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sábado, 5 de outubro de 2013

Interexistente



 Chico Xavier de forma mais acentuada que outros médiuns, percebia a realidade fora de nossa Dimensão com tanta naturalidade que, por vezes, confundia-se sobre ser ou não de outro Plano, pessoas diante das quais se via. Essa a razão pela qual o filósofo, jornalista e escritor J. Herculano Pires, ter-lhe atribuído o adjetivo de Interexistente.  Ocorre que tanto via e vivia coisas boas como perturbadoras. Reunimos alguns desses momentos que, quando relatados por ele, espirituoso como era, tornaram-se engraçados. CASO 1 – Por volta de 1943,  - Chico contava 33 anos -, quando estava psicografando o livro NOSSO LAR (feb), como era comum à época, foi fazer a barba no estabelecimento a isso dedicado na então pequena Pedro Leopoldo (MG). O barbeiro era dos antigos. Metódico, colocou-lhe a toalhinha sob o queixo, ensaboou-lhe o rosto, interrompendo seu trabalho já na primeira raspada em seu rosto, comentando: - Chico,estou sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar. Relativamente relaxado no conforto da cadeira, olhos fechados, Chico inquietou-se, abriu os olhos e viu um Espírito trevoso que envolvia o barbeiro, dizendo-lhe aos ouvidos: - Corte a garganta dele!. Corte!. Com o fio da navalha sobre o pescoço do Chico, o pobre homem não via nem ouvia o Espírito, mas sofria-lhe as influências. Daí, aquelas sensações estranhas, o afrouxamento dos controles. Voltou a dizer-lhe: - Chico, não sei se vou dar conta de terminar sua barba, ouvindo do cliente: - Não se preocupe, meu irmão. Barba é assim mesmo. A gente faz quando dá certo. Se não der hoje, a gente faz amanhã. –“Naquele momento, depois de uma pausa na conversa, tudo que eu queria era que ele tirasse a navalha do meu pescoço”, concluiu Chico dizendo que, “na verdade eram as trevas querendo impedir que NOSSO LAR fosse concluído e viesse ser publicado, espargindo luz”. CASO 2 – A atriz Cacilda Becker desencarnou trabalhando, durante a apresentação de uma peça importante, na capital paulista. Dois anos depois que saiu de cena, houve um encontro de seu filho Luiz Carlos Becker Fleury Martins com o Chico. Tratando-o pelo apelido, o médium dirigiu-lhe a palavra nestes termos: - Cuca, meu filho, gostei muito do seu bilhete. O moço embatucou. Havia um engano ali, mas deixou a conversa fluir. Chico repetiria a referência mais uma vez. Na terceira, Luiz Carlos não se segurou. Desculpou-se, falou do possível engano: não escrevera bilhete agum endereçado a Chico. –“Não foi para mim, meu filho. Fo para sua mãe: ‘Mamãe, vá em paz. Aqui, a gente se vira”. Sacudido pela emoção, Cuca quis saber como Chico tivera conhecimento do bilhete que colocara sob a cabeça de sua mãe minutos antes de o corpo dela baixar à sepultura. Era coisa íntima sobre a qual não fora dita uma palavra a ninguém. –“Foi a Cacilda que me contou” – respondeu singelamente Chico. Impressionado pela revelação, Cuca contou-lhe que, na noite anterior, cedendo ao desespero, fizera uma prece dramática, sobre um viaduto. Recordou-a palavra por palavra: -“Jesus, se o Senhor existe mesmo, estenda-me suas mãos, mas não demore, senão não vai dar tempo”. Agora, precisava saber mais. Queria detalhes. Chico, com voz mansa e cadenciada, atendeu-lhe o pedido: -“Estou de passagem por São Paulo, hospedado na casa do Galves e da Nena. Sua mãe, ontem à noite, entrou no quarto e pediu, ansiosa: -“Chico, você precisa resgatar meu filho. Amanhã, às quinze horas, ele estará nos DIÁRIOS ASSOCIADOS”. Cuca estremeceu. Entendeu ali que Jesus lhe havia estendido as mãos!. Desde então, tornou-se espírita”. CASO 3 – Numa das fases de grandes dificuldades que lhe marcaram a vida, após um dia inteiro de trabalho, quando ia se preparar para dormir suas duas ou quatro horas de sono, lhe apareceu uma figura diabólica e perguntou: -“Você me chamou?”. A voz era arrepiante e quando o Chico ia responder, ouviu o Espirito Emmanuel lhe dizer: -“Não diga que não”. Ficou pensando em que falar durante um minuto. E minutos em frente de uma criatura daquelas se contam por séculos, ensina Chico. –“Você me chamou?, tornou a pergunta a criatura. –“Chamei sim senhor, respondeu o Chico. –“E o que é que você quer?”. –“É que a vida está tão difícil para mim atualmente que eu queria que o senhor me abençoasse em nome de Deus ou em nome das forças que o senhor crê”. O Espírito olhou-o de maneira enigmática e ajuntou: -“É...Chico Xavier...com você está muito difícil”. E desapareceu. ( depoimentos extraídos nos livros CHICO DE FRANCISCO (ceu) e MOMENTOS COM CHICO XAVIER (leep)

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