM SUICIDA, psicografado pela médium Yvonne Pereira, cuja autoria é atribuída ao escritor português, Camilo Castelo Branco.

Trata-se de um caso, entre muitos, de pessoas que se suicidaram e que devido ao seu passado comprometido acabou tendo uma experiência muito sofrida.

Nunca devemos esquecer, cara ouvinte, que nessas experiências de suicidas sempre tem muito de subjetivo e que cada Espírito, ao passar por tais situações, tendo sua própria concepção dos problemas que enfrentam, acabam se defrontando muitas vezes com a consciência culpada.

No entanto, se queremos ouvir o Espiritismo, precisamos ir à fonte e consultar Allan Kardec, especialmente n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questões de 943 A 957.

É claro que o Espiritismo, mais do que se pode pensar, dá um valor muito especial à vida na Terra, justamente porque é por meio da experiência reencarnatória que os Espíritos evoluem.

Assim, uma vida ceifada antes do tempo é como a interrupção de um curso extremamente necessário, do qual desistimos e nos arrependemos depois.

Por tal razão, o suicídio é visto como uma fuga ante os problemas que a pessoa não tem coragem de enfrentar, acarretando sérias dificuldades que bem poderiam ser evitadas.

Logo, fugir da vida na resolve, agrava o problema, dificulta o caminho. Mas, infelizmente, é uma situação a que qualquer um está sujeito, se não acreditar em Deus e confiar em si mesmo, e tiver verdadeira convicção naquilo que acredita.

Pensando nas consequências imediatas do suicídio, Allan Kardec coloca n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS, questão 957, a seguinte pergunta: “Quais são, em geral, as consequências do suicídio sobre o estado do Espírito”? Preste bem atenção na resposta:

 “As consequências do suicídio são muito diversas: não há penas fixadas e, em todos os casos, elas são sempre relativas às causas que o provocaram”.

Nesta primeira parte da resposta a informação é clara. Não podemos generalizar os casos, afirmando que para todos os casos as consequências são estas ou aquelas. Depende do caso, depende das causas e das circunstâncias em que o suicídio ocorreu.

No entanto, afirmam os Espíritos: “Mas uma consequência à qual o suicida NÃO PODE FUGIR é o desapontamento. De resto, A SORTE NÃO É A MESMA PARA TODOS: depende das circunstâncias”.

É claro. Quando o indivíduo, após cometer o ato, percebe que não morreu, que seu problema se agravou porque seu ato foi insano. Ao invés de resolver um problema, ele criou outro ainda pior.

Por isso, ele sofre uma grande decepção e, é claro, se arrepende do que fez. Mas agora é tarde. Perdeu a vida e uma grande oportunidade de crescer espiritualmente.

Alguns suicidas relatam na comunicação mediúnica que esse arrependimento ocorreu durante o ato que lhes tirou a vida. Mas, infelizmente, eles lamentam não poderem voltar atrás.

Entretanto, os instrutores espirituais ainda acrescentam: “Alguns expiam a sua falta imediatamente; outros em uma nova existência, que será pior do que aquela cujo curso interromperam”.

Vejam, portanto, que não devemos dar respostas fechadas com relação às pessoas que se suicidam, porque cada caso é um caso. Afirmar que todo suicida vai para o Vale dos Suicidas, portanto, não é apropriado para caso nenhum.

É imprudência e, muitas vezes, falta de caridade para com os familiares da pessoa que se suicidou, causando intranquilidade e desespero, ao invés de dar-lhes reconforto.

Allan Kardec, em nota à questão 957, faz um longo comentário a respeito da impropriedade e da inconveniência do suicídio, e chega a abordar algumas consequências que o suicida pode sofrer, mas ele toma cuidado para não generalizar, ou seja, para não considerar as mesmas consequências para todos.

