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quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

COMENTÁRIOS NO PLANO ESPIRITUAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Já nos anos 80 do século XX, as estatísticas mostravam um crescimento vertiginoso de mortes de jovens de forma natural ou acidental, precipitando familiares, sobretudo mães e pais, no abismo da dor e sofrimento moral nunca imaginado na “zona de conforto” em que viviam. Uma avaliação da evolução desses índices de lá para cá, revelarão um aumento exponencial de tais casos. Claro que o exercício do livre arbítrio continua a produzir vítimas a todo instante neste Planeta, revelado pelo Espiritismo como situado na faixa das Expiações e Provas, impondo de forma inexorável – embora gradual – os efeitos daquilo que causamos com nossas ações, motivadas, invariavelmente, por anseios de projeção ou exploração no meio em que as criaturas se acham inseridas. Naturalmente associada à evolução das densidades demográficas observadas nos diferentes continentes, o fato é que o Espiritismo acrescenta dado sugestivo na análise desses acontecimentos. Uma mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier confirma isso. Na verdade era a segunda recebida de um jovem – Luiz Roberto Estuqui Jr -, desencarnado em 4 de janeiro de 1984, num acidente nas imediações de Araraquara (SP), a caminho de São José do Rio Preto (SP), localidade em que residia. A primeira carta, psicografada na reunião publica de 24 de fevereiro, apenas 50 dias após sua trágica morte, revela aspectos curiosos, embora óbvios: quem morre não aceita facilmente o abandono dos projetos perseguidos; o chamado corpo espiritual ou períspirito é submetido a tratamentos específicos; familiares desencarnados há mais tempo geralmente assistem o recém-chegado para numa faixa menor de tempo se readaptar à vida de que se afastou um dia para reencarnar. No caso de Luiz Roberto, um dos seus acompanhantes foi um tio – Fausto João Estuqui – vitima de fatal acidente de avião nas imediações de Votuporanga (SP), oito anos antes. Foi através dele que o jovem comunicante obteve a resposta procurada por muitos, notadamente os que são surpreendidos pelas perdas de entes queridos. E não só esclarece a dúvida acalentada por tantos, como oferece em seguida seu próprio exemplo para os que querem refletir. Relata Luiz Robert em sua carta de 15 de setembro de 1984: - “O tio Joaozinho, a quem levo as suas perquirições para estudo, e por entender melhor a vida, me respondeu que, por amigos daqui, veio a saber que milhões de pessoas estão passando pela desencarnação no tempo áureo da existência, porque nos achamos numa fase de muitas mudanças na Terra. E aqueles Espíritos retardatários em caminho, quando induzidos a considerar a extensão das próprias dívidas, aceitam a prova da desencarnação mais cedo do que o tempo razoável para a partida, e são atendidos com a separação de pais e afetos outros, no período em que mais desejariam continuar vivendo, em razão do tempo que perderam com frivolidades nas vidas que usufruíram. São muitos os companheiros que se retiram da Terra, compulsoriamente, das comodidades humanas em que repousavam, de modo a rematarem o resgate de certos débitos que os obrigavam a sofrer no âmago da própria consciência”. Atendo-se ao caso, do próprio informante, Luiz Roberto escreveu: -“Ele mesmo, o tio Joãozinho, me explicou que tendo pedido exames para saber o motivo pelo qual perdeu o corpo numa queda de avião, foi conduzido, por Menores competentes, junto dos quais pôde ver, num processo de regressão, as causas da desencarnação violenta pelo qual foi obrigado a alcançar. Disse-me que conseguiu observar cenas tristes de que fora protagonista, há mais de trezentos anos, nas quais se via na posição de algoz de vasta comunidade humana, atirando pessoas em poços de tamanho descomunal, por motivos sem maior importância. Assim, ele precipitou muita gente do alto de montes ásperos e empedrados, com o objetivo de conquistar destaque nas posições da finança e do poder. As faltas cometidas permaneceram impunes, por ausência de autoridades nas localidades de sua atuação, mas, perante a Justiça Divina, os disparates levados a efeito foram assinalados para resgate em tempo oportuno. Desse modo, o tio afirmou que tendo arrasado a vida de muita gente, do ápice de montanhas alcantiladas e espinhosas, conseguiu liberar-se com a angústia por ele sofrida na queda da máquina que o resguardava. Disse-me que a morte o liberava de pagamentos quase inexequíveis, já que devia unicamente o remate de débitos contraídos, considerava o acidente aéreo uma solução benigna para ele que se vê agora, sem a mácula de culpa alguma”. Evidencia-se desta forma as sutilezas da Lei de Causa e Efeito, administrando os processos evolutivos dos habitantes da Terra.



