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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

APRENDENDO COM CHICO XAVIER ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os anos de convívio com a Espiritualidade transformaram o médium Chico Xavier numa fonte extraordinária de aprendizado sobre a Humanidade que se serve da Terra para o trabalho da evolução espiritual. Destacaremos a seguir alguns deles preservados pelo companheiro Adelino da Silveira um dos que desfrutou da intimidade do incomparável médium mineiro nos últimos anos de sua vida. 1- Por que Joanna D’Arc foi considerada santa apesar de ter liderado soldados franceses em batalhas certamente muito sangrentas?  Chico Xavier – “Naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam servir na formação do compor da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joanna D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genésicas, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século 19 que preparou, no mundo, a organização da Era Tecnológica que passou a viver-se no século 20”. 2- Porque jamais uma nação conseguiu invadir o Brasil e tomar parte de nossa Pátria, quando temos uma costa litorânea tão imensa? - Chico Xavier- “Porque toda vez que alguma Nação planejava isso, Jesus determinava que alguns milhares de Espíritos desencarnados e que ainda habitavam esse País, reencarnassem no Brasil e, ao invés de entrarem invadindo-nos pelas fronteiras geográficas faziam-no pelas fronteiras genéticas. As Leis de Segurança Planetária não permitiram, até agora, a invasão deliberada, decerto a fim de reservar determinada tarefa ou missão para os brasileiros do futuro, milhares dos quais filhos do pretenso invasor”. 3- Em 1952, quando Chico psicografava AVE CRISTO, certa noite, visitou-o um Espírito que viveu na época de Moisés. Tentou conversar com o médium mentalmente, mas este olhou para Emmanuel e disse-lhe: - Não entendi nada do que ele quis me dizer. Então, o bondoso guia explicou-lhe: - Ele está dizendo que não vem à Terra aproximadamente há 4 mil anos e que achou as construções um pouco diferentes, mas a evolução moral foi muito pequena”. 4- Francisco de Assis era a reencarnação do Apóstolo João Evangelista? Chico Xavier– “Acreditamos que a elevação de São Francisco de Assis foi a continuidade de João Evangelista na divulgação da obra do Cristo em todo o mundo, especialmente na Vida Ocidental. Creio que o assunto exposto é a expressão da verdade”. 5- Qual o animal mais adiantado? Chico Xavier – “O cão. O cão desperta muito amor e é um modelo de fidelidade. As pessoas que amem e cultivem a convivência com os animais, especialmente os cães ou descendentes das raças caninas, se observarem com atenção, decerto verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidade que consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina, obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço, vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a ideia de que, quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para o estágio mais próximo da hierarquia espiritual”.


Filmes espíritas, como “Nosso Lar” e outros, costumam mostrar cenas horripilantes de Espíritos em sofrimento, de Espíritos revoltados e violentos. Será que essas cenas não causam mais medo nas pessoas, mais do que ajudam? Será que os espectadores não ficam mais impressionadas com a questão da morte e do que lhes pode acontecer depois?

   Nós não conhecemos a arte cinematográfica para dizer que tais cenas poderiam ser apresentadas de outra maneira. Mas podemos dizer que, geralmente, os filmes procuram mostrar aquilo que vem descrito nos livros.

É claro que uma coisa é você ler, outra você visualizar no filme. Pode parecer que as cenas dos cinemas, por meio das imagens e dos efeitos sonoros, expressem com mais realidade as cenas que os livros descrevem.

Aliás, no cinema, de uma maneira geral e não só em filmes espíritas, tendem ao exagero, justamente para impressionar mais os sentidos dos espectadores.

No entanto, podemos dizer que é o objetivo é mostrar e não causar medo no espectador. Cada qual vai ver, sentir e interpretar da sua maneira.

Por outro lado, não podemos deixar de considerar que o cinema explora muito as cenas de violência nos filmes em geral, principalmente nas ficções e filmes para adolescentes, e de uma maneira exagerada.

Não vemos pais e educadores se manifestarem a respeito, até porque esses filmes predominam nas telas, procurando mostrar que somente a violência vence a violência, coisa em que não acreditamos.

Para os espíritas, e para os espiritualistas em geral, somente o amor vence a violência, e é isso que os filmes procuram mostrar, uma vez que não temos como negar a realidade da violência no mundo.

Portanto, caro ouvinte, não sabemos como a literatura espírita e o cinema podem abordar essas questões de outra forma.


