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terça-feira, 30 de agosto de 2022

APRENDENDO COM UM MESTRE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A convivência com a dura realidade de milhares de pessoas enquanto lutava em meio à sua, Chico Xavier acabou tornando-se um sábio, seja pelo aprendizado da própria luta pessoal diante das dificuldades que a vida lhe impôs como homem e como médium. Como ele mesmo afirmou certa ocasião, “quem sabe pode muito, mas que ama pode mais”. Mantendo-se fiel à receita da “disciplina, disciplina, disciplina”, sugerida pelo Benfeitor Espiritual Emmanuel quando ouviu através dele sobre a tarefa a que estavam ligados por acertos havidos décadas antes no Mundo Espiritual, concluiu sua recente passagem por nossa Dimensão como uma referência na exemplificação da mensagem cristã, revivida pelo Espiritismo. Bem dentro do roteiro necessário para alcançar a espiritualidade em si mesmo, como preconizado por outro grande líder espiritual, o Dalai Lama que a define como “aquilo que produz no Ser humano uma mudança interior”. Percorrendo obras que preservam o pensamento iluminado de Chico, destacamos para nossas reflexões, algumas das suas orientações e opiniões a milhares de pessoas que atendeu por várias décadas, condicionando-as aos assuntos pelo qual procuraram ouvi-lo. No caso, temas relacionados à família. 1- LAR – “Sem a família organizada caminharíamos para a selva e isso não tem razão de ser. A família terá de fazer grandes aberturas, porque estamos aí com os anticoncepcionais, com os problemas psicológicos, com os conflitos da mente, com as exigências afetivas de várias nuances (...).2- CASAMENTO - “União de almas simpáticas é uma raridade sobre a Terra. Quase todos estamos vinculados aos nossos compromissos de existências anteriores. Com o passar do tempo, o casal que descobre entre si certas diferenças não deve se assustar; é natural que assim seja. Se não houver amor, que pelo menos haja respeito. Tenho visto muitos casamentos se desfazerem por causa do extremo egoísmo dos cônjuges, que não se dispõe a um mínimo de sacrifício e de renúncia. Ora, estamos ainda muito longe do amor com que devemos nos consagrar uns aos outros, mas nada nos impede de começar a exercitar a paciência, o perdão, o silêncio... Se um não revidasse quando fosse ofendido pelo outro, teríamos um número infinitamente menor de separações conjugais”. 3 - ESFRIAMENTO DO INTERESSE MÚTUO APÓS O NASCIMENTO DE FILHOS - “Grande número de enlaces na Terra obedece a determinações de resgates, escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico. E aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes, agindo no Além, transformam, ou melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento em perspectiva para que os cônjuges se aproximem afetuosamente um do outro, segundo os preceitos das Leis Divinas e formem o lar, desfazendo dentro dele determinadas dificuldades das existências anteriores em motivos de amor e compreensão maior.. O namoro e o noivado em muitas ocasiões estão presididos pelos Espíritos que serão filhos do casal”. 4 - PATERNIDADE/MATERNIDADE-“A paternidade é uma oportunidade evolutiva que a Graça Divina concede às criaturas. A maternidade é um segredo entre a mulher e Deus. A participação do homem é ínfima. Na maternidade, a participação da mulher é tocada de alegria e de dor, de tormento e de sofrimento, de prazer e de responsabilidade, desde que o filho nasce, até o último dia da mulher sobre a Terra. 5 - EDUCAÇÃO DOS FILHOS - “- Se não encontrarmos criaturas que nos concedam amor e segurança, paz e ordem, será muito difícil o proveito da nova reencarnação que estejamos encetando. A Educação não é um processo que possa ser levado a efeito quando a criatura já adquiriu hábitos. Aquilo que se precisa aprender começa aos 6 meses de idade. Toda criança deve ser educada no trabalho. Trabalhei desde pequeno e, não fosse por semelhante providência, com certeza eu teria me perdido.”. 6- VIOLÊNCIA NO LAR - “-Qualquer violência, em qualquer lugar e em qualquer tempo, é prejudicial ao autor e aos que lhe assistem a exteriorização, seja qual for a idade do espectador”.

