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segunda-feira, 5 de julho de 2021

REENCARNAÇÃO - AVALIAÇÃO RACIONAL; EM BUSCA DA VERDADE COM O PROFESSOR

 No número de janeiro de 1861 da REVISTA ESPÍRITA, Allan Kardec reproduz a primeira parte de um interessante e extenso texto por ele intitulado CARTA DA INCREDULIDADE. Explica que o fez após ter sido solicitado a apreciá-lo pelo amigo Sr. Canu, que o elaborara com a intenção de reparar os prejuízos causados a muitas pessoas que influenciara com suas ideias materialistas. O teor do documento mostrava-se tão bem fundamentado que Allan Kardec considerara oportuno publicar após obter autorização do autor. Dos vários aspectos por ele abordados, destacamos alguns relacionados ao tema reencarnação que dão uma perfeita ideia da sua dinâmica. Diz o seguinte: 1- A Humanidade, considerada coletivamente é comparável ao indivíduo; ignorante na infância, ela se esclarece à medida que avança em idade; o que se explica naturalmente pelo próprio estado de imperfeição em que estão os Espíritos para o adiantamento dos quais essa Humanidade foi feita; 2- Quanto ao Espírito considerado individualmente, não é numa só existência que ele pode adquirir a soma de progresso que está chamado a cumprir; é porque um maior ou menor número de existências corpóreas lhe são necessárias, segundo o uso que fará de cada uma delas. Mais ele tenha trabalhado para o seu adiantamento em cada existência, menos terá que sofrê-las. 3- Como cada existência corpórea é uma prova, uma expiação, um verdadeiro purgatório, tem interesse em progredir o mais prontamente possível, para ter a sofrer menos provas, porque o Espírito não retrograda; cada progresso cumprido por ele é uma conquista assegurada que nada poderia lhe tirar. 4- Segundo este princípio, hoje averiguado, é evidente que quanto mais ele caminhar depressa, mais cedo chegará ao objetivo. Resulta do que precede que cada um de nós, hoje, não estamos em nossa primeira existência corpórea, muito longe disso, estamos mais distante ainda de última; 5- As nossas existências primitivas devem se passar em mundos bem inferiores à Terra, sobre a qual não chegamos senão quando o nosso Espírito chegou a um estado de perfeição em relação com este astro; 6- À medida que progredirmos, passaremos para Mundos mais avançados do que a Terra sob todos os aspectos, e isso, de degrau em degrau, avançando sempre para o melhor. Mas, antes de deixar um Globo, parece que se deve cumprir nele geralmente várias existências, cujo número, todavia, não é limitado, mas subordinado à soma do progresso que se terá adquirido.7- Tudo isso, pode ser verdadeiro, mas muitos podem argumentar: como não me lembro de nada, ocorrendo o mesmo com cada um de nós, tudo o que se passou em nossas existências precedentes é para nós como nulo; e se ocorre o mesmo em cada existência, pouco importa ao meu Espírito ser imortal ou morrer com o corpo, se, conservando a individualidade, não tem consciência de sua identidade. Com efeito, isso seria para nós a mesma coisa, mas não ocorre assim; não perdemos a lembrança do passado senão durante a vida corpórea, para reencontrá-la na morte, quer dizer, no despertar do Espírito, cuja verdadeira existência é a do Espírito livre, e para a qual as existências corpóreas podem ser comparadas ao sono para o corpo. 8- Em que se tornam as almas dos mortos enquanto esperam uma nova reencarnação? (...). Em geral, pouco se afastam dos vivos e, sobretudo, daqueles a quem são afeiçoados, quando se tem afeição por alguém.



Uma senhora comentou o seguinte: “Depois de uma certa idade, a gente passa a perceber que a vida inteira é quase só decepção, principalmente com a família. Parece que vivemos num mundo em que ninguém tem consideração pelo outro e, então, ficamos sofrendo mágoas e decepções...”

  Não queremos dizer que essa senhora está errada em seu raciocínio, até porque a visão de mundo depende do ângulo como cada um o observa. Alguns veem a vida com realismo, sabem valorizar seus bons momentos e senti-los com profundidade; outros, depois de algum tempo, consideram que a vida não vale pena, queixando-se que só tiveram decepções. Por isso, acreditamos que a vida depende da lente que cada um está usando para apreciá-la. Deveríamos, de vez em quando, prestar mais atenção de que lente estamos nos valendo para observar o mundo à nossa volta.