terça-feira, 16 de setembro de 2025

SUTILEZAS DA REENCARNAÇÃO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Múltiplos aspectos existem a serem investigados a respeito da reencarnação, especialmente porque cada renascimento traz para nossa Dimensão, Espíritos com históricos, anseios e condições familiares diferentes. Reunimos três situações que complementadas pelas informações finais, fornecem elementos para diferentes cogitações e reflexões. CASO 1 - Seis anos após o casamento, a confirmação da programada gravidez revelou um comportamento inusitado: a implicância da esposa em relação a qualquer gesto ou ação do marido. A situação chegou a tal ponto que a separação parecia ser a melhor solução até que consultado, um amigo sensitivo, começou a insistir para que o candidato a pai deixasse aquele Espírito reencarnar. Ante a estranheza do candidato a pai, reiteradas vezes repetiu o orientador –“Fulano, deixa esse menino nascer”. A simples aproximação da esposa à medida que a gestação evoluía, parecia provocar inquietação no feto em desenvolvimento, desencadeando na mãe, crises acentuadas de repulsa ao marido. Após o nascimento, com o passar dos dias, qualquer tentativa do pai de segurar a criança nos braços, desencadeava no pequeno, crises violentas de choro, provocando, agora no irritado pai, ímpetos de compreensível aversão até que, procurado, o inspirado conselheiro, sugeriu: -“Aproveite as horas de sono do bebe e converse com ele. Peça-lhe uma oportunidade, desculpas por eventuais prejuízos a ele causados, diga-lhe que o ama. Creia, ela o estará ouvindo!”.  Acatada e implementada a recomendação, após algumas semanas, o quadro, como que por encanto, se modificou. Sete anos se passaram e, hoje, filho e pai não se separam, o pequeno vendo no genitor, seu amigo e parceiro de todos os momentos. CASO 2- A poucas semanas do casamento, em meio aos preparativos finais, uma séria discussão por motivo banal, parecia ter posto fim ao sonho de vários anos. Numa conversa do pai da moça com médium conhecido de longa data, a revelação de um dado inimaginável: por traz daquele efeito, havia a influência de um Espírito que, pela Lei de Causa e Efeito, estava programado para renascer da união do casal que não mais queria cumprir o combinado, desistindo do plano, tentando tudo o que podia para evitar a consumação do compromisso matrimonial. Sugestão: a mãe conversar bastante com o Espírito, tentando dissuadi-lo de seu intento; submeter-se à terapia do passe juntamente da criança que se desenvolvia em seu ventre. Apesar do acato à orientação, a gravidez foi pautada por inúmeras intercorrências, colocando em risco o ciclo natural da gestação. CASO 3- Durante entrevista de Chico Xavier em visita à Goiânia, capital de Goiás, no dia 7 de maio de 1974, questionado sobre porque motivo o casal, muitas vezes, tem no noivado uma paixão marcante e experimenta a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas, após o nascimento dos filhos, o médium respondeu: -“Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro (...). O namoro e o noivado, em muitas ocasiões, estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal. Quando esses mesmos Espíritos se corporificam em nossa casa, na posição de nossos próprios filhos (...), existe, sim, o decréscimo da paixão, no capítulo das feições possessivas que nos cabe evitar ”. Em revelações do Espírito Vetterini através da jovem médium Reinne, em pesquisas conduzidas pelo pintor Corneille, entre 1912/1913, a entidade explicou que “durante 2 ou 3 meses após a concepção, o Espírito é relativamente livre e é bem raro ele vir visitar o próprio corpo que está sendo construído no ventre da mãe; frequência intensificada à medida que o tempo passa, imprimindo suas características ao corpo em formação, modelando-o dissimuladamente de acordo com seu desejo, fixando-se quase por definitivo aí pelos 7 meses”. No livro AS VIDAS SUCESSIVAS (lachâtre), publicado em 1911, pelo do pesquisador Albert De Rochas relatando como praticamente redescobriu a possibilidade da regressão de memória a encarnações anteriores, o caso número 3, a regressão de Eugénie, mostra que “aproximando-se daquela que deveria ser sua mãe e que acabava de concebê-la, não entrou no feto, porém ficou em torno de sua mãe até o momento em que a criança veio ao mundo, entrando pouco a pouco, ‘por ímpetos’, no pequenino corpo, só ficando completamente ligada a ele por volta dos 7 anos, vivendo parcialmente fora de seu corpo carnal, que via nos primeiros meses de vida como se estivesse colocada fora dele”.


  É verdade – disse ele - que Chico Xavier foi processado pela família de Humberto de Campos porque publicou livros psicografados com o nome do escritor falecido?

  Esse foi um dos casos mais extraordinários – com certeza, o único no mundo - não só para o meio espírita, como também para o mundo jurídico, que ocorreu  no ano de 1944, há cerca de 80 anos.

O escritor Humberto de Campos, primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, autor de várias obras durante sua vida no Rio de Janeiro, passou a escrever por Chico Xavier cerca de três anos após seu falecimento.

Na época Chico era um jovem, tinha apenas 27 anos. Seus livros eram publicados pela editora da Federação Espírita Brasileira.

Os livros atribuídos a Humberto de Campos-Espírito eram Crônicas de Além-Túmulo; Reportagens de Além-Túmulo; Luz Acima; Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho e  Novas Mensagens.

Humberto de Campos, por outro lado, cronista e escritor de renome, deixou algumas dezenas de obras publicadas, sobretudo crônicas e contos.

Mas, sua família – ao saber que as obras psicografadas passaram a ser mais procuradas do que aquelas que ele publicou em vida, entrou com uma ação contra Chico Xavier e contra a editora.

A família alegava que não havia prova de que as obras tinham sido realmente produzidas por Humberto de Campos, não obstante demonstrassem o estilo inconfundível do autor. E, diante disso, ela reivindicava provas concretas fornecidas por críticos literários, e se as ditas obras psicografadas fossem realmente de Humberto-Espírito, que os direitos autorais provenientes da venda dessas obras viessem para a família.

Na ocasião, para defender o Chico e se defender, a Federação Espírita Brasileira contratou o advogado Miguel Timponi, um nome muito respeitável no meio jurídico. Timponi pediu à FEB uma assessoria doutrinária para provar que as obras psicografadas eram autênticas, o que não foi difícil conseguir, reunindo grandes estudiosos do Espiritismo.

O assunto gerou polêmica na época e repercutiu durante dias nos principais periódicos do país, transformando-se em livro intitulado "A PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS".

Nessa obra Timponi relata todo o processo – juntando pareceres de críticos literários -  até a decisão final da justiça que reconheceu que, para fins legais, os direitos autorais não poderiam ser atribuídos a um espírito desencarnado.

A justiça não era competente para resolver a questão da autoria espiritual, uma vez que o assunto está fora de sua alçada e pertence mais à filosofia e à ciência.

A viúva levou o processo ao Tribunal de Apelação do Distrito Federal, onde o relator, Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa, indeferiu o provimento ao recurso, confirmando a sentença. 

Ao analisar o caso, Rodrigo Kaufmann, na obra "Memória Jurisprudencial", acredita que entre os vários casos no qual atuou o ministro Ribeiro da Costa, nenhum ganhou tanto destaque quanto o processo de Humberto de Campos.  

Por outro lado, a mãe de Humberto de Campos, Ana de Campos Veras, ainda encarnada na época, havia reconhecido o estilo do filho nas obras psicografadas, fez amizade com o Chico, e foi entrevistada pela imprensa.

Dona Ana de Campos declarou para o jornal o Globo de julho de 1944: "Não conheço nenhuma explicação científica para esclarecer esse mistério (...) Só um homem muito inteligente, muito culto e de fino talento literário poderia ter escrito essa produção, tão identificada com a de meu filho ".

Mais tarde, o filho mais velho do autor, Humberto de Campos Filho declarou-se espírita e escreveu um livro a respeito do caso, intitulado “IRMÃO X, MEU PAI”, alusão ao cognome que Humberto de Campos-Espírito passou a utilizar nas várias obras que psicografou posteriormente.