Entre as milhares de cartas recebidas por Chico Xavier aos entes queridos, conforme podemos ler em suas obras, vamos encontrar vários casos de suicidas, geralmente jovens, e constatar precisamente o que Allan Kardec diz a respeito das diversas consequências do suicídio.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

A VOLTA DE FREDERIC CHOPIN; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Declarou que, salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas necessitadas de progresso, mas que tal acontecimento só se verificará do ano 2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes. Não podia precisar a época exata. Só sabia que será depois do ano 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por Vitor Hugo, Espírito experiente e orientador, a quem se acha ligado por afinidades espirituais seculares, capaz de executar missões dessa natureza”. A curiosa revelação foi feita à respeitada médium Yvonne do Amaral Pereira, no final dos anos 50 pelo próprio Espírito do celebre compositor que com ela mantinha contato desde 1931, quando o viu pela primeira vez, na noite de 31 de junho, acompanhando seu Espírito guia Charles. Chopin, como registrado pela história, era polonês e morreu aos 39 anos, vítima da tuberculose em face da fragilidade de sua saúde. Por sinal, no número da REVISTA ESPÍRITA de maio de 1859, dez anos após sua morte, respondeu a doze perguntas formuladas por Kardec em reunião da SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS, quando acompanhava o Espírito Mozart que ditara recentemente o fragmento de uma sonata através de um médium chamado Bryon-Dorgeval, que, por sua vez, havia submetido o trecho a vários artistas - sem declinar sua autoria -, os quais reconheceram na peça o estilo de Mozart. Entre as questões respondidas por Chopin, explica sua melancolia no Plano Espiritual como sendo consequência da não realização da prova pela qual renascera no início do Século 19, reconhecendo que com sua inteligência poderia ter avançado mais do que avançou. Curioso notar que nas oportunidades que pode estar espontaneamente diante dele transcorrido mais de um século, a médium dona Yvonne, o via “pouco expansivo e, geralmente, entristecido, embora afetuoso e discreto”. “-Uma única vez vimo-lo sorrir”, conta ela no capítulo três do livro DEVASSANDO O INVISÍVEL (feb), de sua autoria. Através de Charles, dona Yvonne soube que Frederic Chopin “seria a reencarnação do poeta romano Ovídio ( Públio Ovídio Naso, poeta latino, fácil e brilhante, amigo de Vergílio e de Horácio, por volta de 43 A.C.) e do pintor italiano Rafael Sânzio ( pintor, escultor e arquiteto italiano, 1483-1520, cuja genialidade reunia todas as qualidades: perfeição do desenho, vivacidade dos movimentos, harmonia das linhas, delicadeza do colorido, tendo deixado grande número de obras primas o que lhe valeu o reconhecimento como o poeta da Pintura, assim como Ovídio foi considerado o músico da Poesia e Chopin, o poeta da Musica). Por depoimento do próprio Espírito de Chopin, à época de um dos encontros havidos, ele, na Espiritualidade, se ocupava de um curso de Medicina Psíquica, o que a impedia de visitar a Terra com mais frequência. Sobre se, na próxima existência, não voltaria como artista, animado, perguntou “porque não poderia aliar as duas qualidades, se os artistas, muitas vezes, não passam de médiuns?”. O fato de não ter profanado as Artes nem cometido quaisquer deslizes nesse setor, “não o impediriam”, acrescentado que, “no momento, o que o preocupava mais era o desejo de servir aos pequeninos e sofredores, aos quais nunca protegera, já que em suas passadas existências, apenas servira aos grandes da Terra e, na nova encarnação, “não desejava nem mesmo auferir proventos monetários, pessoais, da Música”. Quanto à confiabilidade das informações de Dona Yvonne, lembramos que o também médium Chico Xavier a considerava uma das mais autênticas servidoras da causa da iluminação humana com base no Espiritismo.


Conheci pessoas que dizem frequentar a umbanda e contam fenômenos físicos que ali acontecem, como é o fenômeno da transfiguração, em que o rosto do médium sofre uma transformação na hora da comunicação. Será esse fenômeno realmente acontece? 

  Temos certeza que isso pode acontecer num trabalho de Umbanda, porque a mediunidade não é exclusividade do Espiritismo e a Umbanda também se dedica a atividades mediúnicas.

