faça sua pesquisa

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Muito Além de Uma Revelação

As cartas psicografadas publicamente pelo médium Chico Xavier de forma mais intensiva a partir de 1971, são fonte de pesquisa surpreendente sobre as realidades encontradas por todos aqueles que concluíram o programa expiatório em nossa Dimensão. Nelas, a confirmação de muitos aspectos revelados pelo Espiritismo. Um deles mostra que - com objetivos terapêuticos -, muitos dos surpreendidos pela inevitável morte, puderam ser submetidos às experiências de regressão de memória para entenderem as razões da interrupção de sua jornada física. Casos como o dos irmãos Fortunato          mortos por afogamento em Mogi das Cruzes (SP), quando brincavam ao redor de piscina em fazenda de um amigo de seus pais; do Professor Oswaldo Martins, após capotamento de seu carro nas imediações de Macaé (RJ) quando iniciava viagem de férias com a família; Fausto João Stuqui após queda de avião de pequeno porte que pilotava na região de Votuporanga (SP), são exemplos eloquentes sobre os mecanismos da LEI DE CAUSA E EFEITO. O processo que começou ganhar metodologia definida após a década de 70 em nosso Plano Existencial, é visto com cautela por vários Orientadores Espirituais, ante o risco de estabelecer ligações mento-emocionais com Espíritos vinculados ao passado do paciente cuja localização, para eles, mostrava-se difícil por fatores como o novo corpo físico e a região do renascimento. Esse reavivamento das lembranças arquivadas no inconsciente citado pelo Espírito André Luiz desde em obras como NOSSO LAR ( feb,1943), NO MUNDO MAIOR (feb,1947), ENTRE A TERRA E O CÉU (feb,1952), AÇÃO E REAÇÃO (feb,1957), ao que tudo indica é possível através de diferentes técnicas. É o que conta Luiz Ricardo Maffei, jovem engenheiro desencarnado aos 26 anos, em Sorocaba (SP), em consequência de Lúpus Agudo. Um dentre os centenas de Espíritos que se manifestaram por Chico Xavier, oferece-nos em algumas das 13 mensagens escritas, dados curiosos. Dois deles na sexta carta, datada de 21 de fevereiro de 1987. Escreveu ele: -“Serei tão sucinto quanto possível na exposição do caso.  O senhor sabe que, em toda parte, é possível fazer amigos e eu entrei um deles na pessoa do Joaquim Pereira da Silva, um cavalheiro de alta severidade com a família que deixou no Rio de Janeiro, cujas ideias abertas e francas me faziam meditar. Joaquim se queixava de obsessores no lar, conturbando a esposa e as filhas, chegando a estabelecer um clima de antagonismos sistemáticos entre elas. A companheira viúva e três filhas viviam em querelas por pequeninas razões claramente evitáveis. E Joaquim, desencarnado, lhes agravava as relações alegando que ele, desencarnado, estava muito longe de ser um anjo, e discutia com as entidades infelizes que lhe povoavam a casa. Muitas vezes, lembrando os nossos estudos de hoje, solicitava-lhe calma, ponderação. O companheiro não me atendia e fustigava os obsessores de sua casa, com palavras e pragas das mais escabrosas, e sem a mínima condição de sequer serem, de leve, mesmo, mencionadas. Contudo, há pouco tempo, um diretor de serviço, notando-lhe as boas qualidades que se misturavam às más, aconselhou-lhe um tratamento com análise de fotografias correspondentes ao seu passado próximo. Joaquim aceitou e submete-se a tal tratamento em um determinado aparelho. Tratava-se de um aparelho complexo, que ainda, em determinado tempo, deverá chegar à Terra para o conhecimento dos homens, e à consequente comprovação mecânica da reencarnação. Alguns amigos daqui, da Vida Espiritual, designam tal aparelho com o nome de preterografia. Tal aparelho tem o cunho de prestar observações do pretérito das pessoas pelas imagens correspondentemente colhidas. Durante dois dias Joaquim foi ao gabinete de preterografia, e, no exame final das chapas colhidas, ficou ciente de que fora um chefe desumano do tempo de D. João VI, no Brasil. Exorbitava das funções de mordomo de uma das casas imperiais e mandava açoitar fosse quem fosse, além de privar diversos subalternos de conforto e alimentação conveniente. Estuprava jovens servidoras da Casa Real sem compaixão e para com as que engravidassem, à conta dele, as atirava em lugares ocultos do Rio Paraiba... Quando o amigo viu a extensão de suas faltas, chorou de remorso, e reconheceu que os obsessores que lhe fustigavam a casa eram vingadores contra ele, Espíritos infelizes ainda fixados ao mal. Ele, Joaquim, vem fazendo o possível para retificar a própria situação; no entanto, admito que ele gastará tempo para modificar o ânimo dos inimigos que ele próprio criou”. (A maior parte das cartas de Luiz Ricardo Maffei, faz parte da coletânea contida no livro DÁDIVAS ESPIRITUAIS, publicado pelo Ide)


Nenhum comentário:

Postar um comentário