 Para se conhecer o caso, que teve vários desdobramentos, e também o processo movido contra o médium e a editora, você, prezado ouvinte, deve ler os livros “PSICOGRAFIA ANTE OS TRIBUNAIS”, “NOVAS MENSAGENS”, este último como várias cartas enviadas por Humberto-Espírito aos seus familiares, mais o livro  ‘IRMÃO X, MEU PAI” de Humberto de Campos Filho.



 

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A HIPÓTESE/CERTEZA DE HERMÍNIO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Lançado no ano de 1975, o livro VIDA DEPOIS DA VIDA (edibolso), apresenta o resultado de cinco anos de pesquisa conduzida pelo médico Raymond A. Moody Jr, a respeito do que se popularizou como EQM – Experiência de Quase Morte, ou seja, daquelas pessoas que por fatores diversos, foram trazidas de volta à vida por processos naturais ou induzidos. O trabalho prefaciado, antes de ser publicado, por outra médica especialista no assunto, Elizabeth Kubler-Ross, revela informações muito interessantes, como a do paciente moribundo continuar a ter informação consciente do seu ambiente depois de ter sido declarado clinicamente morto; um flutuar para fora de seus corpos físicos;  grande sensação de paz e totalidade; estarem cônscios do auxílio de outra pessoa em sua transição para outro plano de existência; a presença de pessoas amadas que tinham morrido antes, e, uma das mais instigantes é a chamada recapitulação extremamente rápida da própria vida, para alguns em ordem cronológica, enquanto para outros não. Segundo os relatos, instantânea, de uma vez, abrangendo todas as coisas só com um relance, vívida e real, cada imagem sendo percebida e reconhecida, apesar da rapidez. Surpreendentemente, Allan Kardec, nos depoimentos sobre percepções e sensações no instante da morte, selecionados para compor a segunda parte d’ O CÉU E O INFERNO, incluiu dois em que contam que “toda a minha vida se desenrolou diante de minha lembrança” (J. Sanson,) e, “senti um abalo e lembrei-me, de repente, meu nascimento, juventude, minha idade madura, toda a minha vida se retratou nitidamente em minha lembrança” (M. Jobard). Já no início do século 20, o incansável pesquisador Ernesto Bozzano, apresenta na obra A CRISE DA MORTE (feb), casos como o do juiz Peckam, “no momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda minha existência, todas as cenas, ações que praticara, passaram ante meu olhar”; do Dr. Horace Abraham Ackley, “logo que voltei a mim, todos os acontecimentos de minha vida desfilaram sob as vistas, como num panorama, visões vivas, muito reais, em dimensões naturais, como se meu passado se houvera tornado presente”, ou,  Jim Nolam, “um pouco antes da crise fatal, minha mente se tornara muito ativa; lembrei-me subitamente de todos os acontecimentos da minha vida; vi e ouvi tudo que fizera, dissera, pensara, todas as coisas a a que estivera associado”. Em outro dos seus extraordinários trabalhos, A MORTE E SEUS MISTÉRIOS (eco), Bozzano reúne relatos de pessoas que passando por traumatizantes situações de perigo de vida, também vivenciaram experiências da visão panorâmica. Um grupo de alpinistas e turistas que sofreram quedas das montanhas, vendo a morte de perto, relataram que além de um sentimento de beatitude; ausência do tato e da dor, com a visão e audição conservando acuidade normal; extrema rapidez do pensamento e imaginação; em inúmeros casos, reviram todo o curso de sua vida passada (“vislumbrei todos os fatos de minha vida terrena que se desenrolaram diante de meus olhos em imagens inumeráveis, com extraordinária rapidez e clareza”); Alphonse Bué, vitima de queda que o fez perder a consciência durante dois ou três segundos, conta que “desenrolaram-se, clara e lentamente, no seu Espírito, cenas, brinquedos infantis, vida escolar, curso na escola militar, a vida de soldado na guerra da Itália, etc.”. Bozzano agrupa ainda  casos de pessoas que passaram por asfixia por submersão (1- “vi, num vasto panorama, toda minha existência terrena, desde as recordações infantis até o momento em que nadei para o mar alto”; 2- “diante de minha visão, se sucedia, com a maior rapidez, todo o painel de minha vida, em projeção panorâmica”, 3- “no instante em que desapareci na água, se produziu em minha mente verdadeira revolução, graças à qual as menores particularidades de minha vida terrena se imprimiram em caracteres profundos em minha memória, de acordo com as épocas em que as vivi”). O riquíssimo documentário produzido através do médium Chico Xavier, através das cartas de entes queridos,inclui inúmeras demonstrações dessa recapitulação no instante imediato à morte. O erudito e respeitado Hermínio Correia de Miranda, na obra AS DUAS FACES DA VIDA (lachâtre, 2005), no capítulo Psiquismo Biológico, recordando hipótese formulada no extraordinário A MEMÓRIA E O TEMPO (edicel,1981), de que “ao finalizar-se a existência na carne, ou mesmo ante ameaça mais vigorosa e eminente de que ela está para terminar, dispara um dispositivo de transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta aquele belo e curioso espetáculo de replay da vida, para o qual estamos propondo o nome de recapitulação. Uma vez transcrita a gravação dos tapes espirituais, o corpo físico é liberado para a desintegração celular inevitável”. Quatro décadas depois dessa suposição, conclui: “As pesquisas posteriores(...), me asseguram de que não há, ainda razões para rejeitar a hipótese, havendo, ao contrário, suportes confiáveis para ela, não apenas em textos doutrinários básicos, como em informes trazidos por André Luiz, bem como, no convincente depoimento de um confrade experimentado como Romeu do Amaral Camargo”, acrescentando: “- Assim, o Espírito pode proceder a uma reavaliação das suas vivências, ao mesmo tempo em que se prepara para novas tarefas no Mundo Espiritual e para a eventual retomada da experiência física, em outra etapa reencarnatória”..



Dizem que o casamento é um compromisso muito sério, que foi firmado na espiritualidade antes desta vida. Se isso é verdade, para o Espiritismo, as separações não têm sentido, porque mais cedo ou mais tarde, mulher e marido voltarão a se encontrar, mesmo que seja depois desta vida. Então, pergunto, não vale mais aquele juramento que diz “até que a morte os separe”?

  O casamento ou a união realizada aqui na Terra pode ser um compromisso do passado. Mas esse compromisso nem sempre significa que marido e mulher tiveram boa convivência em existência anterior.

