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domingo, 14 de agosto de 2022

A ESCRAVIDÃO NO BRASIL E A LEI DE CAUSA E EFEITO ; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Foram 300 anos de exploração, violência, dores e amores que, certamente, gerou não só dívidas coletivas, mas também individuais para os pioneiros que ajudaram a construir a nação brasileira. Historiadores, por outro lado, consideram que o braço cativo foi o elemento propulsor da nossa economia. Caçados, aprisionados, transportados acorrentados em porões de navios infectos, vendidos em lotes ou individualmente como mercadoria a que se atribuía valor pela dentição ou massa muscular, tratados como animais capazes de gerar crias, castigados cruel e selvagemente, às vezes morriam em função das agressões físicas a que eram submetidos. Fêmeas, como eram tratadas, vítimas de estupros, tinham seus filhotes separados para venda, mal nasciam. Oriundos do Continente Africano estima-se chegassem ao Brasil em torno de 130 mil anualmente, procedentes de Luanda e Benguela, Congo, Guiné Moçambique. Entre seis e nove milhões em três séculos. Como sabemos, a interpretação da Lei de Causa e Efeito explica que além das transgressões cometidas pelo indivíduo, há aquelas que podem ser assumidas por uma família, uma nação, uma raça, ao conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.. A mediunidade em nossa Dimensão, tem contribuído para o reequilíbrio de muitas criaturas presas a fatos por elas gerados durante a referida época. Na incalculável legião de necessitados que o abordaram ao longo das décadas em que serviu ao próximo em nome do Espiritismo, Chico Xavier, se fez instrumento para que muitos casos dolorosos e enigmáticos pudessem ser avaliados sob a ótica de Lei de Causa e Efeito. Dentre os que ficaram registrados em livro, selecionamos alguns, que apresentaremos começando pelo Efeito, remontando a Causa. CASO 1 – EFEITO – Menino, 10 anos, mudo, conduzido pela mão pelo pai, acometido por convulsões intermitentes epilépticas. CAUSA – Ações em encarnação anterior, em que ele, senhor de escravos, se comprazia em exercitar sua crueldade na boca dos cativos, aplicando ferro em brasa na boca dos coitados. Os acessos que tem são provocados pelo aflorar das lembranças das surras e castigos impostos aos escravos. CASO 2 – EFEITO – Mulher, cujo corpo era acometido de estranha moléstia que lhe impunha constantes cirurgias pelo aparecimento nos tendões nervosos, vermes, provocando-lhe dores atrozes, até serem extraídos pelas operações. CAUSA - Em vida passada, rica fazendeira, ao perceber a atração de seu marido por escrava moça recem comprada, roída pelo ciúme, a enclausurou num dos quartos da Fazenda, em lugar ermo, deixando-a morrer de fome e sede. Localizado o quarto, dias depois, pelo mau cheiro exalado, aberta a porta, foi encontrado o corpo da bela escrava todo coberto de vermes. CASO 3 – EFEITO – Homem, braço direito deformado com uns babados de carne mole, arroxeada, esquisita, mais parecendo um açoite enrolado, cheio de nós. CAUSA – Ações praticadas em encarnação anterior em que na condição de capataz, açoitou uma infinidade de escravos, levando muitos ao desencarne, por sua impiedade. Na existência atual, traz no braço o que lhe está no Espírito, um eco dos açoites irados que deu, impondo sofrimentos indescritíveis nas suas vítimas, que experimentará com o endurecimento gradual dos tais babados que se converterão num câncer que o ajudará a se livrar da culpa que carrega.CASO 4 – EFEITO - Três moças tratadas nos trabalhos de desobsessão no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo (MG), uma das quais tinha o estranho hábito de mastigar vidros, o que deixava os anfitriões que as hospedavam em sua casa, assustados e preocupados. CAUSA – Tratamento impiedoso aplicado a escravos de sua propriedade em vida anterior. Como ”Sinhás” da fazenda, usavam a força e o poder através de cruéis capatazes. Uma delas, por motivo fútil, fez enterrar um escravo – o Espirito que se manifestava – deixando apenas a cabeça de fora, mandando a besuntassem com mel, a fim de atrair insetos, onde permaneceu sozinho, em intermináveis sofrimentos, até encontrar a morte. Nas horas finais, em desespero ele clamava: “- Sinhá! Se existe alma depois desta vida, eu vou me vingar”, convertendo-se a jura, atualmente, na forte obsessão que acometera as três jovens...