Questão formulada pelo Marco Aurélio. “Acredito que as pessoas, de um modo geral, querem ser boas. Acho que ninguém quer ser mau, porque o mal não está em nós. Quando praticamos o mal, não nos sentimos bem. Mas, uma coisa é querer, a outra é poder. Por que será que temos tanta dificuldade em nos melhorar como pessoas humanas que somos? É por causa de nossa condição evolutiva, que não estamos conseguindo ir além disso?

Também é, Marco Aurélio, mas não é só por isso. O atleta, que vai para a olimpíada, não pode ficar pensando que atingiu o máximo que podia; ele precisa se superar, dar mais do que deu na última prova, mesmo que seja um milímetro a mais. Quando mais ele se conhecer, quanto mais souber de si mesmo, principalmente os erros e as dificuldades, mais condições terá para melhorar seu desempenho durante a prova.

No entanto, ele sempre vai ser capaz de obter um milímetro a mais, e isso já é superação. O que alimenta o espírito esportivo é o de sempre se superar. Esta necessidade é prioritária e urgente; ela é mais importante do que simplesmente querer superar os outros. O maior desafio é superar-se a si mesmo.

Se nos convencermos de que já demos o que tínhamos que dar, não vamos sair do lugar. E isso acontece, principalmente, em nossa vida moral, em nossa vida de relações. Jesus tentou estimular o homem nesse sentido para que ele sempre pudesse fazer algo de especial. “Se vós amais apenas os que vos amam, que fazeis nisso de especial? – disse o Mestre. Logo, a próxima meta é a mais importante e devemos olhar pra ela, não apenas com vontade de atingi-la, mas com espírito de luta.

É comum as pessoas se aproximarem do centro espírita, por exemplo, com certo entusiasmo, ao tomarem contato com os primeiros ensinamentos da doutrina. Inicialmente, ficam deslumbradas com as novas verdades que o Espiritismo lhes traz, e se dispõem a estudar mais, a aprender mais e a começar a pôr o prática o que vem aprendendo. Algumas traçam metas até muito arrojadas, dizendo que vão fazer isso ou aquilo, que querem participar desta ou daquela atividade social, etc.

No entanto, após esse arroubo inicial, elas acabam se acomodando de novo à situação anterior, e parece não estarem mais seguras daquilo que inicialmente diziam acreditar; não propriamente com a doutrina, mas inseguras consigo mesmas. As forças que, de repente, eclodiram de seu espírito, com uma vontade ardente de se libertar de suas mazelas, tendem a retornar à inércia inicial e elas acabam perdendo o entusiasmo e se rendendo à acomodação.

Evidentemente, a Doutrina Espírita, seguindo os passos de Jesus, afirma que a única maneira de aprendermos a ser bons é fazendo o bem. Por mais que saibamos das boas regras de conduta, por mais que admiremos a doutrina do amor ao próximo que Jesus ensinou, isso tudo perde o sabor, quando não estamos dispostos a dar um pouco mais de nós mesmos em matéria de esforço e até de sacrifício, se necessário. Nada de bom se consegue com sonhos ou com facilidades.

E isso acontece em todos os campos da atividade humana com relação ao comportamento das pessoas. A prática do bem é um exercício indispensável para nos mudar por dentro. Nós só aprendemos fraternidade, exercitando boas ações em relação ao próximo. Só aprendemos tolerância, nos esforçando para atuar as pessoas que nos irritam.

Só desenvolvemos paciência, acostumando a desenvolver em nós a capacidade de esperar. Só aprendemos indulgência, começando por apreciar as qualidades das pessoas; só desenvolvemos capacidade de trabalho, nos dedicando inicialmente aos pequenos serviços. E assim por diante. Desse modo, Marco Aurélio, a conquista de algo pressupõe sempre um pouco de esforço ou de sacrifício a mais.

A verdade é que somos Espíritos perfectíveis – ou seja, todos podemos nos aperfeiçoar sempre, num ou noutro sentido, porque existimos para isso. E foi por essa razão que Jesus, tão judiciosamente, afirmou: “Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito”.


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