Às vezes, a união do casal em forma de casamento é para resolver problemas que ainda não foram resolvidos. Nesse caso, sempre um dos parceiros está mais preparado para buscar entendimento.

Mas, essa experiência pode ser apenas uma tentativa, que nem sempre dá certo. Já viveram juntos e não se entenderam. Voltam para numa nova experiências juntos e não conseguem se conciliar, separando de novo.

Um caso de tentativa frustrada encontramos no livro AÇÃO E REAÇÃO de André Luiz, onde o autor conta o caso do casal MARCELA e ILDEU. Apesar do sacrifício de Marcela, retornando à vida terrena para ajudar o marido, todos os esforços foram em vão.

Por outro lado, existem aqueles casos em que o casal vem para realizar uma tarefa importante, uma verdadeira missão, seja junto aos filhos, ao restante da família e até mesmo no seio da comunidade onde vão viver.

Não é difícil perceber quando isso acontece, até porque as relações entre eles são boas e geralmente eles estão dispostos a renunciar pela causa que abraçam.

  Porém, a reaproximação daqueles que não se entenderam, como marido e mulher, não precisa vir necessariamente por meio do casamento. Muitos Espíritos retornam para reconciliarem em outras circunstâncias, como pais e filhos ou mesmo como irmãos.

Desse modo não é sempre verdadeira aquela afirmação de que, separando nesta encarnação, deverão voltar na outra como marido e mulher para completar a jornada.

Os casamentos, hoje, tendem a durar muito pouco, em face do reconhecimento dos direitos da mulher. No passado, a mulher suportava o marido, porque tinha medo de se separar, por causa da pressão das famílias e da sociedade.

Hoje, mais dona de seus direitos, a mulher reage melhor a imposições descabidas de seu marido. Essas mudanças fazem parte do processo de evolução que não vai se resolver em uma ou duas gerações.

Por conta da evolução, a condição atual da sociedade é outra, e isto só foi descoberto há pouco tempo, gerando essa crise de separações que envolve os casamentos. Vamos precisar de várias gerações para reestabilizar o casamento, tornando-o uma instituição mais segura.

CHICO XAVIER E AS MENSAGENS EM OUTROS IDIOMAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Allan Kardec, desenvolvendo uma classificação inicial da variedade dos médiuns escreventes no excelente compêndio intitulado O LIVRO DOS MÉDIUNS, chamou de médium poliglota, “o que tem a faculdade de falar ou escrever em línguas que não conhecem”, acrescentando, contudo, serem “muito raros”. Uma dentre as hipóteses alinhadas na referida compilação é que o fenômeno só seria possível pela existência, no inconsciente da individualidade de registros arquivados em encarnações em que se serviu desse idioma para se expressar e comunicar na região, raça ou pátria em que renascera. Chico Xavier, entre as múltiplas formas em que sua mediunidade foi utilizada foi para a recepção de mensagens, está a em outros idiomas. Vários, em sua longa jornada a serviço dos Espíritos. Sabe-se que Chico não teve formação além do antigo primário, tendo repetido duas vezes a quarta série, O primeiro a fazer referências a esse tipo de mensagem foi o repórter Clementino de Alencar, enviado especial do jornal O Globo, para investigar Chico Xavier, a origem dos escritos pós-morte do escritor Humberto de Campos e dos vários poetas do PARNASO DE ALEM TÚMULO. Surpreso com o que encontrou - um jovem humilde, pobre, cultura incipiente -, permaneceu em Pedro Leopoldo, MG, por dois meses testando o objeto de sua pesquisa, obtendo da Espiritualidade inúmeras demonstrações de sua ação junto ao médium. Um dos fatos que o surpreendeu foram relatos que davam conta da recepção por ele de mensagens em inglês e italiano, cujo aprendizado, à época, somente era acessível nos grandes centros. E Chico, pelos rudes labores e carga de trabalho remunerado na venda do “seu” Zé Felizardo, não permitiam tais “luxos”. Numa de suas matérias, de doze de maio de 1935 – Chico contava 25 anos de idade -, Alencar faz referências a algumas dirigidas em inglês ao doutor Romulo Joviano. Formara-se ele em Zootecnia pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, sendo seu autor Alexander Seggie, colega de estudos e amigo íntimo durante os anos de formação, desencarnado na França, durante a Primeira Guerra Mundial. Nas referidas páginas, Alexander, cuja existência o jovem médium ignorava, referia-se ao amigo, num trocadilho, “Jove”,alusão ao sobrenome Joviano. Ainda no texto enviado ao diário carioca, o repórter reproduz mensagem recebida na reunião de 23 de novembro de 1933, assinada por Emmanuel escrita em ingles com as letras enfileiradas ao inverso. Ao reescrevê-la no sentido correto, o destinatário, profundo conhecedor do inglês, identificou um erro na colocação de um artigo e um pronome. Resolve, em inglês, interpelar Emmanuel, recebendo dele extensa resposta no mesmo idioma, entre outras coisas desculpando-se pelos erros cometidos, dizendo-se, apenas um aluno inábil e não um mestre na utilização da língua. Alencar inclui ainda uma mensagem em italiano, grafada da mesma maneira curiosa que a precedente. Objetivando testar se por trás daquele jovem ingênuo havia algo mais, quando solicitado a encerrar aqueles dois meses de experiência, formulou quatro perguntas em inglês, a última das quais mentalmente, obtendo dezoito linhas de resposta a esta, também em inglês. Mais ou menos na mesma época, o médium psicografou mensagem em inglês ao Consul da Inglaterra, em Belo Horizonte, Minas Gerais, Senhor Harold Walter. Anos depois, presente à solenidade levada a efeito no Teatro Municipal de São Paulo, Chico psicografaria perante numeroso público, entre outras, uma mensagem/ saudação de Emmanuel aos presentes, em inglês, escrita de trás para frente, a chamada especular, somente possível de ser lida diante de um espelho.  Testemunha de muitos desses momentos, o doutor Rômulo Joviano, contou ao amigo Clóvis Tavares que, por força do trabalho, “em visita, certa vez, a uma fazenda do Doutor Louis Ensch, engenheiro luxemburguês, fundador da Usina de Monlevade da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, em Monlevade, MG, Chico recebeu mensagem, endereçada ao mesmo, em idioma luxemburguês. Maravilhado, o destinatário declarou que as páginas foram escritas no melhor estilo da língua nacional de sua pátria, o Grão Ducado de Luxemburgo”. Noutra ocasião, em visita a uma parenta sua residente em Barbacena, MG, a escritora Maria Lacerda de Moura, assistindo uma reunião de estudos orientalistas, após esta ter escrito no quadro-negro algumas palavras em português, possivelmente um “mantra”, para meditação dos presentes, “Chico recebe, através da psicofonia sonambúlica, uma mensagem em idioma hindu, havendo a entidade comunicante, conduzido o médium até o mesmo quadro-negro, traçando diversas expressões ininteligíveis para os presentes, posteriormente reconhecidas como mantras grafados em caracteres sânscritos”.  Inúmeras mensagens particulares foram recebidas ao longo dos anos, em vários idiomas, que o médium também ignorava completamente: alemão, árabe e grego. Perderam-se, no entanto, pelo seu caráter estritamente pessoal dos destinatários.

