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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Bem Diferente do Que se Pensa

Um reino espiritual, dividido e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e da força”. A afirmação foi feita em palestra proferida por um dirigente da Colônia Espiritual NOSSO LAR, situada no Plano Astral, ao norte da cidade do Rio de Janeiro (RJ), segundo o médium Chico Xavier. Mais à frente, ele amplia nossa compreensão dizendo: -“Para lá das fronteiras que guardam ciosamente a alma encarnada, amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitalidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens”. Acrescenta que “incapacitados de prosseguir além do túmulo a caminho do Céu que não souberam conquistas, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra (...). Mentes cristalizadas na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar (...). Os homens terrenos que, semi-libertos do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram, tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte”. Os apontamentos preservados nas páginas do livro LIBERTAÇÃO (feb,1949) psicografado por André Luiz através do médium Chico Xavier, inclui ainda interessante observação do Espírito Gúbio no qual explica que “nossa mente é uma entidade colocada entre forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso organismo perispiritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos polos de um aparelho eletromagnético. O Espírito encarnado sofre a influenciação inferior, através das regiões em que se situam o sexo e o estomago, e recebe estímulos superiores, ainda mesmo procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e lança-se ao caminho que deseja. Se não escasseiam milhões de influxos primitivistas, constrangendo-nos, mesmo aquém das formas terrestres, a entreter emoções e desejos, em baixos círculos, e armando-nos quedas momentâneas em abismos do sentimento destrutivo, pelos quais já peregrináramos há muitos séculos, não nos faltam milhões de apelos santificantes, convidando-nos à ascensão para a gloriosa imortalidade”. Mais à frente, comenta que “milhões de pessoas, depois da morte, encontram perigosos inimigos no medo e na vergonha de si mesmas. Nada se perde, no círculo de nossas ações, palavras e pensamentos. O registro de nossa vida opera-se em duas fases distintas, perseverando no exterior, através dos efeitos de nossa atuação em criaturas, situações e coisas, e persistindo em nós mesmos, nos arquivos da própria consciência, que recolhe matematicamente todos os resultados de nosso esforço, no Bem ou no mal., ao interior dela própria. O Espírito, em qualquer parte, move-se no centro das criações que desenvolveu. Defeitos escuros e qualidades louváveis envolvem-no, onde se encontre. A criatura na Terra (...), ouve argumentos alusivos ao Céu e ao Inferno e acredita vagamente na Vida Espiritual que a espera, além túmulo. Mais cedo que possa imaginar, perde o veiculo de carne e compreende que não se pode ocultar por mais tempo, desfeita a máscara do corpo sob a qual se escondia à maneira da tartaruga dentro da carapaça. Sente-se tal qual é e receia a presença dos filhos da luz, cujos dons de penetração lhe identificariam, de pronto, as mazelas indesejáveis(..). Em razão disso, as almas decaídas, num impulso de revolta contra os deveres que nos competem a cada um, nos serviços de sublimação, aliam-se umas às outras através de organizações em que exteriorizam, tanto quanto possível, os lamentáveis pendores que lhes são peculiares”. Em outras palavras, “ninguém foge de si mesmo” ou como preveniu Jesus “a cada um conforme as próprias obras”.

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