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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

CASUALIDADE? EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 

Um encontro casual após um esbarrão no final da tarde de 22 de outubro de 1946, numa das principais avenidas de Belo Horizonte, resultou numa amizade e convivência quase diária pelos próximos doze anos, até que as circunstancias obrigassem Chico Xavier a mudar-se para Uberaba, no Triângulo Mineiro. Assim explica Arnaldo Rocha sua ligação com o médium mineiro, que já na primeira oportunidade, surpreendeu o ateu e materialista Arnaldo, ainda abalado com a morte da querida esposa 21 dias antes. Após as apresentações, Chico, sem nunca tê-lo visto nesta existência, comenta sobre a beleza da jovem falecida, pedindo para ver a foto guardada no bolso traseiro de sua calça. A jovem chamara-se na existência recem terminada, Irma de Castro, apelidada Meimei, forma carinhosa com que o apaixonado esposo a tratava.. No início dos anos 50, Chico assoberbado pelo grande número de necessitados que o cercavam insistiu na importância de reativar de forma regular os trabalhos de desobsessão a que se consagrou até a morte de seu irmão José Xavier, em 1939. Assim , em 31 de julho de 1952, começava a funcionar o Grupo Meimei, sob a coordenação em nosso Plano de Arnaldo, apesar de não se reconhecer com o preparo necessário. Mergulhou numa confusão mental, como escreveria no livro MANDATO DE AMOR (uem), derivada do entristecimento pela “vivência e participação em situações tão infelizes”. Ocorreu-lhe a ideia de, através de Chico, pedir ao orientador espiritual Emmanuel, fornecesse maiores esclarecimentos sobre a obsessão. Instantes depois, o médium disse-lhe: “- Nosso Benfeitor pede para inteirar-lhe que no momento acha-se ocupado em determinados setores de serviço, que o impedem de atender-nos, como seria de seu desejo. Mas solicitará a um amigo a cooperação fraterna de sua experiência nesse mister”. Semanas depois, nos instantes finais das reuniões do Grupo Meimei, após modificações significativas na fisionomia de Chico, apresentou-se o Espírito do Dr. Francisco Menezes Dias da Cruz. Era a noite de 15 de julho de 1954, e o médico desencarnado, explicou estar atendendo às solicitações de Emmanuel, desdobrando desde então um ciclo de sete explanações sobre o assunto solicitado. Na primeira intitulada ALERGIA E OBSESSÃO, estabelece interessante proposição afirmando que “a obsessão é um processo alérgico, interessando o equilíbrio da mente”. Didaticamente explica: “- Recordemos que as radiações mentais, que podemos classificar por agentes “R”, na maioria das vezes se apresentam, na base de formação da substância “H”, desempenhando importante papel em quase todas as perturbações neuropsíquicas e usando o cérebro como órgão de choque. Todos os nossos pensamentos definidos por vibrações, palavras ou atos, arrojam de nós raios específicos. Assim sendo, é indispensável cuidar de nossas próprias atitudes, na autodefesa e no amparo aos semelhantes”. Na abordagem seguinte, PARASITOSE MENTAL, aprecia o vampirismo, figurando-o como sendo inquietante fenômeno de parasitose mental. Considera que “pelo imã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzí-lo à escabiose e à ulceração, à dispsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral, e, através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como sejam as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”. Na terceira manifestação, tratou do DOMÍNIO MAGNÉTICO, serve-se do hipnotismo, comparando o estado de sujeição da vontade do hipnotizado ao do obsediado. Diz que “o processo se assemelha ao utilizado pelos desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, na cultura do vampirismo. Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade e, sugando-lhes as energias, senhoreiam-lhes as zonas motoras e sensórias, inclusive os centros cerebrais, em que o espírito conserva as suas conquistas de linguagem e sensibilidade, memória e percepção, dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano, criando assim as doenças-fantasmas de todos os tipos que, em se alongando no tempo, operam a degenerescência dos tecidos orgânicos, estabelecendo o império de moléstias reais, que persistem até a morte”. Seguindo, o Dr. Dias da Cruz, comentou a FIXAÇÃO MENTAL, dizendo que “as reações contínuas, hauridas pelos nervos da organização sensorial, determinando a compulsória movimentação do cérebro, associadas aos múltiplos serviços da alimentação, da higiene e da preservação orgânica, estabelecem todo um conjunto vibratório de emoções e sensações sobre as cordas sensíveis da memória. Na visita seguinte, o assunto foi A TERAPEUTICA DA PRECE, em que ele considera que “no tratamento da obsessão, é necessário salientá-la como elemento valioso na introdução à cura”. As duas últimas abordagens seriam dedicadas à AUTOFLAGELAÇÃO, em que lembra que “toda violência praticada por nós, contra os outros, significa dilaceração em nós mesmos”. Concluindo, o comentário dedicou-se à OBSESSÃO OCULTA, salientando o “impositivo de nossa vigilância em todos os estados passivos de nossa alma, porque, através da meditação e do sono, nos identificamos, muita vez de modo imperceptível, com os pensamentos que nos são sugeridos pelas inteligências desencarnadas ou não, que se afinam conosco e, se não nos guardamos na fortaleza das obrigações retamente cumpridas, caímos sem dificuldade nas malhas da obsessão oculta”.