Ultimamente tenho visto algumas cartas psicografadas de pessoas famosas, que a imprensa publica. Será que essas cartas são verdadeiras? Como saber?

O médium que se destacou no Brasil no recebimento de cartas psicografadas foi Chico Xavier.  Acreditamos que recebeu milhares de cartas, cada uma endereçada a familiares.

Na última etapa de sua mediunidade, era comum comparecerem centenas de pessoas à Casa Espírita da Prece, em Uberaba, buscando contato com familiares desencarna

A maioria delas era de jovens que voltavam para atender aos apelos dos pais, sobretudo das mães, que pretendiam uma prova de que seus filhos tinham sobrevivido à morte e estavam bem.

Chico Xavier, porém, foi um caso muito especial na história da mediunidade, que se impôs pela sua conduta e pelo seu espírito cristão, fazendo-se respeitar por todos os cantos do Brasil.

Isso não quer dizer, porém, que não existam outros médiuns que possam receber cartas psicografadas, mas não podemos desconsiderar que a moral do médium é um dos atestados mais autênticos das comunicações que recebem.

De fato, temos visto algumas dessas cartas de gente famosa, mas não temos elementos para dizer se são autênticas ou não.

Quem pode dizer melhor sobre a autenticidade das cartas é a família do desencarnado, até porque os Espíritos, quando querem se fazer reconhecer, sempre deixam alguma marca especial para se fazerem reconhecidos.

Famosos, que se dirigem ao público e especialmente a seus admiradores, nas cartas que pudemos ler, geralmente falam de forma muito generalizada e superficial que, em si, não trazem novidades.

Não sabemos se esses Espíritos de famosos se dirigem diretamente aos seus familiares. O ideal seria que isso acontecesse, porque facilitaria o reconhecimento.

Por outro lado, sabemos que, muitas vezes, não é fácil para um Espírito conseguir um médium com quem se afine, pois, em matéria de comunicação mediúnica, a sintonia entre o Espírito e o médium é fundamental.

Desse modo, antes de questionarmos se a carta é autêntica ou não, porque não temos elementos comprobatórios, devemos considerar o teor da mensagem e verificar se ele traz alguma mensagem que possa ser bem utilizada por todos.

O mais importante, numa mensagem da espiritualidade, porém, é a mensagem em si, se ela é séria, sóbria e construtiva; se vai servir para ajudar os admiradores desses famosos a acreditar em Deus e na vida após a morte.

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

A MENTE E O ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Embora as ideias sejam associadas por muitos, o estudo criterioso das informações oferecidas pelos Espíritos leva a crer que a mente constitui-se num instrumento para que o Espírito trabalhe pela própria evolução. Consideram eles quetoda mente é dínamo gerador de força criativa”. (AR,5)  E queo pensamento é uma força, é o atributo característico do Ser Espiritual; é ele que distingue o Espírito da matéria; sem o pensamento o Espírito não seria Espírito. (RE, /1864) Acrescentam ainda que “o pensamento atua à feição de onda, com velocidade superior à da luz.  (AR, 5) Objetivando reunir elementos para suscitar maiores e mais profundas reflexões, foi elaborado MENTE, CORPO, DOENÇAS – AS RESPOSTAS QUE O ESPIRITISMO DÁ, disponibilizado no YOUTUBE. Dele destacamos duas questões para sua avaliação: 1- Para se relacionar com a vida, o Espírito se vale do instrumento chamado Mente. O que vem a ser? A mente humana, ainda que indefinível pela conceituação científica limitada, na Terra, é o centro de toda manifestação vital no Planeta. A mente emana do Espírito. É o instrumento criado pelo Espírito para aspirar, canalizar e modelar a energia espiritual extravasando seus impulsos ou aplicando-a para os fins que tem em mira. É a sede do raciocínio que guia nossos atos. A mente é o espelho da vida em toda parte . (PV,1) . É um núcleo de forças inteligentes, gerando plasma sutil (pensamento) que, a exteriorizar-se incessantemente de nós, oferece recursos de objetividade às figuras de nossa imaginação, sob o comando de nossos próprios desígnios. (NDM; 1) Toda mente vibra na onda de estímulos e pensamentos em que se identifica, gerando o Espírito em si mesmo inimaginável potencial de forças mento-eletromagnéticas, exteriorizando nessa corrente psíquica os recursos e valores que acumulou em si próprio. (MM;12) Cada tipo de mente vive na Dimensão com que se harmonize. (FT ) 2- Então ela é o elo entre a realidade interior e a exterior? O reflexo mental vibra em tudo.  Nossa alma pode ser comparada a um espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.  Recolhe a força da vida em ondas de sentimento e emite-as em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos. Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros.  É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza. Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.  Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do Ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio. (IP) Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.  Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.  E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima. Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada pra frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no ‘hoje imperecível’. (NDM)



  Sabemos que todos nós estamos no lugar certo, passando o que realmente precisamos passar, sofrendo o que realmente precisamos sofrer, porque tudo isso é Lei do Carma. Pergunto: pensando assim, por que ajudar as pessoas nos seus problemas, por que procurar minorar o sofrimento do próximo quando é pelo sofrimento que ele deve aprender? Não estamos interferindo indevidamente no seu carma?

–Quando madre Teresa de Calcutá passou a trabalhar pelos pobres e abandonados da Índia, logo teve contra si os religiosos hindus, que usavam desse mesmo argumento.