  Diferentemente do Espiritismo, a Umbanda tem rituais e formas próprias de atrair e se relacionar com os Espíritos, conforme a história das religiões africanas das quais ela deriva.

Algumas linhas até buscam apoio nos postulados espíritas, adotando, por exemplo O EVANGELHO de Allan Kardec por norma de conduta.

Mas, quanto aos fenômenos, certamente não seguem Kardec, adotando fórmulas próprias de evocação dos Espíritos bons e de afastamento dos maus.

Quanto à transfiguração do médium, trata-se de um fenômeno de efeitos físicos que exigem liberação de ectoplasma para produzir os efeitos desejados.

  Durante a comunicação o rosto do médium parece sofrer alterações na sua configuração, certamente se identificando com o rosto que o Espírito projeta de seu perispírito e que serve de molde para a produzir a dita transformação.

  Atualmente, esse fenômeno, que existiu mais no passado, não é comum no meio espírita, mas eventualmente pode acontecer, dependendo do tipo de mediunidade colocada a serviço.


domingo, 23 de novembro de 2025

CRIANÇAS NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Estima a ONU que seis mil crianças morrem diariamente na Terra, a maioria por causas derivadas da precariedade do saneamento ambiental (falta de água, saneamento básico, fome). A esses sintomas nascidos na visão imediatista dos políticos, em sua maioria sem maiores comprometimentos com o povo pelo qual deveria trabalhar, deve-se acrescer, segundo autoridade espiritual o “infanticídio inconsciente e indireto largamente praticado no mundo, havendo mulheres cujo coração ainda se encontra em plena sombra, mais fêmeas que mães, obcecadas pela ideia do prazer e da posse. De um ângulo mais abrangente, Allan Kardec ouviu daqueles que o auxiliaram na elaboração d’ O LIVRO DOS ESPIRITOS, questão 199, que “a duração da vida de uma criança pode ser, para o seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do termo devido, e sua morte é frequentemente uma prova ou uma expiação para os pais”. A propósito, comentário sobre a dor de pais diante dessas perdas inesperadas, no livro AÇÃO E REAÇÃO, encontramos que “as entidades que necessitam de tais lutas expiatórias, são encaminhadas aos corações que se acumpliciaram com elas em delitos lamentáveis, no pretérito distante ou recente, ou, ainda, aos pais que faliram junto dos filhos, em outras épocas, a fim de que aprendam na saudade cruel e na angústia inominável o respeito e o devotamento, a honorabilidade e o carinho que todos devemos na Terra ao instituto da família”. O que acontece, porém com esses Espíritos, em sua maioria, praticamente expulsos da vida física recentemente iniciada? “- Antigamente, na Terra, conforme a teologia clássica, supúnhamos que os inocentes, depois da morte, permaneciam recolhidos ao descanso do limbo, sem a glória do Céu e sem o tormento do inferno e, com as novas concepções do Espiritualismo, acreditávamos que o menino reencarnado retomasse, de imediato, a sua personalidade de adulto. Em muitas situações, é o que acontece quando o Espírito já alcançou elevada classe evolutiva”. (...) “Contudo, para a grande maioria das crianças que desencarnam, o caminho não é o mesmo”. Através de Chico Xavier, não só o assunto ganhou conteúdo mais dilatado, como objetivo. Já em NOSSO LAR (feb,1943), encontramos referências a educandário para jovens e crianças. No ENTRE A TERRA E O CÉU (feb,1954), André Luiz ouve explicações sobre o Lar da Bênção,  parte de vasto estabelecimento de assistência e educação, com capacidade para atender  duas mil crianças, distribuídas em grande conjunto de lares abrigando até doze assistidos, quase todos destinados ao retorno à nossa Dimensão para a reintegração no aprendizado que lhes compete”. Um manancial de informações do ponto de vista quantitativo desprende-se das centenas de cartas psicografadas pelo médium nas reuniões públicas de Uberaba, entre os anos 70 e 90. Nelas, muitos elementos para reflexões. Numa das escritas por Moacyr Stella aos pais dos quais se separou aos 32 anos, em consequência de um câncer de cabeça, formado recentemente em Medicina, especialização em pediatria, conta que, ultrapassados os difíceis primeiros tempos após sua desencarnação, integrara-se ao serviço em um berçário, que o prendia a duzentos pequeninos, crianças desterradas do lar em que nasceram. Há, todavia, interessante livro publicado em 1988, assinado por Cláudia Pinheiro Galasse, desencarnada, seis anos antes, aos 18 de idade, em tratamento de recuperação, só em princípios de 1983, conseguiu equilibrar-se à custa de persistente esforço mental. Admitida em 1984, em um dos vários Institutos de apoio à infância no Além, promovida a professora em 1985. No livro intitulado ESCOLA NO ALÉM (ideal,1988), Claudia revela dedicar-se com amigas durante o dia a uma espécie de creche onde as crianças são separadas por faixa etária ( no seu caso, de meses até dois anos), sendo substituídas à noite, por mães desencarnadas. Explica serem as crianças enviadas pela Direção Geral, com instruções e avisos referentes a cada uma, que as abrigadas onde trabalha em sua maioria são de São Paulo, que trabalha com mais de cem, aplicando-se programas educativos recebidos semanalmente de Departamento Superior. Disciplina, horários específicos, passeios e hora de recreio fazem parte dessas atividades. Afirma ainda, entre inúmeras informações, não existir nenhuma desamparada e que muitas mães, durante o repouso físico, são levadas a visitar os filhos já domiciliados no Plano Espiritual .



