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segunda-feira, 26 de julho de 2021

A MAIOR DE TODAS AS SOMBRAS; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 A ignorância sobre as questões espirituais é sem dúvida responsável por todas as perturbações observadas no organismo social da Terra na atualidade. O desconhecimento da visão ampla oferecida pelo Espiritismo é um dos fatores determinantes da predominância dos comportamentos incompreensíveis das criaturas humanas em várias partes do Planeta. Quando Allan Kardec em observação a respostas obtidas dos Espíritos Superiores e inseridas n’O LIVRO DOS ESPÍRITOS perguntou “quando se pensa na massa de indivíduos diariamente lançados na corrente da população, sem princípios, sem freios, entregues aos próprios instintos, deve-se admirar das consequências desastrosas desse fato?, a realidade era muito diferente da observada nos dias de hoje. O Espiritismo feneceu na região da Terra em que nasceu para ressurgir de forma admirável no Brasil, onde um médium à frente de milhares de outros produziu uma obra densa em algumas de suas contribuições, auxiliando a compreensão das informações revolucionárias sobre a sobrevivência, reencarnação, influências espirituais entre diferentes Dimensões, lei da Causa e Efeito, obsessão, mediunidade, entre outras. O estrago feito pelas religiões convencionais, associado à transformação das mesmas em meio de vida por muitos, produziram gerações nas últimas décadas altamente refratárias a quaisquer temas que possam ser relacionados. Como dizem muitos dentre os que se encontram engajados nos meios intelectuais e acadêmicos, há uma rejeição imediata e espontânea ante qualquer tentativa de se tocar em qualquer um dos assuntos citados. Estudos acerca do comportamento confirmam que refletimos no meio, o que carregamos no mundo interior, ou seja, só somos capazes de dar o que temos. O vazio existencial e cultural das lideranças condicionadas a se ajustarem à realidade materialista forma uma barreira neutralizante de tentativas mais objetivas de se levar à frente projetos de divulgação em massa das esclarecedoras verdades de que a Doutrina Espirita se compõem. Um século 21 que começa evidenciando tantas desigualdades sociais; em que a mulher em vários países em considerada inferior ao homem, em que os direitos individuais esbarram em preconceitos de várias origens; em que os interesses políticos não são necessariamente o bem estar da coletividade; não poderá avançar e terminar de forma melhor que terminou o século 20. O processo de alienação e manipulações ganha cada vez mais destaque em eventuais análises que se possa fazer. Kardec, à pergunta reproduzida no início deste texto, responde dizendo que “a desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar. Nisso está o ponto de partida, o elemento real do bem estar, a garantia da segurança de todos”. Acrescenta ainda que “quando essa arte (educação moral) for conhecida, compreendida e praticada, o homem seguirá no mundo os hábitos de ordem e previdência para si mesmo e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar de maneira menos penosa os maus dias inevitáveis”. O mais grave de tudo isto é que isto foi escrito há mais de 150 anos, contudo, mantem-se aprisionado entre as páginas do livro que deveria ser o primeiro guia de todos os espíritas, mantendo-se ignorado inclusive entre estes. Há um enfase acentuado em programas de estudos evangélicos ou em torno das práticas mediúnicas. Na maioria das casas espíritas, a criança que representa o futuro da sociedade, não preocupa dirigentes. Não se prepara gerações de um dia para outro. Kardec, educador que era, em nota à questão 685 d’ O LIVRO DOS ESPÍRITOS, comenta que “há um elemento que não se ponderou bastante, e, sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar caracteres, aquela que cria hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos”. Sua percepção mostra-se acertada. Enquanto os que decidem manterem-se distraídos nas próprias presunçosas teorias, refletindo o quanto amam a si mesmo e o quanto não amam o próximo, a Humanidade continuará mergulhando num caos sem precedentes na sua História. Tal quadro alimentará as dores morais e físicas, tão presentes neste mundo de Expiação e Provas, contraditoriamente, tão sedento de paz e felicidade.

 Quando uma pessoa morre, ela vai encontrar seus parentes e amigos no outro mundo? Eles vêm para ajudá-la? Como funciona isso?  (Valdirene Alice Ferreira)

 “Se há algo confortador na morte, – diz a Dra. Marlene Nobre no seu livro NOSSA VIDA NO ALÉM -  é a presença dos seres amados, dos parentes e amigos queridos, domiciliados no mundo espiritual, os que fizeram antes a grande romagem, estendendo os braços para acolher o viajante cansado, ao término da jornada terrestre”. E continua a autora:

  “Eles fazem parte da comissão de recepção no limiar da Vida Nova e associam-se às equipes encarregadas dos traslados para a grande travessia. Às vezes, essa comissão resume-se apenas a um único parente ou amigo, mas há sempre alguém acenando do outro lado. Os Espíritos Superiores esclareceram a Allan Kardec que esse encontro do desencarnado com os amigos e familiares, que o antecederam, dá-se imediatamente após a morte, de acordo com a afeição que se votavam reciprocamente, sempre que muitos o ajudam a desligar-se das faixas da matéria”.

  “Nas pesquisas de William Barrett e Hyslop, no início do século XX, e naquelas efetuadas por Karlis Osis e Haräldson, nas décadas de 1960 e 1070, as visões no leito de morte ( ou seja, quando o moribundo diz ver pessoas que já morreram ao seu lado) nada mais são do que a presença dos familiares no limiar na vida nova, com a tarefa precípua de receber os entes queridos nos momentos de transição”.

 – Há um caso interessante, citado pela Dra. Marlene Nobre em seu livro, NOSSA VIDA NO ALÉM. A esposa do pesquisador William Barrett era médica obstetra. Ela contou ao marido o caso de uma paciente em estado terminal que vira, em seu leito de morte, o pai já desencarnado e uma irmã, que ela julgava viva, mas que, na verdade, havia desencarnado durante o tempo em que estivera internada no hospital. A família a havia poupado da noticia devido ao agravamento de sua saúde e nada lhe contara a respeito dessa irmã.

 De fato,  é confortador saber que, mesmo na hora da morte, não estamos sozinhos. Sempre há algum amigo ou familiar olhando por nós. Em toda família sempre há alguma alma bondosa, que se preocupa em trazer conforto àquele que está partindo. Na verdade, a vida do Espírito não termina com a morte do corpo. Pelo contrário, do ponto de vista espiritual, o desencarne é um novo despertar para a vida, é a ressurreição que todos nós experimentamos e de que fala Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios. 

 

 

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