faça sua pesquisa

quinta-feira, 23 de maio de 2024

OS PERÍODOS DO ESPIRITISMO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Pouco mais de seis anos haviam se passado desde a publicação d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, marco do surgimento da Doutrina Espírita, e, na edição da REVISTA ESPÍRITA de dezembro de 1863, Allan Kardec inclui interessante matéria sobre os períodos de luta que enxergava na revolucionária proposta pela qual fora responsável. Segundo sua avaliação, seis períodos podiam ser considerados: “O primeiro período do Espiritismo, caracterizado pelas mesas girantes, foi o da curiosidade. O segundo, o período filosófico, marcado pelo aparecimento d’ O Livro dos Espíritos. A partir deste momento o Espiritismo tomou um caráter completamente diverso. Entreviram-lhe o objetivo e o alcance e nele hauriram fé e consolação, sendo tal a rapidez de seu progresso que nenhuma outra doutrina filosófica ou religiosa oferece exemplo semelhante. Mas, como todas as ideias novas, teve adversários tanto mais obstinados quanto maior era a ideia, porque nenhuma ideia grande pode estabelecer-se sem ferir interesses(...) Então uma verdadeira cruzada foi dirigida contra ele, dando início ao período da luta, de que o auto de fé de Barcelona, de 9 de outubro de 1861, de certo modo foi o sinal. Até então ele tinha sido alvo dos sarcasmos da incredulidade, que ri de tudo, principalmente do que não compreende, mesmo das coisas mais santas, e, aos quais, nenhuma ideia nova pode escapar: é o seu batismo de fogo (...) A luta determinará uma nova fase do Espiritismo e levará ao quarto período, que será o período religioso; depois virá o quinto, período intermediário, consequência natural do precedente, e que mais tarde receberá sua denominação característica. O sexto e último período será o da regeneração social, que abrirá a era do século vinte”. Nessa época, segundo ele, “todos os obstáculos à nova ordem de coisas determinadas por Deus para a transformação da Terra terão desaparecido. A geração que surge, imbuída das ideias novas, estará em toda a sua força e preparará o caminho da que há de inaugurar o triunfo definitivo da união, da paz e da fraternidade entre os homens, confundidos numa mesma crença, pela prática da lei evangélica. Assim serão confirmadas as palavras do Cristo, já que todas devem ter cumprimento e muitas se realizam neste momento, porque os tempos preditos são chegados”. O otimismo de Allan Kardec, todavia esbarrou em vários obstáculos, entre os quais o fato de ter surgido na França, por sinal, o único lugar possível à época face ao grande impulso que a nação europeia imprimia às mudanças filosóficas/políticas/sociais que se irradiariam por todo o mundo. O País trazia, contudo, grandes compromissos coletivos perante as Leis de Deus e no século 20 estava previsto o início dos resgates. Com a morte de Allan Kardec, o ritmo arrefeceu até o quase desaparecimento do outrora pujante movimento. No Brasil, o novo centro irradiador do Espiritismo, a dinâmica ganhou outro impulso sobre o qual o líder espiritual Bezerra de Menezes falou em palestra proferida no Plano Espiritual, no alvorecer do século 21, psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira e reproduzida no livro SEARA BENDITA (inede,2000). Dividiu os períodos de atuação do chamado Movimento Espírita em três, de setenta anos: O primeiro de 1.857 a 1.927 teve como foco a consolidação do fato de que o Espiritismo não é uma crença fundamentada em ideias humanas, mas, sim, o Espiritismo é a Doutrina dos Espíritos. O segundo período de 1.928 a 1.997 teve como objetivo a proliferação dos Centros Espíritas e a difusão do conhecimento espírita. Foi o em que ficamos especialistas em fazer belos discursos, sem praticá-los! Passamos a ter conhecimento, mas, sem as correspondentes atitudes. O terceiro e último período de 70 anos (1.998 a 2.067) é o que estamos vivendo neste momento! O que implica o quão essencial é crermos que nossa atual reencarnação é a mais importante de todas as existências que até hoje tivemos. Sobre este último período, diz Bezerra de Menezes: é o período das atitudes, isto é, o momento de praticarmos o que até agora aprendemos o Espiritismo.




Ilda Euzébio, residente no Jardim São Lucas, quer um comentário sobre o significado dos terremotos, que fazem milhares de vítimas, como o que aconteceu na China. Será que essas catástrofes não são um castigo pelo rumo que a humanidade está tomando?


Os terremotos, Ilda, são fenômenos naturais, que ainda hoje acontecem por causa da acomodação das camadas geológicas da Terra, das chamadas placas tectônicas. Na verdade, a superfície da Terra está apoiada em camadas que, de vez em quando, podem se movimentar para melhor se acomodar, devido a muitas forças atuantes, inclusive a força da gravidade. Quando essas camadas se movimentam, causam um estremecimento na superfície, que pode provocar desmoronamentos e destruição.


Os terremotos não são novidades no mundo. Eles existiram muito mais quando ainda não vida humana sobre o planeta e nem tampouco qualquer ser vivo. Se hoje nos espantamos quando um abalo acontece, causando grande prejuízo, é porque não calculamos o que aconteceu no passado, quando eles eram bem mais intensos e freqüentes. Lendo o livro A GENESE de Allan Kardec, ficamos sabendo que o nosso planeta, nos seus primórdios, não tinha vida, a temperatura era altíssima e a superfície sujeita a grandes e violentas modificações. Com o tempo – falamos de milhões e milhões de anos – e com o esfriamento do planeta, esses fenômenos geológicos foram se tornando mais calmos e se espaçando mais.


Só para você ter uma idéia da dimensão dessas catástrofes naturais, é bom saber que os dinossauros – aqueles animais monstruosos que viveram por milhões de anos em nosso planeta, quando ainda não existia o homem – aqueles dinossauros desapareceram por completo por causa dessas catástrofes naturais. Isso quer dizer que, quando o homem passou a habitar a Terra, a situação já estava bem mais calma. No entanto, esses tremores ainda acontecem com certa frequência, mas, na maioria das vezes, só são percebidos por um aparelho chamado sismógrafo.


Os Espíritos, que reencarnam na Terra, estão sujeitos às bruscas alterações que ainda ocorrem na superfície, pondo em risco a vida. Não falamos apenas dos terremotos, mas também de vulcões, tornados, enchentes, secas, epidemias, etc. Essa experiência difícil faz parte do aprendizado do Espírito, que busca uma condição moral cada vez melhor. Algumas coletividades, por habitarem regiões mais propícias aos abalos sísmicos, sofrem mais seus efeitos.


Entendemos que os Espíritos-vítimas dessa catástrofe não devem ter sido atingidos ao acaso. Por expiação, por prova ou mesmo por missão, cada qual com sua própria problemática se pôs ao alcance dessa catástrofe, tornando-se vítima. Outros estavam lá para ajudar, outros para aprender, outros para despertar na consciência da população o valor da solidariedade. Nada acontece por acaso. O nosso maior dever moral é sempre socorrer aqueles que precisam de ajuda.


Nenhum comentário:

Postar um comentário