Apesar do que as religiões ensinam, a vida é cheia de problemas, passa depressa e não temos tempo pra ficar pensando na morte e muito menos do que vai acontecer depois dela. Temos que cuidar do que é urgente e necessário e quase não sobra tempo pra se dedicar às coisas do outro mundo.

É justamente aí que está nosso maior problema. Geralmente as pessoas estão vivendo atrás de suas metas imediatas, mas não se preocupam em que a vida a vida significa.

Para cada um de nós a vida pode ser ainda mais curta do que pensamos e, quando percebemos, os anos se passaram, muitos de nossos esforços se perderam e ainda não entendemos por que estamos vivendo.

Todos os dias vemos pelo noticiário da mídia centenas, talvez milhares de pessoas, morrendo em acidentes ou mesmo assassinadas. Crianças, que nem começaram a viver, e adolescentes que cultivam sonhos para um futuro de felicidade.

Não é possível que a vida não tenha um sentido, que estejamos aqui por obra do acaso, contemplando esse cenário cheio de injustiças e sofrimento, sabendo que qualquer de nós pode ser a próxima vítima.

Se nos preocupássemos mais cedo com a vida, certamente mudaríamos a nossa forma de viver e nos dedicaríamos um pouco mais às coisas espirituais.

Isso não tiraria de nós as oportunidades de viver e de conviver bem. Pelo contrário. Quando entendemos o sentido da vida, vivemos melhor cada minuto, cada hora e cada dia.

É claro que temos nossos interesses materiais, ou seja, aqueles que nos garantem a sobrevivência e que nos ajudam a executar nossos projetos, mas temos que entender que esta vida não é o fim da linha, é apenas um meio.

É como você tivesse cumprindo uma missão importante para voltar sua vida normal depois. Você não pode deixar de dar importância ao que faz e nem ignorar que depois você vai voltar para prestar contas da missão.

Ao contrário do que você pode pensar, não estamos desvalorizando a vida, mas, ao contrário, dando um sentido mais elevado a ela. Logo, é importante para esta própria vida, valorizar as coisas espirituais.

