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sexta-feira, 3 de maio de 2024

REENCARNAÇÃO - A LÓGICA DOS ARGUMENTOS ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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A pluralidade das existências, da qual o Cristo colocou o princípio no Evangelho, sem, contudo, defini-lo mais do que muitos outros, é uma das Leis mais importantes reveladas pelo Espiritismo, no sentido que lhe demonstra a realidade e a necessidade para o progresso. Por esta Lei, o homem explica todas as anomalias aparentes que a vida humana apresenta; as diferenças de posições sociais; as mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis para a alma as vidas precocemente interrompidas; a desigualdade das aptidões intelectuais e morais, explicadas pela antiguidade do Espírito, que mais ou menos viveu, mais ou menos aprendeu e progrediu, e que traz, em renascendo, a aquisição de suas existências anteriores”. Vejamos outros dos argumentos levantados por Allan Kardec no número de setembro de 1866 da REVISTA ESPÍRITA: 1- Com a doutrina da criação da alma em cada existência, cai-se no sistema das criações privilegiadas; os homens são estranhos uns aos outros, nada os religa, os laços de família são puramente carnais; não são solidários de um passado em que não existiam; com a do nada depois da morte, toda relação cessa com a vida; eles não são solidários do futuro. 2- Pela reencarnação, são solidários do passado e no futuro; suas relações se perpetuam no Mundo Espiritual e no Mundo Corpóreo, a fraternidade tem por base as próprias leis da Natureza; o Bem tem um objetivo, o mal as suas consequências inevitáveis. 3- Com a reencarnação caem os preconceitos de raças e de castas, uma vez que o próprio Espírito pode renascer rico ou pobre, grande senhor ou proletário, senhor ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravidão, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, não há nenhuma que prepondere em lógica o fato material da reencarnação se, pois, a reencarnação funda-se sobre uma lei da Natureza, o princípio da Fraternidade Universal, funda-se sobre a mesma lei no da igualdade dos Direitos Sociais, e, consequentemente no da Liberdade. Os homens não nascem inferiores e subordinados senão pelo corpo; pelo Espírito, eles são iguais e livres. Daí o dever de tratar os inferiores com bondade, benevolência e humanidade, porque aquele que é nosso subordinado hoje pode ter sido nosso igual ou nosso superior, talvez um parente ou um amigo, e que podemos nos tornar, por nossa vez, o subordinado daquele ao qual comandamos. (...) 4- Tirai ao homem o Espírito livre, independente, sobrevivente à matéria, dele fareis uma máquina organizada, sem objetivo, sem responsabilidade, sem outro freio que o da lei civil, e bom para explorar como um animal inteligente. Nada esperamos depois da morte, nada nos detém para aumentar os gozos do presente; se sofre, não tem em perspectiva senão o desespero e o nada por refúgio. Com a certeza do futuro, a de reencontrar com aqueles a quem amou, o medo de rever aqueles a quem ofendeu, todas as suas ideias mudam. (...) 5- Sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original não é somente irreconciliável com a Justiça de Deus, que torna todos os homens responsáveis pela falta de um único, ela seria um contra-senso, e tanto menos justificável quanto a alma não existia na época em que se pretende fazer remontar a sua responsabilidade. Com a preexistência e a reencarnação, o homem traz, em renascendo, o germe de suas imperfeições passadas, as faltas das quais não pôde se corrigir e que se traduzem por seus instintos natos, suas propensões a tal ou tal vício. Está aí o seu verdadeiro pecado original, do qual sofre muito naturalmente as consequências; mas com a diferença capital de que carrega a pena de suas próprias faltas, e não as da falta de outro. 



Eu aprendi que existem dois tipos de mediunidade. Quando a mediunidade é inconsciente, o médium não se lembra da comunicação que deu; quando a mediunidade é consciente, ele se lembra de tudo que o Espírito falou. Eu tenho a mediunidade consciente, mas isso não é bom para mim, porque fico insegura, pensando que muita coisa é de mim mesma. Gostaria da mediunidade inconsciente, porque não vou saber de nada e, assim, vou acreditar mais nas comunicações. (anônima)


De fato, existe essa classificação que você diz: o médium consciente e o médium inconsciente. Fala-se também em médium semi-consciente. Entretanto, para que possamos garantir a autenticidade da comunicação, o problema de ser consciente ou inconsciente não é fundamental. Vamos lhe dizer por quê. Na verdade, o médium consciente , em tese, tem até melhores condições de controlar sua mediunidade. E isso vai depender, essencialmente, de seu caráter, de seu compromisso com a verdade e de seu esforço. Já o médium inconsciente – até pelo fato de não saber o que se passa durante a comunicação – não tem controle sobre ela, deixando seu inconsciente mais à vontade. Ora, cara ouvinte, o inconsciente também pode se enganar e pode mentir.


A atividade mediúnica – principalmente a das comunicações orais e escrita – estão muito sujeitas à interferência da mente do médium. Aliás, em toda comunicação há interferência do médium. A educação da mediunidade consiste justamente em treinar o médium a interferir o menos possível, deixando que as idéias do Espírito se manifestem livremente. Se o médium não exercer nenhum controle sobre a comunicação – no sentido de julgar se é verdadeiro ou falso – ele poderá desfigurar totalmente a mensagem do Espírito; e, por outro lado, se ele exercer um controle muito rígido sobre a comunicação, acabará impedindo que o Espírito se comunique. Logo, deve prevalecer o bom senso.


Só muito excepcionalmente as comunicações são 100% autenticas, ou seja, sem influência do médium. A maioria sofre sua maior ou menor influência, como dissemos. Por isso que é importante que a mediunidade seja exercida num grupo de pessoas idôneas, comprometidas com a verdade e que tenham conhecimento espírita. Neste caso, o controle não é só do médium, mas também de todo o grupo. Ademais, o dirigente da sessão - como, de resto, todo o grupo – deve, inicialmente, deixar o médium à vontade. O que é do médium e o que não é, com o tempo, vai sendo fácil de se verificar pelas próprias comunicações, contribuindo assim para que ele, o médium, aperfeiçoe a sua mediunidade.


É por isso que é importante que haja uma avaliação do grupo, que o grupo se avalie, que cada médium se auto-avalie, e que todos troquem idéias e experiências para melhorar a produção do grupo. Os grupos, que não se avaliam, acabam caindo na rotina, e a rotina, além de improdutiva, é sempre perigosa.


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