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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

SONHAR – EXPERIÊNCIA IGNORADA EM SUA AMPLITUDE; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 O chamado pai da Psicanálise somente revelaria suas hipóteses sobre ele através do livro A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS lançado em 1899. O Espiritismo, contudo desde 1857 apresentava as informações dos autores das respostas d’ O LIVRO DOS ESPIRITOS, dizendo que do simples cochilo ao sono profundo, o Espírito ligado ao corpo da personalidade de nossa Dimensão, desenvolve experiências nas múltiplas regiões vibratórias que envolvem o Planeta Terra, nas quais se envolve em vivências condizentes com sua realidade mento/emocional naquele momento de sua reencarnação. Mas, porque não retém integralmente os registros destas experiências contra argumentam os céticos? Na terceira obra das construídas pelo Espírito identificado como André Luiz, reproduz parecer do Instrutor Alexandre, personagem central da narrativa em que, entre outras coisas, sobre as limitações mentais do homem pondera que nele “é reduzida a capacidade sensorial. O homem eterno guarda a lembrança completa e conserva consigo todos os ensinamentos, intensificando- os e valorizando-os, de acordo com o estado evolutivo que lhe é próprio. O homem físico, entretanto, escravo de limitações necessárias, não pode ir tão longe. O cérebro de carne, pelas injunções da luta a que o Espírito foi chamado a viver, é aparelho de potencial reduzido, dependendo muito da iluminação de seu detentor, no que se refere à fixação de determinadas bênçãos divinas. Desse modo, o arquivo de semelhantes reminiscências, no livro temporário das células cerebrais, é muito diferente nos discípulos entre si, variando de alma para alma. No ultimo dos livros organizado por André Luiz cujo título é E A VIDA CONTINUA (1969, feb), no capítulo 26, a descrição de como se operam algumas experiências além do sono físico, sob diferentes ângulos: o antes, o durante e o depois. Reflitamos sobre o caso descrito: -“Noite alta no Plano Físico... Mariana, em desdobramento espiritual através do sono comum, penetrou a sala em que Ribas e os amigos a esperavam. Escoltada carinhosamente por um mensageiro, a recém-chegada não poderia apresentar-se de maneira mais simples. Ao defrontar-se com os Benfeitores, deteve-se perante Ribas, com a lucidez que lhe era possível, e, magnetizada talvez por aquele olhar brando e sábio, ajoelhou e pediu-lhe a bênção. O Mentor, recalcando a emoção de que fora tangido, afagou-lhe a fronte, rogou a Jesus para que a protegesse e recomendou: – Levante-se, Mariana, temos algo a conversar... Ao vê-la convenientemente sentada, o Orientador apresentou-lhe Evelina e Ernesto, demorando-se, todavia, a salientar Evelina, a fim de que ela lhe guardasse mais vivamente a figura na tela da memória, quando tornasse ao corpo denso: – Esta é a irmã que velará por você, na próxima gravidez. Por favor, Mariana, esforce-se para retê-la na lembrança!... Mariana – respondeu o Mentor, sensibilizado –, não tema! Deus não nos abandona! Seus filhinhos serão sustentados e, muito em breve, você e Joaquim estarão numa casa grandeMariana voltou, agora custodiada também por Evelina e Fantini, à rústica habitação que o vento castigava e, em retomando o corpo, o coração bateu-lhe descompassado, ante o júbilo que se lhe represava no peito, e acordou o marido: Joaquim!... Joaquim!... E, enquanto ele, estremunhado, articulava monossílabos: – No sonho, acabei de encontrar o velho que já vi outras vezes... Ele disse que vamos ter mais um filho!... – Que mais? – Disse que nós dois vamos ter uma casa grande... Ele riu-se e aditou, ignorando que abordava a realidade: – Ah! minha mulher!... Casa grande? só se for no outro mundo... Os visitantes desencarnados sorriram...



Eu penso que a fé é uma faca de dois gumes. Ela pode ser boa e pode ser ruim. Boa, quando faz o bem: muitos homens de fé ajudam muito a humanidade; ninguém pode duvidar disso. E ruim, quando ela persegue, destrói, rouba, enriquece a custa da boa fé do povo. Podemos nos enganar. O problema é como saber que tipo de fé estamos buscando... ( Márcio)


Você está certo, Márcio. A fé é neutra como a inteligência – podemos usá-la tanto para o bem quanto para o mal: ela tanto serve aos objetivos do benfeitor que busca um fim útil, , como ao malfeitor que também acredita atingir suas metas. Quando Jesus enalteceu o valor da fé, dizendo que ela remove montanhas, ele se referia, é claro, à fé positiva, a fé que nos ajuda a viver e amar, que nos impulsiona apenas para o bem.


Em outra ocasião, dissemos aqui que a vida é comparada a um barco que deve navegar rumo a um destino seguro. A fé é o motor desse barco, é o que dá impulso à embarcação, mantendo-a sempre em movimento; a razão é o leme, ou seja, o instrumento que dá direção ao barco, que vai decidir onde o barco deve chegar. É aqui que entra a nossa capacidade de discernimento: o que queremos alcançar? Que rumo tomar na vida? Quem faz a escolha é a razão, que vai nos dizer se o que queremos alcançar é bom ou mau.


Logo, fé e razão devem estar unidas – a fé dando força e coragem; a razão dando discernimento, ou seja, estabelecendo a rota a ser seguida pelo barco da vida. Quando só temos o motor funcionando e ninguém no leme – ou seja, a fé sem a razão – o barco vai navegar à deriva, sem rumo. Apenas vai deixar-se levar e, neste caso, ele poderá ser guiado para a tempestade, sair de sua rota, perder-se e naufragar.


Há pessoas de boa-fé que, não usando o discernimento, deixam-se enganar facilmente e são vítimas dos charlatães e dos estelionatários; estes, por sua vez, são pessoas de má-fé, que usando a razão, são capazes de causar prejuízos e sofrimentos aos outros. Do mesmo modo, no campo religioso: há os que se deixam impulsionar apenas pela fé – não param para refletir, não examinam e não procuram entender por que devem crer; estes frequentemente caem no fanatismo. Ao longo da História, muitos foram perseguidos e sacrificados em nome de Deus.


A fé, que o Espiritismo recomenda, é a mesma recomendada por Jesus – a fé racional, aquela que ele utilizou para dar nova interpretação à lei e aos profetas. Trata-se da fé que pensa antes de aceitar, que examina antes de crer e que, por isso mesmo, no dizer de Allan Kardec é a única que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.


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