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domingo, 16 de janeiro de 2022

ALLAN KARDEC, ANJOS DECAÍDOS, ADÃO E O MITO DE MARIA; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 Um estudo comparativo entre as principais religiões ao longo da História da Humanidade demonstra que muitas delas constituem-se em sínteses do pensamento e sentimento que assinala a evolução do Ser dentro de suas proposições espiritualizantes, coincidindo ao que tudo indica, com o início de novos ciclos evolutivos. O próprio Espiritismo segundo alguns pensadores constitui-se numa delas abrangendo a essência dos avanços no campo do despertar da consciência. E, como explicado pelo Instrutor Espiritual Emmanuel no livro A CAMINHO DA LUZ (feb, 1938) psicografado por Chico Xavier, o ponto de partida deu-se na Índia através do grupo de exilados do Sistema de Capela ali interiorizados pelos que dos bastidores da invisibilidade administram o progresso da Terra Como prenunciado por Jesus, a Doutrina Espírita vem esclarecer o que estava obscuro. No número de janeiro de 1862 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec elucida alguns pontos atavicamente carregados por parte dos Espíritos presos à Terra. Vejamos: 1- ADÃO COMO A ORIGEM DA HUMANIDADE - A questão principal não é saber se a personagem de Adão realmente existiu, nem em que época viveu, mas se a raça humana, designada como sua posteridade, é uma raça decaída. A solução dessa questão não é destituída de conteúdo moral, porque, esclarecendo-nos quanto ao passado, pode orientar a nossa conduta para o futuro. Antes de mais, notemos que, aplicada ao homem, a ideia da queda, sem a reencarnação, é um contra-senso, assim como a responsabilidade que carregássemos pela falta de nosso primeiro pai. Se a alma de cada homem é criada ao nascer, é que não existia antes; não terá, desse modo, nenhuma relação, nem direta, nem indireta, com a que cometeu a primeira falta, o que nos leva a indagar como poderia ser responsável por sua própria queda 2 - ANJOS DECAÍDOS - A ideia dos anjos rebeldes, dos anjos decaídos e do paraíso perdido se acha em quase todas as religiões e, como tradição, entre quase todos os povos. Deve, pois, fundamentar-se numa verdade. Para compreender o verdadeiro sentido que se deve ligar à qualificação de anjos rebeldes, não é necessário supor uma luta real entre Deus e os anjos, ou Espíritos, desde que o vocábulo anjo é aqui tomado numa acepção geral. (...) Pois bem! todos esses Espíritos, que tão mal empregaram as suas encarnações, uma vez expulsos da Terra e enviados a mundos inferiores, entre hordas ainda na infância da barbárie, o que serão, senão anjos decaídos, remetidos à expiação? A Terra que deixam não será para eles um paraíso perdido, em comparação ao meio ingrato onde ficarão relegados durante milhares de séculos, até o dia em que tiverem merecido a libertação? 3- O MITO DE MARIA - Esta interpretação dá uma razão de ser toda natural ao dogma da imaculada Conceição, do qual tanto zombou o cepticismo. O dogma estabeleceu que a mãe do Cristo não era manchada pelo pecado original. Como pode ser isto? É muito simples: Deus enviou um Espírito puro, que não pertencia à raça culpada e exilada, para encarnar na Terra e desempenhar a sua augusta missão, do mesmo modo que, de vez em quando, envia Espíritos superiores que encarnam a fim de impulsionar o progresso e apressar o desenvolvimento do orbe.


Hoje em dia, está muito na moda a pessoa querer se tornar famosa, principalmente no meio artístico. Mas isso deve acontecer também em outros meios. Eu pergunto: do ponto de vista espiritual, tem alguma vantagem para o Espírito se tornar famoso ou isso é apenas efeito de seu orgulho, de querer aparecer e sentir que é uma pessoa especial? ( Gleice Maria)


Devemos analisar esta questão com bastante cuidado, até porque tornar-se famoso pode ser uma missão ou uma prova das mais difíceis para o Espírito. Na verdade, em todas as épocas e em todos os povos sempre houve pessoas que se destacaram. Algumas porque buscaram vantagens em aparecer e em ganharem poder. Outras, porém, por contingência de sua própria vida, ou seja, pelo que fizeram, prestando grandes serviços ao mundo. Todos podemos citar muitos casos de pessoas, que se tornaram célebres, nos diversos campos da atividade humana – como nas artes, na filosofia, na religião, na ciência, na política, etc. - porque contribuíram para o bem-estar e progresso da humanidade.


Dias destes, contamos aqui um caso, que se passou com Albert Einstein, um dos maiores cientistas de todos os tempos. Einstein não gostava de aparecer e não suportava homenagens; pelo contrário, fugia delas. Nos últimos anos de sua vida, preferiu se aproximar das crianças e ter uma vida muito simples. Esteve sempre interessado em suas pesquisas, em seus estudos e em descobrir novas leis da natureza que pudessem ser úteis ao homem. Na ciência, na filosofia e na religião, é mais fácil encontrar verdadeiros abnegados que se tornaram famosos em decorrência do que se fizeram para o mundo, mas que nunca tiveram a pretensão de se tornarem célebres.


O mesmo não podemos dizer, por exemplo, no campo das artes, dos esportes, dos negócios e das grandes fortunas. Hoje, artistas e atletas, por exemplo, buscam fama para serem aplaudidos, valorizados e alguns se tornam célebres para alimentarem sua vaidade, também porque se promoveram e se fizeram conhecidos por seus talentos. Nem por isso podemos tirar-lhes o valor, mas, seguramente, podemos afirmar que o que vale, do ponto de vista espiritual, não é a fama em si, mas o que o individuo fez de bom em sua vida, tanto em benefício próprio, como em favor dos interesses da sociedade ou da humanidade. Cremos que ninguém duvida disso e que esses Espíritos têm uma grande responsabilidade.


As celebridades, por sua vez, pagam muito caro o fato de ocuparem uma posição de destaque no mundo. Basta que o indivíduo se torne famoso e ele perde a sua privacidade. Praticamente não é mais dono de sua vida particular, pois as exigências da fama acabam por tirar-lhe o direito de fazer o que quer ou de ser livre como os cidadãos comuns, impedidos de viver tranquilamente no seio da família ou dos amigos. Esse é o seu preço – e sempre muito alto, razão porque muita gente famosa vive em permanente situação de conflitos. De modo que, se a celebridade, quiser, de fato, desempenhar bem seu papel, terá de renunciar a muita coisa e se satisfazer apenas com as manifestações de seus admiradores e com as homenagens que recebe.


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