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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

A HIPOTESE-CERTEZA DE HERMÍNIO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

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Lançado no ano de 1975, o livro VIDA DEPOIS DA VIDA (edibolso), apresenta o resultado de cinco anos de pesquisa conduzida pelo médico Raymond A. Moody Jr, a respeito do que se popularizou como EQM – Experiência de Quase Morte, ou seja, daquelas pessoas que por fatores diversos, foram trazidas de volta à vida por processos naturais ou induzidos. O trabalho prefaciado, antes de ser publicado, por outra médica especialista no assunto, Elizabeth Kubler-Ross, revela informações muito interessantes, como a do paciente moribundo continuar a ter informação consciente do seu ambiente depois de ter sido declarado clinicamente morto; um flutuar para fora de seus corpos físicos; grande sensação de paz e totalidade; estarem cônscios do auxílio de outra pessoa em sua transição para outro plano de existência; a presença de pessoas amadas que tinham morrido antes, e, uma das mais instigantes é a chamada recapitulação extremamente rápida da própria vida, para alguns em ordem cronológica, enquanto para outros não. Segundo os relatos, instantânea, de uma vez, abrangendo todas as coisas só com um relance, vívida e real, cada imagem sendo percebida e reconhecida, apesar da rapidez. Surpreendentemente, Allan Kardec, nos depoimentos sobre percepções e sensações no instante da morte, selecionados para compor a segunda parte d’ O CÉU E O INFERNO, incluiu dois em que contam que “toda a minha vida se desenrolou diante de minha lembrança” (J. Sanson,) e, “senti um abalo e lembrei-me, de repente, meu nascimento, juventude, minha idade madura, toda a minha vida se retratou nitidamente em minha lembrança” (M. Jobard). Já no início do século 20, o incansável pesquisador Ernesto Bozzano, apresenta na obra A CRISE DA MORTE (feb), casos como o do juiz Peckam, “no momento da morte, revi, como num panorama, os acontecimentos de toda minha existência, todas as cenas, ações que praticara, passaram ante meu olhar”; do Dr. Horace Abraham Ackley, “logo que voltei a mim, todos os acontecimentos de minha vida desfilaram sob as vistas, como num panorama, visões vivas, muito reais, em dimensões naturais, como se meu passado se houvera tornado presente”, ou, Jim Nolam, “um pouco antes da crise fatal, minha mente se tornara muito ativa; lembrei-me subitamente de todos os acontecimentos da minha vida; vi e ouvi tudo que fizera, dissera, pensara, todas as coisas a a que estivera associado”. Em outro dos seus extraordinários trabalhos, A MORTE E SEUS MISTÉRIOS (eco), Bozzano reúne relatos de pessoas que passando por traumatizantes situações de perigo de vida, também vivenciaram experiências da visão panorâmica. Um grupo de alpinistas e turistas que sofreram quedas das montanhas, vendo a morte de perto, relataram que além de um sentimento de beatitude; ausência do tato e da dor, com a visão e audição conservando acuidade normal; extrema rapidez do pensamento e imaginação; em inúmeros casos, reviram todo o curso de sua vida passada (“vislumbrei todos os fatos de minha vida terrena que se desenrolaram diante de meus olhos em imagens inumeráveis, com extraordinária rapidez e clareza”); Alphonse Bué, vitima de queda que o fez perder a consciência durante dois ou três segundos, conta que “desenrolaram-se, clara e lentamente, no seu Espírito, cenas, brinquedos infantis, vida escolar, curso na escola militar, a vida de soldado na guerra da Itália, etc.”. Bozzano agrupa ainda casos de pessoas que passaram por asfixia por submersão (1- “vi, num vasto panorama, toda minha existência terrena, desde as recordações infantis até o momento em que nadei para o mar alto”; 2- “diante de minha visão, se sucedia, com a maior rapidez, todo o painel de minha vida, em projeção panorâmica”, 3- “no instante em que desapareci na água, se produziu em minha mente verdadeira revolução, graças à qual as menores particularidades de minha vida terrena se imprimiram em caracteres profundos em minha memória, de acordo com as épocas em que as vivi”). O riquíssimo documentário produzido através do médium Chico Xavier, através das cartas de entes queridos,inclui inúmeras demonstrações dessa recapitulação no instante imediato à morte. O erudito e respeitado Hermínio Correia de Miranda, na obra AS DUAS FACES DA VIDA (lachâtre, 2005), no capítulo Psiquismo Biológico, recordando hipótese formulada no extraordinário A MEMÓRIA E O TEMPO (edicel,1981), de que “ao finalizar-se a existência na carne, ou mesmo ante ameaça mais vigorosa e eminente de que ela está para terminar, dispara um dispositivo de transcrição dos arquivos biológicos para os perispirituais, do que resulta aquele belo e curioso espetáculo de replay da vida, para o qual estamos propondo o nome de recapitulação. Uma vez transcrita a gravação dos tapes espirituais, o corpo físico é liberado para a desintegração celular inevitável”. Quatro décadas depois dessa suposição, conclui: “As pesquisas posteriores(...), me asseguram de que não há, ainda razões para rejeitar a hipótese, havendo, ao contrário, suportes confiáveis para ela, não apenas em textos doutrinários básicos, como em informes trazidos por André Luiz, bem como, no convincente depoimento de um confrade experimentado como Romeu do Amaral Camargo”, acrescentando: “- Assim, o Espírito pode proceder a uma reavaliação das suas vivências, ao mesmo tempo em que se prepara para novas tarefas no Mundo Espiritual e para a eventual retomada da experiência física, em outra etapa reencarnatória”..



