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domingo, 25 de julho de 2021

PRECISA SER CONHECIDO; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

Segundo Allan Kardec, “a CIÊNCIA ESPÍRITA nos ensina a causa dos fenômenos devidos às influências ocultas do Mundo Invisível e nos explica o que, sem isto, nos parecerá inexplicável. Compreende duas partes: uma experimental, sobre as manifestações em geral, outra filosófica, sobre as manifestações inteligentes”. Nesse sentido, seu campo de pesquisa, engloba temas como MEDIUNIDADE, SOBREVIVÊNCIA ALÉM DA MORTE, INFLUÊNCIA ESPIRITUAL, OBSESSÃO, REENCARNAÇÃO e FLUIDOS.  Sobretudo no que se refere ao último campo, não pode ser ignorada a contribuição do médico alemão Franz Anton Mesmer que em 1773, afirma existir uma ação recíproca entre dois seres vivos, por intermédio de um agente especial chamado FLUIDO MAGNÉTICO ANIMALIZADO capaz de causar efeitos similares ao magnetismo mineral, que - como toda ideia nova - encontrou forte oposição dentro dos seguidores da linha organicista derivada da visão mecanicista de Isaac Newton. Vítima de acusações e perseguições durante o resto de sua vida que terminou em 1815, pelo chamado mundo acadêmico, teria sua visão ampliada por um observador e pesquisador das práticas disseminadas por ele na França dos Iluministas que por mais de três décadas testemunhou resultados interessantes nos seguidores das proposições do visionário germânico. Trata-se do intelectual, pesquisador e educador Denizard Hippolite Léon Rivail que, a partir de 1854, aprofundando-se no estudo dos hoje chamados fenômenos paranormais e considerando ser o Magnetismo uma força natural, escreve na REVISTA ESPÍRITA, em seu primeiro número em janeiro de 1858, que “o Magnetismo preparou o caminho do Espiritismo, e o rápido progresso desta última doutrina se deve, incontestavelmente, à vulgarização das ideias sobre a primeira. (...) Impossível falar de um sem falar do outro. Se tivéssemos que ficar fora da ciência magnética, nosso quadro seria incompleto e poderíamos ser comparados a um professor de física que se abstivesse de falar da luz”. Vai além, ampliando o conceito de Mesmer ao afirmar que “os resultados obtidos pelo fluido magnético (fluido vital) se devem, na verdade, à associação das emanações de um corpo fluidico por ele denominado perispírito que, por sua vez, emana o fluido perispiritual”. Anos depois, em 1864, num livro por ele publicado, afirma que, por exemplo, “a prece é uma irradiação mental em forma de pensamento que coloca o emissor em contato com o Ser a que se dirige, propagando-se impregnada de fluidos pessoais resultantes das emoções/sentimentos que inspiram sua formulação”.  Ao longo do século 20, a tentativa de dar um embasamento aceito pela comunidade dita científica proposta pelo Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet com sua Metapsíquica, frustou-se com a morte do corajoso médico, sendo, de certa forma sucedida pelo iniciativa do norte-americano Joseph Banks Rhine que na Universidade de Duke, propõe a Parapsicologia influenciando mais tarde o surgimento de outras versões como a Psicotrônica nos Países Socialistas e a Psicobiofísica do Engenheiro brasileiro Hernani Guimarães Andrade. A publicação em 1970 do livro EXPERIÊNCIAS PSIQUICAS ALÉM DA CORTINA DE FERRO revela, entre outras coisas, diversos estudos desenvolvidos nos países chamados comunistas, confirmando através da chamada Maquina Kyrlian, por exemplo, que a transmissão de energia entre seres humanos proposta por Mesmer é real; que “a energia vital chamada Prana considerada pela Yoga, circula pelo corpo, podendo ser dirigida pelo pensamento”, o qual, efetivamente, se transmite de pessoa a pessoa. Diante disso, imprescindível um aprofundamento nos conceitos formulados pelo Espiritismo.


  Lendo O LIVRO DOS ESPÍRITOS encontramos que a influência que os Espíritos têm sobre nós é maior do que acreditamos e que, frequentemente, são eles que nos dirigem. Eu pergunto: Até que ponto vai essa influência? Ela pode anular a nossa vontade e para fazermos somente aquilo que os Espíritos querem? (Adilson Cunha)

 Podemos abordar este assunto de vários ângulos. Primeiro: não temos dúvida quanto à presença dos desencarnados em nossa vida, principalmente aqueles que têm alguma afinidade conosco. Por isso, em primeiro lugar, precisamos considerar que a influência de que trata O LIVRO DOS ESPÍRITOS não é só a influência dos Espíritos mal intencionados, mas também a boa influência que nossos protetores e amigos procuram exercer positivamente sobre nós.

Além do mais, quando nos referimos aos Espíritos obsessores – ou seja, aqueles que nos querem mal -  precisamos entender que eles não criam em nós disposições que não temos, mas apenas aproveitam as nossas tendências. Se uma pessoa é desonesta, eles procurarão estimular nessa pessoa atos de desonestidade; se ela é agressiva, atitudes de violência. Este ponto é muito importante, para entendermos que ninguém é joguete nas mãos dos Espíritos, mas estamos afinados com aqueles que pensam e agem como nós.

Dito isso, precisamos considerar, ainda, que na época de Kardec, quando O LIVRO DOS ESPÍRITOS foi editado, o homem comum estava sujeito a bem menos influência da sociedade do que o homem de hoje, por causa do progresso das comunicações nos últimos anos. Talvez, por isso, ele estivesse mais exposto à influência espiritual. Hoje, podemos considerar que somos influenciados por duas vias de transmissão:  via consciente, ou seja, por aquilo que depende de nossa vontade, de nossa decisão; e a via inconsciente, aquela que age sobre nós, sem que nos apercebamos disso.

Conscientemente, somos nós que tomamos nossas decisões, agindo certo ou errado, de acordo com os valores morais que aprendemos. Inconscientemente, todos os dias, recebemos, ao mesmo tempo, influências de várias fontes: as pessoas de nosso círculo estreito de relações (como familiares, amigos, colegas, vizinhos, etc.), os meios de comunicação ( rádio, televisão e a mídia em geral – principalmente a televisão, que nos fala aos ouvidos o dia inteiro) e os desencarnados mais próximos, que também tomam parte nisso tudo.

 Quando falamos em influência inconsciente, estamos nos referindo a tudo aquilo que chega até nós, sem que tomemos consciência do poder de sua atuação em nossa mente. Televisão, por exemplo. Vemos TV todos os dias. Há pessoas que vêem TV o dia todo. É natural que todas as informações e sugestões mostradas insistentemente pela televisão – até mesmo aquelas que nem prestamos atenção  – penetrem bem fundo em nossa mente, e fiquem lá no inconsciente agindo sobre nossas decisões e atos o tempo todo.


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