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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

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Allan Kardec nas suas análises sobre a evolução da dinâmica dos preservou o resultado de suas avaliações nas páginas da REVISTA ESPÍRITA. No número de outubro de 1860, por exemplo, encontramos vários itens extremamente interessantes não somente sobre a qualidade dos trabalhos em função da dimensão dos grupos, mas também sobre os Espíritos a eles ligados e os tipos de seguidores das ideias propostas pela Doutrina Espírita. Vamos a alguns pontos destacados de seus comentários:- Há três categorias de adeptos: os que se limitam a acreditar na realidade das manifestações e que, antes de mais, buscam os fenômenos. Para eles o Espiritismo é uma série de fatos mais ou menos interessantes. Os segundos veem algo mais do que fatos; compreendem o seu alcance filosófico; admiram a moral que dele resulta, mas não a praticam. Para eles a caridade moral é uma bela máxima, e eis tudo. Os terceiros, enfim, não se contentam em admirar a moral: praticam-na e aceitam todas as suas consequências. Bem convencidos de que a existência terrena é uma prova passageira, tratam de aproveitar esses curtos instantes para marchar na senda do progresso que lhes traçam os Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e reprimir suas inclinações más. Suas relações são sempre seguras, porque suas convicções os afastam de todo pensamento do mal. Em tudo a caridade lhes é regra de conduta. São estes os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas-cristãos. Sabe-se que as melhores comunicações são obtidas em reuniões pouco numerosas, sobretudo naquelas em que reinam harmonia e comunhão de sentimentos. Ora, quanto maior for o número, mais difícil será a obtenção dessa homogeneidade. Como é impossível que no começo de uma ciência, ainda tão nova, não surjam algumas divergências na maneira de apreciar certas coisas, dessa divergência infalivelmente nasceria um mal-estar, que poderá levar à desunião. Ao contrário, os pequenos grupos serão sempre mais homogêneos; as pessoas se conhecem melhor, estão mais em família e podem ser mais bem admitidos as que desejamos. E, como em última análise, todos tendem para um mesmo objetivo, podem entender-se perfeitamente e haverão de entender-se tanto melhor quanto não haja aquele melindre incessante, que é incompatível com o recolhimento e a concentração de espírito. Os Espíritos maus, que buscam incessantemente semear a discórdia, ferindo suscetibilidades, terão sempre menos domínio num pequeno grupo do que num meio numeroso e heterogêneo. Numa palavra, a unidade de vistas e de sentimento nele será mais fácil de estabelecer. A multiplicidade dos grupos tem outra vantagem: a de obter uma variedade muito maior de comunicações, pela diversidade de aptidão dos médiuns. Que essas reuniões parciais comuniquem reciprocamente o que elas obtêm, cada uma por seu lado, de modo que todas aproveitem os seus mútuos trabalhos. Aliás, chegará o momento em que o número de aderentes não permitiria mais uma reunião única, que deveria fracionar-se pela força das coisas. Eis por que preferível é fazer imediatamente aquilo que serão obrigados a fazer mais tarde. Incontestavelmente, do ponto de vista da propaganda, não é nas grandes reuniões que os neófitos podem colher elementos de convicção, mas na intimidade.







Gostaria de saber se há alguma forma de a gente aprender a praticar a caridade ou se isso vem naturalmente, lendo livros espíritas e frequentando o Centro. (Fernanda)


Boa pergunta. Na vida, todos sabemos, só aprendemos de verdade as coisas que exercitamos, ou seja, as coisas que fazemos, que colocamos em prática. Os livros e as palestras são ferramentas que nos ajudam a compreender a necessidade do bem, mas o verdadeiro aprendizado se verifica na prática, no dia-a-dia. Aliás, Aristóteles, séculos antes de Cristo, já dizia isso. Teoricamente podemos saber muita coisa, mas, na prática, só sabemos de verdade aquilo que estamos acostumados a fazer. Disso resulta que para adquirirmos uma virtude precisamos exercitá-la.


Aristóteles, um dos maiores filósofos de todos os tempos, cerca de quatro séculos antes de Cristo, afirmava que o desenvolvimento de um hábito bom ( ou seja, de uma virtude) depende do esforço com que praticar os atos, a fim de que eles se incorporem em nosso comportamento. O mesmo pode-se dizer dos hábitos maus (os vícios). Quem toma banho diariamente não consegue ficar nenhum dia sem tomar banho; mas, para que isso acontecesse, precisou durante muito tempo se esforçar para tomar banho, até incorporar o hábito. Hábito requer repetição, insistência, força de vontade.


Trata-se, na verdade, de um mecanismo de aprendizagem, que começa na parte consciente da mente e acaba no inconsciente criando mecanismos automáticos. Um hábito só está incorporado quando atingiu a zona do inconsciente, ou seja, quando flui naturalmente da pessoa, sem que ela precise fazer grande esforço. Essa lei vale tanto para os hábitos de higiene, para a aquisição de qualquer habilidade, e como para o nosso desempenho no campo moral. Logo, se você quer aprender caridade, precisa começá-la a praticá-la já.


Com certeza, todo início é difícil. Vamos encontrar muita resistência: em nós mesmos e nos outros. Mas que isso não nos impeça de avançar. Ninguém aprende uma virtude, se não se esforçar, se não abrir mão do comodismo. Era o que Jesus fazia. Ele ia à frente dos discípulos, ensinando como atender às pessoas e, em seguida, pedia aos discípulos que fizessem o mesmo. Se Jesus só falasse, se só fizesse belos e emocionantes discursos, mas não mostrasse como se faz e tampouco estimulasse os discípulos a praticar o que ouviram, não conseguiria desenvolver neles a virtude de fazer o bem.


Entretanto, você precisa se lembrar que a caridade não é somente ajudar. A caridade é sobretudo compreensão para com os defeitos alheios (indulgência) e perdão das ofensas ( questão 886 de O LIVRO DOS ESPÍRITOS). Naturalmente, quem está querendo começar neste caminho, deve começar pela parte mais fácil, para poder se estimular com os primeiros resultados alcançados. Mas, lembre-se: o resultado da caridade não é apenas o benefício recebido pelo outro, mas, sobretudo, a satisfação intima que vamos adquirindo à medida que a praticamos. Contudo, a leitura de bons livros, a presença em palestras e reuniões que tratam desse tema são importantes para nos colocar no clima de amor e solidariedade em que pretendemos viver.

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