A gente fala em amor e solidariedade, mas, ao mesmo tempo, sabemos que a vida é luta, e das bravas. Nem sempre o que é bom para mim e bom para os outros. Na vida selvagem, os animais mais fortes devoram os mais fracos. Nós, seres humanos, criamos animais para depois matá-los e devorá-los. Na vida também vivemos disputando uns com os outros. Por exemplo: numa empresa, dois amigos querem promoção, mas só um pode ser promovido. Então, eles disputam entre si quem vai ser promovido. Nem sempre essa disputa é tranqüila: eles podem até se tornar inimigos por causa disso. Eu gostaria que vocês falassem sobre isso. ( I.S.V.)


Não temos dúvida de que a competição existe como lei da natureza, inclusive para garantir a sobrevivência. N’O LIVRO DOS ESPIRITOS de Allan Kardec existe todo um capítulo dedicado a esse tema: chama-se “Lei de Destruição”. O evolucionismo de Darwin traça um caminho de competição: ao longo dos 3,5 ou 4 bilhões de anos, em que a vida surgiu na Terra, sobreviveram os mais seres aptos, os outros desapareceram. Portanto, nas escalas inferiores da natureza essa competição se mostra muito clara. Entretanto, não podemos deixar de ver que, ao lado da competição, existe também a cooperação. Muitas espécies só sobreviveram porque foram amparadas por outras ou porque convivem com outras em regime de cooperação.


Observando esse quadro da natureza, à primeira vista, temos a impressão de que a Lei de Deus é contraditória: ora funciona a competição, ora a colaboração – ou, como diz Kardec – ora a Lei de Conservação, ora a Lei de Destruição. Mas não é. Na verdade, essas duas leis se complementam. Numa visão ampla de totalidade – ou seja, de como se dá o processo evolutivo, vamos compreendendo que uma não podia existir sem a outra. A morte é um fenômeno indispensável à vida, à renovação dos seres e à evolução: tanto evolução biológica como à evolução espiritual dos seres.


Para você fazer uma idéia, esses processos de competição e colaboração existem dentro de seu próprio corpo, e é por isso que o corpo se mantém vivo por muitos anos. Em todo momento penetram em seu organismo milhões de corpos estranhos, logo combatidos por um mecanismo de defesa, que se chama sistema imunológico. É através desse combate (verdadeira guerra) que o corpo se fortalece e consegue viver mais tempo. Milhões de células estão morrendo a cada minuto no seu corpo; milhões de outras estão nascendo e substituindo as primeiras. Não é extraordinário isso?!...Mais interessante ainda o fato de que entre as bactérias, os seres mais primitivos do planeta, algumas são nocivas e outras, ao contrário, ajudam a sustentar a vida, de modo que, em todo instante, estão ocorrendo tanto a competição como a colaboração.


Transferindo isso para a vida social, vamos encontrar o ser humano, inteligente e consciente de si mesmo, capaz de discernir o que é bom e o que é mau. Ele pode, com mais condições, estabelecer essa diferença e saber em que momento deve funcionar a solidariedade e em que momento deve funcionar a competição. Mais que isso, ele deve saber qual o limite de cada uma, pois, na natureza, o que ultrapassa o limite é pernicioso, mau, nefasto. Cooperação e competição são duas faces de uma mesma moeda: uma servindo a outra. Na vida humana já tivemos toda espécie de competição, desde as individuais às coletivas, como os conflitos sociais e as guerras. Hoje já estamos aprendendo a superar essas etapas, não para eliminar a competição, mas para torná-la mais humana, mais adequada aos elevados ideais que podemos cultivar.

Na obra de Kardec que, na verdade, retoma os ensinamentos de Jesus, encontramos que, na vida social, os mais fortes devem ajudar os mais fracos em regime de cooperação. Isso significa que, à medida que o Espírito evolui, sua vida vai se tornando mais cooperativa e, embora a competição possa não desaparecer, ela vai assumindo formas mais elevadas, até que desapareça toda a violência. Assim, na vida social estamos vivendo uns ao lado dos outros, muitas vezes buscando metas comuns, como é o caso do emprego ou da promoção, que muitas pessoas vão disputar ao mesmo tempo. Entretanto, essa competição não mais pode ser violenta ou selvagem. Ela deve se basear no mais profundo respeito e consideração entre as pessoas.


Desse modo, no início da vida a competição vai acontecendo entre os indivíduos, para a sobrevivência do mais apto, mas com o processo evolutivo do Espírito ela vai se transformando, na verdade, numa auto-competição, ou seja, na competição do individuo consigo mesmo, que tem o nome mais apropriado de auto-superação. É o que devemos fazer, no dia-a-dia de nossa vida, estarmos preocupados com a superação de nós mesmos, pois, quanto mais o homem penetra para dentro de si, mais condições têm de entender o outro e conviver harmoniosamente com ele.

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