Hinduísmo, que é reencarnacionistas e muito mais antigo que o Cristianismo, afirma que não devemos ajudar as pessoas que sofrem, porque estaríamos interferindo no seu carma e impedindo sua evolução.

Não é assim que o Espiritismo entende. O Espiritismo segue Jesus e acredita num Pai bom e misericordioso. A reencarnação é uma oportunidade de que o Espirito desfruta para avançar.

Contudo, a lei divina não é tão implacável, a ponto de esquecer o nosso sofrimento. Ao longo da reencarnação pode contar com o auxílio daqueles que se propõem a nos ajudar nesse caminho evolutivo.

O auxílio dos outros, portanto, ao invés de ser um mal ( como pensam os hindus) é um bem, que acaba contribuindo para que aprendamos a importância da caridade nesse caminhar.

Portanto, essa conduta cristã, a caridade, tem dois grandes objetivos: ajudar quem necessidade e nos dar ensejo de aprender a praticar o bem.

É por isso que Jesus ensinou o amor ao próximo, pois este é o seu ideal, a construção de uma sociedade fraterna, onde as pessoas se amem e se entreajudem, não só em situações extremas – como a miséria, a fome, a doença – mas do dia a dia de nossas relações.

Um aluno, que está com dificuldade nos estudos, não merece ser ajudado para aprender a vencer certos conteúdos? Um trabalhador, que não está dando conta do serviço, não precisa de uma orientação para desenvolver suas atividades?

Logo, ajudar alguém não é interferir no seu carma ou atrapalhar sua jornada. Pelo contrário. Ajudar alguém é estimulá-lo a caminhar mais depressa em busca de suas metas de aperfeiçoamento, e também para que aprenda a amar ao se sentir amado.


quinta-feira, 11 de setembro de 2025

CIDADES NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Sacerdote inglês, George Vale Owen levou 25 anos para se convencer de que a comunicação dos Espíritos era um fato verdadeiro e bom, construindo no período de um mês – entre 23 de setembro e 31 de outubro de 1913, uma incrível obra falando do Mundo Espiritual de forma objetiva e rica em detalhes. O processo a escrita automática por inspiração psicográfica, calculando que as 29 comunicações vertidas para nosso Plano tenham surgido na base de 24 palavras por minuto. Conta que o início se deu a partir de orientação recebida por sua esposa em comunicação através da prancheta de que “deveria sentar-se, calmamente, com o lápis na mão e receber todos os pensamentos que viessem à sua mente, projetados por uma personalidade externa e não originados do exercício do seu próprio Espírito”. Relutando por longo tempo, convenceu-se, por fim, de que amigos que estavam próximos, desejavam ardentemente falar-lhe. Na última mensagem recebida, soube ter sido variável o número de entidades espirituais que o assistiam em seu trabalho mediúnico, que acabou resultando no livro A VIDA ALÉM DO VÉU (feb, 1921), compilação das mensagens publicadas pelo magnata da comunicação inglês  Lord Northcliffe, em um dos seu jornais. A princípio acionado por sua mãe que havia desencarnado quatro anos antes, foi consecutivamente utilizado por ASTRIEL (Regiões Inferiores do Céu), ZABDIEL (Altas Regiões do Céu), LEADER (Os Mistérios do Céu), cada um deles dando oferecendo informações sobre as áreas em que viviam. Destacamos alguns desses informes que expressam as surpreendentes revelações contidas no livro: 1- “É a Terra aperfeiçoada. (...) O que chamais quarta dimensão, até certo ponto existe aqui, mas não podemos descrevê-la claramente. Nós temos montes, rios, belas florestas e muitas casas; tudo foi preparado pelos que nos precederam”. 2- “Avistamos a cidade e descemos em frente à porta principal, pela qual penetramos na principal rua. Esta cortava toda a cidade e saía em outra porta do lado oposto. De cada lado desta rua larga havia grandes casas ou palácios, em terrenos espaçosos. Quando vínhamos em direção à cidade notamos diversas pessoas trabalhando nos campos e, também, muitos edifícios que não eram evidentemente residências, mas tinham algum fim útil. Agora que estávamos dentro dos seus muros, vimos a perfeição, tanto das construções como da horticultura. Cada casa tinha um jardim típico, em harmonia com ele, tanto na cor quanto no formato”. 3-A ponte sobre o abismo, entre as esferas de luz e de trevas, foi construída e ela é toda da mesma cor. Na parte mais afastada, está envolta em trevas e ao emergir gradualmente em direção à região de luz, toma uma cor cada vez mais brilhante”. 4- “Estas regiões são muito extensas e a ponte é mais um trecho de terreno do que uma ponte, e esta é a melhor comparação que me ocorre. Como vi, apenas, pequena parte destas esferas, só me refiro ao que sei. Provavelmente há outros precipícios e pontes; grande número deles”. 5- (A casa) é muito bem acabada, interna e externamente. Dentro possui banheiros, um salão de música e aparelhos registradores do nosso trabalho. É um edifício amplo. (...) Tudo é de tal forma extraordinário que, não sei não se acreditaria como não se compreenderia (...). As árvores, são verdadeiras árvores, e crescem como na Terra, porém estão de acordo com os edifícios”.


 

Sabemos que todos nós estamos no lugar certo, passando o que realmente precisamos passar, sofrendo o que realmente precisamos sofrer, porque tudo isso é Lei do Carma. Pergunto: pensando assim, por que ajudar as pessoas nos seus problemas, por que procurar minorar o sofrimento do próximo quando é pelo sofrimento que ele deve aprender? Não estamos interferindo indevidamente no seu carma?

Quando madre Teresa de Calcutá passou a trabalhar pelos pobres e abandonados da Índia, logo teve contra si os religiosos hindus, que usavam desse mesmo argumento.

Hinduísmo, que é reencarnacionistas e muito mais antigo que o Cristianismo, afirma que não devemos ajudar as pessoas que sofrem, porque estaríamos interferindo no seu carma e impedindo sua evolução.

Não é assim que o Espiritismo entende. O Espiritismo segue Jesus e acredita num Pai bom e misericordioso. A reencarnação é uma oportunidade de que o Espirito desfruta para avançar.

Contudo, a lei divina não é tão implacável, a ponto de esquecer o nosso sofrimento. Ao longo da reencarnação pode contar com o auxílio daqueles que se propõem a nos ajudar nesse caminho evolutivo.

