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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Fascinante

Ernesto Bozzano dedicou uma de suas obras à compilação de fatos sobre o que a denominada psicometria. Segundo ele, em ENIGMAS DA PSICOMETRIA (feb), ela  não passa de uma das modalidades da clarividência, com características próprias que lhe conferem um caráter especial, permitindo considera-las à parte”. Através dessa percepção de que alguns sensitivos ou pessoas são mais dotados, estabelece-se uma conexão entre eles e o objeto ou o meio, em que se encontra. Próximo ou remotamente. Exemplificando, reunimos alguns casos para sua avaliação do quanto é instigante o assunto. CASO 1 - Médium inglesa EDITH HAWTHORNE: Em contato com uma pena arrancada a um pombo-correio, após longo voo, e um pequeno galho de árvore, descreveu as impressões do pequeno animal durante o voo, assim como acontecimentos desenrolados no próprio local em que se erguia o pombal, ao passo que igualmente descrevia, não somente o que se passaria com a árvore, isto é, seu desenvolvimento, a florescência, a distribuição da seiva e a expansão das raízes, etc., mas também as impressões de vermes que viviam no subsolo, onde se erguia a árvore, renunciando mesmo, em cinco horas de antecipação, o motivo da inquietação dos vermes, ou seja, o desabamento do subsolo onde se achavam, motivado pelas escavações de uma galeria de minério da região. Tudo rigorosamente estudado e comprovado pelos experimentadores, que residiam em Dudley, Inglaterra, onde a médium jamais fora, pois residia em Londres. CASO 2 – Médium ELIZABETH DENTON – Em contato com um fragmento de pedra de basalto negro de aparência um tanto peculiar, pesando mais ou menos dois quilos de pedra recolhida de uma região de minério de chumbo (Wisconsin, EUA), sem saber nada sobre o espécime, descreveu a história da mesma pedra, desde que foi arrojada das profundezas de um vulcão, durante uma erupção, relatando, como se ela mesma fosse pedra e os eventos com esta ocorridos através dos séculos. CASO 3 – Médium brasileiro O.F.: Um relógio quase bissecular, ganho de uma amiga que se desfazia dos pertences do avô morto recentemente. Objeto avariado, posteriormente, consertado e pendurado na sala do seu novo dono. Sempre que se defrontava com o mesmo, sentia-se invadido por mal estar indefinível, se bem que rápido, o que o fez muda-lo de lugar o que só piorou as coisas. Começou a acordar de madrugada, ouvindo o choro de um homem, e não dormia mais, fato que se repetiu por vários dias até que resolveu consultar um Espírito Amigo que lhe sugeriu levantar-se e colocar a mão sobre o relógio o que fez. A cena mudou espetacularmente: já não era o corredor, nem sua casa.; achava-se na biblioteca de um solar antigo na Espanha. Este mesmo relógio pregado à parede funcionava; um homem sentado à escrivaninha lia atentamente; notou ser a casa grande de uma herdade, fora da qual nevava. Sorrateiramente, com passos leves e ágeis como os de um gato, pela porta do fundo ao lado duma estante de livros, entrou um homem. Protegia-se do frio com largo poncho cinza escuro, em cujos ombros havia laivos de neve. Aproximou-se por detrás do leitor, vibrou-lhe violento golpe na nuca estendendo-o de bruços no livro que lia. E relanceando os olhos ao redor, buscava ansioso um objeto qualquer que lhe servisse de arma.  Deparou com o relógio cujo pêndulo terminava em pequena e acerada lâmina. Abriu-o, retirou-lhe o pêndulo às pressas, e cravou-lhe nas costas da vítima, perfurando-lhe os pulmões. Golfadas de sangue alagaram a mesa. O ferido ainda conseguiu gritar, atraindo gente. E, a visão se dissipou. De novo viu-se na sala atual, ao lado do relógio. Narrando, dias depois, sua visão à família de quem obtivera o relógio, ouviu de uma velhinha presente, que a peça pertencera ao seu bisavô, um inglês radicado na Espanha. Plantador de uvas, remunerava mal os camponeses a seu serviço no verão, impondo-lhes grandes privações nos longos meses de inverno. Duro de coração, não os socorria nem com migalhas, levando um de seus empregados a premeditar sua morte, o que fez, segundo diziam, perfurando-lhe os pulmões com o pêndulo daquele relógio. Detalhes curiosos: o descendente e proprietário recente, morrera de tuberculose que lhe destruíra os pulmões e o pêndulo, embora seja o original, já não tinha a lâmina. No caso em questão, tudo indica que o homicida de outrora seja o detentor do relógio recuperado por O.F., que expiou seu crime, amargando a doença pulmonar que lhe consumiu os últimos dias da existência terminada no século XX. Os três casos aqui reunidos, destacam-se dos livros ENIGMAS DA PSICOMETRIA (     feb), de Ernesto Bozzano; MEMÓRIA CÓSMICA (lachâtre), de Hermínio Miranda e EVANGELHO DAS RECORDAÇÕES (pensamento), de Eliseu Rigonatti.


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