Logo, fechar os olhos à realidade, que nos convida à reflexão, é ignorar nosso real valor no cenário do mundo. Por isso existem as religiões que, de alguma forma, nos impele a buscar Deus em tudo, para compreendermos que, mesmo tendo uma vida atribulada e difícil, não estamos na Terra por mero acaso.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

NINGUÉM FOGE DE SI MESMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Falando sobre diferentes estados da alma no Mundo Espiritual no comentário com que abre o capítulo três d’ O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Allan Kardec explica que “as diferentes moradas na casa do Pai referidas por Jesus são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento”. Salienta, contudo, que “independente da diversidade dos mundos, essas palavras podem também ser interpretadas pelo estado feliz ou infeliz dos Espíritos no Mundo Espiritual. Conforme for ele mais ou menos puro e liberto das atrações materiais, o meio em que estiver o aspecto das coisas, as sensações que experimentar as percepções que possuir tudo isso varia ao infinito. Enquanto uns, por exemplo, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço e os mundo(...). Essas também são, portanto, diferentes moradas, embora não localizadas nem circunscritas”. Apesar de essas ponderações terem sido escritas há mais de cento e cinquenta anos, de certa maneira, vem sendo cogitadas atualmente por estudiosos da Física Quântica através dos Universos Paralelos propostos pela Teoria da Supercordas, chegando a afirmar que “mesmo que as dimensões ocultas do espaço sejam imperceptíveis, são elas que determinam a realidade física em que vivemos”. O Espiritismo, por sinal demonstra através de milhares de depoimentos e exemplos que para essa realidade voltaremos, pois dela viemos. Tantas vezes quanto for necessário para atingirmos melhores níveis de evolução espiritual. Tudo isso pela lentidão com que trabalhamos conscientemente para nos livrarmos dos “efeitos” daquilo que “causamos” nas ações deliberadamente assumidas, intencionalmente ou não. E na saída constataremos que “cada qual, como acontece no nascimento, tem a sua porta adequada para ausentar-se do Plano Físico”, como explica o Espírito Abel Gomes, em mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier, inserida no livro FALANDO Á TERRA (feb,1951). Segundo ele, “as inteligências no Plano Espiritual se agrupam segundo os impositivos da afinidade, vale dizer, consoante a onda mental, ou frequência vibratória, em que se encontram”. Em outras palavras, “cada tipo de mente vive na dimensão com que se harmonize”, em “organizações que obedecem à densidade mental dos seres que as compõem”. Ilustrando seu texto com alguns exemplos, conta num deles que “algumas entidades presas ao remorso por delitos praticados, improvisam, elas mesmas, com as faculdades criadoras da imaginação, os instrumentos de castigo, dos quais se sentem merecedoras, com antigo sertanejo do interior de Minas Gerais, que impunha serviço sacrificial aos seus empregados de campo, mais por ambição de lucro fácil na exploração intensiva da terra que por amor ao trabalho, deixou recheados cofres aos filhos e netos; mas, transportado à esfera imediata e ouvindo grande número de vozes que o acusavam, tomou-se de tão grande arrependimento e de tão viva compunção, que plasmou, ele mesmo, uma enxada gigantesca, agrilhoando-a às próprias mãos, com a qual atravessou longos anos de serviço, em comunhão com Espíritos primitivos da Natureza, punindo-se e aprendendo o preço do abuso na autoridade”. Outro envolve “orgulhosa dama, que conheceu pessoalmente e a quem humilde e nobre família deve a morte de nobre mulher, vitimada pela calunia, em desencarnando e conhecendo a extensão do mal que causara, adquiriu para si o suplício da vítima, por intermédio do remorso profundo em que se mergulhou, estacionando por mais de dois lustros em sofrimento indescritível”. Lembra o caso de “velho conhecido que assassinou certo companheiro de luta, em deplorável momento de insânia, e, não obstante ver-se livre da justiça humana, que o restituiu à liberdade, experimentou longo martírio da consciência dilacerada, entregando-se, por mais de quatro decênios, à caridade com trabalho ativo para bem do próximo. Com semelhante procedimento, granjeou a admiração e o carinho de vários Benfeitores da Espiritualidade Superior, que o acolheram, solícitos, quando afastado da experiência física, situando-o em lugar respeitável, a fim de que pudesse prosseguir na obra retificadora. Pelos fios da amizade e da colaboração que soube tecer, em volta do coração, para solucionar o seu caso, conseguiu recursos para ir no encalço da vítima, que a insubmissão havia desterrado para fundo despenhadeiro de trevas e animalidade. Não se fez dela reconhecido, de pronto, de modo a lhe não perturbar os sentimentos, auxiliando-a a assumir posição de simpatia necessária à receptividade dos benefícios de que era portador; e, após lutar intensivamente pela sua transformação moral, em favor do necessário alçamento, voltará às lides da carne, a fim de recebê-la nos braços”. Enfim, como vemos, no caminho do progresso espiritual, os efeitos correm sempre atrás das causas.