É certo deixar que a criança acredite em Papai Noel? Nós, adultos, não estamos mentindo para ela? O que o Espiritismo diz sobre isso?


Há diferença entre mentira e fantasia. Mentira tem uma conotação moral, ou seja, a mentira é uma distorção consciente da verdade com a intenção de enganar para se obter alguma vantagem ou prejudicar alguém. A fantasia é uma expansão da imaginação para se buscar um deleite para a alma. Enquanto adultos e no pleno gozo de nossas faculdades mentais, todos mentimos e fantasiamos.


A fantasia faz parte de nossa vida mental; são os nossos sonhos, nossos devaneios, nossa capacidade de criação. O pensamento, por isso, é o nosso maior campo de liberdade, para irmos aonde desejamos. Mas essa fantasia, em nós adultos, é uma necessidade e é bem diferenciada da realidade. Sabemos diferenciar bem o que é uma coisa e o que é outra; temos momentos de enfrentar a dura verdade da vida e momentos de buscarmos distração ou deleite, quando sonhamos, quando assistimos a um teatro, a uma televisão, a um cinema, ou quando lemos um romance.


A infância é a idade própria da fantasia. Faz parte do desenvolvimento mental da criança: é sua ponte com a realidade. Ou seja, para que ela desenvolva a capacidade de pensar e de raciocinar, vai precisar passar por essa fase necessariamente, pois é uma fase que ajuda muito o deu desenvolvimento emocional. E não só a criança: o ser humano primitivo também devia viver num mundo fantástico, usando mais da emoção do que da razão. Logo, fantasia não é um mal; pelo contrário, é um instrumento que podemos utilizar para o desenvolvimento emocional da criança.


Entrar no mundo da criança é participar de sua fantasia. Mas isso não quer dizer que estamos mentindo para ela, mas ajudando-a a vivenciar suas emoções, assim como trabalhamos as nossas, quando assistimos a um filme de ficção. Desse modo, devemos deixar que a criança se alimente de sua fantasia, mas podemos ajudá-la a diferenciar a realidade do sonho, no dia-a-dia. Com o seu natural desenvolvimento, a criança, aos poucos, vai deixando de viver este mundo fantástico e, com o raciocínio em ação, passa a viver mais a realidade. É o que esperamos no crescimento normal de uma pessoa.


O único inconveniente que vemos em Papai Noel é que ele, sendo uma figura lendária, desviou o sentido do Natal, onde Jesus, que é o aniversariante, fica em segundo plano ou, às vezes, nem mesmo é lembrado.


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