 Sobre isso, vem-nos à memória um livro do escritor Joaquim Manoel de Macedo, cujo título é A LUNETA MÁGICA: uma crítica social.  É uma história ingênua que se passa no final do século XIX no Rio de Janeiro mas que, como as parábolas de Jesus, encerra um ensinamento de vida. Trata-se da vida do jovem Simplício que, ao ficar órfão de pai e mãe, herdara grande fortuna. Ele próprio percebeu que não tinha condições de administrá-la, passando essa incumbência a uma tia que se fez acompanhada de uma filha nada simpática.

  Como não tinha o necessário discernimento para saber o que estava certo ou errado, suspeitando-se enganado pelos parentes, o jovem contratou o serviço de um mago que, vendo-o tão perturbado,  fez para ele uma luneta do bem. Com essa luneta, ele só enxergava o lado bom da vida, das coisas e das pessoas e, como não conseguia perceber o mal, prejudicou-se mais ainda. Voltou ao mago, mais insatisfeito ainda, e o mago lhe fez uma outra luneta – desta vez, a luneta do mal e, então, sua situação piorou, porque ele passou a ver somente s defeitos das pessoas e passou a odiá-las.

  No auge do desespero, quando preparava para se suicidar, pois não aguentava mais conviver com o inferno que criou para si mesmo, o mago apareceu-lhe trazendo, finalmente, uma terceira luneta – agora, sim, a luneta do bom senso. E, então, Simplício passou a se conhecer-se melhor e a analisar com mais discernimento o comportamento das pessoas e os problemas da sociedade, quando, enfim, descobriu que, pelo bom senso, ele podia compreender melhor a vida, analisa-la com mais segurança todos os seus aspectos, e conviver com mais confiança em si mesmo.

 O pensamento de que a vida é fácil é no mínimo contraditório, pois, ao que nos parece, no fundo nascemos para enfrentar desafios. A vida em si é um desafio. Por que será que as pessoas gostam de jogo? Afinal, no jogo,  elas podem ganhar, mas também podem perder...Por que será que adoram romances e filmes, que sempre trazem no enredo grandes desafios para seus personagens, que só vão conhecer vitória no final? O que seria da vida, se tudo estivesse pronto e resolvido e nada para se fazer?

 Somos seres em evolução e autores do próprio destino, e nós assim o fazemos porque só assim poderemos gozar a sensação de completa realização, carregando os méritos que obtivemos na luta. Um paraíso sem problemas, como aquele que imaginaram para Adão e Eva, seria uma lugar insuportável, porque a monotonia e o tédio nos levariam ao sentimento de completa  inutilidade.

 Logo, nosso problema não é ter problemas, mas saber primeiramente como encará-los e, depois, o que fazer para resolvê-los. É por isso que Deus nos concede a oportunidade da reencarnação, porque é vivendo que se aprende e é aprendendo que passamos a sentir o nosso próprio valor e o nosso próprio papel nos planos divinos. As pessoas com quem convivemos são aquelas com quem precisamos aprender a viver, desenvolvendo certas habilidades que ainda não adquirirmos. Se elas não ainda não conseguem ser o que desejaríamos que fossem, com certeza elas também se sentem incomodadas conosco.

  Sir Winston Churchill, notável político e grande estrategista inglês, que muito colaborou para a reconquista da paz, durante a Segunda Guerra Mundial, fez a seguinte afirmação, que todos nós deveríamos tomar por divisa, principalmente nos momentos mais difíceis: “O pessimista – disse ele – vê em cada oportunidade uma dificuldade; o otimista vê em cada dificuldade uma oportunidade”.

 Sobre o significado da vida o Espiritismo nos garante que a reencarnação é o grande mecanismo da natureza, através do qual, nascemos e vivemos  nos meios mais adequados ao desenvolvimento de nossas faculdades espirituais. Segundo Chico Xavier, “ninguém cruza nosso caminho por acaso, e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão”. Por isso é importante saber qual é o nosso verdadeiro papel na família. Leia livros espíritas. Um livro que nos pode ajudar a refletir sobre esta questão, de fundamental importância nos dias atuais, é SINAL VERDE, uma obra mediúnica de  André Luiz


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