O auxílio dos outros, portanto, ao invés de ser um mal ( como pensam os hindus) é um bem, que acaba contribuindo para que aprendamos a importância da caridade nesse caminhar.

Portanto, essa conduta cristã, a caridade, tem dois grandes objetivos: ajudar quem necessidade e nos dar ensejo de aprender a praticar o bem.

É por isso que Jesus ensinou o amor ao próximo, pois este é o seu ideal, a construção de uma sociedade fraterna, onde as pessoas se amem e se entreajudem, não só em situações extremas – como a miséria, a fome, a doença – mas do dia a dia de nossas relações.

Um aluno, que está com dificuldade nos estudos, não merece ser ajudado para aprender a vencer certos conteudos? Um trabalhador, que não está dando conta do serviço, não precisa de uma orientação para desenvolver suas atividades?

Logo, ajudar alguém não é interferir no seu carma ou atrapalhar sua jornada. Pelo contrário. Ajudar alguém é estimulá-lo a caminhar mais depressa em busca de suas metas de aperfeiçoamento, e também para que aprenda a amar ao se sentir amado.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

APRENDENDO COM CHICO XAVIER ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Os anos de convívio com a Espiritualidade transformaram o médium Chico Xavier numa fonte extraordinária de aprendizado sobre a Humanidade que se serve da Terra para o trabalho da evolução espiritual. Destacaremos a seguir alguns deles preservados pelo companheiro Adelino da Silveira um dos que desfrutou da intimidade do incomparável médium mineiro nos últimos anos de sua vida. 1- Por que Joanna D’Arc foi considerada santa apesar de ter liderado soldados franceses em batalhas certamente muito sangrentas?  Chico Xavier – “Naquela época, os Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que viriam servir na formação do compor da plêiade de entidades nobres que reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado Iluminismo francês. Era preciso suportar a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida, perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joanna D’Arc foi convocada para que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genésicas, para a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século 19 que preparou, no mundo, a organização da Era Tecnológica que passou a viver-se no século 20”. 2- Porque jamais uma nação conseguiu invadir o Brasil e tomar parte de nossa Pátria, quando temos uma costa litorânea tão imensa? - Chico Xavier- “Porque toda vez que alguma Nação planejava isso, Jesus determinava que alguns milhares de Espíritos desencarnados e que ainda habitavam esse País, reencarnassem no Brasil e, ao invés de entrarem invadindo-nos pelas fronteiras geográficas faziam-no pelas fronteiras genéticas. As Leis de Segurança Planetária não permitiram, até agora, a invasão deliberada, decerto a fim de reservar determinada tarefa ou missão para os brasileiros do futuro, milhares dos quais filhos do pretenso invasor”. 3- Em 1952, quando Chico psicografava AVE CRISTO, certa noite, visitou-o um Espírito que viveu na época de Moisés. Tentou conversar com o médium mentalmente, mas este olhou para Emmanuel e disse-lhe: - Não entendi nada do que ele quis me dizer. Então, o bondoso guia explicou-lhe: - Ele está dizendo que não vem à Terra aproximadamente há 4 mil anos e que achou as construções um pouco diferentes, mas a evolução moral foi muito pequena”. 4- Francisco de Assis era a reencarnação do Apóstolo João Evangelista? Chico Xavier– “Acreditamos que a elevação de São Francisco de Assis foi a continuidade de João Evangelista na divulgação da obra do Cristo em todo o mundo, especialmente na Vida Ocidental. Creio que o assunto exposto é a expressão da verdade”. 5- Qual o animal mais adiantado? Chico Xavier – “O cão. O cão desperta muito amor e é um modelo de fidelidade. As pessoas que amem e cultivem a convivência com os animais, especialmente os cães ou descendentes das raças caninas, se observarem com atenção, decerto verificarão que os vários espécimes são portadores de qualidade que consideramos quase humanas, raiando pela prudência, paciência, disciplina, obediência, sensibilidade, inteligência, improvisação, espírito de serviço, vigilância e sede de carinho, infundindo-nos a ideia de que, quanto mais perto se encontram das criaturas humanas, mais se lhes assemelham, preparando-se para o estágio mais próximo da hierarquia espiritual”.



O que vemos atualmente na televisão principalmente é essa busca frenética do prazer, a preocupação excessiva com a aparência (começando pelos artistas) e também com a condição social. Isso não pode ser por influência de entidades que querem impedir a chegada do mundo de regeneração?

Quando o Ser humano estiver preocupado mais com a sua espiritualidade, essa preocupação com as aparências e essa busca do prazer sensual sofrerá significativa queda.

Mas nós ainda estamos distantes dessa condição e, muitas vezes, ao invés de caminharmos em direção ao nosso crescimento espiritual, vamos em sentido contrário; preferimos fugir de nós mesmos na busca de vantagens no mundo exterior, numa sociedade cada vez mais materialista.

Não estamos subestimando os cuidados com a aparência, tampouco as experiências prazerosas que fazem parte da vida. Não é isso. Estamos nos referindo ao excesso, àquilo que fere o bom senso e que acaba afetando demasiado a nossa vida emocional por causa da dessa saciedade sem limites e das frustrações.

Tudo aquilo que nos prende demasiado ao mundo material, tudo que ultrapassa os limites do bom senso, do equilíbrio, além de nos atormentar a mente, acaba nos levando ao individualismo e à disputa de poder uns diante dos outros e, por isso mesmo, é prejudicial ao espírito.

Mais cedo ou mais tarde, o corpo fica e o espírito vai. Se ele ainda estiver muito apegado a esses valores transitórios, como a exaltação da aparência física e a busca desenfreada do prazer, certamente sofrerá essa perda e poderá ser vítima de muitos tormentos.

No entanto, temos de considerar que a humanidade, ao longo de sua evolução, sempre esteve sujeita às mais variadas influências que a distanciaram da espiritualidade.

Através dos séculos tivemos momentos muito propícios ao cultivo de valores materiais e que não nos ajudaram a crescer espiritualmente. Ao contrário, sempre foram causa de disputas individuais, de autodestruição e até de tragédias.

Jesus de Nazaré, o Cristo, foi o maior propagador da espiritualidade no mundo ocidental, Buda e outros mestres destacaram as qualidades do espírito no mundo oriental, mas a  lembrança deque esses mestres ensinaram ainda ecoa nos recônditos da consciência coletiva.

