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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ALÉM DA MURALHA DE VIBRAÇÕES

“Uma coisa que vos parecerá estranhável, mas que por isso não deixa de ser rigorosa verdade, é que o Mundo dos Espíritos, mundo que vos rodeia, experimenta o contra-choque de todas as comoções que abalam o mundo dos encarnados. Digo mesmo que aquele toma parte ativa nessas comoções. Nada tem isto de surpreendente, para quem sabe que os Espíritos fazem corpo com a Humanidade”. A revelação faz parte de mensagem assinada por um Espírito identificado como Dr Barry, reproduzida no capítulo 18 do livro A GÊNESE de Allan Kardec. E os surpreendentes relatos do Espírito André Luiz confirmam isso. Na obra OS MENSAGEIROS (feb,1944), por exemplo, imagens que ilustram o comentário anterior. Reflitamos, percebendo inclusive o valor da oração em nossas vidas: “Embora as luzes que nos rodeavam, notei que os céus prometiam aguaceiros próximos. As brisas leves transformavam-se, repentinamente, em ventania forte. Não obstante, as sensações de sossego eram agradabilíssimas. — O vento, na Crosta, é sempre uma bênção celeste — exclamou Aniceto, sentencioso. — Podemos avaliar-lhe o caráter divino, em virtude da nossa condição atual. A pressão atmosférica sobre os Espíritos encarnados é, aproximadamente, de quinze mil quilos.— . Todavia, é interessante notar — aduziu Vicente — que não sentimos tamanho peso sobre os ombros. — É a diferença dos veículos de manifestação — esclareceu Aniceto, atencioso. — Nossos corpos e os de nossos companheiros encarnados apresentam diversidade essencial. Imaginemos o círculo da Crosta como um oceano de oxigênio. As criaturas terrestres são elementos pesados que se movimentam no fundo, enquanto nós somos as gotas de óleo, que podem voltar à tona, sem maiores dificuldades, pela qualidade do material de que se constituem. A essa altura do esclarecimento, notei que formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastavam na rua, à procura de abrigo conveniente. Reparei, com espanto, que muitas tomavam a nossa direção, para, depois de alguns passos, recuarem amedrontadas. Provocavam assombro. Muitas, pareciam verdadeiros animais perambulando na via pública. Confesso que insopitável receio me invadira o coração. Calmo, como sempre, Aniceto nos tranquilizou: — Não temam — disse. Sempre que ameaça tempestade, os seres vagabundos da sombra se movimentam procurando asilo. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados as sensações mais fortes dos sentidos físicos. Encontram-se ainda colados às expressões mais baixas da experiência terrestre e os aguaceiros os incomodam tanto quanto ao homem comum, distante do lar. Buscam, de preferência, as casas de diversão noturna, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isto não se lhes torna acessível, penetram as residências abertas, considerando que, para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica. E, demonstrando interesse em valorizar a lição do minuto, acrescentou. — Observem como se inclinam para cá, fugindo, em seguida, espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. O homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm à distância, procurando outros rumos”...

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