Benê Varonelli, ficou estarrecido com um fato divulgado pela mídia e pede comentário sobre o caso de um casal de americanos que mantiveram seus 13 filhos em cativeiro, e que somente foram descobertas porque a filha de 17 anos conseguiu fugir e avisar a polícia. Segundo essas informações, havia violência contra as crianças (algumas foram encontradas amarradas), falta de higiene, restrição a alimentos, e o estado dos menores era deplorável, prevalecendo casos de subnutrição que comprometeram o desenvolvimento normal dessas crianças, sendo que os pais sempre conseguiram passar para os vizinhos a imagem de uma família normal e feliz.

Trata-se evidentemente de um caso assustador, desses que geralmente vemos em filmes de terror, por excesso de imaginação e sadismo dos autores. Contudo, esse fato, a que o Varonelli se refere, foi real, aconteceu de verdade numa cidade da Califórnia, Estados Unidos. A polícia ainda investiga mais a fundo essa intrigante situação, que tanto abalou os Estados Unidos como o mundo todo. Portanto, Benê, sabe-se ainda muito pouco sobre os motivos que levaram esses pais a agir dessa forma, havendo forte suspeita de que eles devem ser portadores de algum transtorno mental muito grave.

Fala-se também que esses pais são religiosos e que a forma violenta e cruel com que trataram seus filhos tem a ver com alguma revelação divina que eles dizem ter recebido, fato que torna a situação ainda mais complicada. Referindo-se ao fanatismo religioso, Sigmund Freud, o pai da Psicanálise, afirmava que a ilusão religiosa pode levar individuo a delírios psiquiátricos. Tempos atrás a imprensa noticiou que um casal da Colômbia permaneceu com o cadáver do filho em casa por vários dias, na certeza de que ele ressuscitaria por graça de Jesus. O caso foi descoberto quando os vizinhos, sentido o mal cheiro que exalava da casa, estranharam a situação e chamaram a polícia.

Freud, no entanto, não estava com toda a razão. O problema não está propriamente na religião em si que as pessoas abraçam para cultivar a sua fé, mas, sim, na forma como essa religião pode ser vista, sentida e vivenciada – às vezes, mal conduzida pelos seus líderes. Há pessoas, que já trazem propensão para manifestar determinados distúrbios de comportamento que, em alguns casos, podem ser perigosos, desenvolvendo o que chamamos de fanatismo ou fundamentalismo religioso, capaz de praticar crimes e até provocar guerras, como temos percebido ultimamente no cenário mundial.

Voltando ao caso da família americana, Varonelli, tudo faz crer que realmente há algo de muito errado e perigoso no comportamento desse casal americano, como qualquer pessoa de bom senso pode perceber. Mas, alguém poderia perguntar? Será que eles não são vítimas de uma obsessão espiritual ou de um espírito maligno segundo algumas crenças? Essa atuação espiritual, de fato, existiu, até porque tudo o que fazemos de bom na vida tem uma proteção superior ( não temos dúvidas sobre isso) e todo mal que fazemos é estimulado e sustentado por influências espirituais inferiores, que estimulam os maus pendores humanos.

No entanto, é preciso entender que a iniciativa da prática do mal é sempre nossa, dos encarnados, e que os desencarnados mal intencionados apenas aproveitam nossas tendências. Logo, ninguém é vítima inocente.

Este é um ponto importante na Doutrina Espírita: entender o mecanismo das obsessões a partir de nossas decisões e tendências pessoais. Toda obsessão começa com uma auto-obsessão, ou melhor dizendo, os Espíritos mal intencionados só atuam sobre nós se dermos permissão, se facilitarmos a vazão de nossos sentimentos inferiores, entrando em sintonia mental com eles. Caso contrário, seriamos sempre suas vítimas indefesas, o que não é o caso. Desse modo, o mérito ou a culpa dos atos de praticamos é sempre nosso, dos encarnados.



E se esses pais são doentes? – alguém mais perguntaria. E se eles já trazem consigo do passado, de outra encarnação, via código genético por exemplo, esses distúrbios de comportamento, capazes de torná-los frios e insensíveis às necessidades dos filhos? Neste caso, diríamos, também existem causas do passado, onde certamente todos eles (pais e filhos) se comprometeram uns com os outros, a ponto de estimular tais tendências. E o fato desses 13 Espíritos serem filhos desses pais também estaria vinculado a experiências anteriores, onde provavelmente estiveram juntos em situações de conflito e extrema violência.

Entretanto, Benê, rápida e superficial análise poderia tomar outros rumos, a partir de novas informações da situações de que se revestiram o fato. O que estamos afirmando aqui é apenas com base na Lei de Causa e Efeito, e no fato de sabermos que, independente disso, todos somos filhos de Deus e, portanto, todos somos amados pelo Pai que, através de Jesus, nos recomendou que amássemos até mesmo os nossos inimigos. 

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