 

  Como explicar diante do Espiritismo o terremoto como este em Mianmar,  matando centenas,milhares de pessoas? Que motivos teria Deus para matar tanta gente de uma vez de maneira tão violenta?

A ouvinte, que fez a pergunta, não se conforma com o sofrimento de crianças e adolescentes no meio dessa multidão, que não tiveram nem como se defender e já foram arrancados da vida. E, ainda, diz o seguinte: “só se for um castigo”.

Ainda assim, cara ouvinte, perguntaríamos: mas por que castigo? O que um castigo, que mata dezenas e deixa outras centenas feridas, famílias desalojadas e pessoas sem rumo, poderia significar, ceifando vidas de pecadores e inocentes?

Perguntamos: Deus não é demasiado grande e perfeito – segundo Jesus, bom e misericordioso – para promover tais calamidades, acarretando tanto sofrimento até mesmo para os pequeninos?

Deus não é demasiado poderoso – e nós humanos pequenos e frágeis  - para concorrer com ele e querer nos ajustar aos seus caprichos?

E porque o terremoto se dá, antes um povo que outro? Por que Mianmar, Japão ou Havaí? Por que não o resto do mundo? Não dizem que o mundo está todo contaminado pelo mal?

Se fosse um castigo, como aqueles que são descritos na Bíblia, os atingidos seriam os povos que mais se distanciam das leis divinas, os que promovem guerras e deixam milhares ao abandono? Em sã consciência, podemos dizer que, nesse sentido, esses povos atingidos são piores que os outros?

Os terremotos são fenômenos geológicos, que dizem respeito a acomodações das camadas tectônicas, que sempre existiram e que ainda não continuar a acontecer.

O que dizer da benfeitora, Dra.  Zilda Arns, criadora da Pastoral da Criança, que estava no Havaí para difundir sua missão, quando foi morta por um terremoto, dentro de uma igreja?  Que castigo é esse que sacrifica bons e maus?

Na lei de Deus só há uma explicação para esses fatos, a reencarnação. Todos estamos nesta vida de passagem, buscando o nosso crescimento espiritual.

Os fatos da vida, bons ou maus, fazem parte da experiência de cada indivíduo, como de cada coletividade, porque as comunidades e os povos também evoluem.

A verdadeira vida, no entanto,  é a vida espiritual, ou seja, estamos aqui neste mundo para crescer espiritual, estimulando o espírito para novos empreendimentos no futuro.

Problemas e dificuldades fazem parte do caminho evolutivo que estamos percorrendo ao longo dos séculos e milênios, pois, é por isso que estamos aqui – para enfrenta-los e para aprender a resolvê-los, assim como o aluno ante suas provas no transcorrer dos cursos de aperfeiçoamento.

O trágico para nós – o terremoto, por exemplo -que nos acarreta tanto sofrimento e deixa o mundo estarrecido, não o é igualmente para o Espírito que, mais cedo ou mais tarde, vai tirar vantagem de tudo que passou em favor de sua plena realização.

Quando Jesus afirmou “sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”, foi nesse sentido, com a visão de quem sabe que a jornada é difícil, mas obterá sua grande vitória no fim.

Por isso, Jesus não prometeu facilidade para ninguém. Pelo contrário, a porta estreita, a que se referiu, é a porta do trabalho, da luta, do sacrifício, que exercita em cada um as potencialidades mais elevadas do espírito.