O Flávio Pereira da Silva faz a seguinte colocação. “Lendo o jornal “Folha de S. Paulo”, vejo um artigo científico sobre a chamada energia escura. Segundo esse artigo, essa energia foi descoberta faz pouco mais de 20 anos e foi uma das maiores descobertas da astronomia. Mas ninguém ainda conseguiu explicar o que é essa energia. Sabe-se que ela existe porque o Universo está se expandindo cada vez mais rápido e isso não se explica somente pelo impulso inicial do Big Bang”. O Flávio quer saber se essa energia não seria a Fluído Cósmico Universal de que fala Kardec em O LIVRO DOS ESPÍRITOS.


Flávio, os fatos relacionados com o Universo físico (ou com o mundo extraordinariamente grande, a que chamamos de macrocosmos), por mais que a ciência tenha progredido, ainda estão longe da nossa compreensão. A cada fenômeno novo, que os aparelhos mais sofisticados registram – sobretudo os telescópios e radiotelescópios, instalados em satélites artificiais - procura-se uma explicação, aventando-se uma nova teoria. Mas a ciência não tem uma explicação pronta e definitiva para nada. Desse modo, uma teoria acaba sendo válida até o momento em que outra teoria mais ampla venha substituí-la, dando outra explicação ou ampliando a explicação.


Os Espíritos, quando propuseram o Espiritismo, há mais de 160 anos atrás, cuidaram desse assunto de uma maneira muito ampla e despretensiosa; eles não entraram em detalhes, pois eles mesmos disseram , em O LIVRO DOS MÉDIUNS, que essa questão é da alçada da ciência e, com o tempo, a ciência iria desvendar novas verdades. Eles se referiram ao Fluido Cósmico Universal como matéria primitiva, ou seja, como uma matéria inicial do universo, a partir da qual surgiram todas as outras que atualmente existem. Disseram também, contrariando as verdades científicas da época, que no Universo existem muitos tipos de matéria de que o homem do século XIX nem desconfiava. Naquela época, ainda não existia o conceito de energia; por isso, os Espíritos usavam a idéia de fluido.


E hoje podemos dizer que eles estavam no caminho certo; pelo menos o caminho que a ciência veio trilhando depois. Após Kardec, a ciência se desenvolveu ainda mais depressa. Fez inúmeras novas descobertas, ampliando enormemente o conceito de matéria no século XX com o surgimento da Física Quântica. Através dessa ciência, ficamos sabendo que, na verdade, não há uma diferença substancial entre matéria e energia, conforme Einstein propôs e, se formos mais fundo ainda, como propõe os físicos quânticos, nem matéria existe: tudo é energia. Mas, quanto ao que os Espíritos chamaram de Fluído Cósmico, não há dúvida de que, se tudo que existe deriva dele, essa “energia escura” pode ter algo a ver; apenas ainda está fora do alcance de nossa análise.


Contudo, não podemos afirmar que essa “energia escura” seja o próprio Fluido Universal, mas, com certeza, deriva dele, segundo a concepção espírita. Alguns cientistas interessados numa verdade mais profunda, como o físico-teórico francês, Jean-Emile Charron, chega a ventilar uma hipótese de que o espaço é o princípio de tudo que existe. No livro “O ESPIRITO, ESSE DESCONHECIDO”, ele teoriza que os corpos se originam da curvatura do espaço e, se for assim como ele diz, é possível que o Fluído Cósmico seja o que a Física atualmente chama de espaço. De qualquer forma, tudo ainda não passa de teoria, e ficamos no aguardo dos estudos que, certamente, vão desvendar importantes verdades neste século XXI.



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