  A influência espiritual sobre nós nesse sentido certamente existe, mas os Espíritos são apenas homens desencarnados, que levaram daqui suas experiências e, por isso, ainda sentem as sensações dos momentos que viveram na Terra, podendo agir sobre os encarnados no anseio de compartilhar com eles essas sensações.

Por outro lado, o mundo tem urgência em retomar o caminho da ascensão espiritual, retomando os princípios de vida ensinados pelos mestres da antiguidade e isso só vai conseguir despertando para a triste realidade que vivemos e a necessidade de nos organizarmos para conter o avanço do materialismo e a disseminação das ações solidárias.

O que você está fazendo, dentro de sua casa, para melhorar a convivência e estabelecer a paz? O que você pode fazer no âmbito de sua comunidade para vivenciar o amor e espalhar o bom exemplo? O que estamos fazendo para que o  mundo seja melhor e a humanidade mais feliz?

terça-feira, 9 de setembro de 2025

COMENTÁRIOS NO PLANO ESPIRITUAL ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Já nos anos 80 do século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de lá para cá, revelarão um aumento exponencial de tais casos. Claro que o exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP), localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de 24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes. Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra, compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina, os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente, do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito, administrando os processos evolutivos dos habitantes.



 

 Falando dos seres humanos  dissemos: O que são bons? o que são maus?, para responder uma pergunta trazida por um ouvinte, fizemos a seguinte colocação.

Alguns são bons, responsáveis e solidários. Outros são maus, egoístas e violentos. No entanto, para Deus, todos somos seus filhos, passando pelos diversos graus de evolução. O Espiritismo nos dá essa visão e procura nos convencer de que ninguém é melhor que ninguém.

À propósito, a nossa colega de equipe, Giuliana, fez o seguinte comentário.

Tenho tentado aprimorar o conceito sobre "bom e mau", principalmente dentro do aspecto religioso. Percebo que no fundo ele traz no bojo uma "autorização" para separação, mesmo que inconsciente - isso tanto do ponto de vista meu para com o outro, como eu comigo (temos dificuldade de ver nossa parte "complicada", nossa sombra).

  (... e continua)  No fundo ninguém é totalmente "bom" ou "mau" - somos as duas coisas juntas, e com comportamentos bons e outros maus, num processo de entendimento e amadurecimento para que nosso "Cristo interno" (Self) prevaleça.

  Essa ideia – ela conclui -  me ajuda a evitar julgamentos precipitados, no trabalho do sentimento instintivo de repulsa que temos pelo "mau".

 Respondendo à pergunta da Giuliana podemos dizer que precisamos entender que a linguagem humana tem suas limitações. Isso quer, em linhas gerais, que nem sempre conseguimos, por meios de palavras, dizer exatamente o que pensamos. Este é um fato que devemos considerar quando falamos em bons e maus.

 Em segundo lugar, além de nos esforçarmos para dizer o que pensamos, devemos considerar que nossos ouvintes nem sempre estão sintonizados com o nosso pensamento e podem ter entendimento diferente daquele que queremos dizer.

 Em terceiro lugar, precisamos considerar a cultura do lugar e da época em que as palavras são ditas. Por exemplo: na época de Kardec, havia uma forma de dizer ao referirmos a bons e maus. Hoje, dentro de nosso ambiente cultural, podemos usar outra mais explicativa.

  Jesus, no seu tempo, usou esses termos “bons” e “maus” quando disse, por exemplo:  Porque (o Pai)  faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.

Ora, neste caso, para traduzirmos com mais fidelidade o que ele quis dizer quando falou de bons e maus, precisamos levar em conta como ele via e tratava as pessoas, o que significa dizer “o que eram as pessoas para ele”.

Quem eram os bons e quem eram os maus a que se referia?  Os bons, na concepção do povo (Jesus falava a linguagem do povo), são aqueles que que costumavam demonstrar compreensão, amabilidade e generosidade para com o próximo por meio de atitudes ou ações solidárias.

 Os maus, ao contrário, seriam os que demonstrassem publicamente atos desumanos, indiferentes e cruéis, que não se importavam em causar qualquer tipo de sofrimento a quem quer que seja.

 Jesus sabia separar o ato da pessoa. O ato é um indicador do caráter da pessoa, mas não é a pessoa. Um ato de maldade está dizendo apenas que aquela pessoa é capaz de causar algum sofrimento contra alguém.

 Do mesmo modo o bom. Uma boa ação revela algo da pessoa que a praticou, mas a ação não é pessoa. É possível que agora ela pratique uma boa ação agora, mas é possível também que essa mesma pessoa venha a praticar um ato de maldade.

 Por isso, Jesus via a pessoa e não o ato, razão pela qual recomendou que não julgássemos uns aos outros, pois não sabemos o que está por trás do ato praticado.

 Certa vez, trouxeram-lhe uma mulher, que cometera adultério, à frente de Jesus, quando a multidão já se preparava para apedrejá-la. Perguntaram a Jesus era legítimo ou se era justo o ato de lapidá-la conforme a lei mosaica.

 Diante da multidão, que se preparava para atirar pedras contra a mulher, Jesus levantou e disse: “Atire a primeira pedra quem estiver sem pecado”.

 Naquele momento, ele desarmou a multidão, porque todos têm pecado e, se temos pecado ( ou seja, se cometemos erros) perdemos a autoridade para julgar alguém que também erre.

  O desfecho desse episódio foi mais interessante ainda: “Mulher, onde estão seus acusadores? Eles não te condenaram?”

  “Não, senhor”- ela respondeu. “Pois também não te condeno. Vai e não erres mais”.

Alguns estudiosos do comportamento humano afirmam que o ato de julgar é complicado, porque geralmente não separamos o indivíduo do ato que ele cometeu; ou seja, julgamo-lo pelo ato.

Eles chamam de julgamento descritivo aquele que não confunde a pessoa com o ato. Uma coisa é a pessoa, outra o ato que ela pratica.

  Julgamento apreciativo é o que julga a pessoa e não o ato. O julgador confunde a pessoa com o ato que ela praticou.

 Essa reflexão se aplica perfeitamente ao caso de se classificar pessoas como boas ou más. No fundo, não deveria ser assim, pois Deus não discrimina ninguém, para Ele todos somos seus filhos amados independente dos atos que praticamos.