  É claro que a jornada não pode ser a mesma para todos, que cada qual se encontra num determinado ponto de sua caminhada, mas é aí que está a grandeza de Deus.

Somos todos desiguais, vivendo diferentes situações, mas todos em condições de conquistar, mais cedo ou mais tarde, a sua própria perfeição espiritual.


quarta-feira, 19 de novembro de 2025

SÓ A REENCARNAÇÃO PARA EXPLICAR ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Quando Chico Xavier afirmou ser a reencarnação a chave para entender situações aparentemente inexplicáveis, expressava uma verdade além do conhecimento dominante na sociedade humana. O incomparável pesquisador e escritor Hermínio Correia de Miranda, no livro NOSSOS FILHOS SÃO ESPÍRITOS, demonstra isso em dois fatos incluídos num dos capítulos da obra. Acompanhemos seu relato: Caso “A”— A filha recém­ casada de um amigo estava tendo problemas com a gravidez. Embora desejosa de ter filhos, acabava abortando  (involuntariamente, é claro). Parece que o  Espírito (ou  Espíritos)  reencarnante estava um tanto indeciso, inseguro ou  temeroso. Em decorrência do trabalho de que participava semanalmente num grupo mediúnico, fiquei sabendo  algo da história pregressa daquele núcleo familiar. Em outros tempos, na Europa do século XVI, o  atual pai da moça, fora uma figura de certo relevo na política e recebera para acabar  de criar e educar, uma menina, filha de alguém que confiou nele para essa delicada tarefa. O tutor não deu  conta satisfatória da sua tarefa, causando profundo  desgosto ao pai da menina. Decorridos os anos normais da existência, todos eles morreram e as questões sob o ponto de vista humano, ficaram, aparentemente resolvidas, como  pensa muita gente. Mas não  é assim que se passam as coisas além dos nossos insuficientes cinco sentidos. Passado o tempo — séculos, no caso —, a menina confiada ao eminente político renasceu como  filha deste, agora vivendo no Brasil. Ficamos com o direito de imaginar que como ele não dera conta razoável de seu encargo de tutor, na Europa, há cerca de quatro séculos, resolvera assumir a integral responsabilidade de pai da menina, em nova existência. Aí foi a vez do antigo  pai da menina, lá, também renascer como filho de sua antiga filha e, portanto, como neto do homem importante a quem ele confiara sua menina. Estão entendendo a trama? Esse foi o esquema armado para resolver o conflito criado entre eles e que permanecera sem solução. O problema é que o homem ficara tão magoado com a pessoa a quem entregara sua filha que agora relutava em aceita-­lo como avô. Será que ele não iria causar-­lhe outro desgosto? Nesse ínterim, a filha do meu amigo ficara grávida novamente e outra vez corria o risco  de perder a criança por um aborto involuntário. Como eu, indiretamente, soubesse das razões de todo aquele drama de bastidores, mandei um recado um tanto enigmático para meu amigo, futuro  vovô, que ele entendeu perfeitamente. O teor do recado era mais ou menos o seguinte: “Amigo, o Espírito que está para renascer como seu neto sente-­se temeroso porque, no  passado, teve problemas com você. Procure conversar mentalmente com ele, dizendo-­lhe que tudo  passou e que você o receberá, hoje, com muita alegria e amor. Diga-­lhe que confie e venha em paz.” Daí em diante, as coisas correram bem. A gravidez teve bom termo e o garoto nasceu  forte e bonitão. Caso  “B” — Foi narrado em livro escrito  Dr. Jorge Andréa dos Santos, médico, escritor, conferencista e pesquisador de muitos méritos. É a história verídica de um casal de meia ­idade que julgando mais que suficiente o número de filhos que tinha trazido para a vida na Terra resolveu não mais enviar “convites” para ninguém. A providência indicada era a de ligar  as trompas da senhora, ainda com alguns anos férteis pela frente. Por imprevista contingência, um dos médicos faltou no dia da cirurgia e o próprio marido, também médico, foi solicitado a fazer parte da equipe, a fim de suprir a ausência do colega. Ele testemunhou, portanto, ao vivo, todo o procedimento operatório e viu quando as trompas, após cortadas, tiveram as pontas implantadas no devido local. Nenhuma possibilidade havia, portanto, de gravidez posterior àquela cirurgia radical. Ou será que havia? Ainda hoje não se sabe exatamente o que se passou, mas o  certo é que a senhora engravidou  novamente. Parece até que “alguém” promoveu  uma cirurgia invisível para restaurar as trompas, costurando-­as competentemente, e colocando­-as novamente a funcionar, para que mais um Espírito pudesse retornar à carne.



