O
monitoramento das causas de morte nos países cobertos pela OMS- Organização
Mundial de Saúde indicam ser o suicídio uma das que mais crescem nas
estatísticas. Inclusive suicídios juvenis, o que havia sido previsto pela
Espiritualidade Superior nas mensagens reproduzidas e analisadas por Allan
Kardec em números da REVISTA
ESPÍRITA, ano 1866. Decisão e ação condenada por todas as Escolas
Religiosas, através do Espiritismo encontra um posicionamento racional
inclusive nascido do depoimento de vários Espíritos que recorreram a tão
radical expediente. Ao longo do século 20, o médium Chico Xavier foi abordado
em mais de uma vez sobre a questão, acrescentando elementos uteis para nossas
reflexões. Destacamos a seguir dois deles: 1- O suicídio é consequência
de fatores psicológicos em desagregação ou de influências espirituais em
evolução? Chico Xavier – Cada Espírito é
senhor de seu próprio mundo individual. Quando perpetramos a deserção
voluntária dos nossos deveres, diante das leis que nos governam, decerto que
imprimimos determinadas deformidades no corpo espiritual. Essas deformidades
resultam das causas cármicas estabelecidas por nós mesmos, pelas quais sempre
recebemos de volta os efeitos das próprias ações. Cometido o suicídio, nessa ou
naquela circunstância, geramos lesões e problemas psicológicos na própria alma,
dificuldades essas que seremos chamados a debelar na próxima existência, ou nas
próximas existências, segundo as possibilidades ao nosso alcance. Assim,
formamos, com um suicídio, muitas tentações a suicídio no futuro, porque em nos
reencarnando, carregamos conosco tendências e inclinações, como é óbvio, na
recapitulação de nossas experiências na Terra. 2-
Os Espíritos acham que os sofrimentos dos
suicidas decorrem de um castigo e Deus? Chico Xavier – Não. Não decorrem de um castigo de Deus,
porque Deus é a Misericórdia Infinita, a Justiça Perfeita. Emmanuel sempre me
explica que, quando atentamos contra o nosso corpo, na Terra, ferimos as
estruturas do nosso corpo espiritual. Infringimos a nós mesmos essas punições. Permanecemos
no Além com os resultados do suicídio para depois, ao reencarnarmos na Terra,
trazermos as consequências em nosso próprio corpo. O suicídio, para aqueles que
conhecem a importância da vida, impõe um complexo culposo muito grande nas
consciências. O problema está dentro de nós e, na hora de voltar à Terra,
pedimos para assumir as dificuldades inerentes às nossas culpas. Se a bala
atravessou o centro da fala, naturalmente vamos retomar o corpo físico em
condições de mudez. Se atravessa o centro da visão, vamos renascer com processo
de cegueira. Se nos precipitamos de alturas e aniquilamos o equilíbrio de
nossas estruturas espirituais, vamos voltar com determinadas moléstias que
afetam o nosso equilíbrio. Quando nos envenenamos, quando envenenamos as nossas
vísceras, somos candidatos, quando voltamos à Terra, ao câncer nos primeiros
dias de infância, ao problema de fluidos comburentes que criam desequilíbrio no
campo celular. Muitas vezes encontramos numa criança recentemente nascida um
processo canceroso que nós não sabemos justificar, senão pela reencarnação,
porque o espírito traz consigo aquela angústia, aquele desequilíbrio que se
instala dentro de si próprio. Pelo enforcamento, nós trazemos determinados
problemas de coluna e caímos logo nos processos de paraplegia. Somos crianças
ligadas, parafusadas ao leito durante determinado tempo, em luta de auto corrigenda,
de autopunição, de reestruturação de peças de nosso corpo espiritual.
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