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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

MUDANDO O FOCO

Professor de Filosofia, italiano, Ernesto Bozzano está intimamente ligado à pesquisa dos fenômenos inabituais na espécie humana, invariavelmente, associados por isso mesmo -pelos que não querem estudar ou pensar - ao misticismo. Nessa área organizou cerca de 52 livros, alguns dos quais póstumos, de conteúdo extremamente interessante demonstrando que entre o final do século 19 e o fim da primeira metade do século 20, muitos pesquisadores igualmente se interessavam pelo assunto. O Espiritismo conforme apresentado por Allan Kardec não parece ter sido sua principal preocupação, tendo se influenciado mais intensamente pela Metapsíquica do fisiologista francês Charles Richet. Seu nome, curiosamente ainda é lembrado porque espíritas brasileiros procuraram traduzir alguns dos principais títulos por ele assinados. Num deles, PENSAMENTO E VONTADE  (feb),encontramos importante contribuição a respeito de assunto tratado por Allan Kardec em artigo reproduzido n’ OBRAS POSTUMAS sob o título FOTOGRAFIA DO PENSAMENTO. No trabalho de Bozzano, ele satisfaz a dúvida dos que ouvem falar das FORMAS PENSAMENTO. Destacamos alguns pontos para reflexão:- “Já os magnetizadores da primeira metade do século passado haviam notado que os sonâmbulos não só percebiam o pensamento das pessoas com quem se punham em relação, sob a forma de imagens geralmente localizadas no cérebro,, com também, eventualmente, fora dele, e mais ou menos imersos na aura da pessoa que, na ocasião, tinha na mente o pensamento correspondente à imagem. (...). Os teósofos, que têm sempre muitas observações a respeito das formas do pensamento, afirmam, apoiados em declarações de seus videntes - entre eles Annie Besant e Charles Leadbeater - que as ditas formas do pensamento não se restringem às imagens de pessoas e coisas, mas atingem as concepções abstratas, as aspirações do sentimento, os desejos passionais, que revestem formas características e estranhamente simbólicas . A este respeito, importa acentuar que as descrições teosóficas desse simbolismo do pensamento estão em surpreendente concordância com as dos clarividentes sensitivos. Vamos aqui resumir o trecho de um livro (THOUGHT-FORMES) de Annie Besant e Leadbeater, para compará-lo depois a uma outra passagem tomada às declarações de um sensitivo clarividente. Eis o que a respeito diz esses autores: Todo pensamento cria uma série de vibrações na substância do corpo mental, correspondentes à natureza do mesmo pensamento, e que ai combinam em maravilhoso jogo de cores, tal como se dá com as gotículas de água desprendidas de uma cascata, quando atravessadas pelo raio solar, apenas com a diferença de maior vivacidade e delicadeza de tona. O corpo mental, graças ao impulso do pensamento, exterioriza uma fração de si mesmo, que toma forma correspondente à intensidade vibratória, tal como o pó de licopódio que, colocado sobre um disco sonante, dispõe-se em figuras geométricas, sempre uniformes em relação com as notas musicais emitidas. Ora, este estado vibratório da fração exteriorizada do corpo mental, tem a propriedade de atrair ai, no meio etéreo, substância sublimada análoga à sua. Assim é que se produz uma forma pensamento, que é, de certo modo, uma entidade animada de intensa atividade, a gravitar em torno do pensamento gerador... Se este pensamento implica uma aspiração pessoal de quem o formulou - tal como se dá com a maioria dos pensamentos - volteia, então, ao derredor do seu criador, pronto sempre a reagir benéfica ou maleficamente, cada vez que o sinta em condições passivas. Estranhamente simbólicas as formas do pensamento, algumas delas representam graficamente os sentimentos que as originaram. A usura, a ambição, a avidez, produzem formas retorcidas, como que dispostas a apreender o cobiçado objeto. O pensamento, preocupado com a resolução de um problema, produz filamentos espirais. Os sentimentos endereçados a outrem, sejam de ódio ou de afeição, originam formas-pensamentos semelhantes aos projéteis. A cólera, por exemplo, assemelha-se ao ziguezague do raio, o medo provoca jactos de substância pardacenta, quais salpicos de lama.






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