  Aqui nesta vida, muitas vezes, não percebemos as más intenções de pessoas com quem convivemos – até mesmo amigos – e acabamos enganados de uma forma covarde. Será que, quando chegarmos ao mundo espiritual, vamos descobrir a verdade sobre eles?

Não podemos afirmar que isso vai acontecer da maneira que você coloca. Mas podemos ser enganados a vida toda e partir desta vida sem saber da verdade.

  Algumas vezes, a verdade é dolorosa e nos machucaríamos muito. Por isso, os próprios amigos espirituais ajudam a ocultá-las, até que alcancemos um certo nível de desenvolvimento para suportá-las.

Disso podemos deduzir que a revelação de uma traição conjugal, por exemplo, pode ser danosa nesta vida, dependendo de nossa reação contra os traidores.

  Todos sabemos que os chamados crimes passionais são muito frequentes em nossa sociedade, de modo que muitas vezes é melhor para o indivíduo não saber da verdade até que ele possa atingir um bom nível de compreensão das leis da vida.

No livro OS MENSAGEIROS, de André Luiz, há um caso que pode servir de ilustração para esta questão.

  Vicente era um médico e pesquisador, casado com Rosalinda, quando seu irmão, Eleutério, veio morar em sua casa.

  Ele tinha um laboratório particular, onde se dedicava aos estudos, e sempre contava com o auxílio de sua esposa nessas atividades.

Vicente percebeu que, depois que o irmão passou a morar em sua casa, aos poucos Rosalinda foi deixando de ajudá-lo no laboratório.

Todavia, ele nunca poderia desconfiar que havia um caso amoroso entre Rosalinda e Eleutério, pois sempre teve a mulher e o irmão na conta de pessoas de conduta irreparável.

Mas, com o tempo, começaram a aparecer pequenas borbulhas na fossa nasa de Vicente, a ponto de a ferida tomar um caráter de extrema gravidade e, mesmo com os cuidados dos médicos, a doença se agravou e Vicente desencarnou.

Na verdade, Vicente trazia problemas em termos de conduta, de modo que sua entrada no mundo espiritual não foi muito agradável, passando algum tempo por dificuldade em zona de sofrimento, até que acabou recolhido por uma equipe de Nosso Lar.

André Luiz não diz quanto tempo Vicente ficou em tratamento em Nosso Lar, mas logo que ele se recuperou e alcançou num determinado nível de esclarecimento, pôde visitar sua casa na Terra, verificando, então, que Rosalinda estava casada com seu irmão, Eleutério.

Até aí, tudo bem, pois seria natural que o cunhado era a pessoa mais próxima e suficientemente familiar para com ele se consorciar.

O problema, no entanto, foi quando Vicente (agora desencarnado) acabou descobrindo que Eleutério e Rosalinda usaram seu laboratório para nele aplicar determinada cultura microbiana, que o levou à morte.

O susto foi grande e abalou Vicente por algum tempo, até que se refez, convencendo-se de que, nas condições em que se encontrava agora, procurando reviver o evangelho de Jesus, não podia mais guardar ressentimentos.

Desse modo saudável termina a história de Vicente, cuja experiência, embora com uma grande traição no caminho, serviu para lhe dar um impulso na sua evolução espiritual.

  No entanto, trata-se de um caso não muito comum, porque, na maioria das vezes, o desencarnado, sentindo enganado e atingido na sua honra, acaba se tornando um obsessor na vida daqueles que o prejudicaram.